Dança

Foto de Marilene Anacleto

Vida de tantas vidas

Nesta vida de tantas vidas
Tantas carreiras e papéis
Numa só vida
Falta tempo para encontrar
E a própria dança bailar.

E nos fios das mãos se encontra
Um aqui, outro acolá
Outra dança
Já começa a se formar
Mãos dadas, coração a felicitar.

Nesta vida de tantas vidas
De cinemas e teatros
Uma dança com o amado
Faz uma vida enaltecer
E querer nela permanecer.

Foto de Rute Mesquita

Homenagem a Beethoven

Beethoven,
como o meu corpo balança
à sua suave melodia.
As suas notas fazem-me sentir uma criança,
solta de alegria.
Sinto a sua paixão pelo piano,
sinto a sua intuição.
Sei que a fama não era o seu plano,
apenas queria que lhe dessem uma mão.

Beethoven,
as suas sinfonias convidam as minhas lágrimas,
convidam o meu corpo para uma dança de cortesia.
Na verdade, vejo as notas nessas páginas,
a comporem-se por magia.
A alegria,
o brilho que me põe nos olhos,
e a choradeira para que me atira…
Quero ter o prazer de ouvi-lo tocar,
nos meus sonhos.
E esse desejo já ninguém mo tira.

Foto de Marilene Anacleto

Moto Home

Vou vender o meu terreno,
Uma preciosa gema
Vou comprar um moto home
E procurar minh’alma gêmea.

No inverno, vou ao norte,
No verão vou para o sul
Em busca do moreno forte
Ou, quem sabe, um olho azul.

Naqueles acampamentos
Há muito companheirismo
Onde a alegria impera
Em meio à música e risos

Primeiro juntam-se as mesas
Depois um traz carne assada,
Pastel frito e bebidas,
Enquanto rolam piadas

Surge aquele com a viola
E vem sanfona e pandeiro
Dança até avó e neto
Numa grande brincadeira

Vou pegar meu moto home
E colocar o pé na estrada
Aqui não chega nem príncipe,
Sequer a égua branca cansada.

Foto de Arnault L. D.

Meu

O amor que você me deu,
eu guardei junto a mim,
um papel de bala, um presente,
um bilhete que escreveu.
Pétalas de uma flor, carmim,
cor dos cabelos, sol poente...

O cheiro bom do perfume,
beijos com sabor de menta,
pelos dourados, pele rosa,
olhos, verde vaga-lume,
a dança mais intima e lenta,
buque de flor do campo e rosa.

Uma caixa inteira de amores,
as palavras e a quietude,
cacho de cabelo e fotografia,
caixa de musica e as cores,
do vestir e do desnude,
deste amor, que me trazia...

Do amor, que foi dado,
vou lhe fazer um apelo,
não peça de volta se esqueceu,
se me pedi-lo será negado.
Não me pode tomar, se ao faze-lo,
ele agora é meu, o amor meu.

Foto de Carmen Lúcia

Etéreo

Dança...
Faz de tua arte simbologia do amor,
Toca o chão, o ar , a emoção... acaricia a dor,
Tange o invisível, o inaudível, o irreprimível,
Languidamente , candidamente, sensivelmente,
Derrama no palco da ilusão a tua fantasia
Que de tão real se transforme em verbo,
E em forma corpórea, materialize-se,
Realizando sonhos, antes mera utopia.

Dança...
Trepida corações impacientes
Esvoaça por entre corpos irreverentes
Suaviza com doçura os momentos...
Torna-os perenes, registra-os na alma
De quem permite por eles se enlevar
E com eles também dançar, flutuar, sonhar...

Dança...
Recria gestos com toda maestria,
Desbrava o mundo a que já pertencia...
Sacode-o, encara-o, envolve-o de tua magia,
Levita, transcende, ascende, rodopia,
Relata tua vida ao som de melodia,
Performances que geras, bailando poesias,
Desenhando versos, arabesques e rimas,
Nos passos compassados da tênue bailarina.

_Carmen Lúcia_

Foto de DMello

Corpo e Alma

A Meia Noite
As Dozes Badaladas
Soam Fortemente
É o Anúncio,o Toque de Partida
Antes dos Corpos , As Almas Foram Avisadas
Os Corpos, Como ímãs , Encontram-se
Atraídos , Naturalmente
Na Calada da Noite , Hora das Almas
Em Surdo,
O Perfeito Papel de Parede dos Amantes,loucos
Daí,então
Começa o novo mundo,
O Mundo dos Prazeres mais Profundos,
Abraços Calorosos , Em Prazer , Nas Doces palavras sussurradas
Corpo e Alma tornam-se um só
E os Mesmos Viram Fontes de Prazer , Que São Embalados por uma Melodia Desconhecida,
Que Faz o Corpo, Bobo , Dançar
Até Exaustar
Despois de um Tempo...
A Melodia entra em Pausa,
A Espera de uma nova dança,
De Torna-se mais uma vez,
O Fundo Musical dos Sonhos.

Foto de Fernando Vieira

Joaninha

Joaninha
(Fernando Vieira)

Maravilhosa, poderosa ou presunçosa?
Diga-me isso dedilhando na viola
Põe um vestido bem florido e dança agora
Dá-me um beijo bem gostoso e vai embora...

Deixe-me aqui a contemplar teu disparate
No arremate que partiu meu coração
Agora eu te vejo assim por toda parte
Com a lembrança do meu sonho em tuas mãos

Cabelo loiro, pele clara bem lisinha
Encantadora, belo charme de mulher
Com outro nome te conheço Joaninha
Capim dourado olha só como é que é

Inspiradora da canção desconhecida
Mas conhecida ainda será eu tenho fé
Estou saudades dessa bela grande amiga
Ah como eu quero abraçar essa mulher

Foto de Rute Mesquita

Maldito relógio!

Maldito sejas relógio!
Não me dás tempo de descanso…
Só sabes traduzir a minha vida em números…
Lanças vidas iludidas ao remanso
dos teus inúmeros.

Porque te achas com esse direito?
És morfológico?
Porque me chamas para a tua dança?
Se de mim pensas ter proveito,
não, descansa,
sou um ser com mais que um ‘lógico’.

Fazes uma contagem decrescente
corres supérfluo
às 6h marcas o sol nascente
e nos teus ponteiros eu fluo…

Quero acordar,
sem tempos, sem datas,
porque me manténs prisioneira?

Vais perseguir-me a vida inteira,
com a tua cifra,
dízima infinita, periódica…
Na tua racionalidade matemática
marcas o tempo em que matas…
fazes do tempo, uma temática
na qual só te embaraças.

Se recuas e avanças horas,
consoante as estações,
deixa as minhas de fora,
dessas homologações.

Arre! Cronometro, arre!

Foto de Allan Sobral

A Supremacia do Amor

Amor,
Na dança de minhas palavras em meio as roseiras a enrosquei,
Na doçura de sua existência me deitei,
Nas falas de meu coração encantei,
Na supremacia do amor em lagrimas conversei.

Na casa dos anjos, pela fresta a observo, assisto do lado de fora
Só olho, sem o antes ou o logo, assisto a sobrevivência do agora,
Nos desenhos da alvorada vejo-te, imagem divina, divina mulher,
Que como menina, caminha, no mar que banha-te os pés.

Entrego-me.
Meus olhos meninos, navegam os seus traços finos,
Em finos e alegres sorrisos singelos,
Me entrego, não nego ao seu doce dançar,
Na dança salgada na água do mar.

Surreal,
És a guerreira e princesa, és a lenda mais bonita,
Das sereias roubaste o canto, mas fizeste da independência o seu manto,
Ganhaste o mundo e um nome como guerreira amazona,
Por qual muitos lutaram, choraram e banham-se em loucuras,
Loucura, preço por fazer-te um dia deitar em amarguras.
A cobiçando por insígnia de triunfo,
Ou por mera ostentação.

Perdido,
Mas voei, sobre o tempo, nas asas de meus pensamentos,
Pensamentos revoltos, constantes, velozes, e soltos,
Sim voei, em meio a conquistas, em honras um nome ganhei,
Sobre poucas derrotas, no fio da espada o mundo conquistei.
Sim voei, e no mais alto dos céus te encontrei,
Como um anjo perdido em sua ansiedade,
Asas quebradas pelo risco da falsa verdade.

Segredos,
Por de traz de um duro semblante te encontrei,
Te olhei, com os olhos fechado e mãos atadas, abracei.
A mais bela poesia soara sem palavras,
Guerreiros, abaixamos escudos e espadas,
Trocamos mistérios, e respostas sem perguntas.
Com seu nome sobrescrevi a cicatriz de minha alma,.
Fiz por troféu seu sorriso, e morada em minha calma,

Sim, amei,
Sem se quer pensar em um beijo a amei,
Amei sobre a pureza, e dos perfumes a essência,
Amei alem da beleza, alem da demência,.
Amei-te pelo simples fato de amar.
Amar pela complexa soberania do amor,
Na doçura dos deleites amei-te.

Saudades,
Senti o abraço da solidão, apertado na multidão,
Senti saudades, perdi minhas vaidades,
Em todas as presenças, reinou sua ausência.
Em minhas razões e pensamentos só restou incoerência.
Em muitas ocorrências, a sombra de minha existência,
Perdido em procurar-te na agonia de sobrevivência.

Só amei, no apego do apelo de meu medo,
De tornar a molhar os olhos que custou-me a secar,
Mas não nego, a mão que me estende a ser feliz,
Fiz do ontem minha glória, do hoje o meu mundo,
Do amanhã? Deixa que no amanhã veremos.

Só amei, pois na supremacia do amor, só amei.

Allan Sobral

Foto de Arnault L. D.

Luz da estrela

No frio da noite mora
uma chama de amor.
Que do consumir se guarda
na umidade da garôa
e se perde noite afora,
a esconder o seu calor
do quanto o fogo lhe arda,
a neblina ele se doa.

Como dança no escuro,
beijo de olhos fechados,
não se enxerga e nada vê.
Apenas deixa-se integrar.
Noturno porto seguro,
na densidade do ar gelado
onde se perde e onde crê:
O orvalha amenize o queimar...

Como o ardor a consumir
teme o Sol, e se encolhe
sob o véu da noite, um vulto.
Noturna ave, voa, sem vê-la,
mal se soube e já some,
a enganar a quem os olhe.
Na sombra, um flash oculto,
que talvez, se pense estrela.

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