Na primeira noite que te vi vestida assim
Nessa noite tropical quente
O teu vestido vermelho despontando ao longe
Baloiçando ao vento o seu laço de cetim
O tecido leve e macio moldando o teu corpo
A auréula dos teus seios no pano roçando de leve
Tuas pernas cinzeladas marcando passos firmes e delicados
Ritmos sensuais desenhavam as tuas ancas
Desejei possuir-te com todo o fulgor de uma cavalo de batalha
Sonhei nadar no teu corpo e nele me afogar
Quis te dizer isso mas não consegui articular palavra
Meus olhos percorriam o teu corpo todo sem conseguir parar
Pensei poder iludir a vigilância e falhei
Julguei poder chamar a tua atenção com os olhos mas ignoraste
Quando te vi partir agustiei-me e quase gritei
Nesse momento pedi ao céus chance para voltar a encontrar-te.
Samory de Castro Fernandes