Tudo escuro. Janela aberta
Não sei se é a hora certa
Para descrever pensamentos.
Chuva que pinga na calha, vários plim-plim, um alento.
Ao olhar pela janela, nada vejo, sinto o vento.
O pensamento voa com velocidade da luz.
De repente já estou lá nos tempos de Jesus.
O povo ali procurando, como sempre, um socorro,
Como hoje ainda acontece, todos querem o tesouro.
E Jesus vai atendendo o pedido de todo mundo
Sabe que têm mentes duras, necessário explicar tudo.
Sabe ainda Jesus, que eles não querem mudar
A lei dele é o Amor, seu exemplo veio dar.
Deixou claro que primeiro é preciso acreditar.
Lá vai Ele pelas ruas cercado pela multidão
Alguns querem a palavra, outros esperam pão.
E Jesus já nem descansa, apesar de ser humano
Nunca reclama de nada em qualquer lugar tira um sono.
Acordado pelas crianças, abraça-as sorridente
“Deveis proteger a vida, são a continuação da gente”.
Nas montanhas empoeiradas, estava eu ouvindo Jesus
Até hoje ainda me dói aquela lembrança da cruz.
Ele diz que isso é passado, que não há o que sofrer
Ressuscitou e agora vive no coração de quem crê.
Na montanha estou de novo, a ouvir atentamente
Passaram-se vidas e vidas, nada se perdeu no tempo.
Agora estou retornando ao meu quarto lentamente
O pingo de chuva na calha diz que cheguei normalmente.
A doce lembrança do Cristo e o Seu doce perfume
Marcaram-me todas as vidas. Ele é mesmo o meu Lume.