Desligo o cabo que te liga
À vida dormente
Deste palco de intriga
Qu’ está cheio de gente.
Mendigos não viram,
Deitados no chão
Suplicando a esmola
E um pedaço de pão.
Desligo os cabos que vos ligam
Ao teatro dos interesseiros.
O que querem só me fatigam
Por serem tão carniceiros.
Crianças que gritam
No fundo, inocentes.
Em canos se abrigam
Com frio, rangem os dentes.
Joel Fonseca Reis (16.Junho.2011)