Pão

Foto de Carmen Lúcia

Promessas...promessas...

Promessa é o pão nosso de cada dia,
abastece a mesa, a fome ludibria...
Tira da extrema pobreza, entorpece de utopia
um povo que acredita e vive da crença crida.

Rende-se ao poder de decisão...Nunca diz não!
Conforma-se com o inconformismo da situação...
Se uma migalha conforta a alma em extorsão
por que se rebelar e condenar o vilão?

Nas ruas, as drogas vagueiam livres
aprisionando a quem lhes estende a mão;
instantes anestésicos, de extrema letargia,
levando a uma viagem eufórica, surreal...letal.

Aferram-lhe grades, criam-lhe prisões, casas de detenção,
ignoram que o alicerce é o amor, a educação,
e o que fortalece a ser bom cidadão
é o lar estruturado, a dignidade, o sentir-se amado.

Porém a ambição fala mais alto
e cada vez mais se julga preconizada...
Paga tributo, o povo, quantia exacerbada,
e se reconhece na teia dessa arquitetura tramada
onde a ausência de humanidade cala a voz da verdade.

_Carmen Lúcia_

Foto de poetisando

Desejo a todo o Mundo

Desejo a todo o Mundo
No ano que agora vai entrar
Muita saúde, paz e harmonia
Felicidade e muito amor para dar
Que não falte o pão na mesa
A nós e aos nossos filhinhos
Que ajudemos quem precisa
E que não nos falte dinheirinhos
Que haja mais paz no mundo
As guerras parem de vez
Que não morram mais inocentes
Sejam elas crianças ou não
Que todos façamos do Mundo
Um Mundo de verdadeira união
Desejo a todo o mundo
Sem fazer qualquer distinção
Paz Saúde Harmonia e Amor
Que vivamos todos em união

De: António Candeias

Foto de poetisando

Mendigo

Tu que passas o dia na rua
Vivendo da acridade alheia
Quantas vezes chegas a casa
Sem ter dinheiro para a ceia
Levas o dia de mão estendida
Que uma esmola te vão dar
Muitas vezes vais para casa
Só tens vontade de chorar
Queres a fome aos filhos matar
Mas esmolas não deram
Quantos até por ti passaram
E te olharam com desdém
Não se lembrando que tem filhos
E que és um ser humano também
Quantos de vós mendigos
Não tem casa nem familiares
Dormem na rua ao relento
A cama fazem com cartão
Os cobertores são os jornais
E nestas noites de inverno
Quando o frio é mais forte
Tu a dormires ao relento
Sem teres comido uma refeição
Vais enganando a fome
Com o que nos jornais vais lendo
Triste sorte tens tu mendigo
A viver da caridade alheia
Também tu muita vez te deitas
Sem um pouco de pão como ceia
Tu até que trabalhaste uma vida
Agora estás a viver da mendicidade
Dormindo pelos cantos das ruas
Comendo de gente de boa vontade
Tu mendigo que até tens filhos
Mendigas para lhes dar de comer
Quantas vezes os abraças chorando
Por não lhes poder a fome matar
E sem comerem os vais deitar
Triste é o destino do mendigo
Que leva o dia inteiro a pedir
E ver os que por ele estão passar
A virarem a cara fingindo não o ver
Só para uma esmola não lhe dar

De: António Candeias

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

MOMENTO DE REFLEXÃO

“MOMENTO DE REFLEXÃO”

Com a proximidade das festas vamos nos preocupar menos com presentes materiais, aqueles que as pessoas se endividam no cartão e em financiamentos e depois não tem paciência para ouvir ou entender as pessoas que ela mesmo presenteou pois esta ocupada demais trabalhando para pagar o cartão.
Quem te falou que precisa trocar a geladeira de ano em ano só porque foi lançada uma que tem uma luz de cor diferente, e teu carro, esta seminovo, não precisa se afundar em mais um financiamento só porque o vizinho trocou.
Vamos refletir, vamos presentear as pessoas que amamos com momentos de atenção, vamos ouvi-las, tentar entender suas aflições, suas reinvindicações e não calar suas bocas com presentes caros.
Quem sabe não recebamos o mesmo. Neste mundo materialista e mercadológico em que vivemos as prioridades estão expostas em vitrines a preços atrativos e em diversas prestações.
Em vez de comprar um vídeo game de ultima geração vá jogar bola com seu filho, garanto que ele vai curtir muito mais.
Você mãe proporcione a sua filha adolescente tardes de longas conversas sobre a vida, sobre sexo, sobre boas maneiras, será muito mais produtivo do que um cursinho de Manequim.
Vamos refletir, o homem já atingiu um estagio em que deve repensar a condição de voltarmos para casa. Quando falo em voltar para casa é proporcionar aos nossos momentos inesquecíveis e não presentes fúteis que nada agregam a eles.
Imagine quanto vale uma tarde com bolinho de chuva doce de leite feito em casa, pão caseiro, café com leite, é muito melhor do que Mac Donalds.
Lembro-me muito mais de passeios de bicicleta com meu pai do que algum presente que tenha me dado.
Quanto vale uma pescaria ao lado do pai, uma tarde de bordados ao lado da mãe para as meninas, isso tudo custa quase nada, mas hoje os pais quando percebem que o filho ou a filha vão lhe dar algum trabalho se apressam em dar um dinheirinho para irem no shopping e esta tudo resolvido.
O distanciamento imposto pela falta de tempo dos pais esta lotando as clinicas de tratamentos de drogados, os hospitais, as penitenciarias e os cemitérios.
Neste momento de reflexão eu proponho, faça um pique nique com a família, vá pescar, jogar bola, empinar pipa.
Na Europa até meados dos anos 70 todo jovem aprendia até os 15 anos a fazer um barco e depois velejar. Os adolescentes de hoje estão todos corcundas antes dos 15 de tanto ficar em frente ao computador, crianças de 8 anos já tem sintomas de tendinite.
Vamos refletir, vale a pena dar alguns passos atrás para arriscar encontrar a felicidade.
Vamos incentivar a cultura do “ser” e não apenas a do “ter”.
Um bom Natal e feliz ano novo a todos.

Edson Paes.

Foto de raziasantos

Um Lugar Para Descansar.

“Nos fins de tarde eles cruzam as cidades”
Perambulam sem destino.
Em busca do sol...
A mãe tenta amenizar a dor do filho que chora de fome.
Agasalhados entre trapos traspõem o véu
Do descaso e preconceito.
O sino da catedral começa a badalar
Anunciando para os afortunados que
Que é hora do jantar.
O som do estomago vazios são como melodias
(Fúnebres).
Os pobres coitados com olhos vazios
Caminham em silencio para engar a fome dos filhos
Que esperam ansioso chegar algum lugar.
A escuridão cobre o sol.
Nem mesmo o brilho da lua e a beleza das estrelas
São capazes de dar alentos aos pobres coitados.
Acoitados pela vida destituída do direito de sonhar.
Fragilizados, e humilhados, pela dor, fome, miséria e abandonou.
Violentados em seus direitos de ir e vir embora não tenham
Nunca para onde ir...
São os filhos do abandono.
De sorriso apagado pela fome.
Que rastejam pelos esgotos das cidades.
São anjos sem asas que não pode voar.
Depois de vagar no vazio em busca de um lugar para descansar.
Debruçam em sua realidade olham para o céu e pedem perdão! Perdão Deus por eu não ter nem um pedaço de pão. Para alimentar o meu filho que dorme no berço da solidão.

Foto de poetisando

Há fome em Portugal

Pôs-me me um dia percorrer
Este nosso lindo Portugal
Do sul até ao norte eu vi
Como vive o povo tao mal

No algarve terra da alfarroba
Encontrei gente a apanhar
Perguntei para que a queriam
Com elas a fome ia matar

No Alentejo que trigo já teve
Assim o chamaram celeiro da nação
Vi tanta gente cheia de fome
Já não há dinheiro para o pão

No ribatejo terra de toiros e toureiros
Onde já também a fome graça
Quase não tem de comer
Dizem que país em desgraça

Nas beiras fiz uma paragem
Queria ouvir o que iam falar
A todos ouvi a palavra fome
Sem saberem se ela vai parar

Subi até ao douro terra do vinho
Em tempos até foi bem farta
Hoje não há-de comer nem trabalho
E a fome também la não falta

Subi até Trás-os-Montes
Ai faziam um coro em exaltação
Perguntando onde para o dinheiro
Que era para a sua modernização
Vim descendo pelo litoral
Terras que foram de muito peixe
Hoje também se queixam da fome
Só não sabem a quem se queixe

Corri a orla marítima
Onde tinha peixe de fartar
Hoje se tiverem algum carapau
Para quatro pessoas tem de dar

Depois de todo o país percorrer
Aos políticos tenho que perguntar
Que fizeram a tanto dinheiro que veio
Para este país se poder modernizar

E os senhores ditos deputados
Á tantos anos na assembleia sentados
Não lhes pesa a vossa consciência
De verem os seu povo ser roubado

E a nossa justiça está cega
Para não ver as grandes jogadas
Que colarinhos brancos e políticos
Fizeram de roubos às descaradas

E nós povo que nada dizemos
Deixamos que a fome mais aumente
Se não se revoltarmos todos
A fome acaba com agente

De: António Candeias

Foto de poetisando

Alentejo

Lindos campos de trigais
Em tempos que já lá vão
Época em que até diziam
Que eras o celeiro da Nação
Tempos que já não voltam
Às paisagens dos teus trigais
Salpicados de lindas papoilas
Com o esvoaçar dos pardais
E quando chegava a época
De o trigo ter que se mondar
Era ver ranchos de gente
Homens e mulheres a cantar
Como era lindos os teus campos
Até na cor das suas papoilas
Como era o trigo mondado
Por rapazes e por moçoilas
Logo cedo pela madrugada
Era ver tanta gente a se juntar
Homens e mulheres faziam coro
Para com alegria irem mondar
Alentejo que tanto pão produziste
Desses tempos só recordações
Deixaste de ser o que eras
Só se vê a tua gente triste
Lindos eram os teus campos
Cobertos com teus lindos trigais
Hoje estas a ficar deserto
Tempos que não voltam mais
Que saudades têm a tua gente
Desses tempos que já la vão
Davas trabalho á tua gente
E que produzias tanto pão
Que lindos eram os teus trigais
Salpicados de lindas papoilas
Ouvir o teu cante alentejano
Cantado também por moçoilas
O que fizeram de ti Alentejo
Que deixaste de ter trigais
Fizeram de ti um deserto
Que já nem sustenta pardais
De: António Candeias

Foto de Fabio L Borges

Poema do Bandeiraço

“Essa é uma singela homenagem a todos aqueles anônimos que carregam suas bandeiras com coração, fé e esperança em um futuro melhor”.

Porque Carrego Essa Bandeira

Hoje o dia é de sol, fazem mais de trinta dias que estou nessa luta
Faça chuva ou faça sol, lá estou eu, carregando minha bandeira
Às vezes muito animado, outras vezes cansado
Mas cá estou, tremulando, tremulando e caminhando com minha bandeira
Hasteando-a o mais alto que posso
Quem dera tocasse o céu
Quem dera Deus me visse ágora, ou será que está me vendo, não me diz ou me ignora

Promessa não me fez, e muitos perguntam
Porque aqui outra vez?
Talvez eu tenha um sonho, quem sabe até um desejo
As coisas que eu almejo estão tão longe agora
Mas o fruto do desejo, não tarda se revigora

No trabalho ganho o pão, nas caminhadas alimento minha alma
Tenho fé e esperança, pois tudo que eu plantar
Meus filhos ao de colher
E quem sabe se eu lutar, o bem há de vencer
Se meu País prosperar, meu filho vai falar
Com coração palpitar, há de mim se orgulhar

Pois não fujo a luta, me orgulho da disputa
Que se calem quem contraria, pois se a luta tu fugia
Que és tu ó estrangeiro, te vendeste por dinheiro?
Aqui não é lugar de fracos, somos mártires condenados
Ao sucesso de nosso anonimato...

Texto: Fabio Borges
Assessor de Comunicação de Renato Sparremberger
Candidato a Vereador 2012 pelo Município de Cachoeirinha - RS

Foto de Arnault L. D.

Fel

Alimente o seu rancor,
com seu sangue e pensamento.
Com caustica constância e dor,
em doença e isolamento.

Embale-o em seus braços,
como não fora infecto lodo
e molde-o em seus traços,
até estar coberto de todo...

Sua alegria, orgulho declarado
pelo seu sofrer e seu odiar.
Faça-o pão, oração e pecado,
seu tesouro de por gosto chorar.

Renegue com magoa a verdade
dos que se cansaram da porta,
cripta aberta, a repetir a insanidade
de manter viva coisa já morta.

Nutra, viva seu precioso rancor...
Faça seu berço e seja seu ninho,
dele se acompanhe até o ultimo se for
e ele então, de ti se alimentar sozinho.

Foto de Maria silvania dos santos

Vida triste

Hoje um pouco de minha historia vou conta, minha vida e só luta pra que o pão de cada dia eu possa ganhar, apezar do sofrimento, a minha família quero ajudar, mesmo sabendo que valores para o que faço não me vão da, pois na casa dos meus pais quase não posso nem conversa, dizem que o meu pai que esta de cama sem poder andar e nem falar eu vou somente perturbar, mais e só o meu irmão chegar que tudo ele pode falar e eu só posso ficar a escutar, a minha irmã só sabe me humilhar dizendo para o meu irmão que dos filhos dela não quero cuidar, pra que ela possa trabalhar, e ele se fazendo de chefão começa a me xinga, mas que vida dura tenho que agüentar! Pois é só eu começa a explicar que logo me mandão cala e nada posso falar. Na verdade, já nem sei se ali quero ficar, estou ali ate hoje mais não e por falta de lugar. Pois fui pra lá não com a intenção de mora, lugar pra mim mora, não preciso nem procura. Graças a Deus tenho vários lugares que posso mora. Estou ali ate hoje porque do meu pai quero cuidar, mesmo que eles possam duvidar, pois minha mãe sozinha não vai agüentar, pois na hora do banho o meu pai temos que carregar.

AUTORA: (MARIA ADRIANA DOS SANTOS)

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