Aves

Foto de poetisando

Primavera

Fica o céu todo de azul
Que é também a cor do mar
Trás as aves e as flores
Os pássaros e o seu cantar
Na primavera que lindos ficam os jardins
Fica a natureza mais colorida
As flores do campo florescem
A primavera é mais vida
Com a chegada da primavera
A natureza fica toda mais colorida
Que paisagens mais bonitas
Trazes tu primavera querida
Não há outra estação
Que traga tanta alegria
Que lindas são as flores
As aves e as suas cantorias
Só a primavera nos trás
A esperança e harmonia
Traz-nos as cores mais lindas
O canto das aves em sinfonia
Outra estação assim não há
Com tanto encanto e beleza
Digam o que disserem
É o encanto da natureza
Primavera podia ser mais bonita
Não fosse o homem estragar
Podia haver mais aves e flores
Não fossem os homens queimar
É a estação que cobre os campos
De verde da cor do mar
Porque é que nos homens
Não a sabemos preservar
Como és linda primavera
Com todo o teu esplendor
Cobres os campos de verde
Vem contigo a esperança e o amor

De: António Candeias

Foto de Alexandre Montalvan

Palavras de Amor

Se
todas
as palavras
fossem-me dadas.
E o canto das aves
ao nascer do dia, na alvorada.
Como sementes brotariam
versos e mais versos para você, minha amada.

E eu te amo, como fosse amor,
o primeiro,
eu até diria, gritando ao
mundo inteiro "Eu te amo",
porque te amar é minha sina, eu não exagero

E com meu coração aberto
este louco amor esta em mim e em você
o passageiro é por conta do incerto.
Assim como o nosso amanhecer

Alexandre Montalvan

Foto de Bruno Silvano

Lembranças..

Dos saberes , dos brincares dos sabores
Das coisas que conseguimos
Das coisas que um dia amamos,
Das atividades insensatas, dos momentos inexplicáveis
Das brincadeiras inimagináveis

De cada cruzares, olhares
De cada entrelaces
Dos pulsos, da adrenalina
De cada risada, de cada impulso

De cada luar
De nós dois livres presos no ar
Das manhãs, das serenatas
Do pôr-do-sol, iluminando o nosso farol

Das primaveras que amadurecemos
Das flores que colhemos
Do nosso amor que brotou aqui dentro

Do tempo que procurávamos ser felizes
Das tempestades astrais de momentos de deslizes
Do brilho que encontramos em cada coração
Das afinidades da paixão

Dos sonhos incríveis
Das marés aos nossos pés fazendo-nos flutuar em um mar de esperança em pleno luar
Do nosso amor acima de tudo, das diferenças indiferentes,das coisas anormais
Do tocar dos sinos ao amanhecer, nos fazendo suspirar

Do encanto do recanto encantado onde costumava-mos no encontrar
Naquele mesmo canto onde cresceu aquela flor, onde a estrela se dispersou
E nos uniu em um único conto, onde o que importa é o amor

Das estradas que seguimos, que nunca se perdemos
Nesse mesma canto de surgimentos, acontecimento de nossos sentimentos
Dessas estradas da vida que nos encontrou, que nos reconciliou..

Das estrelas que liguemos que se tornaram constelações
Dos passarinhos que alimentemos que viraram belas aves
Das borboletas que transformamos em esperança
Do nosso amor que liguemos a um só coração

Foto de José Herménio Valério Gomes

UMA SÒ VEZ MAIS QUE AMIGO=UM ETERNO IRMÂO

VOU DEIXAR PARAR O TEMPO
DESTRUIR O MEU RELÒGIO DE VIDRO
QUERO REGRESSAR NOS MOMENTOS
QUE VIVEMOS AMIGO,
RECORDO PELO SANGUE TER FEITO AMIZADES
O QUE NUNCA ACONTECEU CONTIGO
MAS VIVO PARA A ETERNIDADE
ENCONTRAR EM TI UM IRMÂO DENTRO DE UM AMIGO,
RECORDO À SOMBRA DA GRANDE ÀRVORE
CONFIDENCIARMO-NOS PESADELOS E SONHOS SEM BRIGAS
DE QUE MAIS NINGUEM SABE
RESTAM AS NOSSAS EXPRESSÔES NAS POLAROIDS,QUASE ANTIGAS
E QUANDO O RESTO DOS HUMANOS DIZEM TER AMIGOS
UMA SÒ AMIZADE CO-HABITA O CORAÇÂO
MAS COMO EU ESCREVO E SEMPRE DIGO
SÒ IDENTIFICAMOS O VERDADEIRO AMIGO
AO PERDÊ-LO NA MORTE, COM A MESMA DÔR E SENTIMENTO DE UM IRMÂO...
zehervago mars 2005

amigo puto laranjeira
deixo aqui talvez eterno
o quanto o nosso laço de amizade
jamais se apagarà mesmo apòs
eu ter reactivado o tempo em que
vivemos sem ti....

Encontro-me oriundo
Disseram-me que näo estàs mais
Olà amigo diz-me que fazes
Que caminho foi que tomaste
Que direçâo foste
Para au encontrar-te
E viver contigo mais hoje

Amigo estou sentado
Brevemente no mundo dos loucos
Acreditando dar vida ao passado
Mas tu sabes que eu peço täo pouco

Nada mais o que vai nas memòrias
Dos lenços e echarpes dentro das noites
Onde o silêncio das aves conta històrias
Daquilo que eu e tu foste

Recordo que vagueavamos
Como duas guitarras desafinadas
Deixando vozes nos nossos passos enquanto andavamos
Sobre os paralelos direçäo a casa

Fica um testemunho da lua e das estrelas
Incorrectamente nomeadas
Para serem a luz de um pergaminho
QUE FICARÀ ALGURES PARA SEMPRE...............zehervago

Foto de Marilene Anacleto

Feliz Natal! Feliz Ano Novo aos Amigos!

Anjos do Natal nos lembram o que o Deus Menino quer de nós:
Momentos de luz para nossa alma, preencher nossa vida com amor.

Reunir as famílias por costume, dar presentes por obrigação,
Estressa o corpo e a mente, diminui e faz gemer o coração.

O medo de não presentear alguém, por poder, um dia, ficar só,
Esconde a bondade genuína e a generosidade de um coração.

O amor, essência da vida, neste tempo emana seu brilho,
Oferece um bombom, um afeto, um abraço ou um sorriso.

Decora a casa com alegria, cozinha com prazer e emoção,
Dê um sorriso numa longa fila, presenteia com amoroso cartão.

Observa as flores, as aves, o mar. Fotografa-os, se assim puder,
A flor da paz começa a te sorrir, a flor da vida vai, em ti, reviver.

A estação maravilhosa do natal, época das almas em festa,
Não deve ser pesado fardo a ocultar o Espírito dessa Época.

Passeia pela tua natureza, e, sobre ti, derrame um flóreo olhar.
Esteja sempre bem contigo mesmo. É este o apelo do Natal.

E para o ano que ora chega, conserva esse olhar, a flor da paz.
O sorriso, o bombom e o abraço são maneiras de amar e de se amar.

Feliz Natal! Feliz 2012!
Prosperidade e longa vida aos amigos leitores e todos os administradores deste espaço poético!

Foto de Marilene Anacleto

Ilumina-me!

Vive o homem em um abismo,
Em consumismo e estresse.
Mudanças, inseguranças,
Variadas perdas. Tragédias.

Chega, então, o Natal!
Grinaldas de preces, em igrejas,
Novenas para nossas almas,
Corações de velas acesas.

Corais nos trazem os anjos.
Com eles, nosso Eu Divino
E a emoção de renascer
Em luzes com o Deus Menino.

Ressuscitam em nós o Cristo,
As harpas e os violinos.
Encontro tempo para amar
Entre flautas e pianinhos.

Meu presente, amados, quer dizer:
Te aceito, te amo, te reconheço
Como um lindo Filho de Deus
Desde o início dos tempos.

Mundo de incertezas e esperanças.
Feito aves que perderam o ninho,
Rogam os homens, feito crianças,
Àquele pequeno Menino :
- Preciso seguir novo caminho.
Toma meu coração! Ilumina-me!

Foto de Rosamares da Maia

AVES MIGRATÓRIAS

Aves Migratórias

É inverno e partirei para o sul.
Com as aves do hemisfério norte,
Migrarei em busca do sol.
Voando na forma da vitória,
Sou o líder do meu bando,
Cortarei o ar com o vento no rosto,
Gotículas de nuvens borrifando as penas

Com pena do pássaro sem asas,
Que sempre voa preso ao solo,
Sem norte, ao extremo do sul.
Sem rumo, só no prumo de sobreviver,
Na busca do sol no azul do céu.
Homem e pássaro de hemisfério algum,
Que não se permite voar em bando.
E mesmo na multidão faz solitária revoada.
A formação, disforme, não guia o vento.

De asas abertas cumprimos penas,
Sentenças atávicas de nossas necessidades,
Asas privadas de liberdades e sonhos.
De quando em vez na vida, uma vez,
Os olhos olham em direção ao sol,
A alma libera as asas e voa livre.
E o pássaro e homem buscando a direção sul.
Sobrevoa a sua dignidade de águia
E reencontra o caminho da sua humanidade.

Rosamares da Maia
18 de outubro. 2011

Foto de Edilson.RL

Há Um Exército Dentro De Mim

E há um Exército dentro de mim
Capaz de destruir seu edifício.
Virar lágrimas
Daquilo que um dia fora cachoeiras.

Eu tenho meu poder,
E raptarei o seu para mim.
E o Universo estabelecerá
A Conexão, que já parou de existir
Entre nós dois, que já grande
Não viu-se num microscópio.

E eles arruinarão seu edifício, e suas janelas.
Sob meu controle, minha opressão.
Porque o microscópio teve a lente quebrada
Junto com suas janelas.

Tu voltarás ao pó
E do pó, à lama
E implorará para que eu o seque
Ao ponto de fundi-lo
Após a ebulição
Que o renovará

Seus 6 sorrisos me perseguem,
Isso não durará muito tempo
Pois o tempo, já capturei,
E ninguém desalinhará jamais.

Não grite ! Não!
Seu edifício já faz parte de mim.
Eles ainda não o derrubaram,
Eu quero ir até o final com isso!
A lente não se restaurará,
Porque, existe um exército dentro de mim.

Chega, não suporto seus delírios,
Eles me cercam, como nuvens de outono.
E que fazem as folhas caírem,
Aquelas que precisam de minha luz para viverem.

Tu, pagarás a dor que me fez,
Com os cacos que se quebraram,
Que se unirão ao seu corpo
E lhe trará o Amor.
O Amor que eu já conheci
Quando você existia.

Vamos! Segure seu edifício.
O sexto sorriso ainda não desabou,
Ele levita, não pode cair,
E o universo sem lados
O Ajudará,
Mas não me Destruirá.

Você não ouve mais as aves migratórias,
Pois, um de seus sorrisos já adormeceu.
Tudo está estremecendo,
Eu ganharei a luta,
Porque, eu tenho um exército dentro de mim.

Foto de Rute Mesquita

Lacrimosas da noite

Chora a noite,
brotando-se escura e melancólica.
Sombra sem desquite,
desta tristeza alcoólica.

Choram-se as árvores,
despindo-se das suas folhas.
Implorado é o cântico das aves,
perante estas demolhas.

Choram as pedras da calçada,
por caminhos reprimidos.
Por de luz nunca ser alcançada,
choram-se restringidos.

Chora-se a água,
convertendo-se em sangue.
Ditado desta noite: ’ a mágoa,
que nos cegue.’

Choram-se os meus olhos,
queixa-se o meu corpo moribundo.
Aproximam-se os medonhos
e cobrem este mundo.

Chora-se assim a natureza,
como uma criança, como um adulto.
Como na noite perdeu a sua beleza,
em prol do seu tumulto.

A luz deseja-se,
à mais de cem anos de escuridão.
A alegria despeja-se,
se de longe vir a salvação!

Foto de Carmen Lúcia

Céu, sol e mar...

O sol a iluminar o oceano
faz meu espírito dourar
quebrando o escuro desengano
com sua luz em meu rosto,
trocando a vida pelo brilho fosco,
reacendendo a chama que de repente
tende a tremular e se apagar.

No topo da mansidão celestial
abre-se em leque, intensa luz,
inimaginável cerimonial,
a reverenciar o astro rei
refletindo a paz que desacreditei,
aquecendo meus frios passos nas águas
flutuantes de um mar que nunca naveguei.

Ondas profundas dissipando brumas,
a embeber de brancas espumas,
penetrantes e insólitas, a pele esfacelada
de dias sombrios pela ausência do sol,
quebrando na areia o cheiro de sal,
retrocedendo ondulantes em direção horizontal
onde se confundem céu, sol e mar.

Ponto de encontro de aves marinhas
que ao cair da tarde juntas se aninham
sem nunca manchar o azul
nem macular o branco,
mostrando a alegria de um mundo brando
deixando no ar vestígios da paz
num voar tão leve que no céu descreve
tanta simplicidade a me tocar o coração.

_Carmen Lúcia_

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