Blog de Bruno Silvano

Foto de Bruno Silvano

Comparações e Metáforas

O nosso cotidiano é cercado pelos mais belos e fantásticos fenômenos da natureza, seja eles animais dóceis, fofos, exóticos, comidas boas, medias ou tapiocas. Até mesmo pelas auroras boreais ou astrais, astros, tudo isso que faz parte de um conjunto chamado mundo, ou planeta. Que há ainda nele o luxo, a fama, o lixo e the vampire diares. Muito disso que embora passe despercebido, forma um contraste perfeito com a nossa vida.

Não basta de muito para perceber que o mundo não é mais como era há algumas décadas atrás, até mesmo olhares menos apurados são capazes de notar que o brilho das estrelas já não é mais o mesmo. Que a água, por mais insípida que seja, já não dá aquele gosto tomar e que as correntezas famintas e descontentes, sentem-se no direito de procurar por novos mares e lares, invadindo e devastando cidades na busca pela retomada de seu líquido precioso.

A cada aniversário que completa, o mundo se desenvolve, algumas vezes atraindo um caráter devastador, mas na maioria das vezes adquirindo características modernas, mais maduras, harmoniosas, inteligentes, tecnológicas que acabam por ser necessárias para as pessoas que o cercam, por mais que muitas dessas acabam por esquecer dessa relação de reciprocidade com o mundo, que não cobra e não se acha por estabelecer essa relação com as pessoas.

Assim como em todo universo, nas ciências, na química e na física todo lado positivo, tem seu lado negativo e que quando incomodado, o mundo pode gerar uma reação de igual ou maior intensidade, prova disso tem-se as catástrofe naturais. A quietude do mundo, por vezes conforta o coração dos mais depressivos, porém deixa com que as pessoas má intencionadas se aproveite e faço o que bem entender com ele, ou com ela. Já que no meio disso tudo, o planeta é uma mãezona pra humanidade, e como uma grande mulher, tem seus momentos de tpm, e acaba por provocar algumas mudanças climáticas em determinados períodos de tempo, as glaciações, por exemplo.

Porem, apesar de todos altos e baixos, pelo tamanho da sua importância, sem o planeta, talvez não seriamos nada, e a pesar de não ter o reconhecimento que deveria ter, pelas suas atitudes filantrópicas, solidárias, humanas e mundanas, o mundo mesmo que não tenha o mesmo brilho que outrora, as estrelas continuam brilhando, na perspectiva de um resgate. Em um olhar ingênuo é possível ver que o céu continua azul e imensurável e que as águas continuam correndo, ganhando uma sobrevida a cada dia e boa ação, alias, o mundo não precisa de esperança, pois ele é a esperança de quem o cerca. E é por essas e outras, que não existe algo mais bonito e fantástico que o planeta, que por sinal, não faz aniversário, hoje ou amanhã e sim todo dia. E é por isso que eu digo, PARABÉNS mundo, planeta, Larissa Duarte, ou seja lá mais como for chamado(a).

Foto de Bruno Silvano

Moça se faz...

Sentidos apurados, por um mundo de fantasias
A alma agitada, por traz de uma garotinha
As coisas girando em sua mente,
A musica dançando com os neurônios
O rock n' roll fazendo-a alegre, contente.
Deixando-a uma menina atraente

O mundo das fantasias se desfaz, a musica cria esperança
A moça embarca em uma letra, viaja ao além.
Aos poucos solta um sorriso bobo, inocente, como de uma criança.

Briga, grita, se desespera
A realidade às vezes lhe transmite um pesadelo
Os sonhos, ora tornam-se anseios, ora medo
Ora algo surpreendente, ora somente desejo.

Uma história cria-se em sua cabeça
Vilões e mocinhos estão a solta
Muito longe de ter um príncipe encantado
O pensamento desiludido a torna vitima de um rosto apaixonado.

Nesse universo paralelo, encaixam-se novas histórias
Tudo fica embaralho, os sentidos amargurados
Torna tudo difícil de ser transmitido em sentimentos
Mas no desfecho, tudo acaba como começou
O que era ruim se foi, o que era bom se tornou rock n' roll

Nessa cabeça poucos fazem sentindo
Talvez nada a satisfaz
Talvez nem o silencio a deixe em paz.
Mas tudo isso representa a garotinha
Que às vezes um pouco grossa
Mas que mulher firme se faz.

Foto de Bruno Silvano

Sinta essa musica

A vida não me deu asas
Como posso estar em todos os lugares
As pessoas exigem de mais, a cabeça já esta cheia
Mal sabem o quanto tudo isso é bobagem

Por todos os lados só me aparecem angustias
As represálias estão armadas
Das pessoas só saem injurias, calunias.
As mentiras estão sendo contadas

Deixe de paranóia e venha me ver
O mundo precisa saber, deixe as lembranças
Já temos mais que dezesseis, não somos mais crianças.
Deixe de especulações e venha ao meu lado
Eu sei que você vai gostar.
Vem meu bem, não temos tempo pra perder
Me acompanhe na próxima garrafa de cerveja
Curta esse rock’n roll, seja esse rock’n roll, faça um faz de conta.
Fique comigo até amanhecer.

Não quero saber do além
Sociedade não me merece
Pessoas não me fazem bem
Não deixe que os outros te guiar
Deixe tudo de lado, viva o amor
O amanhãs não importa, tudo pode mudar
Diz que me ama, vem pra minha cama
Diga que sim, mais uma transa.

Pegamos o próximo ônibus em busca ao rock’n roll!
A estrada é infinita, mas próxima parada ninguém nos dirá
Ah muitos barreiras da sociedade, mas que vão tu se fuder
Vou em rumo aonde houver um bom riff, um bom rock’n roll é tudo que preciso pra viver.

Foto de Bruno Silvano

A Mafia

O Vento batia continuamente na fresta da janela do quintal e produzia um leve e suave assobio, que embalava a mais belas das bandeiras, em tons cintilantes, simples e repletos de significados, que naturalmente se encaixava com aquela cidade e atraiam a atenção das pessoas que por ali passavam, os raios solares realçavam o amarelo, as nuvens em tom de algodão o branco e a camada escura de solo fértil que abria por instantes rente a neve derretia, representavam o preto. Era uma bandeira tricolor, que apesar de poucos saberem o que ela realmente significava, já a adoravam. Essa era a minha vista de quando olhava através das janelas de vidro.
Era apenas um brasileiro, criciumense para mais ser preciso, ou apenas mais um criciumense perdido e sozinho na Europa. Havia mudado recentemente para a cidade de Oxford, cidade essa cheia de cultural e beleza, um dos principais centros universitários do país. A oferta de estagio da garantia de experiências e grandes aventuras me atraíram àquele lugar. Não foi uma das escolhas mais fáceis que tomei em minha vida, longe disso, teria que abrir mão de muitos hábitos e principalmente do meu amor.
Minha cidade de natal fazia muita falta, costumava falar com as estrelas, dizem que as estrelas são boas companheiras, principalmente pra alguém quanto eu que precisa de alguém para se animar, pedia todos os dias para que meus amigos pudessem estar comigo, não que eu estivesse descontente com aquilo ali, talvez a imaturidade e inexperiência me fizesse sentir medo, me fizesse questionar o que estava fazendo ali, muitas vezes acordava assustado ao ver as arvores, os carros, os jardins repleto de neve, acreditava ainda estar dentro de um sonho. Meu passatempo era acordar cedo todos os dias, tomar um cappuccino quente e ficar em frente a lareira observando a bandeira do meu time do coração, que havia cuidadosamente enfiado em frente a casa. Esse era o meu hobbie enquanto não precisa ir trabalhar.
Seguia o mesmo caminho quase todos os dias para ir trabalhar, morava a 3 quadras da empresas, sempre ao sair de casa encontrava dois meninos e uma menina jogando futebol no pouco espaço onde a neve ainda não tomava conta, justamente em baixo aos redores da bandeira, que além de bonita servia como trave pra diversão da criançada. A cada dia que se passava o numero de crianças aumentava e todos tomavam gosto pela bandeira pela sua capacidade de iluminar e proporcional diversão para os mesmo.
Minha vida se tornava uma mesmice naquele lugar, chegara a imaginar que meu um dos meus maiores sonhos, acabara por se tornar pesadelo, era uma ainda muito sozinho repleto de solidão, mal eu imaginava que aquilo pioraria muito, mas que também passaria por muito bons momentos.
Não me importava que as crianças jogassem ali, muito menos com as varia perguntas tolas que recebia de pessoas curiosas sobre a bandeira.
Não me lembro ao certo que dia era, mas a previsão do tempo apontava a vinda de uma forte nevasca para a região, porém muitas crianças ainda brincavam no meu jardim, muitos se assustaram com o barulho das fostes rajadas de ventos que se aproximavam e saiam correndo para suas casas, mas um deles o mais novo da turma que tinha por volta de 4 anos ficou tonto, completamente desorientado, não sabia à que lado ir, logo corri par retirar o menino da rua e leva-lo pra dentro de casa, porém a hora que cheguei ele já não estava mais lá,. Apenas ouvi o barulho de um grande estouro e desmaiei, daí em diante não lembro mais nada.
Quando acordei, demorei a conciliar onde estava, o ambiente cheirava a hortelã, mas tão logo percebi que estava em minha própria cama, no lado tinha uma xícara com chá de hortelã com mel, acompanhado de um bilhete com as seguintes palavras “Cuide-se e da próxima vez tente não sair correndo como um louco na rua, no meio de uma nevasca. Da-lhe Tigre!” Seguido de risos e um beijo estampado a batom. O Chá ainda estava, ainda sentia um cheiro de perfume no ar, tão cheiroso quanto qualquer um outro que já senti outras vezes. Corri a porta pra ver se encontrava alguém, porém tarde demais, a porta estava emperrada devido o excesso de neve. Meu guarda-roupa estava um tanto quanto bagunçado, mas talvez já estivesse assim, devida a minha organização. O dia estava amanhecendo, foi ai que me dei conta que fiquei desacordado por mais de 12h.
Os telejornais avisavam a paralisação em algumas escolas e empresas devido a nevasca. Não iria precisar trabalhar, então fiquei deitado o dia inteiro tentando entender e lembrar de mais alguma coisa sobre o que havia acontecido no dia anterior. Porém todos os meus pensamentos foram interrompidos pela noticia de que entraram o corpo de um menino, por volta de 4 a 5 anos de idade, morto com sinais de asfixia, em um terreno próximo ao da minha casa.
Estava extremamente curioso para descobrir o que havia acontecido, e ainda mais quem era a pessoa que havia me trazido pra dentro de casa, minhas únicas pistas eram, o perfume, o idioma e a letra com que a pessoa havia escrito, e a julgar pelo batom imaginava se tratar de uma mulher, de fato não estava errado. Mas a questão é, o que estaria ela fazendo ali, se a única pessoa que vi era um menininho inocente e indefeso? Ao menos foi isso que imaginei ter visto, pelo menos através do vidro fosco das janelas.
Passaram-se dois dias sem que eu tenha mais informações sobre o caso, porém através de denuncias, feita por uma mulher, que não quis se identificar, que relatou me ter visto com a criança. E como a criança costumava brincar sempre no meu jardim, fiquei sem ter como me defender e as suspeitas sobre a morte do menino recaíram todas sobre mim.
Passei varias tardes respondendo inquérito e prestando depoimentos, haviam encontrado luvas com o emblema do Criciúma perto da cena do crime, o mesmo que estava na bandeira, que por sinal também havia sumido. Peritos constaram que a luva me pertencia e que eu havia sumido com a bandeira, pra não levantar suspeitas e ligações entre luva e bandeira. Mal eu sabia, que a profissão que sempre sonhava em ser, se voltava contra mim, em um mero descaso do destino.
Não entendia o que fazia uma luva do criciúma, era o único criciumense que morava na região. Tentava montar em minha cabeça parte por parte, mas faltava um detalhe, pra mim essa historia não fazia o menor sentido, quanto mais para um chefe do departamento de investigação. Que por sinal era mulher, uma bela mulher, muito me parecia familiar, era baixinha, não tinha mais do que 1,65 metros de altura, possuía cabelos ruivos puxando pra loiro, seu perfume, ela era misteriosa, e isso me atiçou a desvenda-la.
A luva era a prova concreta contra mim, pelo menos para me deportarem para o Brasil, alguns dias antes essa seria uma boa noticia, mas agora já estava muito envolvido no caso e faria de tudo para desvenda-lo, e por ventura provar minha inocência.
Em um dos depoimentos cara a cara com a chefe do departamento criminal de Londres, ela deixou cair alguns relatórios de perícia em cima de mim, havia algumas anotações em português, logo reconheci a letra, como a mesma do bilhete deixado em meu quarto. Estava ai, frente a frente com a pessoa que poderia me salvar, me defender. Ela leu em meus olhos que havia descoberto quem se trava ela, porém não me deu tempo de reação, me deu um beijo, tão suavemente quanto um de cinema, e mandou eu segui-la rapidamente e que me explicaria no caminho, mas que precisa que eu embarcasse no avião e voltasse para o Brasil. Não sei se essa foi uma das atitudes mais inteligentes que tomei, porém segui-la.
Ela me levou a um depósito velho onde trabalhará sozinha como detetive particular, e um dos seus casos era de uma máfia formada dentro da empresa em que estava trabalhando. Máfia essa que aliciava e menores idades inclusive eles que haviam cometido o assassinato do pequenino e estavam me usando pra atrair as crianças. Explicou ainda que se a culpa do assassinato caísse sobre mim era a única maneira de me defender da máfia, e por isso ela se encarregou de implantar as provas.
Detalhou: “Você estava indo salvar a criança, eles estavam atrás dela, ao perceberem que tinha alguém por perto tentaram lhe matar, porém apenas te desacordaram, e antes que tivessem mais tempo, cheguei e eles recuaram, então levei você até a cama e tratei de você, até porque temos muito mais coisas em comum do que você pensa..” Nessa parte fomos interrompido por barulhos de tiro. Corremos em direção ao carro, porém cai na armadilha e fiquei na mira da arma de um dos membros da máfia, um tiro e era certo que eu morreria. Ele engatilhou e atirou, fiquei meio surdo com o barulho do tiro, porém ela a delega havia se joga em minha frente, rebateu o tiro, porém não se livrou do ferimento. Havia sido atingida a altura do pulmão, dava pintas de que não resistiria, deu-me mais um beijo, o melhor deles, e desmaiou.
A ambulância não demorou a chegar, porém não escondia a aflição do medo em perde-la em nunca mais a ver. Porém vi em seus braços uma tatuagem “Da-lhe tigre” e logo entendi que não era apenas destino. Os médicos disseram que ela havia perdido muito sangue, porém ficaria bem. A partir desse dia descobri o que era a paixão, algo que começou a alguns anos em jogos do criciúma, e que se estendeu mais além, além de continentes, um clube que reuniu meus dois amores

Foto de Bruno Silvano

Sou Carvoeiro

Não éramos mais do que um bando de apaixonados
Apaixonados com razão, passávamos por dificuldades e aflições
Mas que mesmo assim não deixavamos de cantar e apoiar o Criciúma
Não importa, o tempo, a distância, ou a ocasião, o carvoeiro sempre esteve e estará em nossos corações

A medida que o tempo passava, a nossa torcida crescia
Diziam que o criciúma nunca ganharia nada
Que não passava de um pequeno time de refugo
Foi ai que viram a força que tem nossa torcida

Cruzamos nosso estado, conquistemos os troféus dentro das 4 linhas
Cantemos alto, mais alto que qualquer torcida
Crescemos e nos tornemos os maiores de Santa Catarina

Passamos o limites do estado, fomos além da terra das maravilhas mil
Passeamos por vários lugares, por vários estádios, em todos os cantos do país
Demos a volta e tivemos a conquista da copa do Brasil..

Enquanto muitos insistiam em dizer que não éramos ninguém
Viajávamos pela América
Conquistando vitórias, conquistando a fama que nos convém

Passamos por varias dificuldades, mas nada disso deixou nos desanimar
Seguimos apoiamos, partida após partida
Isso tornou-se um vicio
O Criciúma tornou-se nossa vida..

Isso vocês nunca vão entender
Somos um torcida diferente
Que tem orgulho de ser carvoeira, pelo mesmo motivo que tem de viver...
Não tentamos imitar os outros, somos simplesmente só a gente.

Foto de Bruno Silvano

A Caverna

Seu olhar era triste, talvez pela saudade que estava sentindo de casa, ou por esta se sentindo uma estranha, em um pais desconhecido, sem nenhum amigo. Cursava o primeiro semestre de Moda em uma das maiores universidades de Londres, mas ainda era uma garotinha ingênua e insegura, cheia de expectativas para o que mundo pudesse vim a lhe mostrar, a lhe trazer.
A primavera chegava, e florescia o coração daquela jovem, que por muitas vezes pegava-se a observar o céu estrelado chorando de solidão, da falta que uma companhia lhe fazia. Deitava-se sozinha na rede para acompanhar a transformações das flores, sentia-se como uma, a mais sensível e perfumadas delas, uma daquelas flores que enfurecida com o descaso das pessoas abria somente a noite, onde realmente tinha liberdade para ser somente uma flor.
Costumava banhar-se em um riacho com águas claras, doces, ao som de passarinhos e da goteira que pingava uniformemente da parte de cima da caverna. Era o lugar em que costumava se encontrar com seu interior, em que botava calma na alma, o que ajudava a disfarçar o seu semblante triste.
Sua solidão era cada vez maior, procurava relações de todos os tipos, porém nada fazia com que aquele sentimento tivesse um fim. Sempre procurava cura naquela caverna, aquilo se tornava um vicio, porém em uma de suas idas encontrou algo lá, algo que para ela realmente valesse a pena, a os seus olhos ele era diferente, tinha seu brilho especial, era espetacular, tinha seu toque de humor e simpatia. Foi paixão a primeira vista, fez dele o seu tudo, passava horas com ele, já mais havia sentido tanto amor e prazer quanto o que ele deu a ela, juntos, ela realmente se sentia mulher, algo que não sentiu com mais ninguém.
A caverna tornou-se seu ponto de encontro, não havia alegria maior do que ir todos os dias para lá, e em seu ponto de êxtase deixou-se seduzir de vez por ele, o acariciou com vários movimentos, se deu toda a ele, utilizou de todo os artifícios que havia aprendido em sua vida, deslizou sua mão suavemente sobre todo seu corpo, fazendo-o sentir vibrações, porém ele já não estava com mesmo brilho de como ela a viu pela primeira vez, porém insistiu em acariciá-lo, deslizando com toda sua sedução, a mão até suas partes mais sensíveis, e em um gesto de amor ela pediu “me deixa cuidar de você?”, porém não obteve resposta, o seu brilho foi diminuindo lentamente, até que sem saber o que fazer, ela o deixou ali imóvel, até que toda sua bateria acabasse. Porém não se deixou abater, saiu correndo em direção a cidade e em menos de uma hora já estava com um novo amor, um iphone 4s, que embora seja menos compacto que seu antigo amor ainda trazia lembranças de seu já sem bateria iphone 5.

Foto de Bruno Silvano

O Hotel

Eram 19h, a noite a noite começava a chegar, o vento fazia barulhos desconfortáveis que aliados a tempestade que estava chegando dava tons aterrorizantes para aquela pequena e isolada cidade, esquecida no meio do mapa.
Não era dali, mas estava hospedado em dos mais nobres hotéis da região, era bastante antigo e lembra em muito um cortiço, o que reforçava ainda mais o cenário bucólico. Era as férias de julho e chegará ali por um antigo sonho de meu pai, o de viver em um lugar calmo e seguro, ou que ao menos acreditava-se de lá.
Tínhamos mapas antigos e meus pais haviam ido a uma vendinha da região atrás de mapas atualizados quando a tempestade começou. O céu escureceu rápido e estava lá, sozinho, preso naquele fúnebre e bucólico quarto, sentado em uma cadeira que mais parecia um balanço, sendo embalado sorradeiramente pelo vento que se atrevia a abrir a janela, e sendo seduzido pelo barulho ensurdecedor do assobio do vento. As ruas, os campos, o ceú da cidade, ficaram ainda mais desertos, até os menores seres se retiraram. O vento se intensificava cada vez mais, foi quando em um só solavanco a janela se abre por inteira, e mais embaixo vejo vindo do infinito uma bela garota ao meu encontro, se aproximando, e quanto mais ela se aproximava mais vultos se criavam ao meu redor.
A noite acará de possuir por completo o sol e a cidade toda estava sem energia. Havia conseguido arrancar a porta que trancava o quarto, comecei a ouvir sussurros e gemidos, que começavam baixos e iam aumentando, sai desesperadamente em direção a recepção, mas estava tudo trancado, corri em direção a cozinha em busca de velas, mas estava fechada, não havia mais ninguém dentro do hotel. O ar-condicionado havia ligado de repente e consigo começaram a escorrer sangue pela parede. Os gemidos aumentavam e vinham do ultimo andar, fiquei receoso em subir até lá. As escadas haviam suado e estava escorregadias, mas com bastante esforço cheguei até lá em cima, encontrei uma garota bastante pálida e chorando apontando para o quarto 666 – Não era muito ligado a crenças, mas mesmo assim me custei a entrar no quarto -. Ao entrar quase não pude ver nada, achei não ser tratar de nada, até que a porta do quarto bate e se tranca, bati desesperado para abrir, mas os gritos de choro da criança sumiu, e eu estava mais uma vez trancado.
Minha respiração começava a ficar aguniada, sentia cianeto no ar. Não enxergava nada até que duas lâmpadas vermelhas se acenderam rapidamente no quarto, via muitas mariposas, e dois corpos amarrados em pé, totalmente ensangüentados, começaram a sair sanguessugas de dentro deles, até que em um deles solta um grito sorrateiro e acabado batendo na parede e desmaiando.
Fiquei em coma por alguns dias, quando acordei recebi umas das piores noticias da minha vida, que a do meu pai havia sido atacado por sanguessugas e morreu lentamente.
Minha mãe me fazia companhia no hospital, porém teve que sair e fiquei trancado dentro daquele quarto de hospital, esta convencido de que lá era seguro. Quando de repente de algum lugar surge misteriosamente uma enfermeira, com uma espécie de Teres medicinal para mim tomar, dentro dele formaram-se as palavras “Sangue”, “Choro,”Menina”,”Missão”, “Sanguessuga”, “Morte” e “Cemitério Funerário das Capivaras”. Achei ser coisa da minha cabeça, e continuei tomando, até que meus olhos ficaram todo branco e meus dedos todo cortados.
O Tempo passou sem sobre naturalidades, até que tomei coragem pra ir ao cemitério onde meu pai estava, procurei por vários túmulos até eu o achar na lapide de numero 666, e ao seu lado havia três mulheres enterradas, uma menina de aparência pálida, uma adolescente e uma enfermeira, que coincidentemente morreram em ataques de sanguessugas, que foram provocadas por causa do desmatamento ilegal, que meu pai estava comandando na região.

Foto de Bruno Silvano

Um conto em New York

Quero ser realista
ter minha própria vida
poder amar.. Tudo isso na cidade que se contradiz
quero ir pra new York
Eu quero ser feliz.

Quero tempo, felicidade e alegria
poder descansar no agito
onde tudo acontece, onde tudo se move
quero ter paz na cidade que nunca dorme.

Quero meus desejos todos juntos
quero meus desejos misturados com os anseios de um sonho bem profundo

Por lá tudo surpreende, tudo comove,
É pra lá que eu quero ir
Quero ir para New York

Quero realizar meus sonhos
Conseguir meus discos de platina
Fazer meus ideais
Cuidar da minha própria vida

Quero aproveitar a beleza
Quero viver o frio em uma cidade praiana
Quero dormir acordado
Quero acordar dormindo nessa cidade cosmopolitana

Quero novas ironias
Novos caminhos
Aconchego em pura adrenalina

Me apaixonar nesse lugar cosmológico
Viver uma história de amor
Experimentar dessa magia
Na capital dos namorados.

Quero ver por outros ângulos a linha do horizonte
Quero cruzar o hemisfério, viajar pra bem distante
Quero ir pra bem longe daqui, quero algo que realmente me toque
Quero acordar na cidade que nunca dorme

Bruno Silvano

Foto de Bruno Silvano

Uma noite na Califórnia

Não era uma noite qualquer, as estrelas pareciam se aproximar da terra, seu brilho era de uma magnitude esplendida, era calor a temperatura passava dos 30º em pleno luar, era noite de lua cheia, e aquela lua estava espetacular, diferente de todas as que já havia visto em Criciúma. Estava em San Diego, segunda maior cidade do estado da Califórnia.
A noite mal tinha começado, não imaginava o que poderia encontrar por lá, era a minha primeira noite naquela enorme cidade a qual tinha ido por engano, teria vindo eu de um lugar significativamente menor tanto em tamanho quanto em população. O agito não era intenso, mas estava sozinho naquela praia, não dominava muito bem a língua inglesa, nunca me senti tão só, tudo parecia maior que o normal. Estava com minhas malas perdido com a camiseta do Criciúma em uma praia.
Os minutos passavam rápido, ao mesmo tempo que me sentia sozinho, sentia um sentimento de liberdade, de indiferença com as pessoas do lugar, de estar realizando um sonho, sim seria um desafio achar algo por lá, mas era um sonho.
Estava como sempre admirando a praia, as estrelas, o vento começava a suar suavemente, as estrelas me hipnotizavam, não sei se estava sonhando ou se a ficha não tinha caído ainda, a vista era de admirar, mas acabei adormecendo em um banquinho da praça por ali mesmo.
Acordei não eram nem meia noite ao som de gritos e homens encapuzados a o meu redor, não entendia o que diziam mas logo botaram uma arma na minha cabeça e saquei do que se tratava. Levaram tudo que tinha, meu dinheiro, meus documentos, meu passaporte, e agora sim, era um carvoeiro desconhecido perdido em plena Califórnia.
Fui acudido por alguns cidadões que estavam passando pelo local que por sua vez também tinham sido vitimas dos assaltantes, e chamaram a policia para fazer o BO. Não esperava pelo pior, não conseguia me comunicar com os militares, que por muitas vezes ficaram estressados comigo, e me deteram, na hora não entendi o porque, mais tarde descobri que tinha xingado a mãe de um deles.
Sim a viagem tinha começado mal, mas poderia estar pior. Não fiquei nem dez minutos preso até que uma desconhecida pagou a minha fiança e eu pude sair, ela não havia se identificado, nem dado referencias, apenas pagou e foi embora, queria encontra-la pra agradecer, mas ela sumiu na escuridão.
Novamente havia ficado perdido , sem rumo, na escuridão. Tentava desesperadamente voltar para aquela praia, mas não tinha a mínima noção para onde ir, resolvi seguir os meus instintos, continuei caminhando em frente.. Passava em frente a uma boate gay, quando me lembrei que ainda estava sem meus documentos, para a piorar a situação a viatura da policia federal estava passando por ali, ou eu entrava na boate ou era preso novamente. Sim eu entrei na boate, fui confundido com um dançarino e fui obrigada a dançar, passei por maus momentos, nunca havia sido tão bulinado em toda minha vida, mas ao menos havia me livrado de ser preso, até que os policias invadem a boate e prende todo mundo que estava lá, sim era uma casa noturna clandestina, tava la eu denovo, por engano, preso mais uma vez.

Passei a noite na cadeia até ser solto, já tinha perdido as esperanças, e já havia me decepcionado o suficiente com aquele lugar. Estava com fome mas todo o dinheiro que eu tinha havia ficado com os assaltantes. Eis que de algum lugar surge uma criança ao manda de uma moça misteriosa, me trazer um coquetel de frutas.
Procurei desesperadamente pela moça, corri atrás dela, segurei-a pelo braço fortemente, mas a única coisa que consegui foi ficar com aqueles lindos olhares gravado em minha mente, fui facilmente vencido por seu sorriso, larguei-a e ela se foi meio a multidão. Um pedaço do meu coração havia ido junto. Voltei ao banquinho pra comer o coquetel de frutas, mas um cachorro já tinha devorado ele. De qualquer forma a fome já tinha passado.
Passei o resto do dia tentando encontrar informações sobre aquela moça, não encontrei muita coisa. Por onde eu passava chamava a atenção, o sol radiante batia na camisa do Criciúma e ela brilhava radiantemente, encantando a todos que olhavam.
O Dia passou rápido, mas não havia sido nada produtivo, não encontrei nada a mais sobre a dona daqueles sorrisos, parei pra descansar naquela mesma praia, escureceu, e fiquei vidrado naquelas estrelas, nessa noite pareciam estar ainda mais brilhante, e alguma coisa me prendiam a aquela vista, não piscava. Não tinha me dado conta ainda, mas estava vendo toda a imensidão por meio de um olhar fascinante de uma mulher, cabelos preto, mais ou menos 1,60m de altura, dona do mais belo sorriso que já vi na vida.
Ela se aproximou não lembro se lenta ou rapidamente, havia me fixado no seu olhar, me beijou, senti o gosto doce da sua boa, o calor do seu corpo, deitamos na areia, ela em meu colo, jamais senti tamanha alegria. Logo depois ela me acolheu em seus braços, cuidou de alguns ferimentos, fez-me adormecer.
Quando acordei estava em avião, voltando pra casa, ela havia me entregado aos policias para me deportarem, sobre ela não descobri mais muitas coisas, apenas que era um intercambista carvoeira. Até hoje cada vez que vou no estádio sinto meu corpo colado no dela, nossos corações no mesmo compasse.

Foto de Bruno Silvano

Amor de Primavera

Primavera, ahhh a primavera... Era meados do mês de setembro, a estação ainda era o inverno, mas os dias passavam de pressa e se aproximava da primavera, as temperaturas eram bastante altas para a época, soava um vento típico da estação, não um vento qualquer, mas daqueles que sopram sem rumo, que são abafado, que nos prendem e trazem uma serie de pensamentos, reflexões. Estava sentado ali em uma rede improvisada em meio a natureza na fazenda de meus pais, tentando a todo custo ler um livro sobre astronomia, mas aquele vento não deixava, foliava as paginas, e me sacudiam na rede, provocando um nó no estomago.
Era apenas um garoto de 15 anos, sonhador, pouco sociável, possuía vários amigos, mas muitas vezes me alta excluía, me sentia diferente por nunca ter “ficado”, com uma garota, não por falta de vontade, sim por muitas vezes ter sido rejeitado, ou talvez não ter feito nada certo, como geralmente acontece.
O vento varria as folhas das arvores, carregava os pássaros mesmo contra sua vontade para o norte, que mesmo sem saber seria o melhor lugar para eles, e o vento me fez refletir sobre todos os meus quinze anos de vida, sobre o que faria de errado de errado, sobre o vazio que sentia dentro de mim, me deixava ainda mais cabisbaixo, não sei de onde tirava forças de passar uma aparência de uma pessoa forte e feliz para os outros. O vento se intensificou e me recolhi para dentro de casa. Estava bastante cansado, o dia seguinte seria bastante corrido, logo fui dormir.
Acordei cedo, com o barulho do carro de som que anunciava sobre um festival de balonismo que aconteceria próximo a cidade na semana seguinte, para marcar o inicio da primavera, fiquei surpreso ao saber que o grupo de voluntários da ONG do hospital poderia entrar de graça. Meus pais já haviam saído para o trabalho, e meu café estava pronto no microondas, comi rápido e parti para o hospital, onde vestido de palhaço faria uma espécie de Standart Comedy em prol de ver ao menos um sorriso de esperança e felicidade e o brilho nos olhos, daquelas pequenas crianças, que faziam tratamento contra o câncer, essa satisfação não tem preço e com certeza era o que me fazia dormir em paz e dava força para continuar sorrindo.
Nunca esperei ser recompensado com meu trabalho, sim eu era sozinho, sentia falta de alguém para abraçar, beijar, mas mesmo assim mesmo entre trancos e barrancos conseguia ser feliz. Muitas vezes ainda chegava em casa e tinha que arranjar ainda mais forças, pois meus pais brigavam constantemente. Pouco sobrava tempo para conversar com meus amigos.
Os dias passavam muito rapidamente e comecei a sofrer com a mesmice da rotina, estava um pouco quanto animado para assistir ao festival, que aconteceria no dia seguinte, mas meus pais não concordaram muito com a idéia, meu pai chegou bêbado em casa e pela primeira vez bateu em minha mãe, fiquei completamente sem saber o que fazer, corri para pedir socorro, mas fui atropelado por uma moto, cai com tudo no chão, meus pais não reparam, apenas se entreolharam quando me viram chegar em casa com a perna quebrada. Nunca me senti tão mal quanto nesse dia..
O dia do festival havia chegado, havia me desanimado um pouco, mas fui convencido por uma amiga a ir.
Era o primeiro dia de primavera e as flores já haviam todos brotadas, eram um espetáculo de cor, perfume e harmonia, é a estação da magia havia chegado e eu ainda não tinha encontrado um par ideal pra mim, uma garota que me quisesse, me amargurei mas logo esqueci com os show que estavam por começar.
Não era muito bom em detectar cheiros, parecia uma rosa misturada com uma dama da noite, era um perfume irresistível, não percebi que vinha de um garota que estava atrás de mim, até esbarra-la. Estava vestindo a camisa do Criciúma, o maior time de SC, as cores davam ainda mais ênfase a sua beleza, não consegui falar nada, tinha medo de fazer tudo errado como de todas as outras vezes e deixar aquela guria espantada, o silencio foi quebrado por minha amiga, que nos apresentou.
Seu nome era Júlia, para mim a mais formosa flor do campo, tinha cabelos pretos, media perto de 1,60m, não era da cidade, mas também se fascinava por espetáculos. Seus olhos brilhantes me hipnotizavam, me chamavam a atenção. Não era perfeita, mas era a Garota ideal para qualquer garoto, esperta, cheirosa, linda, e ainda acima de tudo torcia para o Criciúma.
O dia foi passando e ficava cada vez mais encantado, não consegui para-la de olhar, de conversar, o papo se estendeu até o fim da tarde. Já temia me despedir e nunca mais vê-la.
O sol estava se pondo e deixava o céu cada vez mais tricolor, que se entrelaçavam com Júlia, o sol com seu sorriso, seu olhar, e o amarelo e preto com sua camiseta. Me considerei o cara de mais sorte do mundo, por ter passado ao menos um pôr-do-sol com ela, fiquemos bem agarradinhos, fiquei com medo de beija-la.. Não sei se terei outra oportunidade, mas rezo para que ano quer vem ela apareça nesse festival novamente.

Páginas

Subscrever RSS - Blog de Bruno Silvano

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma