Silêncio

Foto de Rose Felliciano

DOS SILÊNCIOS QUE FALAM

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DOS SILÊNCIOS QUE FALAM

“Cala-te em um silêncio que fala
Em um silêncio tão sábio
Que sequer seus lábios precisam dizer.
Respondes sem fala e de forma perfeita
Que decifras minh’alma; desfaz incertezas
Já me permites saber...” (Rose Felliciano)

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*Mantenha a autoria do Poema*
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http://www.rosefelliciano.com/visualizar.php?idt=3039457

Foto de Hanilto josé Da Silva

VERSOS CARENTES

No aço do teu
beijo,
alma perdida escrava do
desejo,
dormindo no suspiro presa
calcinada no delírio.

Sou filho do silêncio
sombra e rastro solidão
a dor maior que a paixão.

Sou talvez a loucura
da visão,
agarrado na cintura da
ilusão,sorvendo o mel do
teu fel,desfolhando vendavais
gemidos de puros ais.

Alma sangue coração
talhados nos susurros
do teu olhar,morro inteiro
por te amar.

Febre ansiosa de pensamento
na mortalha do meu sentimento,
já não sou amor,sou saudade a todo momento.

Sou cinza esparça
no vento em espaços
de versos carentes,com o manto
do tempo,em eterno rimar sobre
as trevas de furioso mar.

Hanilto 16 06 2011

Foto de João Victor Tavares Sampaio

O Orfanato

- O Orfanato

No orfanato
Toda linhagem de enjeitado
Toma a forma de legião

Todo o povo da região
Passa-nos com o ego apontado
Acusando nossa rejeição

E a sombra que aqui relato
Desnuda a treva em ebulição
Sonho irrealizado

Presente desembrulhado
Futuro em suspensão
A humilhação em seu recato
Frio, destrato

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O Sol é falso, losango angular.

Umas poucas crianças cantam.

Outras tantas crianças gritam.

A volta da escola é lenta e singular,
Pois não há ninguém há esperar.

O vento espalhar seu vento, e a folhagem.

Uma nuvem nos faz pajem.

Nosso ritmo é policial e folhetinesco.

Reside o medo do grotesco.

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Os moleques do orfanato são feios e não têm receio em admiti-lo, já que no verso de sua condição morava o adverso, o ridículo dos corações partidos, a brevidade de sua relevância.

Um deles riu-se automaticamente:
- Somos completos desgraçados!

Esta frase correu sem gírias ou incorreções.

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Os moleques
Sabendo serem desgarrados
Destravavam seus breques
Em serem desencontrados

Faltava-lhes o saber da identidade
Descobri-se em um passado plausível
Ver-se na evolução da mocidade
Em um lar compreensível

Mas não lhes foi dada explicação
Nem sentido da clemência
Nem pedido, nem razão
Para sua permanência

Viviam por viver
Por invencionice
Viviam por nascer
Sem que alguém os permitisse

Abandonados
No porão de um orfanato
Sendo assim desfigurados
No humano e seu retrato

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Os moleques eram órfãos
E eu estava no meio deles sem me envergonhar!
Minha vida é curta
Dura, diante dos comerciais contrários!
Meu cárcere é espesso, grosseiro, não derrete nem sob mil graus!
Subo mil degraus e não encontro o final da escada
E a realidade é tão séria como o circo ao incêndio dos palhaços,
Pois nem meu hip-hop consola mais a sombra da minha insignificância
E nem toda a ostentação suporta o peso da veracidade

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O mundo me usa
Ao agrado parnasiano
E me recusa
O verso camoniano
Não tenho honra nem musa
Não tenho templo nem plano
A vida é pouca e Severina
Louca e madrasta carnificina

Solidão
No meu retiro na multidão

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Somos uma falange
Outrora negada pelo sistema
Zunido como abelhas de um enxame
Invadindo os isolamentos propositais;
Nação sem cara
Homericamente mostrando seu rosto
Olhando a palidez da polidez
Sendo enfim mortos de fome.

Sendo enfim cheios de vida!
O braço que nos impede a pedir banha-nos com seu sangue;
Nós somos encharcados
Havendo assim a benção que ignoraram em prestar
A afirmativa de um futuro inevitável;
Matamos e nutrimos
O pavor que nos atira para a vida;
Somos assim não só uma falange como uma visão intransponível.

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Em esperar ter condições
Só restaria estacionar
Ao choro das lamentações

E logo quando o meu lugar
For definido às lotações
Na margem sem quem se importar

Ou mantenho insurreições
Ou vou me colocar
Abaixo das aspirações

Se calar minhas intenções
Alguém vai me sacanear
E se buscar santas missões
Cair no desenganar

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Estamos descontrolados!

- Foi ele, tia, eu vi!
- Não, eu não fiz nada!

- Cala a boca molecada!
Ou vai entrar na porrada
Cambada de desajustados!

Nem suas mães os quiseram
Desde o dia que vieram
E ainda bem que não nasci
No mesmo mal em que estiveram

Enquanto existir distração
Restrito será seu contato:
Problemas não chamam a atenção
Ao veio da escuridão
Silêncio do assassinato

Eu me calo e penso então
Em como o mundo é ingrato
Por sobras ajoelhadas
Firmo-me em concubinato
Em estruturas niveladas
Para minha exploração

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A noite chega aos esquecidos
E com ela sonhos contidos
De um sono forçado

Sinto-me encarcerado
No meu instinto debelado
Pelo pânico dos inibidos

E os olhares entristecidos
Cerram-se em luto fechado
Da morte sem celibato

Estamos envelhecidos
Tão jovens e tão cansados
Estamos aprisionados
Na cela de um orfanato

Foto de odias pereira

" SILENCIO "..

Eu prefiro ficar no silêncio em um canto,
Do que falar o que não devo.
As palavras, as vêzes ferem e provocam pranto,
Trazem maldade,destruição e um malevo.
O silêncio é o remédio,
Que controla, uma história mal contada.
Ele cura , o desintendimento e o tédio,
De uma briga arrumada.
Quem opta por silêncio em seu canto,
Não leva na bagagem desafóro.
Goza de um gostoso acalanto,
Evita em seus olhos, lágrimas e choro.
No silêncio eu prefiro ficar,
Calado quieto sem dizer nada.
Com isso eu só tenho a ganhar,
Aqui no meu canto, na calada...

São José dos Campos SP
Autor Odias Pereira
12/06/2011

Foto de MarcosHenrique

No Além-Mar

Pensando em ti, de mim, me esqueci.
Foi teu inefável resplendor,
Insuportável, pranteei em dor.
Teu prazer é meu coração partir.

Sentando, olhando o Cristo Redentor,
Busco, ao sussurrar do vento, encontrar
Uma simples razão p’ra te perdoar.
Longe, ainda, de mim, o teu amor.

Esse vento, agora, como orador.
Brade tudo que ficou em aberto.
Nesse momento, silêncio e rubor.

Passarei a vida inteira a tentar,
Desvendar esse destino incerto.
Não quero eu te ver no Além-Mar.

Foto de MarcosHenrique

Campo de Batalha

Lança, escudo, lança, escudo... e a lança!
O cheiro de hidromel agourando a loucura.
Breve o silêncio, agora frente a frente,
Entre as paredes de escudos, homens, e as troças.

Cansados de provocações, os mais bêbados.
Espadas nos escudos, lanças já no ar.
Pouco a pouco, tomados pelo frenesi,
Todo o resto, agora, começa a lutar.

Eles nunca desistem, matam até morrer.
Acreditam que, de Mitra, vão receber,
No Outro Mundo, as insondáveis recompensas.

Fim da guerra, muita dor, e um vencedor.
O fogo, agora, consumindo as muitas piras.
A pena e a lira, resta ao bardo manobrar.

Foto de cnicolau

Sem ressentimentos

Pela segunda vez, depois do fim, retorno ao Lar.

Um lugar que uma vez pude chamar de Meu Lar.

Um lugar pra ter Paz, carinho, atenção,
AMOR.

Por um tempo foi exatamente assim que
vivi, porém, as intempéries do
relacionamento não maduro, o desfez...

Duas pessoas que juravam amores uma a outra,

pouco a pouco,

começaram a não jurá-lo mais,
e sim, dize-lo, da boca pra fora.

Foi-se indo,
Foi-se tocando,
Foi-se levando...

O tempo. Ele não perdoa...

Aos poucos a rotina foi tornando-se
o dia-a-dia.
As semanas, um fardo.
Os fins de semana, uma obrigação...

Meu coração, por muitos dias sofreu em
silêncio, sofreu calado, sofreu angustiado...

Minha mente queria a conversa, porém o
medo costurava minha boca...

Meu coração a desejava, porém meu corpo
a repelia...

E em pouco tempo, o que era pra ser uma
linda história de amor,

FINDOU-SE

Desentendimentos, discussões, palavras mal
pronunciadas uns contra os outros,
cobranças, etc...

O Amor já havia acabado,
O costume havia adentrado a porta da
frente de nossa casa, NOSSO LAR...

O fogo da paixão, tornara-se uma
centelha de fósforo, prestes a queimar
a ponta de nossos dedos(vidas)...

Até que, em um dia triste qualquer,
o que estava se arrastando,

TERMINOU

Obrigado Senhor,

Por tê-la colocado em meu caminho,
Por ter feito eu e ela aprendermos
muito ainda sobre a vida, sobre como
a devemos levar, como a devemos seguir...

Obrigado...

Sem ressentimentos,

Cleverson Luiz Nicolau
10/06/2011

Foto de Arnault L. D.

Mil vezes (Eu te amo)

Enquanto as frases se desprendem,
não as cale sem dizer.
Pois um dia, hão de perder
todo motivo e se rendem

Ao silêncio, à surdez talvez.
Não trarão mais o sentido,
se o querer ouvir já houver se ido,
exaurido, no esperar o que não fez.

Mais que a dor do não ouvido
é o som do nulo a estancar.
O esperar o depois é confiar
numa sorte que pode ter partido.

Não guarde para si se ama alguém,
não enterre em si, o que falar...
Uma palavra pode uma vida mudar
ou pô-la a perder se a deixarmos sem.

Se há quem ouça, eu te exclamo:
Enquanto amor, eco a reverberar,
nos lábios deixe as silabas juntar,
por mil vezes, eu te amo, eu te amo...

Foto de Carmen Lúcia

Quando a alma transcende...

Transcende minh’alma para o infinito azul,
perpassa névoas, embebida pela luz
naquele silêncio que o amanhecer produz,
e leve feito pluma, levita ao léu
ao encontro da última estrela
que ainda brilha no céu.

Paira nas paisagens que a tocam
como a suplicar seus instantes de paz,
instantes que não voltarão jamais
iguais, pois da irrealidade brotam.

Flutua como se fosse lua
na imensidão criada para ser aguardada,
onde o inusitado invade o surreal,
onde o blue da luz acende feito um sinal
e o universo emudece em reverência ao ritual.

_Carmen Lúcia_

Foto de JORMAR

Brincar Também

Eu queria nesta madrugada
ter sua cabeça no meu corpo encostada
poder brincar de amar e ser amada
Queria passar as mãos em seu rosto
te dar beijos com as pontas dos dedos
e afastar todos os meus medos
Brincar com os teus olhos
e ver neles o meu olhar feliz
Queria brincar e ver-te dormir
de pois de me amares e eu te fazer sentir
eu ver o sorriso em teus sonhos
com a certeza de estar alí
queria brincar de apertar as suas mãos
senti-las quentes apertando as minhas
Brincar de silêncio, de paz, de alegria
de estar feliz em amanhecer contigo todo dia

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