Silêncio

Foto de Allan Sobral

Se...

Se o ser que sou,
Fosse alguém de fato,
Fatalmente cantaria,
Pois minha alma palavras não conhece,

Se a vida que vivo,
Fosse realmente vivida ,
Viveria devagar,
Pois minha pressa não teria mais sentido,
E minhas esperanças não precisariam mais esperar,

Minhas Saudades seriam orações,
Exaltada ao Amor,
Que sem me fazer penar, responderia
E o frio de qualquer ausência não mais existiria,
Pois só reinaria a presença de um vivo abraço e seu calor

O Silêncio seria entoado como hino,
O Perdão como vitória,
E as lagrimas, que são da alma a voz,
Só chorariam com sorrisos.

Mas já dizia o poeta,
"Não perde o sentido o lamento,
Nem o meu pranto de dor
Não existindo saudade não existe amor."

Allan Sobral

Foto de Carmen Vervloet

Proposta

Seja assim:
Amável, carinhoso, fiel,
pedra que sustenta o amor
modificando o destino,
retificando suas curvas,
aplainando seus obstáculos.

Flor que perfuma a vida
suavizando o odor do suor
da caminhada.

Sol que ilumina a estrada escura
e aquece os dias frios
e os corações gelados.

Lua que instiga o romance,
envolve as almas solitárias
e motiva os desesperançados.

Seja o silêncio
que permite a reflexão
e faz a alma entrar em comunhão
com a sua própria essência...

Seja assim:
Amoroso, puro, devotado,
um ser humano que faz a diferença
e faz o mundo melhor!...

Foto de Carmen Lúcia

Imagem-Inspiração(De mãos atadas)

Enrosquei-me nos jogos da vida, atrevida,
arrisquei-me a todos eles, avidez descabida,
preparei armadilhas a mim mesma
sem deixar vestígios para a saída.

Quis ser vencedora e me esquivei da luta,
joguei cartas marcadas adulterando a disputa,
preferi os atalhos às longas e árduas estradas
levada por sentimentos que não levavam a nada.

Hoje a vida passa, inatingível e calada,
silêncio que me cobra o fracasso da jornada...
Aceno com os olhos, pois de mãos atadas,
já não posso alcançá-la e cada vez mais se afasta.

_Carmen Lúcia_

Foto de Allan Dayvidson

PALAVRA POR PALAVRA

"Atreva-se a ser ouvido..."

PALAVRA POR PALAVRA
-Allan Dayvidson-

Vocês não podem se esconder de mim para sempre.
Não irão escapar não importa o quanto tentem.
Farei um Big Bang emocional, se é que me entendem;
Uma catarse das coisas que ainda me prendem;
O estopim de uma rebelião que nós alimentamos;
Uma Revolução Francesa; um ato puramente insano;
Para além de qualquer ciência; à prova de qualquer plano;
Uma tempestade tropical no meio do oceano.

Tenho ainda tanto a dizer
E não farei disso algo que possam apenas esquecer.

Cruzarei as cercas elétricas que me protegem,
Derrubarei as muralhas que nos distinguem,
Minha voz tomará o lugar das erupções
E o bater de minhas asas, o lugar dos furacões.
Prefiro tropeçar a permanecer parado,
Prefiro rejeição a nunca arriscar ser amado.
Então, preparem-se para explosões solares no entardecer
Preparem seus corações para o anoitecer.

Uma vida sob o signo do silêncio,
Agora o ponto de origem de um incêndio.

Tanta energia... e tanto desejo... Tanta força!
Quero é ser palpável como um Portinari!
Quero soar feito uma composição de Mozart!

Derramarei palavra por palavra
Como o ideológico vôo kamikaze final.
E quando não restar absolutamente nada,
Poderei começar de novo... e de novo...
Palavra por palavra.

Foto de odias pereira

" TUDO TÃO SILENCIOSO "...

Mesmo estando distante,
Penso em você toda hora.
Em todo minuto e instante,
Desde que foste embora.
Sempre estou me lembrando,
Do seu rostinho bonito.
E as vêzes parece que estou escutando,
O som da sua vôz, e o barulho do seu agito.
Sinto falta constante,
Da tua maluquice.
Do teu jeitinho falante,
Tambem da tua doidice.
Tudo aqui esta tão triste,
Tudo tão silencioso.
Desde que tu partiste,
Tudo mudo e tão calado, sem o teu barulho gostoso...
O silêncio informa a ausência,
Revela quando não estais.
Sinto a falta da tua impertinência,
E do agito, que quando estais aqui tu faz...

São José dos Campos SP
Autor Odias Pereira
21/07/2011

Foto de Arnault L. D.

Pressentimento

Tudo em torno está parado,
mas, nem por isto sereno.
Abaixo desta quietude
move-se o inesperado,
que rodeia e faz aceno.
Iminência que algo mude.

Silêncio de pré-orgasmo,
calmaria e intuição.
No ar, pesa a tempestade,
mas, à vista, só o marasmo
e a incomoda sensação
de porvir outra verdade...

Mas, também pode ser nada,
apenas um mistério a mais
na imensidade misteriosa,
da cisma e coisa imaginada
a cochichar sons abissais
que ouço na hora silenciosa.

Foto de raziasantos

Teu Perfume:

No silêncio tento salvar minhas memórias.
Tento renascer das cinzas, e cumprir minha missão.
A dor da solidão amarga os meus sonhos…
Tão crua e fria a vida que resta!
Nesta metamorfose sou apenas uma gota d/água junto ao oceano.
Perdura em meu peito a dor que me consome…
A sobra de um passado obscuro que me negas a verdade.
É tempo de lágrimas, tempo de dor…
Neste silêncio ouço apenas o grito da minha alma.
O triste gemido estremece minhas entranhas.
Mordo os lábios em sinal de protesto.
Este mal que me devora como uma praga de famintos gafanhotos.
Não sei mais para onde ir, nem pra onde devo ir.
Só sei que preciso te reencontrar mesmo que por um instante.
Não sei a cor dos teus olhos, nem a cor de tua pele…
Os anos passaram e a mim foi negado o direito de te conhecer…
Nunca pode ouvir teu choro nem ver teu sorriso,
Mas posso sentir teu perfume de filho querido!
Filho! Meu filho!

Foto de Rute Mesquita

O quarto interdito

O silêncio profundo,
de um quarto sombrio,
que muito deixa a desejar,
atrai-me por sentir que é interdito.

O meu Mundo,
agora pulsa como o correr de um rio,
soluça ao respirar,
e é este o seu repito.

Aproximo-me daquela ombreira,
os meus passos fazem o chão gritar,
sinto-me transpirar,
como se estivesse ao abrigar de uma lareira.

O mistério mantém-se,
o meu trémulo aumenta,
O meu medo contem-se,
mas, a minha alma o alimenta.

O nervosismo censura,
aquela escuridão está prestes a domar-me,
e eu só peço que atrás daquela porta exista uma ferradura,
que se perdida, irá proclamar-me.
Um pedaço daquele chão que ruge,
caiu mesmo debaixo dos meus pés,
estive à beira do abismo,
ao olhar a palavra ‘puxe’
e ao hesitar a sílaba ‘Rés’.

Tenho uma mão transpirada sobre a maçaneta,
e na outra, o coração
imagino qual será a minha vinheta,
nesta minha aterrorizarão.

Entrei de pé direito
e sinto um vazio enorme…
o meu coração agora chora encostado a meu peito,
pedindo que não me conforme.

Este era o quarto da minha outra parte…
ele não está… nem mesmo a sua sombra…
Aqui caio moribunda nesta arte,
o único apoio que me sobra…

O que mais preciso dizer?
Lágrimas inundarão este quarto,
já nada tenho a perder…
daqui já não parto.

Foto de Belinha Sweet Girl

O beijo

E depois de uma noite de amor enlouquecida
Ela está de pé, na janela do quarto,
Sentindo a brisa da manhã
E o sol morno do alvorecer.

Ele caminha em direção a ela e, sem pressa,
Afasta o cabelo sedoso do pescoço da guria
E inspira o suave perfume dela, que exala longe,
E abraça a moça com carinho.

O simples inalar dele despertou nela o desejo,
O toque das mãos dele sobre seu rosto induziu
Ao tocar dos lábios dos amantes,
O beijo, de sensação estonteante.

No calor da troca de sentimentos através da boca,
Ela segurou firme os cabelos dele,
Numa tentativa de prendê-lo,
E fazer com que o momento sublime se prolongasse.

E quando faltou o fôlego, o beijo cessou.
Ambos sorriem, satisfeitos.
Num silêncio bobo, a troca de olhares confessa:
Quando os lábios se atraem, se esquece do mundo.

Foto de Melquizedeque

Au revoir!

A sombra que descansa no fosso,
Invade a fonte do ínfimo verso,
Escrito em um íngreme vale
Pelas mãos do meu anjo perverso
Feri-me a alma com a tua lembrança

Pelo desprezo em mim impresso
Vagueio no limbo da tua esperança,
Arraigado em correntes de vento,
Que destilam o santo silêncio
Em seu olhar de criança

Na estação estática do último trem
Encontro o desdém derramado,
Um vômito fúnebre e desolado
Fruto do rancor, quando a fé é esquecida
Amargo odor sinto na tua ferida!

Nasceste tu na aurora, em raios ocres
Viste a vida como o labor manchado nas vestes
Na epidemia de lágrimas tu cresce,
Com a dor de ver um amor ser levado,
De ser um espelho sem reflexo,
Ou mais um verso retirado

Não sou o que pareço ser,
Mas tu desejas que eu seja!
Um herói moribundo sem sorte,
Que pragueja a vida na beira da morte
E respira sem ar, aprisionado na mente.

(Melquizedeque de M. Alemão, 26 de julho de 2011)

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