Cidade

Foto de Vadevino

CASA VAZIA

Vejo uma casa bela
Duma vistosa fachada,
Perenemente fechada,
E, ninguém dentro dela.

Não tenho nada com isso.
Mas... Que coisa esquisita!
Pra que casa tão bonita
Se o dono mora no serviço?

Vejo uma casa solitária,
Vazia de humanidade
Numa solidão involuntária.

Entre tantas da cidade
Não consegue ser gregária –
Morre de insanidade!

Foto de Sonia Delsin

VINTE ANOS... VINTE

VINTE ANOS... VINTE

Ele a beijava e Laura pensava. Vinte anos...
Como pesam vinte anos!
O convite para dançar viera inesperadamente naquela tarde.
Os dois a conversar no ponto de ônibus.
A chuva que caía sem piedade.
-- Não me importo com a chuva. Até gosto.
-- Eu também. Notou que não está uma chuva fria?
-- É mesmo. O calor é tanto.
-- Vamos dançar hoje à noite, Laura?
-- Dançar com você?
-- Por que não? Não quer? Não gosta?
-- Adoro.
-- Então...
-- Mas dançar com um jovem?
-- Não vejo problema algum. Você vê?
Por que não aceitar um convite tão tentador?
Os olhos de Fábio a deslizar em seu corpo. Uma diferença grande de idade. Vinte anos. Mas ele vivia afirmando não ver problema algum nisso.
-- Aceito.
-- Nos encontramos lá às vinte horas.
Despedindo-se rapidamente ela falou olhando-o nos olhos:
-- Estarei sem falta. Meu ônibus.
Deram-se um beijo rápido no rosto e Laura entrou no ônibus com a face afogueada. Não era mais uma menina. Cinqüenta anos nas costas. Mas a alma... A esta era de uma menina. E o coração então! Um menino travesso que jamais cresceria em seu peito.
Ia pensando. Colocaria um vestido bem bonito pra encontrar-se com Fábio.
Belo jovem.
Fazia um ano que se conheciam e nunca tiveram uma proximidade tão grande como naquela tarde embaixo da chuva. Os olhos dele correndo em seu corpo.
Os dela buscando aqueles olhos escuros.
Sentia-se tão só ultimamente.
Sim, colocaria um vestido bonito. Capricharia na maquiagem. Se bem que era bonita aos cinqüenta. Muito bonita. O corpo bem cuidado. O rosto bonito.
Quando ele a viu chegando com aquela saia leve e a blusinha rosa elogiou de imediato.
-- Está tão bonita, Laura.
Os dois entraram de mãos dadas na danceteria e subiram a escadinha.
-- Muito melhor lá em cima, não?
-- Sim, é melhor.
Os olhos escuros não despregando dela. Laura gostava daquele olhar quente, mas ao mesmo tempo ficava um pouco apreensiva. Há meses não saia com um homem.
Sentaram-se na última mesa do lado direito.
-- O que vamos pedir?
-- Uma água sem gás.
Quando Fábio buscou sua mão ela estremeceu. A mão tocou seu pulso e subiu de leve pelo antebraço. Subiu mais um pouco e ele a puxou para um abraço.
-- Você é tão bonita.
-- E você tão jovem.
-- Já vem você de novo com esta estória.
-- Está bem, vou tentar esquecer.
Estreitou-a nos braços e buscou seus lábios, depositando um beijo leve.
No peito dela o coração pulava como doido quando ele buscou sua mão delicada e levou-a até seu peito. Precisava entregar-se ao momento. Precisava...
A sensação de estar encostada a ele era boa demais. Um homem a desejá-la. Bonito e jovem.
Quando ele buscou sua boca ela não apresentou resistência alguma. Também estava querendo beijá-lo. Como estava.
Ele quis mais beijos e levou-a até uma das vidraças.
Viam dali a cidade que dormia.
Ele a puxava pra seus braços e Laura podia sentir como estava desejoso dela. Os corpos tão próximos. Aquele contato provocava uma ereção no rapaz. O que não passava desapercebido dela, que também ardia por ele.
Achava errado esta atração que sentia pelo jovem. Já estava de novo a pensar na diferença de idade. Isto era prejudicial e ela sabia. Mas que fazer se tinha filhos da idade dele e não aceitava uma relação com uma diferença tão grande de idade?
Desejava-o.

Foto de Sonia Delsin

A FORÇA DA NATUREZA

A FORÇA DA NATUREZA

Os mais velhos sempre me disseram uma frase que hoje me voltou nítida à memória. Que ninguém pode com a força da natureza. Minha avozinha me mostrava o fogo e falava: Quem o domina? Os elementos têm poder. Não brinque com fogo.
Meu pai me ensinou a amar e a respeitar a natureza. Quantas vezes assistimos juntos temporais acompanhados de raios, de trovões. Quantos estragos vimos juntos e quanto falamos a respeito.
Quem consegue segurar com as mãos a água? Um bem tão caro, mas que pode nos tirar a vida; tão benéfico e tão traiçoeiro tantas vezes.
Eu que quase morri afogada aos doze anos sei bem como é. Eu queria me segurar, me dependurar em alguma coisa e esta coisa simplesmente não existia dentro daquele rio. Não era a hora de minha morte, porque meu irmão que sabia nadar me retirou de lá quase sem vida. Depois aprendi a nadar, mas junto com a natação aprendi algo muito importante, a respeitar a água.
Ontem tivemos aqui em minha cidade uma chuva repentina e acompanhada de forte vento. Um vendaval.
Eu e meu filho ficamos olhando as antenas que balançavam e nosso pé de acerola que tombava todo.
Por sorte os galhos são bem flexíveis e tombam, mas não quebram facilmente.
Está tão bonito este nosso arbusto e eu não queria vê-lo por nada deste mundo ao chão caído.
Pois bem, vou adentrar agora no que me levou a escrever esta crônica. Quando cheguei hoje no local aonde estudo a primeira coisa que vi pelo portão entreaberto foi que uma de nossas belíssimas árvores, uma cuja sombra tantas vezes praticamos tai-chi ao ar livre, estava tombada. Os galhos retorcidos...
Pareceu-me que um gigante andou por lá ontem. Torcendo galhos como educadores maus torcem braços de aprendizes.
Foi esta a minha sensação, mas não acredito que a natureza venha se vingar em cima de belas criações como aquela árvore tão linda. A idéia me passou e o motivo nem sei. Também nem sabia se devia citar aqui isto, mas citei e está citado.
No chão estava o filhote de João-de-barro e os pais aflitos revoavam por lá.
É duro descrever a cena. Nos ponteiros da bela árvore algumas flores azuladas permaneciam lindas como ela se ainda estivesse de pé.
Senti vontade de chorar. A dor daqueles pobres passarinhos que tantas vezes vimos carregando material pra fabricar o ninho chegava a doer no meu peito.
Ficávamos admirando, conversando sob a árvore e os dois tão empenhados em construir a casa.
Olhando-os revoando conseguia trazer de volta os dias que os via trabalhando na construção do ninho, a alegria deles.
Uma cerca de segurança foi colocada, pois uma das outras árvores estava com o caule totalmente trincado e perigava cair.
Fui triste para a sala de aula, porque deixamos no pátio aquela árvore tombada. Fiquei imaginando se vão cortar as que ficaram de pé, porque me parece que apesar de imensas, elas são frágeis. Ou o vento foi tão forte?
Acredito que exista sim uma fragilidade naquelas árvores, mas são idéias minhas. Não conversei a respeito com nenhum entendido. E também não sei como encontrarei tudo lá amanhã.
Não teremos mais aquelas sombras tão aconchegantes? Será muito desolador encontrar aquele local vazio.
Mas se elas podem colocar as vidas das pessoas em risco...
Algo a pensar, realmente.
Bem, quem pode com a força da natureza? Algumas vezes vemos um céu tão azul, tão quieto. E de repente algumas nuvens se formam, chega um vento e o que parecia que ia durar eternamente se acaba.
Eu tinha que contar. Eram simples e lindas árvores, mas fazem parte do meu dia-a-dia. Ajudam a enfeitar o tempo que passo lá; pela beleza; pela sombra; pelos pássaros que nela se abrigam; pelas parasitas grudadas nos caules.
Senti vontade de chorar...senti vontade de contar e contei.

Foto de Sonia Delsin

“O QUE SE DIZ, O QUE SE CONTA”

“O QUE SE DIZ, O QUE SE CONTA”

Dizem os antigos da cidade que em noite de lua cheia ela saía a cantar.
Toda de branco vestida sempre saía em noite de luar.
Se a alguns chegava a encantar, a outros chegava a assustar.
Os longos cabelos soltos pelas costas escorrendo. A longa saia ia o chão varrendo.
Em certas horas caminhava pelas ruas sem calçamento.
E por vezes ia correndo.
De repente parava, erguia os braços.
Parecia que rogava.
Será que Deus a escutava?
Ou era à lua que ela implorava?
Era uma mulher alucinada. Uma pobre coitada.
Diziam que foi enjeitada.
Tudo que conto escutei de um velho contador de estórias.
Ele arregalava os olhos à medida que me contava e me assustava.
Eu pedia que falasse mais e ele falava, falava.
Hoje em dia eu acho que ele inventava.
Eu perguntava se ela era uma bruxa. Ele me garantia que não. Me falava que era uma mulher movida pela paixão.
Acho que exagerava em tudo, pois dizia que ela era linda com seus cabelos desgrenhados. Que eram uns cabelos muito dourados.
E que o luar tingia de prata. Ficava igual uma fada. Uma mulher encantada.
Dizia que tinha os olhos grandes. Me garantia que eram os maiores que vira na vida.
Me falava até que pareciam dois faróis azuis.
Eu ficava imaginando.
Que beleza poderia haver numa mulher com faróis em vez de olhos e ele falava que era bela como a mais bela sereia. E que cantava em noites de lua cheia.
Falava que as melodias por ela cantadas eram lindas. Tão choradas.
Perguntei certa vez o nome dessa mulher e ele jurou não saber. Mas que talvez alguém soubesse e que quando descobrisse ia me dizer.
Passou o tempo e eu acreditando na mulher que passava as noites cantando.
Um dia o contador de estórias partiu e que ele criava tudo aquilo eu ficava pensando.
Mas em certa noite fui eu a ver.
Ela estava a correr.
Não nas ruas, que já eram todas asfaltadas.
Mas numa estrada dentro de mim. Na verdade naquela hora eu fitava um jardim.
Pensei que estava ficando igual ao contador. Também já podia ver, contar, escrever.
Éramos nós dois, eu e o Sebastião, dois criadores de estórias fantásticas. Desse dia em diante comecei a escrever meus contos. Tinha quinze anos então.
Ai que saudade de ti, meu velho Sebastião!

Foto de CarmenCecilia

VÍDEO POEMA OLIMPÍADAS

VÍDEO POEMA: OLÍMPIADAS ( HOMENAGEM ATLETAS OLIMPÍADAS)

POEMA: CARMEN VERVLOET

EDIÇÃO E ARTE: CARMEN CECILIA

TRABALHO REALIZADO EM IMAGENS EM PHOTOSHOP

MÚSICA: GLORIA STEFAN

OLIMPÍADAS

Cruzando continentes,
Oceanos profundos,
Sobrevoando densas florestas,
Vulcânicas colinas
Os maiores desportistas do mundo
Aterrissam na exótica China
Mais precisamente na fascinante Pequim
Ao som das cordas do liuqin!
A cidade com pompa preparada
Para as Olimpíadas tão esperadas!
Na mente de cada atleta, determinação
Ansiedade e sonhos no coração
Todos almejando subir ao pódio
Unidos num único propósito
Conquistar a medalha de ouro
Coroando seus esforços com os louros
Que presentearão ao seu país,
Seu berço e sua raiz!
Com dignidade esquecendo as diferenças
Numa emocionante confraternização
Cada um com sua crença
Mas no peito, latente, o mesmo coração!
ocidentais e orientais,
Diferenças culturais,
Irmãos universais!
Os melhores do mundo
Instigados pelo sentimento profundo
Da esperança
Mas a esperança é verde
E verde é o Brasil
Este nosso país fértil em talentos
Que se distinguem em qualquer evento.
Diego Hipólito, Jade Barbosa, Marta,
Ana Paula e Larissa, Emanuel e Ricardo
Diane dos Santos, Ana Claudia,
Fofão, Tiago Camilo
Giba, Robert Scheid
Todos passageiros desta nossa caravana
De talentos mil
Filhos do nosso Brasil,
Carregando nossa bandeira no coração
Levando-a ao País inventor do papel
Onde desenharemos com dourado pincel
Com esmero e devoção
O nome de cada brasileiro campeão!
Boa sorte desportistas brasileiros!
Ronaldinho, nosso grande artilheiro!
Ficamos aqui torcendo
O coração acelerado batendo!
Gritando em uníssono, Brasillllllll!

Carmen Vervloet

Foto de João Freitas

RIO POTY *

Rio que te vejo na ida
Da ponte, olho pra volta
Em agosto pareces tão limpo
Já em abril, o verde é a morte

Teu leito abriga as águas
Que bebo quase sem vida
Por economia ou descaso
Dos esgotos que te liquidam.

João Freitas - Direitos autorais registrados.
* O Rio Poty divide a Cidade de Teresina ao meio.

Foto de Carmen Vervloet

Olimpíadas

Poesia: Carmen Vervloet
Edição e Arte: Carmen Cecília

http://br.youtube.com/watch?v=-bq7UuxXFuo

OLIMPÍADAS

Cruzando continentes,

Oceanos profundos,

Sobrevoando densas florestas,

Vulcânicas colinas

Os maiores desportistas do mundo

Aterrissam na exótica China

Mais precisamente na fascinante Pequim

Ao som das cordas do liuqin!

A cidade com pompa preparada

Para as Olimpíadas tão esperadas!

Na mente de cada atleta, determinação

Ansiedade e sonhos no coração

Todos almejando subir ao pódio

Unidos num único propósito

Conquistar a medalha de ouro

Coroando seus esforços com os louros

Que presentearão ao seu país,

Seu berço e sua raiz!

Com dignidade esquecendo as diferenças

Numa emocionante confraternização

Cada um com sua crença

Mas no peito, latente, o mesmo coração!

ocidentais e orientais,

Diferenças culturais,

Irmãos universais! recusar aceitar
Carmen Cecilia: Os melhores do mundo

Instigados pelo sentimento profundo

Da esperança.

Mas a esperança é verde

E verde é o Brasil

Este nosso país fértil em talentos

Que se distinguem em qualquer evento.

Diego Hipólito, Jade Barbosa, Marta,

Ana Paula e Larissa, Emanuel e Ricardo

Diane dos Santos, Ana Claudia,

Fofão, Tiago Camilo

Giba, Robert Scheid

Todos passageiros desta nossa caravana

De talentos mil

Filhos do nosso Brasil,

Carregando nossa bandeira no coração

Levando-a ao País inventor do papel

Onde desenharemos com dourado pincel

Com esmero e devoção

O nome de cada brasileiro campeão!

Boa sorte desportistas brasileiros!

Ronaldinho, nosso grande artilheiro!

Ficamos aqui torcendo

O coração acelerado batendo!

Gritando em uníssono, Brasillllllll!

Carmen Vervloet

Vitória - ES

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"QUEM NASCEU PRIMEIRO?"

"QUEM NASCEU PRIMEIRO"

Esta milenar duvida teve origem ainda no Imperio Romano, la o povo depois de muitas constatações, se perguntava, quem havia nascido primeiro, A Prostituta ou o Politico??? Por dezenas de seculos a fio esta intrigante pergunta ecoava nos ouvidos dos eleitores nos quatro cantos do mundo,
Por volta de 1500 o Brasil foi decoberto e apenas trinta e poucos anos depois com a instauração da primeira Camara das Americas na cidade de São Vicente, Estado de São Paulo, cidade onde orgulhosamente moro e tive o previlégio de nascer, a tal inquietante pergunta ja ecoava entre os primeiros habitantes daquela que era a primeira cidade do Brasil, Quem nasceu primeiro???
Em minhas andanças pelo Brasil, conheci no interior de Minas Gerais, em uma cidade muito bucolica, que não citarei o nome por questões éticas, um senhor de nome Antonio, mais conhecido como "Tonho da Luz Vermelha",(alcunha muito oportuna), Um velho mulato muito simpatico com mais de oitenta anos,que diz saber a resposta para a pergunta milenar. Tonho da Luz Vermelha, que ganhou a vida servindo e se servindo de prostibulos pelo Brasil inteiro, afirma categoricamente que traçando o perfil dos frequentadores desses ambientes em sua grande maioria eram politicos, e que os mesmos na maioria das vezes só estavam de passagem nos prostibulos, Tonho em seu raciocinio pratico chegou a conclusão que os mesmos só passavam para visitar suas progenitoras, dai a resposta fica facil, ja que o povo fala que politico é "filho da puta", "quem nasceu primeiro foi a Prostituta"!!! e caso encerrado, Parabens ao Tonho da Luz Vermelha.

Foto de Minnie Sevla

Solidão (Vielas da vida)

Descortina sobre mim
as lembranças ternas
que o vento traz com suavidade,
acariciando a minha célula microscópica.
Um órgão solitário pulsa na força
despendiada de um som oculto.
No latir de um cão na rua de minh’a alma,
o eco de um grito em meio a multidão,
insensível, estressada no corre-corre
do cotidiano imundo e desumano.
Olhos, passos, corpos que não se
encontram, não se sentem.
Não vêem a dor que emana no
barulhento trânsito da cidade grande.
Ficaram para trás os meus passos,
meus carinhos, meus abraços,
numa solidão, num descompasso.
Em uma viela qualquer depositei
meus sentimentos em estilhaços.

Minnie Sevla

Foto de Civana

Amado Pai

Daqui a exatamente três meses, meu pai completaria 80 anos de vida, mas, infelizmente, nos deixou aos 65 anos, ainda tão jovem. Mesmo não estando mais presente fisicamente, estará sempre em meu coração e nos de todos da minha família! Essa é minha homenagem a ele, exatamente o que gostaria de dizer hoje, e sempre...

"Meu Amado Pai"

Por mais que queira expressar tudo que você representou na minha vida,
não existiriam palavras suficientes e tão belas quanto você!
Com você pude aprender tudo que de mais importante sei até hoje.
Aprendi que devo chorar sim,
mas ter coragem quando o tombo for feio.
Lembra do tombo de bicicleta em Paquetá?

Aprendi que ficar doente nas férias é muito chato,
mas poder ficar com o quarto só pra mim foi maravilhoso.
Lembra que espalhei minhas 50 bonecas de papel no chão?

Aprendi que poderia não ter êxito na primeira prova para uma vaga,
mas saber que você estava lá fora torcendo, foi o melhor!
Lembra do concurso para o Colégio Federal?

Aprendi que nem sempre passamos no Vestibular,
mas receber de você a notícia que passei, na segunda tentativa, foi super divertido!
Lembra da faixa ("CUP"uta que o pariu, você passou!) que colou na minha cama? rsss

Aprendi que falar palavrão é muito deselegante,
mas até mesmo uma dama pode os usar em casos de extrema necessidade.
Lembra do famoso ditado: faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço?

Aprendi que o momento certo para transar seria escolha minha,
mas, o ideal seria contar um palmo abaixo do umbigo, como zona proibida!
Lembra desse divertido conselho no primeiro namoro? rs

Aprendi que chorar com meus erros e dúvidas, também não é feio,
mas que se tiver que me arrepender de algo, que seja de algo que FIZ!
Lembra que me falou que se não tentasse, nunca poderia saber como teria sido?

A você, meu amado pai, devo as melhores lições da minha vida,
Você que nunca mostrou diferença entre nenhum dos quatro filhos,
sempre carinhoso, amigo, sincero, compreensivo.
Mas no fundo me fez sentir, que fui um presente especial,
uma Rosa, no meio de três lindos Cravos.
Obrigada de coração por todos os anos terrenos que convivemos!
Amo-te muito, fique em Paz...

(Civana)

*
*
*OBS: A sigla "CUP", que consta na faixa que meu pai escreveu de brincadeira, é o nome da faculdade para qual passei no Vestibular do Cesgranrio. Ela representava "Centro Unificado Profissional", e ficava no bairro Jacarepaguá. Quando eu ainda estudava lá, foi feito um concurso para a escolha do novo nome, inaugurado nas novas instalações em outro bairro, Lagoa. O nome escolhido foi "Faculdade da Cidade", hoje "UniverCidade".

*Visitem esse post no meu novo blog, adicionei foto do meu amado pai com meu filhote, ainda pequeno.
http://carlaivana.blogs.sapo.pt/
Bjos
:)

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