Cidade

Foto de r.n.rodrigues

cartão postal

em algum lugar existe
não sei onde mas existe

não conheço a cidade
mas aquela praça estou conhecendo (agora)
não sei onde é - mas ela existe

em qualquer parte do mundo
em qualquer pais
em qualquer estado ou condado
em qualquer cidade
ela existe
existe sim!

Foto de Sonia Delsin

BACH

BACH

Bach entrou aqui tão imponente.
Fez do meu ambiente algo diferente.
Veio cheio de classe.
Encheu o ar de uma férrea vontade.
Mudei de cidade.
De estado, país.
Me vi sob um céu gris.
Me vi a correr.
Perseguindo um trem.
Não vi mais ninguém.
Só eu a correr.
Num sonho tão longínquo.
Me vi a morrer...

Foto de Vmabs

Marchante de infinitos

Por uma qualquer manhã, ou qualquer outra distância, saio vagarosamente, lendo a displicência dos momentos. O intrépido, as anémonas, sequelas dispares, como dés-potas raros desta e qualquer outra distancia, sentados, à alquimia dos defuntos e risonhos areais, os subtis arrojos franqueando sentenças deste mar azedo, caldeiras, riscos e bravas distancias cor dum mar qualquer, especulando contactos e comunicações, esmolando a franquia quase minha de vida esta, a que me submeta talvez, sereno dis-cursar, comunicar-me contra intempestivos oratórios que segreguem as ruelas da cidade que deambule em si o fan-tasma de si mesma, a velha e póstuma cinderela diante postais iluminantes na cassandra mesclante de rasgos e diabruras, conversas informais e sentenças animais, riscos na consciência, sob apetências, como se dialogar contigo fosse referendo, referencia para as essências dos destinos postulados no refrão assassino dos tempos, segue, sei que será quezília intemporal, atempada que seja, que seja anti-moral, se restos forem, ou fossem talvez da vida a vida ainda por viver, entendemos a cada recado imaginado o seguimento sincero, demarcado contra cantos a favor do destino, como somos neste depravado resquício, faces robustas e nada serias, vendo por tudo que nos interpele cicatrizando a colorida e resfriada nobreza dos instantes, sereias sem semblante, rosas sem coração, ou dos nós dela mesma, as pernas cálidas da Dona Rita, recados de si enviando vida, restos de futuro, e Dona Rita, apostola deste restante fim que esmera o momento, espera o rico sussurro nesta mesa de café, como instantes contra feitos, a vida escorre como o momento ali cercado, pelas heresias do frio diante calor abusivo, toques e abraços disfarçando a falência da existência, pelos que nos querem, se apostarem como fariam como nós, de vida aqui as ostras são templos, decorando a modéstia do tempo, de rios feridos na alma dum vinho ali sarado, joelhos aprumados num amor ripostado, que te queira, se sentir que possa de ti nada querer, porque daqui nada que aquilo que apenas se saboreou, a vida vista à lupa dos fantásticos nada seres, cêntimos arrumados, postulados, arrufados, amarrotados, algibeiras sorriais num fundo de si mesmas, alojadas à mesa da refeição que se queira, sente, em ti, dizia antes uma tal dona Rita, uma véspera perdida, apostando em ti num calculo seguinte, seria talvez este seguimento sem essências, sem razoes, sem préstimos, por ser aquilo que seria, desapossado, desabrochado, jardim sem lume num cigarro fumado, as esferas contigo numa lua inventada, num riacho embargado entre mãos laçadas, vem lentamente que importa amiga sisuda dos tempos vitimados, das horas verdejantes de beijos colados ao peito dos arrojados, dos amigos que em tempos em ti busquei, Ana ri, Escuto enquanto de si esse sorriso dispersa pela orla da rua o eco da sala, a vitima não fala, o sentimento não escuta e eu sei, espero de ti algo que fosse ao menos qualquer coisa, como a batuta resfria um calor que sentira, um café algemado, um toque inventado, e a musica ali, juntinha a porta onde fumo o ultimo cigarro da noite em que já nada existe, a porta cerrada e a rua calada, girando no vazio, os espectros são vândalos, os animais corroem as essências deste sequíssimo talvez, um arfar natural duma sala sem ninguém, um lugar de desdém a fala de mundos entretidos como quem soube um dia, que aqui sim, o amor nascera e ficara para sempre preso ao ninguém, sempre o desdém que importa Teresa, vem, escuta comigo o refrão da vida, um outro toque nesta alma que mendiga um silencio calculado na esfera antiga, conheci-te nesta resma frágil da existência e senti que contigo a vida renasceria sobre os bancos do ermo, jardim formidável, senta-te aqui comigo Teresa, a tua voz trás magia e a solidão ganha nome, sabes quem me disse que um dia, nesta repelente via, a vida renasceria com a voz do caminho, foras um dia aquele dia aqui, na esfera do nada um total absoluto, bebe café, tranquila e presente, um dia estarás sei, na sala encantada da mais seca verdade daquilo que nunca alguém tocara, se fan-tasma ou funesta, somos restos sim, queres da vida a vida ou a vida deste nada que um dia já somos?
Bom dizer bem. Bem. Outro que fosse, seria na mesma, que importa, o borbulhar exequente ou quiçá, consequen-te, de barbatanas içadas, almagras e fruto, sôfrego destino às causas pudicas de vidas correntes, nesta maré, vi teu olhar, frio de monte, ocultando este sortido navegar, vai lentamente como vida à vila, olhar seria um possível raro que se esmera, acredita assim nisto. Como se os olhos se abrissem na direcção do erro.

Foto de Wilson Madrid

ESTAÇÃO PAULO

*
* HOMENAGEM À
* MINHA CIDADE
*

São Paulo locomotiva de luz solar, do luar e da garoa,
formigueiro agitado de gente operosa e muito boa,
universo do nosso gigante adormecido e querido Brasil,
brilhante guerreiro, branco, verde, amarelo e azul anil,
colmeia de estrelas valentes, nascidas para enfrentar a labuta,
caminheiros perseverantes que não desistem e vão à luta ...

São Paulo de Anchietas, paulistas e paulistanos,
virgulinos, marias bonitas, baianos, cearenses e paraibanos,
jesuítas, portugueses, potiguares e pernambucanos,
salesianos, italianos, sergipanos e alagoanos,
brancos, negros, espanhóis, piauienses e franciscanos,
japoneses, maranhenses, índios tupis e latino-americanos ...

São Paulo dos irmãos da Praça da Fé e dos manos da periferia,
do admirável gado novo de todos os recantos brasileiros,
dos malucos belezas, católicos, evangélicos, espíritas, ateus,
pacatos cidadãos, carismáticos inconfidentes maneiros,
da fraternidade, das músicas e poesias do alto astral,
palco das lutas pela democracia, cidadania e justiça social ...

São Paulo do arco-íris sonoro do pagode, do forró e do axé,
do sertanejo, do funk, do rap e do clássico samba no pé,
bilheteria da estação dos passageiros do trem das onze
do maquinista Adoniran Barbosa que brilha lá no céu,
com os turistas Betinho, Helder, Gonzaguinha, Herzog, Fiel,
Vinícius, Drummond, Jobim e a perfumada Elis Noel ...

Foto de Wilson Madrid

O RESGATE DA PAZ

*
*
*
*

Até quando contemplaremos nossa paz ser seqüestrada?
milhares de jovens encontrando nas drogas a escravidão,
pobres meninas seduzidas e aprisionadas na prostituição,
autoridades hipócritas mentindo e vivendo da corrupção
e a guerra urbana manchando de sangue o nosso chão?

Até quando assistiremos nossa fraternidade ser dizimada?
filhos assassinando os pais, irmãos assaltando os irmãos,
amigos traindo os amigos em troca de dinheiro ou promoção,
humanos descartados como lixo pelas ruas e praças da cidade,
crianças cheirando cola na fuga desesperada da cruel realidade ?

Até quando suportaremos ter nossa dignidade desrespeitada?
favelas; saúde, educação, transporte e segurança públicas falidas,
desemprego crescente e empregos contaminados pelo assédio moral,
distribuição de renda injusta e imoral privilegiando minorias favorecidas
às custas dos miseráveis rendimentos da maioria condenada à vida vegetal?

Até quando conviveremos e pagaremos o preço dos frutos de tanta injustiça?
shoppings centers luxuosos cultuando o consumo de alguns privilegiados,
violência imperando nas periferias miseráveis com tantos abandonados,
miséria traumatizando lares; jogatinas e prostíbulos em constante expansão,
pessoas honestas e decentes incluídas na lista dos animais em extinção?

Até quando inverteremos os valores do ter e do ser?
Até quando buscaremos pelos nossos reféns:
a nossa liberdade de ir e vir,
a nossa igualdade de condições
e a nossa fraternidade para repartir os pães?

Até quando celebraremos o culto do novo bezerro de ouro, o “deus mercado”?
natais de papais noeis e amigos secretos, páscoas de coelhos e ovos de chocolate,
pessoas objetos transformadas em produtos para as capas das revistas eróticas,
mídia programando as mentes dos fanáticos fiéis e consumidores idólatras,
“teologia do prazer imediato” convertendo os crentes do apocalipse do disparate?

Até quando aguardaremos omissos pelo surgimento de melhores dias?
adiando o início do mutirão da indispensável mas crucificada justiça social:
onde todos deveremos contribuir evitando o egoísmo e a prática da injustiça pessoal,
adotando a solução contida na sabedoria divina anunciada pelo profeta Isaias:
“que o fruto da justiça será a paz e a obra da justiça será a tranqüilidade”?

Para finalmente resgatarmos a maior herança que a Luz do Mundo nos doou e deixou...
há mais de dois milênios atrás...
a paz?

Foto de Graciele Gessner

Longe de Tudo. (Graciele_Gessner)

Ao seu encontro fui mesmo chegando atrasada.
Interrogada para onde vamos?
Respondi para longe, “quero ir para longe”.
Apenas longe desta cidade, desta multidão.

Determinado, você aceitou este pedido.
Achei surpreendente e fiquei pensativa.
Refletindo, era muito longe;
Não acreditava que havia aceitado.

Foi uma corrida contra o tempo,
Um desafio ao caminho das flores azaleias.
Vento, frio e nuvens ameaçadoras.
Sentimos muito frio, até chegar ao nosso destino.

Fizemos o nosso destino mudar,
Quebramos fronteiras, nada nos impedia.
O tempo passou rapidamente,
Chegou à hora de retornar...

08.09.2006

Escrito por Graciele Gessner.

1* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

2* Maravilhosas recordações!

Foto de carlosmustang

VOLÚPIA

Não quero me perder nesse amor desconhecido
Pois sei que todos têm sua intuição
Atras dessa máquina da era recente
Mas afinal sempre não foi assim todos os tempos!

Querendo sobreviver do seu jeito, e como pode
E só resta um grito verdadeiro de que eu te encontre
Do meu jeito, da minha terra, da minha cidade
E ficar com você, e sentir como se fosse EU...

E você com seu estilo próprio
Só me deixa valer o desencanto
De não me satisfazer tanto.

E o pouco sonho de não ir só
Me faz esperar
O novo nascer do SOL!

Foto de Carlos Donizeti

Discurso de Posse

Excelentíssimo Prof. Dr. MÁRIO ROBERTO CARABAJAL LOPES - Ph.I/Ph.D.
PRESIDENTE FUNDADOR DA ALB e Dra. VERA LÚCIA ALVARENGA ROSENDO - Ph.I.
Secretaria Geral

Discurso de Posse

É com grande honra que recebo como dádiva de ter meu prematuro nome citado entre nomes de grande expressão nesta grande Egrégore casa de ensino e de valores culturais, casa esta onde o exercício da linguagem seja falada, escrita ou transmitida por diversos meios eletrônicos simboliza dons artísticos. Sendo empossado Membro Fundador Vitalício à cadeira número 002/ALB/SP da Academia de Letras do Brasil.
Sinto-me agraciado, e espero zelar pelo nome brilhante da ACADEMIA DE LETRAS DO BRASIl, é o espírito que me encoraja a juntar-me aos nobres escritores representando minha adolescente cidade de Hortolândia SP. Tenho a paixão literária flui pelas veias inspirados por grandes nomes da literatura como Gregório de Matos, Cruz e Souza, Machado de Assis entre outros contemporâneos. Hoje com as facilidades da informática tudo se torna com extrema facilidade escrever, onde aproximadamente uns 20 anos, escrever e publicar para mim eram difíceis, pois depois de escrever e revisar tinha que ir pessoalmente a um jornal ou revista levando comigo escritos à mão ou datilografados, hoje em menos de dois segundos qualquer pessoa que tenha um computador com internet pode publicar em todos Sites do mundo.
Sou filho de lavrador, Jose Machado de Oliveira (já falecido este ano) e do lar Maria de Lourdes de Oliveira todos do interior de SP.
Quando criança meu pai ao arar a terra usando um animal, algumas vezes eu ia montado no animal, na minha casa feita de sapé o adoçante (açúcar) era feito em casa também sabão, só comprávamos o sal. Eu extensão de meu pai o contador de historias por isso escrevo e faço isso porque gosto de ler e escrever, mas sinto que preciso aprender muito, pois a cada dia descubro coisas novas sobre como escrever bem. Sinto dificuldade para escrever quando não tenho pleno conhecimento do assunto, ou quando acho que o leitor não se beneficiara da leitura. O meu maior sonho era fazer um curso de nível superior, consegui, graças a Deus, Sistemas de informática na faculdade Hoyler. Não faz muito tempo que escrevo poesias aproximadamente uns quatro anos.
Acredito que tudo que se passou com os grandes Poetas e Escritores também se passa comigo.
Quando minha alma desabafa as palavras vão surgindo de repente.
Não tenho gosto musical, pois gosto de tudo que não ofende as pessoas.
Gosto de passear em lugares turísticos e se comunicar sobre artes literárias.
Gosto de comentar sobre vários assuntos, mas reservo sempre uma idéia atualizada.
Para mim é motivo de satisfação quando posto um trabalho em um fórum.
Tenho também vários fóruns na Web, com vários poetas postando seus trabalhos. Dou graças a Deus por todos os dons.

Poeta e Escritor Carlos Donizeti

Foto de diana sad

Amor Bastante.

AMOR BASTANTE
quando eu vi você
tive uma idéia brilhante
foi como se eu olhasse
de dentro de um diamante
e meu olho ganhasse
mil faces num só instante
basta um instante
e você tem amor bastante
um bom poema
leva anos
cinco jogando bola,
mais cinco estudando sânscrito,
seis carregando pedra,
nove namorando a vizinha,
sete levando porrada,
quatro andando sozinho,
três mudando de cidade,
dez trocando de assunto,
uma eternidade, eu e você,
caminhando junto.

Autor Paulo Leminski.

Foto de von buchman

RECORDAR É VIVER . . .

Recordo...
Do nosso primeiro olhar,
do primeiro beijo que te dei
e do nosso primeiro amar..

Recordo...
Das primeiras palavras,
de tuas atitudes,
dos poemas que te fazia ao luar,
das canções de amor feitas ao namorar...

Recordo...
Das flores que te mandei,
do nosso primeiro encontro,
até de minha mão boba
que resultou em um tremendo AÍ NÃO.

Recordo...
dos teus carinhos,
dos teus ciúmes,
de tuas caras feias
até de tuas tpms...

Recordo...
Do convite que me fizeste
que resultou numa noite de louco amar...
LEMBRAS ?

Recordo ...
Da nossa paixão delirante,
dos nossos beijos apaixonados,
daqueles abraços apertadinhos cheios de ...
Ah ! Como é bom recordar ...

Recordo...
Dos passeios de mãos dadas,
dos teus sorrisos e das tuas pallhaçadas

Recordo ...
Do nosso ninho bem mimoso,
dos vinhos que tomamos,
daquele jantar à luz de velas
e das músicas que juntos dançamos
de rostinho bem colado ...

Recordo...
Daquela viagem que fizemos,
a Ilha de Fernando de Noronha,
dos lindos momentos que lá vivemos
numa semana de apaixonar ...

Recordo...
Da neve que caía na cidade de Canela,
daquelas noites frias de inverno,
dos nossos corpos bem juntinhos
se aquecendo debaixo das cobertas...

Recordo..
Das juras de amor eterno
do anel de noivado que te dei
e do dia em que tua mão pedi...

Recordo...
De nossa união,
de nossa noite de núpcias
e de nosso primeiro amar...

Recordo ...
Da história de vida que escrevemos,
dos filhos que tivemos e criamos
e dos netos que estamos a esperar...

Tantas recordações tenho na vida
mas uma eu não posso esquecer,
quando você olhou nos meus olhos
e disse :
" ËS O HOMEM DA MINHA VIDA,
É CONTIGO QUE QUERO CASAR "

TENHAS MEU ADMIRAR, BEIJOS E MIMOS DE PAIXÂO....

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