Blog de Sonia Delsin

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DESPERDÍCIO?

DESPERDÍCIO?

-- Esbanjo gargalhadas?
O universo não colhe nada?
Colhe sim.
Colhe tudo que vem de mim.

-- Esbanjo encanto?
Sou riso e pranto.

Descobri nos caminhos da vida que sou igual ao bem-te-vi.
Grito, canto, aconteço.
Nas manhãs.
Toda minha glória é o alimento no gramado.
É o dia que nasce dourado.
Pezinhos pisando chão.
Outra hora na amplidão.

-- Esbanjo vida?
Ó, não!
Guardo tudo dentro do meu coração.

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DUAS NUMA

DUAS NUMA

Moram duas mulheres
dentro de mim.
-- Uma é recatada.
Vive calada.
Usa traje acinzentado.
Mora no passado.

-- A outra gosta de vermelho, alaranjado.
Tem o seu mundo dourado.
Canta num palco iluminado.

Uma completa a outra.
É bem assim.

As duas se entendem.
Perfeitamente se entendem.
De deitam.
Se estendem.

Aceitam o carinho de um homem.
Nos braços dele todos os seus medos e suas valentias somem.

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NÃO TE AMO

NÃO TE AMO

Não te amo de hoje
apenas.
Te amo de todos os
“ontens”
e “amanhãs”.
Te amo de todas
as noites, tardes
e manhãs.
Não te amo
no vazio
da
hora.
Na
demora.
Te amo como a ave
que desperta
ao romper
da aurora.

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COMPLEXIDADE

COMPLEXIDADE

Sou feita de lama
e
vidro.
Sou penas
e
gargalhadas.
Igual
aves
emplumadas.
Sou vôo.
Piso com meu jeito
inocente
na
semente.
Que displicente!
Retiro o pé.
Tento entender
quem sou.
O que o mundo
é.

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DESEJOS LIBIDINOSOS

DESEJOS LIBIDINOSOS

Acordei com vontade de teu beijo.
Com desejo.
Não falo dos desejos libidinosos.
Acordei querendo deitar-me contigo.
Encostar nossos ossos.
Trazer a tona a lembrança do pó.
Só.
Te acho lindo.
Não falo apenas da beleza de agora.
Falo de outrora.
Do nosso amor eterno, antigo.
Te chamo de amado.
Amigo.
Acordei querendo tua boca.
Teus olhos, tuas mãos...
Tudo... tudo.
Acordei querendo tua presença.
Me sentindo sem paciência.
De esperar que o tempo possa de novo nos aproximar.

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SOU

SOU

(para a mendiga que toca meu coração)

Sou um poema inacabado.
Guardado.
Esperando que se escreva o final.
Sou o bem.
Nunca o mal.
Sou flor seca, murcha.
Na rua estendida.
Um ser quase sem vida.
Que guarda na sua essência a própria vida.
Sou sabe o quê?
A que sorri quando tu passas.
Que faz graças.
Pra ninguém.
Eu sou o bem.
Meu caro.
Sou bem.
Mesmo neste mundo que me julga um ninguém.

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RABISCOS

RABISCOS

Cheiro os hibiscos.
Confundo-me com meus rabiscos.
Quanta saudade!
Do narizinho da flor.
Ah, quanto amor!
A eternidade não desperdiça nada.
Nos reencontraremos noutra jornada.
Meu pai. Fiquei aqui.
Ainda não acabei esta estrada.
Cheiro os hibiscos.
Recordo as muretas.
As caretas.
As minhas com o narizinho colado na ponta do meu.
Recordo teus risos.
Tuas caretas de espanto.
Como tua filha podia se encantar com coisas tão simples?
Entendias minha alma, pai?
Tentavas.
Não entendias meus rabiscos.
Mas tentavas.

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TALVEZ... TALVEZ

TALVEZ... TALVEZ

Talvez eu ainda te encontre numa destas esquinas do mundo...
Talvez eu te fale quais são meus pensamentos.
Talvez eu mostre meus sentimentos.
Talvez.
Se guardo mágoas?
Ó, não!
Te guardo simplesmente dentro do meu coração.

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TU ME PRENDES

TU ME PRENDES

Tu me prendes com teus lindos olhos.
Com tuas mãos.
Com tua boca bonita.
Tu me prendes...
... e não compreendes.
De amor me parece que nada entendes.

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CAMINHOS DO CORAÇÃO

CAMINHOS DO CORAÇÃO

Estradas...
floridas.
doloridas.
Estradas coloridas.
Um sorriso nos olhos.
Na boca.
Uma mão.
Um sim.
Um não.
Caminhos do coração.

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