SOU
(para a mendiga que toca meu coração)
Sou um poema inacabado.
Guardado.
Esperando que se escreva o final.
Sou o bem.
Nunca o mal.
Sou flor seca, murcha.
Na rua estendida.
Um ser quase sem vida.
Que guarda na sua essência a própria vida.
Sou sabe o quê?
A que sorri quando tu passas.
Que faz graças.
Pra ninguém.
Eu sou o bem.
Meu caro.
Sou bem.
Mesmo neste mundo que me julga um ninguém.