melancolia

Foto de Carmen Lúcia

Não venha me falar...

Não venha me falar do amor...
Daquele amor acabado, desabado,
que me deixou vazia,
extremamente fria...
sombria...
Descrente, carente,
beijando a solidão...

Não venha me falar das flores
que semearam dores
a germinar pelos jardins...
Inférteis, inúteis, inertes,
refletindo, ao invés de cor,
o triste retrato da dor.

Não venha me falar do tempo
que me antecipou o fim...
Que se perdeu, morreu
e me deixou assim...
olhando pela janela
o mundo se afastar de mim.

(Carmen Lúcia)

Foto de Carmen Lúcia

Hoje não...

Hoje não estou;
Acabou...
Hoje não irei;
Pirei...
Hoje tô derrotada;
Acabada...
Hoje encerrou;
A porta fechou...
Hoje estou calada;
Não digo nada...
Hoje não canto;
Só desencanto...
Hoje não poetizo;
Satirizo ...
Hoje não quero;
Nem espero...
Hoje não há estrelas;
Fechei a janela...
Hoje eu choro;
Mas não imploro...
Hoje a poesia
É ironia...
Hoje não vou sorrir;
Quero partir...
Hoje preciso esquecer;
E morrer...
Hoje não;
Perdão...
Tô qui tô...

(Carmen Lúcia)

Foto de Sonia Delsin

AMO ESTE LUGAR

AMO ESTE LUGAR

Me pego trançando...
Os cabelos do tempo.
Me pego pensando...
Nos fios ao vento.
Me perco...
Me perco em pensamento.
Sofrimento?
Não mais.
Encontrei minha paz.
Sossegada estou a olhar o sol deitar.
Gosto do ocaso admirar.
Não sabemos nunca se outro vai nos chegar.
Gosto de guardar o sol vermelho e ardente.
Me faz contente.
Me faz contente mergulhar meu olhar...
No lago, no rio, no mar.
No horizonte a alaranjar.
Amo este planeta aonde vim morar.

Foto de Sonia Delsin

UM POUCO DE MIM

UM POUCO DE MIM

Te deixo aqui assim.
Um pouco de mim.
Um perfume de jasmim.
Um sonho, uma estrela, uma borboleta.
Te deixo a careta.
A careta no espelho.
E deixo a frase escrita com batom.
Foi bom.
Parto de ti.
Busco esquecer.
A frase fica.
A careta esquisita.
Te deixo aqui assim o que fui pra ti.
A ilusão.
A fantasia de um dia...
De um tempo que tu te permitias.
Sonhar...

Foto de manancial

...tu

O outono chegou,
trouxe o vento,
frio, forte, vazio
levou o meu sol
as minhas frias
pétalas caíram,sós,
vagueando pelo ar
saudosas de calor
ansiosas por te amar.

O equinócio trouxe paz
calma e serenidade
guardou as memorias
mas não disse a verdade
puro, mas desprovido
triste, só, mas vivo
indagava uma razão
para aquela lúgubre dor
será que morreu meu amor?

Erradamente vagueie
eclipsando o sentir
o pensar tomou conta
do devaneio coração.
Não, não morreu meu amor
morreu parte de mim,
é essa a insondável dor

Cientemente indiferente
caminhei insípido
pelos dias cinzentos
desvanecido entre a turba
sem paladar, provei
o amargo vazio, frio
irrequietamente quieto
vivamente morto...

Absorto subsisti
limitado ao pensamento
subitamente te vi
colorindo a calçada
impelido a sentir
gritei silenciosamente
olhaste-me, bela e pura
deste-me atenção,
senti de novo sangue
correndo no meu coração

O outono deu lugar ao verão
quente, cheio, aconchegado
sinto-me forte.
És o meu norte,
e o meu sul,
És ouro sobre azul

Foto de Edson Cumbane

Exame de Consciência

Viajo nas linhas terminais
Do meu subconsciente e vejo
Que afinal tenho preceitos banais.
Examenar-me mais , eu almejo.

Distorço vias utópicas dos meus neurónios
Para perscrutar o meu imenso Ser,
Descubro que afinal há neles demónios,
Remove-los-ei para não mais os ter.

Quebro e esmigalhaço lembraças pesarosas
Para não mais atormentarem o meu viver.
Desapontado fico, ao notar manchas contagiosas
Das lembraças desarreigadas do meu viver.

Amadureço em cada segundo que me despede.
Vôo na tristeza de não saber viver
E percebo nela, algo que me atormenta e fede
À desespero de todos aqueles que não sabem viver.

Contorno repentinamente para o meu centro
De consciência, admiro quando percebo
Que afinal está tudo lá registrado, me concentro
Fico ali, estático e nem me apercebo.

Continuo estático, totalmente em êxtase
Vem a minha Mãe e toca-me nos ombros
E zás! Desconcentro-me e saio daquela fase
E digo à minha Mãe: Tiraste-me dos escombros!

Foto de Lu Lena

COLCHA DE RETALHOS

*
*
*

Pensamentos, recordações oscilam
num destino desfiado de renúncias
grilhões que me prendem num exílio
enleada em ti a tua e a minha vida.

indeléveis cicatrizes em minha memória
em carretéis e linhas opacas e sem cor
na caixa de costura toda nossa história
alfinetes agulhas ludibriando nosso amor.

cerzindo versos, exalando nossa essência
assim vou tecendo estática nossos pedaços
entre gotículas de lágrimas em reticências...

vozes, murmúrios, sem viços e transparências
bordando prolixa nossa colcha de retalhos...
Aguardando o tempo esvair nossa existência.

Foto de samorito

Nossa Música

Quando a oiço tocar...

Quando oiço tocar aquela música

Aquela que à noite costumávamos dançar

Sinto uma triteza dentro da minha alma

Quando oiço a nossa música...

Quando a oiço tocar...

Lembro-me das noites em tua casa

Suados, deitados lado a lado a arfar

Lembro-me dessas noites de prazer

Em que nos uniamos num único ser

E de dentro de nós saíam suspiros de deleite

As sombras projectadas à luz da lamparina de azeite

Quando a oiço tocar... lembro-me daquela primavera

Em que fomos viajar juntos e com os nossos amigos

Os dias que passamos naquela praia maravilhosa

E a felicidade que irradiava de de nós os dois, escorrendo amor

Quando a oiço tocar... a tristeza me invade

A tua lembrança me enche de saudade

Mas, por mais que sofra estas angústias

Ela é a única coisa que sobrou da tua presença encantadora

Samory de Castro Fernandes

Foto de Rozeli Mesquita - Sensualle

Cores da dor (do amor)

*
*
*
*
Dor de amor, cores cinzas
Mágoa, tristeza, lágrima que na face rola
Pedaços de sentimentos negros
Partículas do tempo imperfeito
Dor de amor, cores mortas a tingir o vermelho pulsante
Cratera profunda que inunda ...dói!
Chorei...perdi a identidade... Arrisquei!
Dor de amor, cores foscas acordando sentimentos
Medo, solidão, mágoa. Recheios podres da massa
Requintes de crueldade...e dói!
As palavras choram, os poemas nascem
Solto o grito na noite sem luar...
Dor que bebo sozinha...que embriaga...e dói!
O amor não é dor...mas é dor de amor, irmã gêmea da alegria
E como dói!
E antes que a dor se transforme em loucura
Transformo a dor em Amor!

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

"ESTRESSE URBANO "

****
***
**
*
Estresse urbano.

Pra que se afobar,
Se tudo esta no lugar
Pra que a correria,
De mais um dia.
Amanhã começa
Tudo de novo.
Seu trabalho?
Replay ....!
A correria de novo.
Trânsito congestionado
Horário apertado.
E o tempo passa,
Ele não fica parado.
Barulhos insistentes
Aborrece toda gente.
Sinal fechou,
Alguém atravessou.
E outro alguém
Ali parado ficou.
Olhando o vermelho
Que o bloqueou.
A espera do verde
Que o liberou.
Barulhos cheiros
Correria e adrenalina.
Todos os dias,
A mesma rotina.
Isso em nossa,
Alma contamina.
Mas o que podemos
Fazer?
Se não há outro jeito
De viver...
Ou você engole o mundo,
Ou o mundo engole você!
Esse é o preço que pagamos
Para nas grandes cidades viver.
E o estresse urbano,
Que manipula nosso modo
De viver....
Não tem como não,
Deixar o estresse aparecer.
Viver em grandes cidades
Já faz parte de mim e de você.
Dia e noite tudo pode acontecer.
O negócio é respirar fundo.
E colocar o estresse pra correr...

*-* Anna A FLOR DE LIS.

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