Viajo nas linhas terminais
Do meu subconsciente e vejo
Que afinal tenho preceitos banais.
Examenar-me mais , eu almejo.
Distorço vias utópicas dos meus neurónios
Para perscrutar o meu imenso Ser,
Descubro que afinal há neles demónios,
Remove-los-ei para não mais os ter.
Quebro e esmigalhaço lembraças pesarosas
Para não mais atormentarem o meu viver.
Desapontado fico, ao notar manchas contagiosas
Das lembraças desarreigadas do meu viver.
Amadureço em cada segundo que me despede.
Vôo na tristeza de não saber viver
E percebo nela, algo que me atormenta e fede
À desespero de todos aqueles que não sabem viver.
Contorno repentinamente para o meu centro
De consciência, admiro quando percebo
Que afinal está tudo lá registrado, me concentro
Fico ali, estático e nem me apercebo.
Continuo estático, totalmente em êxtase
Vem a minha Mãe e toca-me nos ombros
E zás! Desconcentro-me e saio daquela fase
E digo à minha Mãe: Tiraste-me dos escombros!
Comentários
deusaii P/Edson
Admirável poesia....
Meu voto e minha admiração.
Edson Cumbane para DeusaII
Obrigado pela tua apreciação Deusa II.
Cumbane, Edson