melancolia

Foto de Felipe Ricardo

Um Sábio Soneto Para a Menina Que Pensar I

Ah! Cara menina, por que
Tamanha desprezo por este
Que aqui se apresenta de
Forma suave, sinuosa e gentil

Não sabes que eu compartilho
Da mesma essência primordial
Que nossa nebulosa nos ofereceu
No dia que nascemos, mas voce

Agora pode se perguntar, por que
Esse linguajar, cade o romantismo
Dele, cade aquele que eu conheci?

Sim, ele ainda esta aqui, mas também
Esta se cansando de ficar todo tempo
Dizendo que agora sim está de amando

Foto de Carmen Lúcia

Sem inspiração, sem você...

Sem inspiração quis transbordar em versos...
Descrever as batidas insossas de meu coração
tentando reativar o que um dia fora emoção
e hoje é um jeito sem jeito de viver...
É um viver por viver, estar viva sem ser...

Sem inspiração quis plagiar meu sentimento
sem saber onde encontrá-lo nesse momento,
se ainda existe ou se perdeu por esse mundo afora
deixando marcas indeléveis de um passado
que nunca passou, mas que o levou embora.

Sem inspiração tentei ainda ser poeta
esmiuçando os parcos instantes que me disseram tanto,
intensificando nossa história dos mais incríveis planos,
meros enganos que aos poucos foram se desgastando
na mesma proporção de meus sonhos insanos.

_Carmen Lúcia_

Foto de Arnault L. D.

Tatear no escuro

Quando apaixonado, a luz
é maior, é o próprio amar...
Os horizontes ficam nus,
despidos abrem-se ao olhar.

E as distâncias e as cores
revelam-se iluminadas.
Vê-se pelos amores,
como através do Sol no dia...

As pálpebras se apertam
pelo que os olhos ofusca,
mas, logo se habituam,
na ignorância do que custa.

Quando o amor se vai,
leva o que trouxe consigo,
o horizonte, na luz que cai.
Nos volta ao inicio do abrigo.

Mas, este agora é treva
para olhos, acostumados
pela luz, que o breu me leva.
Tenho os olhos esfaimados...

Neste lugar que apagou
tropeço, a buscar um muro.
Cego de luz, agora sou,
a tatear, tatear no escuro...

Foto de Carmen Vervloet

Caminho

O dia passa com nuvens de tristeza,
lembranças, vislumbres de delicadezas...
A alma dói machucada pela vida,
com suas extensas páginas lidas e relidas.

Ao bom Deus rogo por coragem
para que continue nesta arriscada viagem...
Já não me enganam miragens de quimeras,
enfrento com reflexão o sofrimento que me espera.

Para que a chama de minh’alma se mantenha acesa
vou caminhando em busca de boas surpresas,
vou ocultando a dor num sorriso,
construindo o caminho com as pedras que piso.

Foto de Carmen Lúcia

Revivendo...

Do passado, só lembranças que fazem sorrir,
momentos marcantes que arrasto comigo
para eternizá-los, camuflando os conflitos.

Trago a criança arteira, sonhadora,
sem lágrimas vertidas ou utopia enganadora,
a adolescente apaixonada, delicada,
e a esperança que a vida não lhe cobre nada...

Amigos, ainda sobraram...
e aos que se foram, minhas despedidas.
Os poucos que ainda restaram
farão parte de minha nova vida.

Coragem quero absorver,
meus medos tentar esconder,
aos amores que vêm clandestinos
meu coração trancado mudando o destino.

A dança, magia que encanta,
suavizará meu tempo, inspirando poesia,
Fazendo do hoje meu primeiro dia,
levando pra sempre toda a nostalgia.

(Carmen Lúcia)

Foto de carlosmustang

a passos lentos

Caminhando, tentando em cadência
Em hipérbole da minha vida
Sem tentar olhar de lado, satisfazer-me, porque estou a frente
Portanto, olhar para tráz, indecente

Nem venero meu mestre
Meu ouro derrete!
E algum dia ele entediar-se de mim
Pode puxar meus cabelos, e eu massacra-lo
Find justa minha eterna gratidão

Por isso prefiro ser uma bunda por ai
A procura de uma bundona
Ah te amarei tanto!

Você é igual pra mim
Princesa do revês
Contigo tenho amanhecer
Minha querida irmã, a reproduzir
a mim.

De passos em passo, vou inventando...

Faço parte da pedra
Do emaranhado cubo de encontro e desencontros
Sendo o cisco no universo, que fez anuir-se a DEUS.

Foto de Arnault L. D.

Abstrata ( Onde quero estar )

Longe, em lugar distante,
além do tempo,
antes da história,
aquém da memoria.
Intimo momento
que se houvera a via,
haveria...

Não, não sei se me entendo,
nem mesmo se pretendo
saber se é verdade,
esta felicidade,
que se apresenta,
ou o que se inventa
no sonho que chega
e se aconchega...

Deste longe, desde quando,
nos errares onde ando,
sequer movem os pés...
Entrelinhas, de viés.
Sem estar quem me és,
vago ora onde mora
o que foi embora.
Torno do pó.
Não mais só.

Léo, dum lugar incerto,
alem do esquecer, querer,
um passo daqui, ou aqui,
por todos os lugares.
Das entranhas e ares...
Do fundo mais profundo,
das aguas do mundo.
Sob, indo ao mar,
ao céu desaguar,
onde quero estar...

Foto de Rute Mesquita

Lacrimosas da noite

Chora a noite,
brotando-se escura e melancólica.
Sombra sem desquite,
desta tristeza alcoólica.

Choram-se as árvores,
despindo-se das suas folhas.
Implorado é o cântico das aves,
perante estas demolhas.

Choram as pedras da calçada,
por caminhos reprimidos.
Por de luz nunca ser alcançada,
choram-se restringidos.

Chora-se a água,
convertendo-se em sangue.
Ditado desta noite: ’ a mágoa,
que nos cegue.’

Choram-se os meus olhos,
queixa-se o meu corpo moribundo.
Aproximam-se os medonhos
e cobrem este mundo.

Chora-se assim a natureza,
como uma criança, como um adulto.
Como na noite perdeu a sua beleza,
em prol do seu tumulto.

A luz deseja-se,
à mais de cem anos de escuridão.
A alegria despeja-se,
se de longe vir a salvação!

Foto de Paulo Gondim

Prepotência

PREPOTÊNCIA
Paulo Gondim
11/08/2011

Não se prende o ser amado com corrente
Quem age assim, não demonstra sentimento
Não é ninguém, é só veneno de serpente
No desvio louco de ser comportamento

A vida não comporta falsidade
O amor precisa ser acalentado
Pra se amar, é necessário liberdade
Não se destrói de forma vil o ser amado

Há quem diga, eu posso tudo, tudo faço
E se transmuta em monstro no seu ser
E cava a cova de seu próprio fracasso

Mata o amor, na caminhada, em cada passo
Cospe no prato que acaba de comer
Põe a cabeça na forca e puxa o laço

Foto de Arnault L. D.

Borboletas na escuridão

A fria brisa dá-me um beijo,
com lábios úmidos de Lua.
Meu coração compassa lento,
fecho os olhos e o desejo.
Abre-se em mim, qual na rua,
vias, desertas, para o vento.

As estrelas, todas moram,
na doçura da imensidão.
Ficam a esperar a treva
e as mariposas, que retornam,
borboletas na escuridão...
Na noite são; e o vento leva...

Madrugada, quero a solidão,
das luzes a névoa embotar,
na neblina que se esparsa,
a dizer não, ao que for visão.
A guardar pra si o limiar,
na ténue luz, que se esgarça.

Espero o frio a congelar,
contraste a pele que me ardia,
cabelos, olhos, a umedecer,
no hálito que a névoa é ar.
Sopra-me, distante o dia...
Noite fria, dá-me o anoitecer...

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