Como posso encontrar,
o que eu mais nem sei?
Pois, tudo eu já dei.
Não sei como procurar...
Como posso chorar,
se estou tão vazio?
Resta o seco onde o rio
turbilhava p'ro mar.
Como posso ouvir,
se o vácuo é pleno?
Sequer um som, ameno,
ao silêncio ferir...
Como posso partir,
se nem mais me pertenço?
E o pés não convenço,
afastar, não querem ir...
Não vou mais peguntar.
Não intento respostas.
Seguir, é dar as costas
e aqui quero ficar!
Onde posso encontrar,
se perco-me distante...
Onde que a alma é amante,
bem lá é meu lugar.
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Quando em você.. me completo.
a fração faz-se inteira
e por desta maneira
que por você sou repleto
Então traço, arquiteto.
Navego em rotear o amor
que onde esteja, e aonde for
me localizo, em seu afeto...