Blog de Cabral Compositor

Foto de Cabral Compositor

Ação

caso de amor
um recado
uma flor
um bilhete
um bom bom
hora certa
noite clara
o sapato
a chave
o cabelo molhado
um perfume
a rua
o pensar em tudo
o andar
ao destino

Foto de Cabral Compositor

Cotidiano

passando a roupa na mesa
o sol lá fora
a gaiola suja
o terreiro para varrer

o tanque com a torneira vazando
o pano de chão surrado, e encardido
o sabão no final, já fiozinho
e o rodo quebrado

o travesseiro já está velho
o tênis rasgado e sujo
a chuteira sem o cadarço
a bola vazia

a cabeça pensando sempre
na vida, nas coisas vadias
a saudade as vezes vem
e a alegria, nem sempre chega

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Chama da Alma

aceso a idéia
a vida dentro da cesta
aceso o fósforo
a chama clara, queima minha alma

queima minha dor
um sol arde em fogo
suor, vertigem
uma imagem em nuvem
uma idéia
um sinal de vida
o pensar constante

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Porque?

veja bem
eu estava com sede e você me deu o que comer
eu estava sozinho e você me fez recordar
do olhar..., de você..., do gostar

sabia... que tudo estava tão calmo entre nós
e que a paz, nossa paz não era passageira
você companheira, soube me enganar....

porque...
desviar essa sombra se estamos colados
para que desviar o sentido se não tem sentido
e porque não aceitar esse beijo se não lhe dei motivos
de não me querer..., de não abraçar..., e ouvir os meus conselhos

porque
descartar toda a vida que em nossas vidas foi sempre calor
porque
desfazer uma historia só feita de amor
porque
não se entregar em meus braços e dizer que me ama
se a nossa chama
sempre esteve acesa no mesmo lugar

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Outro Sentido

vi a sombra
o sol arder em febre
a visão embaçar
vi o vulto
o pano branco passar
vi o manto

senti o frio
o arrepiar nos braços
o medo
a janela fechada
o pranto

imaginei...
a falta
o calor no peito
a alma solta
os olhos fechar
imaginei voar
como encanto

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Positivamente

Quem dá um passo
não recua mais
não aceita ser mais um
não aceita

Quem decide, se vê em algum lugar
É sentimento que vale ser vivido
Quem tem alma aceita ter vida
aceita ser um ser assim presente

uma pessoa de bem, é ser... de tamanha grandeza
Qualquer sol, qualquer lua, qualquer planeta
Um ser, que quer uma parte de tudo
Uma parte dentro do todo

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i a ô

Chegou...
E veio assim como uma figa guiné
Num mantra de paz, de santa... e até
Com a disposição de proteger... amparar (chegou.., chegou...)

Chegou...
Com toda forma vigor de quem leva e traz a fé
Em todo de tudo, em canto... o que é?
Com a leveza segura de um protetor

Chegou!!!
Veio mostrar e apontar... minha dor
Tocou naquilo, no nó, na saudade que apertou
E tirou meu sossego de pescador

Virou, virou
A direção pra me aliviar
Como o calor , o abraço de mãe ao beijar
O filho que busca se proteger

Virou, virou
Meus olhos pra me contemplar
E me fez esquecer do sofrer do chorar
Essa minha vontade de querer amar

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Uma Maria

Maria é de fé
Maria é de fé
Minha Maria é de fé

Do nordeste, chão seco e á pé
Couro de cobra, ponta de faca e até
Maria Bonita de Lâmpião
Minha Maria é de fé
Minha Maria é de fé

Todo homem que no sangue tem o saber
Já bebeu numa bica de serra... iaêee
Já pulou em cima de burro na terra
Já usou chicote na guerra
Já pediu por Nosso Senhor

Todo homem que tem uma Maria
Está sempre guardado, de noite, e de dia
Porque... toda Maria é de fé
Toda Maria é de fé
E a minha Maria é de fé

Foto de Cabral Compositor

Retorno

Somos humanos
Somos racionais
Jogamos papel no chão, cuspimos
Levamos o lixo no porta malas do carro e jogamos num lugar qualquer

comemos os peixes dos rios e lagos
Comemos a carne dos animais, tomamos o seu leite e usamos seu couro
Somos humanos e temos propriedade
Arruinamos as nascentes, defecamos nos córregos, nas cachoeiras

Tomamos cerveja em lata e arrotamos bem alto
Sujamos as areias nos litorais, com plásticos, copos descartáveis, chinelos, pneus
Modes, fraudas descartáveis, camisinhas, embalagens de chips e papeis de bala
Juntamos entulhos nos passeios alheios e colocamos fogo em lixeiras

Somos humanos, desumanos com nossos pais, filhos, netos, esposas e vizinhos
Somos extermina-dores dos sentimentos e fortes covardes em atitude e fidelidade
Criamos máquinas para nos complementar, arruinar, aniquilar, destruir
Queimamos as matas, atiramos nas placas das estradas, atiramos no semelhante

Poluimos os mares, o ar, a nossa rua, nossa cidade, nosso estado
Contaminamos as redes sociais, falamos palavrões e damos tapa na cara dos outros
Somos invejosos, maldosos e egoístas, buscamos o bem estar para nós mesmos
Somos humanos incompletos, somos arrogantes, prepotentes e julgamos ser inteligentes

É uma pena, saber que somos humanos, é uma pena não saber sofrer, é uma pena...
Absorvemos o planeta e nada oferecemos a ele, não temos carinho, não cuidamos dele
E a fauna, a flora, as riquezas minerais, o oxigênio, as algas, os plantons, as arvores
E a vida, a nossa vida, a vida dos que ainda vão chegar? e a nossa alma, como está?

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Chuva

tonta
macia
leve
molhada

calma
devassadora
viva
interessante

liquida
sólida
em forma
úmida

caudalosa
suja
limpa
turva

correndo
desabando
molhando
devastando

em gotas
em muitas gotas
nas calhas
no chão

na rua
nos telhados
no rosto
nas minhas mãos

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