Silêncio

Foto de Neryde

Você,pra sempre aqui!

Chuvas de Setembro, eu e você
Quando elas chegam, renovam
O amor em nossos corações,
Novas sensações, novas reflexões!
A estória se repetirá,
Minha mão em sua mão tocará.
Assim como ontem e sempre,
Você continua na minha vida,
Cada dia uma nova cor me dá,
Em cada gesto, em cada fantasia,
Em seu sorriso de alegria.
Teu olhar para mim é uma carícia!
Você está sempre nos meus sonhos,
Tudo caminha como nós dois queríamos,
Você não me pertence, nem eu a você
E, assim nos amamos completamente!
Você continua na minha vida,
Entre os meus momentos de silêncio,
Com um sopro de serenidade,
O amanhecer de uma nova liberdade!
Faz voar meus sonhos novamente,
Olhar tudo com olhos de uma criança,
Me faz amar completamente, plenamente!
Teu olhar pra mim é uma carícia,
Você chega onde nenhum outro pôde estar...

Foto de Ednaschneider

Hoje quero ficar só comigo

Hoje quero ficar só comigo
Não quero com ninguém falar.
Hoje só o travesseiro será meu amigo
E meu companheiro quando eu me deitar.

Quero poder sentir a sabedoria
No silêncio da madrugada
Onde nesses momentos de melancolia
Encontro algumas respostas difíceis de serem decifradas.

Hoje quero pensar e refletir
Estou precisando desse tempo.
Este amor que não deixa de existir
E junto com amor um pouco de sofrimento.

Hoje quero pensar em como sou
Como fui e como serei.
Em função deste louco amor
A minha própria vida, eu anulei.

Preciso levantar o meu ego
A minha vida tenho que valorizar
Deixar de ter este amor cego.
Preciso antes de tudo me amar.

Por que se eu não me amar primeiro
Tudo será em vão
Esse amor por ti está sendo um desespero
E se tornará apenas uma ilusão.

Por isso hoje vou me refugiar.
No exílio do meu silêncio e minha quietude,
Preciso ali permanecer.
Pois preciso pensar
E depois tomar uma atitude:
Serenamente te amar, ou te esquecer.

30/04/07 Joana Darc

(Este poema é registrado.Copyright: Todos os direitos reservados à autora dos mesmos,não devendo ser reproduzido total ou parcialmente sem a prévia permissão da respectiva autora, estando protegido pela lei, ao abrigo do Código dos Direitos Autorais)

Foto de Carmen Lúcia

Louca mente

Loucamente... tentei livrar-me dessa triste sina,
Me equilibrei num fio da esperança incerta,
Com a mente insana,fruto da vida profana,
Que a pressão do mundo oprime e a sociedade aperta.

Loucamente...tentei juntar palavras desconexas,
Dar um sentido a elas e ser compreendida,
Mas o que sai de mim a todos vexa,
Fazendo-me voltar ao ponto de partida.

Loucamente...a mente louca que me foi legada
Traçou o meu perfil,mostrou a minha alma,
Gritou aos quatro cantos:-Quero ser amada!
E um silêncio mudo calou a tresloucada...

Loucamente...transpus as raias da loucura,
Busquei desesperadamente a minha cura,
E entre um delírio e outro,próprios de um ser louco,
Eu transcendi à dor,transgredi as regras e me enlouqueci de amor!

Foto de Gaivota

* QUANDO ABRI A BORDA DA CONCHA....MINI-CONTO

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QUANDO ABRI A BORDA DA CONCHA

Possuo amigos.. algo de bom, deveras bom.. ser escutado é uma parcela da existência rota e vagabunda de todo escritor. Por um lado amado e por outro amaldiçoado...ou será alma dissociado.? Eternamente mal encarado.. Descarado!
Foi assim.. resolvi sair do casulo onde guardava a mente estúpida entre dedos ao molho campanha e decidi: É agora ou nunca. Não tenho papas na língua e vomito prazeres ou delírios, não guardo pensamentos em vão.
Jogo na vida, nas páginas pretas que passeiam virtualmente a espera de manchetes sangrentas que o povo aguarda roendo unhas.... Onde estão as notícias trágicas? Quem morreu? Onde aconteceu o tiroteio da última avenida manchada de sangue onde moscas e bactérias transitam em fome absoluta?
Saído do lar em perfeita harmonia aconchegante, onde a boca enorme mamava azul ondas deslizantes de dias coloridos abraçado a mãe natureza. Eu pérola expelida.
Caminhei arrastando dedos estúpidos no ritmo da maré e cheguei ao asfalto onde percebi o primeiro tiroteio..
Era a maré! Não..! Não a minha onda que sobe e desce em ritmo cardíaco... era sangue desfeito em pólvora.
Era o cheiro fétido da morte alisando minha cabeça. Era a gosma que sobrou.. era a dor.
Perfurada alma docemente azul que dentro de mim criou-se, vi com estes olhos que comem estrelas sorridentes, corpos estendidos na poça da vida... Na fome, na miséria humana... nas mãos armadas.. nos ratos que passeavam por entre vísceras e fuzis....
Vi que o mundo não parecia o lar-pérola azul-negritude....
O lar era a briga de gangues, era a necessidade de poder, eram notas e notas de dinheiro ensangüentado, era o desejo mórbido de comer algum pedaço de coração humano..era o pseudo existir nas línguas do fogo cruzado. Era matar! Matar! Matar..
Engoli a lágrima escorrida, lambi meu beiço na voracidade do desejo...desceram lágrimas sal doce aportando a garganta e fizemos sexo... Eu, a lágrima e a cama desfeita de meu ser. Ali no silêncio da garganta entrei em transe....nossos corações batendo no desespero selvagem dos prazeres...

RJ- 08/11/2006
** Gaivota **

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Foto de Gaivota

* MORDO A LÍNGUA *

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MORDO A LÍNGUA

A casa ruía dentro do silêncio,
eu vagava como o vagabundo..
No chão triste comido pelo vento
embrulhava braços
de tristezas,
sem saber exatamente
desatar o nó que havia dentro.

Fulminando no olhar
a mordida quente,
o bolso vazio..
Excêntrico instante
dolorido.

Perpassam ali personagens
de filmes.
Quem sabe?
Ontem choveu e as poças
ainda olham
fugidas do lar..
Na estranha mania,
mordo a língua.
Atravessa a garganta,
penetra o cérebro
escorrido
caldo quente.

Desliza ao coração,
pulsa desnorteado
na busca de luvas
que enxuguem
o sangue espirrado.

** Gaivota **

Do livro: " ABERTA FOLHA DA SUAVE AGONIA"

Foto de NuzzyII

Apenas por um momento

Palavras fogem,
se escondem no silêncio.
Palavras já não tenho
para expressar o que sinto...
Mas não desisto
Sei que mesmo em silêncio
Me amarás nem que seja
por um momento...
Pois palavras já não tenho
Elas se foram como vento,
Deixou-me muda
apenas agora neste
momento.

Foto de Sirlei Passolongo

O Relógio

Não há passos na rua
O silêncio toma conta do ar.

Relógio brinca comigo
Horas eternas...
Saudade!

Nem a lua surgiu na noite
Esconde-se entre as nuvens
Não assisti minha solidão.

Relógio brinca comigo
Minutos eternos...
Loucura!

O vento insiste em não se mover
Nem o cheiro dele vem me trazer
Só o silêncio toma conta do ar.

Relógio brinca comigo
Segundos ingratos...
Solidão!

Não há diferença entre as horas e os segundos
Se a saudade, a loucura e a solidão...
São as únicas a tomar conta do meu mundo.
(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de Gaivota

* SILÊNCIOS&MORANGOS *

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Calado dorme o silêncio
a meu lado,
aguarda que o poeta
pinte paredes
negras na noite.

Entre suspiros,
respira ofegante..
O poeta
Tecla.

Tecla poeta!

Rabisca a cor negra
aos gritos.
Delira poeta!
Pisa os dedos da alma.
Machuca poeta..
As letras e traduz.

O silêncio aguarda..
Come morangos,
lambuza a boca sedutora,
salpica o papel.

Beija dedos cansados,
massageia os olhos da noite,
caminha à sala
enxugando o soluço da hora
com dedos em pantufas,
pra não espantar poemas.

RJ – 11/07/2006
** Gaivota **

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Foto de Carmen Lúcia

Desfile das Flores

Num reino encantado de olores e cores,
Onde a fantasia sugere poesia,
Desfilam faceiras, abertas aos amores,
As flores mais belas do “Rancho das Flores”.

Vem a margarida, tão cheia de vida,
Com saia de pétalas, girando, atrevida,
E a orquídea esnobe, altiva e rica,
Lembrando a nobreza da corte esquecida.

Agora...suspiros...rubores...pudores...
Maria-sem-vergonha, de ardores, fulgores,
Tão discriminada, até ultrajada...
Porque dá à toa...Que triste! Coitada!

Logo em seguida, o lírio do campo,
Com sua pureza, vestido de branco,
Recompõem-se as flores num clima de paz,
Recobram os valores, a moral se refaz!

A um certo perfume...silêncio total...
É a dama-da-noite, beleza fatal...
Atrás dela o jasmim, que saiu do jardim
Para a dama aplaudir...e sonhar...e sorrir...

E no ar, de repente, um calor eloqüente,
Faz as flores tremerem, suores intermitentes
Exalam fragrâncias,ao vê-lo à distância...
É o amor-perfeito com um cravo no peito.

Brilhante tal qual uma estrela, a papoula vermelha,
Fazendo “caras e bocas” a quem quiser vê-la,
Mas quem roubou os olhares foi a tulipa amarela,
Com boa postura,elegância e sua beleza singela.

O ponto alto da festa, momento de esplendor...
As violetas dançaram a “Valsa do Imperador”!
Só não se apresentaram as viçosas açucenas...
Perderam-se pelos caminhos por conta das cantilenas.

Chegaram as onze-horas colorindo a passarela,
Dando passagem a ela...à flor mais bela...
Curvaram-se todos em respeito à nobre donzela,
A rosa rainha de espinhos,suas sentinelas!

De repente...um acidente...e fala a bromélia:
-Caiu de cima do galho,a insinuante camélia!
Um chourão choramingando surgiu do jardim,
E com uma placa na mão anunciava:Fim!

_Carmen Lúcia_

Foto de Anandini

Falar com você...

Falar com você...
Falar com você é poder ser livre
é poder sentir
a força ,os caminhos
onde se pode chegar
quando se ama alguém

é poder ousar, é não ter medo
de se entregar

é expor a alma...
limpa,verdadeira
como uma flor aberta
que se rende a entrada do sol

quente e ardente
Simplesmente sente

Falar com você é
abrir os braços para a poesia
é criar sem forças um caminho
que só a gente sabe onde vai dar...

Falar com você é
ter liberdade para subir num vagão
ir de encontro ao infinito
em um trem que partiu em silêncio,sem grito

Falar com você
É sentir na pele
o tamanho
dos seus medos e tédios

pedir clemência a morte
pedir a Deus a vida.
é tentar fechar a ferida

com lagrimas de sangue
que anestesiam a dor
e devolvem a alegria

São palavras ,letras que ora surgem
que ora se escondem
que não se despem como devem
Que se medem, não se entregam

Uma agonia,misturada com poesia
linhas fortes,sentidos confusos
rabiscando o desejo e matando o prazer

Falar com você
é criar asas,é se deixar levar
é viver a realidade de palavras
que não se concretizam

pois a alma aflita
não sabe pra onde partir
se confunde se perde
entre a morte e a vida.

falar com você é
transportar-se para um mundo distante
onde só cabe nós dois

e tudo o mais,deixar pra trás
e distantes de tudo
só há espaço pro amor

e o depois?

O depois vamos ver
analisar,entender

se sonhamos demais
ou se as palavras
impregnadas,de ´Sim
são apenas um nada

são apenas palavras
que se forem apagadas
rabiscadas ou rasgadas
continuam a valer

e se impõe e se firmam
entre ter ou não ter

a coragem,de buscar
a realidade em seu ser

e fundir-se, doar-se
assim

eu
e você.

Falar com você...
é não falar
é ouvir
é amar
é sorrir
é ficar
é partir
é estar sozinha

tu sem mim
e eu sem tí.

Cadê você?

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