Silêncio

Foto de NuzzyII

Vale a pena te amar...

As horas que passaram aqui,
Faz tanto tempo mas não esquecí
O quanto vale a pena estar
perto de ti
Perceber em teu silêncio o quanto é bom te amar
Sinceramente o tempo
não importa mais.
Quero viver este amor intensamente.
Seja num presente agora
Ou num futuro depois
Não importa.
O que não quero é deixar este
amor tão real
Guardado num passado não vivido...

Foto de Mauro Veras

O poema que nasceu em silêncio

... é aquele que se fez no início das manhãs
quando o mundo estava em suspenso.
E denso, imprimiu sua trajetória na alma insana,
na febre tamanha que ocupa os desejos.

Febre de ti, que aos ritos de amor louco me compelia,
Febre de mim, que aos poucos e sem saída me perdia,
Febre de amor, que era a loucura daquele encanto,
Febre da dor, que era a ternura, ao avesso e tanta.

O poema que nasceu em silêncio
e tem a robustez de uma estória em apenso
tem a altura do grito desesperado,
que o mundo consolida nas memórias e nos lenços,
perde-se num sopro cansado
como a voz que vira acorde sussurrado e lento.

E eu gritava por ti, para dentro de todos os silêncios;
e eu gritava por mim, habitado por teus mistérios;
gritava o amor, num sonho acordado e intenso;
gritava a dor, entre soluços e esperas.

E meu grito é tropeço do coração
no tênue ponto entre a sagração e a insensatez,
entre a paixão e a lucidez de a ela não ceder,
entre a busca das palavras e do encontro
entre uma lua inquieta e a voz do poeta.

O poema que nasceu em silêncio
tem a magia das manhãs e é fonte de luz,
reflexo da alma em agonia. É língua em sintonia
com o fogo da existência
ecoando por mil vozes arrancadas de suspiros
que gritam, em todos os meus medos, por ti.

Nada faço, porém, que não faças antes por mim,
e o silêncio que pensas ouvir
é em verdade o clamor dos instantes em rodopio,
é a claridade de uma salva de assobios
que o peito amante verte, qual clarim.

O silêncio que pensamos ouvir
são parecenças do vazio repleto de nossas presenças,
são vontades que escapam das palavras, arredias...
são olhares arrancados da fotografia
do porvir, e instalados pelo oráculo da cumplicidade
na beleza límpida dos lírios brotados em nosso jardim.

Prelúdio da revelação mais pura,
o silêncio que trocamos tem a simetria do universo,
suas estrelas e luas, que amamos!
Tem a vibração primordial dos sinos
e soltam as amarras e viram este grito mudo
que só nossa amante alma reconhece, enfim.

Obs.: este poema foi feito em parceria com a poetisa Carol Marisco.

Foto de Fernando Poeta

No Silêncio da Noite

Em meio ao silêncio,
Da noite que nunca termina,
Da penumbra à escuridão,
Caminho em vão...

Pois não sigo para lugar algum,
E meu caminhar é trópego e vacilante,
Pois caminho sem rumo e em círculos,
Limitado pelo espaço de minha solidão.

Não há insônia que apavore,
Silêncio que desatine,
Angústia que atormente,
À quem há muito não encontra alívio.

Alma torturada,
Espírito combalido,
Por muitas lutas enfrentadas,
Mas sem vitórias conquistadas.

Encontro a noite,
Fantasmas de minhas derrotas,
Que podem zombar de muitas formas,
Mas não duvidam de minha fidalguia.

Em meio ao desespero,
Continuo meu canto triste,
E insisto em acreditar em mim,
Nesta noite que nunca termina.

Foto de Andrea Lucia

Alegria do Coração...(Andrea Lucia)

Alegria do Coração...(Andrea Lucia)

Tiraram a alegria do meu coração
Onde havia cor, virou escuridão
Não há mais vida, nem paixão.
A emoção foi toda recolhida
foi expulsa, ficou contida.
No lugar do vermelho ardente,
há uma cor pálida,
uma alma inválida,
dona de um coração carente.

Tiraram a felicidade do meu coração
Onde havia festa, virou solidão
Não há mais folia, nem diversão.
A harmonia foi destruída,
foi destroçada, ficou sentida.
No lugar da pulsação ardente,
há uma calmaria
uma alma vazia
dona de uma dor pungente.

Tiraram o brilho do meu coração
Onde havia ardor, virou frustração
Não há mais melodia, nem canção.
A alegoria foi desmascarada,
foi partida, ficou desmantelada.
No lugar da música ardente,
há um silêncio atroz
uma alma sem voz
dona de uma cantoria impotente.

Tiraram a beleza do meu coração
Onde havia pudor, virou perdição
Não há mais respeito, nem emoção.
O encanto foi quebrado,
foi perdido, ficou ameaçado.
No lugar da paixão ardente,
há somente melancolia
uma alma em agonia
dona de uma tristeza comovente.

Tiraram a alegria do meu coração
Onde havia amor, virou ingratidão
Não há mais sentimento, nem perdão.
A sensibilidade foi banida,
foi-se embora, ficou ferida.
No lugar do vermelho ardente,
há uma cor pálida,
uma alma inválida,
dona de um coração demente!

Foto de Lou Poulit

Soneto Inglês Para Um Sonho

Hoje sonhei com as suas palmas tão preclaras

Roçando esses meus cabelos agrisalhados

Mas lutando em si, para não despetalar

A sã flor lúcida dos meus sonhos escuros.

Com que desespero louco quis despertar

Percorrer com os meus dedos cada linha sua

Onde caminha esse meu amor penitente?

Onde me levará dar-me sem condições?

Porque em sua emoção, meiga, não me acordou

Lamentei não ser meu caminho pertencido

E assim ainda eu pertencer a ele, infindo...

Silêncio das chamas que à noite me devassam.

Quando torpe, enfim me apossei desse meu corpo

Dei-me conta de uma devassidão voraz

Entranhada nos meus pacificados músculos

E emergindo do pântano, qual doce bruma...

Soube porque as suas palmas não me pisaram.

Não vinham, partiam... Para poder voltar.

Foto de Anandini

Somos um

Querido...
O silêncio que vem de ti
aguça minha mente.
Tento entender,oque se passa contigo
Te procuro,naõ te encontro
Será que vives apenas dentro de mim?
Passo os dias,as noites
esperando seu contato.
Será que tu desces de outro mundo
e
esporadicamente vens me visitar?
Sou uma pessoa de sorte!
Muitas passaram por sua vida,
mas não tiveram a sensibilidade
necessária para vê-lo
Para entendê-lo...
Não enxergaram a alma especial que és.
Perderam a oportunidade de contatar
uma grande personalidade
com tanta vida,com tanto sentimento.
Eu olho para tí
Sua imagem me arremete para longe
Para o infinito saber
Para além de um mundo
frio,desigual
desamor...
Olho para tí,
olho para mim...
Metades desencontradas
perdidas no mundo do nada
Reencontradas em segundos...
Vejo através de seu olhar,
Sinto através de seu coração...
Sua vida reflete em minha alma.
E não há forças contrarias para desfazer-me
de ti.
Sua presença,a todo instante
aviva minha vida.
És parte de meu ser.
e preciso arrancar essa nuvem
que insiste em flutuar
lá no fundo de sua alma.
Precisa aliviar-se,
Precisa aprontar-se.
Espero o momento,
de fazermos uno esse sentimento
Um elo
Um paralelo...
ao mundo exterior.
Sentimento profundo,forte.
desejo arrancar sua dor...
Para viver plenamente
Esse amor latente
Que pulsa,e nos chama
forte quente,como a chama
de um fogo vivo e ardente
Que queima,incessante
e une nossas mentes
e nos faz ficar assim...
tão próximos e tão distantes
Sem entender o porquê
existirmos um sem o outro.
E vai acalmando aos poucos
para depois reacender...
E no momento certo
num encontro prazeroso e discreto
Nos uniremos certamente
e teremos nossos corpos
unidos num só corpo
e então veremos depois
o que será de nós dois....

Foto de Ednaschneider

Acorda-me na madrugada

Acorda-me na madrugada
Com essa voz de desejo
Acorda-me, me deixe excitada.
Quero teus beijos.

Venha, me toque.
Com essas mãos de veludo.
Venha com seu corpo, me sufoque.
O que desejares faça tudo.

Deixe-me com sono durante o dia
Deixe-me bêbada com teu sorriso.
Invada-me com tuas mãos macias
Leve-me ao paraíso.

Venha me maltrate com tanto prazer
Deixe-me mole numa cama estendida.
Venha, com esse seu jeito de ser...
Sou dominada, estou vencida.

O amor me vence
Quando estou ao teu lado.
O dia amanhece
Meu corpo está marcado.

Marcado com chupões
Feitos nesta madrugada
Que me deixou belas sensações
De amar e ser amada.

O silêncio da madrugada
Foi quebrado com gemidos
Esta mulher que escreve foi flechada
Pelo anjo do amor: O Cupido.

12/04/07 Joana Darc

Foto de Carmen Lúcia

Meus Sentimentos

Quero libertar meus sentimentos
Abrir a gaiola do isolamento,
Deixá-los correr com o vento,
Sem represálias ou contratempos.

Que eles soprem as dunas,
Espalhem areias, revirem os montes,
Que brinquem de esconde-esconde
Por entre labirintos e mistérios de ruínas.

Povoem os lugares vazios,
Transformem o silêncio em sonoros delírios,
Percorram terras e mares
E joguem pros ares corações bravios.

Que brilhem tal qual purpurina
Que à luz do sol faísca, fascina,
Que voem quais pássaros que migram
E levem aos poetas as mais belas rimas.

Foto de Pré-seleção para coletãnea anual

Pré-seleção Lou Poulit

Venho Pedir-te Que Ouças

Venho pedir-te que me ouças
com o silêncio de um luar prestante,
que se entranhe nesse nosso instante
e ouça a lágrima penitente e vasta,
que me serve de oceano.

Ouça o vento, a emoção do veleiro,
e o carinho das ondas espalmadas
no chão sulcado do nosso amor pisado,
arrebatado, de fibras tão tesas,
em que se abandonam nossas vilezas
como rolam as folhas de outono maduras.

Ouça o sangue correr na veia tua,
em busca das meiguices e canduras
do poeta, que sobre a terra túmida flutua,
se precipita e se esbate na pepita
plena de inchaço, de ânsia e mormaço...
ouça o esgarço agônico da sua estrela!...
Venho pedir-te por esse nosso resgate,
que lhe sacie tanto toda pertencê-la;
e ao poeta, à sua dor fluída e à sua arte...
Teu coração à vida das suas alvas asas
e ao seu canto de morte... Pois eis que parte.

Ouça tua pele, jardim de frêmitos emancipados,
ainda molhada, mas tão assim sequiosa...
Ouça o perdão pelos poros exalados,
como lhe perdôa os lanhos tua rosa!...

Ouça, Saudade, e pense...
Só a ele o teu sussurrado nome pertence.

Lou Poulit, Itaipú/2007

Foto de A§tra

Eu Sou

Ser!
Fluir! Voar!

Deixar andar!

Ir na corrente!
Mesmo sendo diferente!

Mas...
Ser!...

Ser,
-não parecer!

Padecer!

Não aconteceu!
Está a acontecer!

E tu!

Perdes-te num passado!
Do qual estás já desmembrado!

A sonhar com um futuro!
Distante!

Impuro!

Desperta!

Fecha os olhos

e vê!

Não fales para responder...

Deixa o silêncio fluir...

Entra dentro de ti...

Ir até ao centro!
Renascer!

Ir até ao fundo!
Do Ser!

Ir até à margem!

-Não há margem!

Nem imagem!

-Nem voz!

Nem nascente!

-Nem foz!

Só o rio que flui...
Te abraça...

e foge...

Deixa-o ir...

Sente-o fluir...

Não ter porto seguro...

Parar é morrer!

Ser puro!

Viver!

... Ser!

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