Silêncio

Foto de @nd@rilho

AMOR DE VERÃO

Ainda lembro, a ultima vez que a vi,
Era o fim do verão, a beira mar,
O vento abrandava o calor do sol,
O silêncio que imperava nos dizia tudo,

Aquela paixão de adolescentes,
Que vivemos intensamente,
Cada segundo daquele saudoso,
Os “eu te amo” sussurrados ao ouvido,

Os longos e apaixonados beijos,
Carinhos trocados por horas,
As noites quentes de corpos entrelaçados,
Os risos, enfim cada instante daquele verão,

Chegara ao fim, junto com a estação,
Aquele sentimento de vazio,
Foi tomando conta do peito,
A emoção da despedida, roubava nossas palavras,

Aquele abraço apertado,
Aquele beijo demorado,
Selou o maravilhoso verão,
Que descobri o que é amar ! ! ! !

Foto de KarlaBardanza

Devadasi Amando...

Seda pura, mirra, henna,
sari, kajal, o Taj Mahal...
Sou eu e você na Índia
em alto astral.
Danço Odissi...
Quem te disse
que a Índia não é aqui?
Sou uma devadasi.
A tua face é música carnática...
Enfática te grito flores,
odores, incenso de jasmim.
Você é tudo, enfim.
Meu mundo é essa viagem
de colares, xales e beleza.
A Índia é uma princesa
de cabelos perfumados.
É um templo de deusas e poesia.
Sou eu beijando o teu dia,
com ares de sonho e silêncio.
Divindades, véus e céu...
sou eu te mostrando a vida
por um novo lado.
E nesse instante, nosso sonho é inventado.
Tâmara, româ, especiarias...
Onde irias se não fossem
meus braços de espera?
Mudras e mantras...
Onde irias sem essa
que te encanta?
Minhas mãos e pés pintados de vermelho...
Veja-me neste espelho.
Sou eu com minhas pulseiras,
e tornozeleiras de guizos.
Te aviso,meu tudo...
Nosso mundo cabe entre o beijo e a noite...
Minha alma floresce
e te oferece uma guirlanda de amor.
Abra as mãos.
Entenda o rito.
Abra seu sorriso de erva-doce
e abrace este aroma de canela.
Te devoto esta dança...
Te ofereço esta canção...
Sou eu esta pérola no teu coração...
Lírios de luz e vento,
finas sedas, diamantes de sol...
sou eu me revelando como um girassol...
Sou eu dançando Bharatanatyam...
Sou eu te amando,hoje, sempre
e mais amanhã...
Namaskar,Namaste...
A Índia...eu e você...

Karla Bardanza

*As devadasis eram dançarinas agregadas aos templos hindus e devotadas exclusivamente à adoração do deus Shiva, o “Supremo ator”. Oferecidas ainda meninas aos templos por seus pais, eram consideradas esposas do deus e, de fato, se casavam com ele em uma cerimônia semelhante ao casamento tradicional indiano. Eram educadas por grandes mestres na arte da dança e se apresentavam nas cerimônias do templo.
* Odissi e Bharatanatyam são estilos coreográficos de dança indiana

Foto de MARTE

NA ESSÊNCIA DO MEU QUERER

Ver o mar azul na sua cor,
Neste areal do meu caminhar,
Com uma brisa ligeira,
Com o luar no seu esplendor,
Na companhia do teu olhar,
Vou sonhando contigo á minha beira!
Neste mar com nuvens de algodão,
Parecendo-se com as da espuma,
No ritual de uma canção,
Na melodia de quem ama...
Quero na madrugada,
Com a companhia da meiga Lua,
Ver-te no horizonte a brilhar,
Com o reflexo da tua face desenhada,
Projectada no meu olhar nua,
Nos versos que trasmitem o teu olhar...
Olhar a tua face presente,
Desenhada neste meu espaço,
Viver o mistério do teu caminhar,
Amando a imagem docemente,
Quero sentir o teu abraço,
Num momento que me fará sonhar...
Momento de tentação,
Num desejo imperecível,
Numa sensação indefinínivel,
E compor os versos desta canção...
Nos encantos do teu rosto,
Ver um fogo posto,
Nesse teu olhar aveludado,
Por mim um dia sonhado...
Sereia, musa que me encanta,
Tudo em ti me seduz,
Nesse olhar que canta,
A melodia que me dá luz...
Quero fechar os meus olhos,
E viajar nos meus sonhos,
Guardados no meu coração,
Na melodia desta canção...
És o meu maior tesouro,
Guardado num silêncio de ouro,
A princesa dos meus sonhos,
Musa dos meus desejos...
Que nas madrugadas me conduz,
No tempo e no espaço,
Com um olhar que me seduz,
Quando sinto o teu abraço...
Com a melodia no ar,
Uma certa brisa a me tocar,
Numa imensa vontade contida,
Versos da minha vida...
És a musa que domina,
Toda a minha imaginação,
O sol que ilumina,
Os versos desta composição...
No meu sonhado paraiso,
Vais compondo o meu mundo
És tudo o que eu preciso,
Rainha do meu tudo...
Quero sempre para ti olhar,
Um dia ao teu lado viver,
Não quero apenas sonhar,
Nesta composição do meu querer...
MARTE
JCarvalho
http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=9095
http://marteemterra.zip.net/
http://martejc.hi5.com
http://jcarvalho13fotografias.spaces.live.com/
http://jc.amigoz.com.br/

Foto de Jósley D Mattos

Observação paterna

Soturno silêncio dos ponteiros,
A velha máquina de escrever
esvoicerante e rápida como o tempo em teus raros cabelos brancos...
Distante olhar fotografa-te constante...e guardo-te no espelho em que me vejo...
Bastão do silêncio entre os dedos
fabricas conceitos,
devoras formulas,
viajo, advinho formas na fumaça
vagarosa desse bastão,
o sabor amargo da cafeina invade meu ofalto, enquanto disfarças, sereno sorrir ao breve
perceber-me...
O que aspiras não inspira, é apenas o ocaso em dose homeopaticas, expelindo a inpaciência irracional da monotonia incredula e devassa.
O tempo devora-te em mesa egoísta, e ao observar-te compartilho da nicotina passiva de vontade genocida...
Guardo-te egoísta feito o tempo,
que mais forte, rompe passadas largas e te tem mais do que eu...

Foto de Jósley D Mattos

chagas

A sombra enxuga os rios
secam ao sal das lamurias
turvo, hibrido das cores...
O cimento violenta o verde
violetas, cinzas do jardim
aço a fio corte cega iris que ti vê
emissário da polvora,
pavorosa paz de não ser
Assombra, expurga o Rio
seco de morrer...
Cercam ao sol, sem muralhas
exsuda, sequestra, estuga a vida
no vermelho sem por quês...
No sal mar que, afogo doce lentas lágrimas...
universo de espera nos canteiros do silêncio...lápides quando há...
Pois o ocaso achado numa bala perdida é o averso que não era
Um verso a quem não sei
um pouco de amanhã
um púcaro de quimera.

Foto de Ednaschneider

Respostas

Respostas

Estou deserta, porta aberta.
Você se foi
Onde estarás?
Estou em prantos,
Com quem andarás?
Vejo no tempo...
as respostas
Vejo no vento
e aqui...
em mim...
esse sentimento, que uiva,
e chora o mesmo lamento de outrora.
A dor não me vira às costas.
Nem mesmo assim, tenho as respostas.
Estou vazia, noite fria!
Onde estarás?
No silêncio da noite que arrepia
e faz a alma chorar,
sinto que ainda
continuo a te amar.
E a me confundir...
E a buscar...
as respostas
que só você pode me dar.
Mas a porta aberta, a mente deserta, a dúvida é certa...
Minhas lágrimas são o sinal de alerta...
..que você não vai voltar. *

* Este Poema é de dupla autoria:
Joana Darc Brasil
Karla Bardanza

(Direitos reservados às mesmas)

Foto de eamlemos

Indefinido

O silêncio toma conta do meu ser
O pensamento se perde na imensidão da minha incerteza
As palavras nao fazem sentido
O olhar sorridente da minha conciência estremece a minha alma
O abraço carinhoso dos seus alhos se desfaz na retina do meu medo
A sombra do amor acabou quando a luz do meu coração se findou
A saudade lava a minha dor
O que sobrou foi a chuva dos meus olhos
O que ficou foi a metade do todo o imcompleto o indefinido

Foto de @nd@rilho

CASTELO EM RUÍNAS

Que dia triste vivo hoje,
Com o coração em luto,
Velando o amor,
Desfalecido em meu peito,

Vago só, na escura solidão,
Perdido em prantos,
Pensamentos confusos,

O barulho ensurdecedor do silêncio,
Ecoando pela casa sem vida,
Machuca meu coração,
Confunde meus sentidos,

Tantos erros cometidos,
Nada corrigido,
Culpa, mágoa, tristeza,
Destruí tudo,
... e desculpas...
... não bastam mais!!!!!

Foto de Varley

“Versos derramados”

Entre os versos derramados no papel
Algumas gotas do vinho que meus olhos verteram
A taça em pedaços pelo chão
A garrafa de Cabernet Sauvignon vazia
O silêncio perturbando-me os ouvidos
A razão embriagada balbuciando dor
Enquanto minha alma vomitava muito da saudade
Que venho bebendo desde que partiste

Varley Farias Rodrigues

Foto de fer.car

CAMINHOS E SOLIDÃO

Neste silêncio minha alma sangra sua ausência
É como parte minha estivesse morta para não mais viver
Como se a energia se esvaisse de meu corpo
Como se o brilho virasse cinzento
Meus olhos tristes e secos de tanto chorar
Este espinho que cravou em meu alma jamais irá sarar
E a falta que me faz não se vai, nada a tira daqui
Neste espaço nosso, não abrigo outros beijos e abraços
Em meu corpo, ainda sinto o grito do adeus
Suas lágrimas percorrendo sobre esta face rude
Em seu peito existem cortes profundos
Eu criei estes cortes, deixe que os feche por favor
Sua vida, minha vida, somos o que além e depois do que fomos?
Não sei se o erro maior é eu tentando fingir que sou feliz
Ou você acreditando que sem mim pode viver
Neste silêncio crio sua imagem a imagem de Deus
Acredito que não existe fim se estive perto da eternidade
Se alcancei os céus com as mãos enlaçadas nas suas
Se senti o pulsar do amor tendo nossos corpos alados
Neste silêncio apenas fecho meus olhos
E sinto-o aqui, perto de mim
E quando os abro sangra minha alma sua ausência
É como parte minha estivesse morta para não mais viver
Como se a energia se esvaisse de meu corpo
Como se o brilho virasse cinzento
Meus olhos tristes e secos de tanto chorar
Talvez isso se chame solidão
Caminhos que tomamos, dores que amainamos
Pessoas que não substituem, e palavras que não conciliam mais
Talvez amor eu me sinta só
A solidão como fruto dos caminhos que traçamos
Caminhos que tomamos, dores que amainamos

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