Silêncio

Foto de Carmen Lúcia

Enquanto você dormia...

Enquanto você dormia...

A noite acordou o céu,
Estrelas cantaram,brincaram,
Girando feito carrossel...
Uma brisa serena passou
E o chão se levantou,
Sob um intenso clarão...

Enquanto você dormia...

A musicalidade dos grilos
Pincelava de cores
Espaços escuros
Que a luz não alcançou,
Cobrindo-os de amores,
Os pirilampos pintores...

Enquanto você dormia...

A lua acordava
Iluminando o telhado
Do gato que miava
Solitário...soturno,
Arisco...noturno...
Tal qual o poeta...livre de idéias,
O gato não se prende a pessoas...
Sem se deixar pegar
Parte pra outro lugar...

Enquanto você dormia...

O verdadeiro silêncio
Pôde ser ouvido
Pelos sons da noite...
De repente...um grito
E tudo se agita...
O mistério palpita...
E uma sombra errante
Move-se escondida...
Desaparece num instante,
Fugaz como o tempo
...para os amantes...

Enquanto você dormia...
...e nada via...

Foto de Cecília Santos

ABS(O)LUTO

ABS(O)LUTO
#
#
#
Quando o silêncio, for absoluto.
Lembre-se de mim.
Que te amei intensamente.
Quando a saudade,
te fizer chorar.
Lembre-se, que lhe dei todos
os meus risos,
Que lhe dei minha vida, meus
melhores momentos.
Que me dei por completo.
Esqueci de mim, para
pensar em você.
Dei carinho, atenção
fui quietude nas suas
noites tempestuosas.
Fui brisa mansa, fui fúria
insana, quando te amei.
Beijos, carícias, emoções,
dedos entrelaçados.
Amor, paixão, sedução.
Quando tudo for silêncio.
Quando tudo for saudade.
Quando nada mais restar,
do meu amor.
Quando o vazio, ao seu
redor for total.
Lembra-se de mim.
Que te amei imensamente.

Direitos reservados*
Cécília-SP/07/2007*

Foto de Sonia Delsin

MINHA LEVE ALMA

MINHA LEVE ALMA

Minha leve alma voa na madrugada.
Na prisão de carne ela não fica aprisionada.
Ela explora o espaço.
O tempo.
Minha leve alma cansa-se do dia e busca o silêncio da noite.
Busca o silêncio da hora.
E vai embora.
Vai... desliza lenta por entre as estrelas.
Visita antigas paragens.
Minha alma gosta destas viagens.

Ela pisca pra lua e segreda com ela.
Minha alma a chama de bela.
Minha alma é isso...

Busca a leveza.
Não se quer presa.

Foto de Sonia Delsin

MEU DRAGÃO

MEU DRAGÃO

O que é que eu tenho feito?
Eu tenho enfrentado meu dragão.
Tem dias que ele me cospe fogo.
Ele vem como um vulcão.

Eu me desvio, eu corro.
Peço socorro.

Em outras vezes o enfrento em silêncio.
Com paciência e ele vai embora.
Que alívio eu sinto nessa hora.

Noutro dia ele volta.
Minha alegria ele vem roubar.
Com lágrimas as feridas volto a lavar.

Novamente ele some.
Parece que me deixou em paz.
Penso.
Não vai voltar mais.

E quando menos espero o dragão aparece.
Entro em prece.
Assim é que estou caminhando.
Meu dragão enfrentando.

Foto de Jhessyca Lima

Vem...

Anda.
Vem me dar um abraço,
fazer um carinho...
Não fiques assim,
olhando para mim
como se eu fosse
uma criança indefesa,
pois o meu amor
já não é mais o segredo
da caixinha de surpresa
que você tanto teme abrir...
Vem,
eu não te peço muito.
Não te peço que me ames...
Quero apenas tocar o teu rosto,
sentir tua tez
na ponta dos meus dedos,
quero apenas um pouco do teu calor.
E do teu silêncio
que me diz mais que as tuas próprias palavras...

Foto de Sonia Delsin

NO SILÊNCIO...TE ENCONTRO

NO SILÊNCIO...TE ENCONTRO

No silêncio tua ausência vira presença.
Crio o cenário...
Nós dois recostados num banco que está dependurado numa frondosa árvore.
Meus cabelos tu tranças colocando flores e a cada flor que coloca um beijo deposita.
Minha boca levemente procura como se borboleta fosses.
Eu fico me deliciando.
Continuas me beijando...me abraçando.
A árvore é linda.
As flores são cor-de-rosa e o chão à nossa frente está forrado delas.
É um verdadeiro tapete.
Num determinado momento me pegas no colo.
Me colocas sobre este tapete rosa e começas a me despir.
Lentamente.
A cada peça que retiras me beijas.
Tuas mãos elétricas caminham no meu corpo e eu me delicio.
Eu rio.
Sou a mais feliz das mulheres deste mundo.
Tuas mãos vão correndo.
Me explorando.
Me tocando.
Abro os olhos.
O silêncio continua.
Mas tua ausência chega a doer no meu peito.
Me ajeito.
Levanto. Comigo mesma entro em confronto.
Caminho em busca do tapete rosa e não o encontro.

Foto de Maiakovsky

Corpo de Nuvens

Em meu leito minha querida:
teu corpo de nuvens,
tua inavasão torrencial.
Em monumentos de luz:
teu cobertor de verão,
teus céus de primavera,
as aves de tua pele.

Vez por outra, me deparo,
visto-me de teu beijo,
tua chuva, teu canto de silêncio.
Em minha pátria minha querida:
calotas onde moram vértices,
rosa-dos-ventos de teu corpo.

Minhas pernas em tuas pernas:
confusão das línguas de Babel,
ruidosas flautas, colunas romanas.
Cachos áureos de teu rosto,
toda perspectiva incontrolável,
toda folia de teus abraços.

Em minha noite querida minha:
tua aurora possante,
teus polos, teus magnetos,
o chão estrelado de teu colo.

Foto de Ednaschneider

Olhe

Olhe meus lábios...Deixe-os molhados...
Estão com sede...Loucamente apaixonados.
De seus lábios, estão necessitados.
Olhe minha boca, e observe...
Como ele quer que absorva
Os beijos ardentes e leves
A língua...Quente...Sorva.
Olhe meu olhar
Como estão a te amar
Eles estão a te falar: “Vem cá!”.
Olhe minhas mãos... Desejosas de movimentos
Querem deslizar seu corpo...
E no silêncio o acalento:
De sentir tua pele arrepiar-se aos poucos.
Olhe minha alma...
Ela quer você.Se entregar...
Está em tuas mãos, tua palma...
O que farás?

Joana Darc Brasil*
31/07/07
*Direitos Reservados

Foto de CarolComPoesia

SILÊNCIOS

"O que mais preocupa não é nem o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem-caráter, dos sem-ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons."

Luther King

.

A palavra que cala adoece
apodrece e fermenta
depois é vomitada voraz
putrefata e ferina,
Antes, a palavra que corta
mas grita, sem piedade,
invade e determina o tom,
antes as verdades inteiras
não os ensaios
porque a vida não é meia verdade

A palavra ausente,
resguardada
carcomida em temores,
subterfúgios
é despejada voraz
sem alma
retalha intenções
e povoa dores.
Antes, o verbo aberto
que conjugue verdades
mesmo não sonoro,
auditivo
mas real,
derramado da boca
inodoro

Não gosto das palavras que calam
nem do homem
que delas se ressente
e camufla-se
atrás de conceitos
"escudando" defeitos e traumas
de alma carente de vida
e silente de morte!

Sou pela palavra dita,
solta
atirada aos céus e infernos
gritando verões e invernos
aquecendo a vida fria.
Sou pela palavra flechando almas
mirando emoções
rasgando o peito
atiçando amor,
Sou poeta das palavras-alma
que fazem versos
dão risada e amam apenas,
sem teoremas
rasgam-me o peito
e moldam-se em poemas!

(Carol)

.

Foto de Te_shi

OUVES-ME?

Quando já não temos nada na alma?
Quando se esvanece o sentimento?
Não vês o mesmo sorrir?!!!
Só damos valor quando o que amamos não temos.
Só a morte nos dá valor...
Já não sei mostrar afecto!!!
Perco-te para a idade, afasto-me da tua juventude...Porque?
Tenho desgosto de não saber mostrar os...Sentir...
Meu coração querer falar...de à alma amada explicar o...
Eu não te vejo o amor abraçar e me abafar de desejo sentido.
Queria tanto para ti...não tenho riqueza maior...tu...2 anjos...
Não foi amor?!!!
Preferes palavras já feitas, de outrem...escritas já ditas...
Mas isso não é...gostava que todo o meu amor fala-se sem voz...
Não parasse dia e noite...que cada estrela te sussurasse...
E ouvisses no silêncio...
Que te amo

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