Cordas

Foto de Rute Mesquita

Queria ser...

Gostava de ser vento,
para envolver o teu corpo nas minhas suaves brisas.
Gostava de ser eu,
tudo o que mais precisas.
Gostava de ser água,
para percorrer o teu corpo,
para em mim vires molhar os teus lábios.
Gostava de ser uma tábua,
da qual fizesses um banco,
para sentir o sufoco,
dos teus pensares sábios.
Gostava de ser a tua voz ,
para nos expressarmos juntos,
e percorrer as tuas cordas vocais
num vibrar de uma foz
e adjuntos
querermos sempre mais.
Gostava de ser esse teu olhar,
e poder compreender a tua realidade,
de poder tudo paralisar
com toda a liberdade.
Gostava de ser a tua língua,
para poder tocar no teu sorriso,
para sentir a tua saliva contínua
sem qualquer outro compromisso.
Gostava de ser essas tuas mãos,
para descobrir como sabes todos os meus recantos,
como consegues transformar o caos
num dos mais belos cantos.
Gostava de ser esses teus cabelos,
e sentir-me bailar com deleitosos suspiros
queria sentir como são belos,
como são puros.
Ai, eu queria ser,
esses teus lábios,
a minha tentação,
que com beijos macios
aceleram o meu coração.
Feita uma descoberta ao teu corpo,
quero mesmo continuar a seu eu,
a tua china,
este ser que pões louco,
só teu,
e que tanto te fascina.

Foto de betimartins

Nas cordas do tempo.

Nas cordas do tempo.

O tempo está apressado, sem ter mais tempo
Ele está de aborrecido com a falta de amor
Com a nossa falta de tempo para o tempo
Nem mesmo para nós mesmos, egoístas...

E neste egoísmo esquecemos-nos do silêncio
De escutar o silêncio que o tempo nos oferece
Este silêncio que abrasa, embala a nossa alma
Entre o tempo, o silêncio e o Nosso Pai...

Esta desunião apenas afina as cordas do tempo
Que acelera cada dia mais em desencontro da união
E os eixos se movem e transformam a nossa terra
E os povos estão incapazes de ter tempo para entender...

Não tem mais tempo para orar, para escutar, ajudar
Nem mesmo mais tempo para preservar e mudar
Sequer para criar nossos filhos no amor e os orientar
E o tempo dos meus pais foi perdido em vão, abandono...

E o tempo está zangado, sem tempo para escutar
Tanta lamúria, tanta barbaridade, tanto desamor
Tanta morte, corrupção, abandono, guerra e desespero
Porque o tempo apenas corre nos ponteiros do relógio...

E o tempo trás consigo a negra noite com a sua lua
Com ele os seus fantasmas da inquietude da alma
Para alegrar ele traz o dia com seu sol majestoso
Apenas para te alertar do renascimento da alma...

E o tempo chora como ele chora lágrimas de sangue
Ele abraça o silêncio, juntos eles choram e choram
E o tempo e o silêncio juntos abraçam Deus e choram
E como eles choram! E o tempo vai correndo sem parar...

betimartins

Foto de Marilene Anacleto

Cordões de Gaivotas

*
*
*
*
Feito cordas mágicas
Retornam à barra
Em bandos, as gaivotas.

Ora seguem em curvas
Ora fluem em 've',
Ajeitam as asas rápidas
Para se fazer outra vez,

Então o cordão se desfaz.

Num passe de mágica
Tudo fica num nó
E o cordão se abre
Num instante só.

No fundo o céu, quase lilás
Cenário perfeito de outono
Para que meus olhos se entreguem
Ao torpor e ao abandono...

Quisera minha alma, quisera!
Que meu coração aos nós
Seguissem as gaivotas

Lançasse no rosado céu
As emoções, em tênues véus,
Sem se afastar dos mistérios.

E, sem perder a emoção,
Sem se afastar da razão,
Viver a magia do Eterno.

Marilene Anacleto
19/05/09

Foto de Marilene Anacleto

Primeiro Amor

*
*
*
*
Farfalhar de rolas,
Sorrisos de estrelas,
Acariciar de pombos,
Beijar de borboletas.

E, na noite outonal,
O caos intenso que requer
O encontro dos dois corpos
Nova vida, nova mulher.

Depois, a aurora boreal,
O frenesi da alvorada,
Em cores mais que arco-íris
No incandescer da madrugada.

Na vivência do amor
Os sentimentos se unem,
Os pensamentos se juntam,
As emoções se consomem.

Lentamente, vai voltando,
E, na calma, poemando.
É a luz de duas almas,
Estrelas a bater palmas,

Pelo bailar dos dois anjos,
Os aromas de floreiras,
As melodias de cordas,
Sonoras harpas e banjos.

Seguem momento a momento,
Vêm pela vida afora
A trazer o pensamento:
“Se Deus uniu, o homem não separa”.

Marilene Anacleto

Foto de Lorenzo

Quando

Quando estou perto de você
Te aperto contra mim só pra ver
Como é belo o laço do abraço
E te faço saltar do sapato de salto

Tento pelo meu talento
Ainda que meio lento
Sem cordas me amarro em te amarrar
Despindo meu pudor do poder de amar

Carrego minha paixão sem chão
Meu coração sem alguma oração
Meu verbo sem tuas palavras
E meu braço sem a tua mão

E aqui sobra essa falta
Da gigante que não é alta
Minha vida que está tão longe agora
Pra me matar de saudade a cada hora

Lorenzo Petillo.

Foto de Carmen Vervloet

CANÇÃO DO CORAÇÃO

Na batuta do maestro
Orquestro meu coração
E sopro toda tristeza
Na modulação do pistom

No conjunto dos instrumentos
(Re)componho meu destino
E afino minha vida
Nas cordas do violino

Canto pra não chorar
Canto blues... samba canção
Solto a voz com alegria
Nas cordas do violão

No teclado do piano
Componho sonhos e planos
Envolvo-me com paixão
Em versos de ilusão

No som de cada instrumento
Ouço o adeus da agonia...
No enredo do sentimento
Eu suspiro esta poesia.

Carmen Vervloet

Foto de Stacarca

Declaração de Amor

A tua beleza formidável exala recônditos turbilhões de sonhos na nevrose de minh’alma luminosa de paixão, sua formosura que concede aos olhos e a pele prosperar emoções contra veneráveis cloroses aos sonhos mais grotescos de meu ser, fazendo o doloroso se tornar miraculosamente tiaras de felicidade e maravilhas indeléveis de orações milagrosas, essa sua beleza perpetuamente contínua que divinamente faz as constelações soarem frêmitos que traduzem e materializam o amor. Essa sua prodigiosa forma de etéreo fascínio que contagia o mais rigoroso e trêmulo dos seres de virtudes perspicazes, Essa dádiva que treme o alicerce dos infernos e que excita o leproso numa tormenta excessiva de prazeres translúcidos. E esse azul de seus olhos que vão além das fúlgidas paisagens de todo o paraíso azúleo e tênue criado por Deus, e que consegue ser mais belo que o mais límpido céu esplendoroso de clarividências. Não sei quanto esse sorriso alvo é capaz de triunfar florescência de ritmos a um romanesco libidinoso e estéril, e o quanto essa brancura estupenda e contagiosa vibra melodias além das harpas dos anjos mais belos e elegantes. Essa sua voz que deixa as cordas à lira em desgosto com a sonoridade tão perfeita e infinitamente perpétua aos ouvidos, e que arroja uma sinfonia de constelações explêndidas. Essa mocidade imune a frigidez e que beneficia ao corpo uma pelúcia de desejos que sensualmente constrói um hipnótico olhar. Com sua gracilidade essas perfeições assombram o pensamento e o coração mais sepulcral e noctâmbulo de indiferenças, e com essa beleza e perfeição faz meus dias e noites serem mais belos e quentes com uma variabilidade absurda de idéias e pensamentos vorazes além do tempo e do espaço.

Foto de Allan Sobral

Lagrimas por um Poeta

Minha alma chora,
Minha Tristeza é bem comum,
Pois Deus foi quem me ungiu poeta e me fez assim,
Já no principio, sorriu do meu fim

Minha inspiração é a facada da dor dos homens ,
Minhas palavras são respingos do sangue de meu louco coração,
Minhas rimas brancas, as cordas sozinhas do meu violão,
"no compasso da desilusão"

Sorria, pois sua ideologia, foi a lagrima de um poeta,
Sorria, pois sua lagrima, foi desilusão quem não poetisou
Sorria, pois seu sorriso, é o escudo que te protege da ilusão do mundo.
Sua poesia, é a inveja de quem sorriu,
Sorria como o nobre vagabundo.

Poesia por poesias,
Não há poesias não pagas por lagrima,
Lagrima foram feitas para poesias,
Lagrimas foram deitas por um poeta.

ALLAN SOBRAL

Foto de Allan Sobral

Saberás que...

As vezes o tarde da noite,se mistura com o cansaço do meio do dia, e repousa sobre meu ser a tristeza, as duvidas e incertezas.
Tantos porquês e tantos serás vagueiam minha mente, como cães solitários em busca de sobrevivência. Minha mente rapidamente percorre universos ocultos, em busca de respostas para explicar o que seria deste nobre vagabundo sem sua Flor, pois sei que seu incenso é o ar que respiro, sei que seus braços são como cordas que me entrelaçam e embaraçam, sei também que sua voz em meu ouvido, é como o solo do flautista viajante.
As vezes me pergunto se sem ti viverei, mas só você me faz alcançar o céu, beijar as estrelas, dançar alegria, só você conseguiu esculpir no meu rosto triste um sorriso.
Nossas melodias talvez se desafinem, talvez seus espinhos me farão sangrar, talvez minha espada te machuque, pois sou o lobo solitario que amou uma rosa. E rosas são belas, mas porem machucam.
Gostaria, de que independente das ocorrências da vida, que você lembre todos os dias de sua eterna vida em meu coração que, você é minha Flor, sem seu perfume, não vivo.

Allan Sobral

Foto de betimartins

O meu coração!

O meu coração!

Meu coração bate alegremente
Por vezes ele chora por ti e chora!
Outras ele desata a rir, belos risos
Risos de felicidade e alegria...

O meu coração ama perdidamente
Aqueles que comigo caminham
Aquele que eu divido minha alma
Dentro do amor incondicional...

O meu coração é como uma flor!
Que quando desabrocha, ele floresce
Como uma bela rosa vermelha, aveludada
Onde o nosso amor não tem limite...

O meu coração canta! A canção do amor
Canção que só tu podes escutar
Se ainda fores capaz, tiveres bom ouvido
E se o teu coração não for de granito...

O meu coração pulsa levemente, de mansinho
Lembrando as palavras sussurradas pelo vento
Palavras de puro amor, de lutas e vitorias
Na coragem nunca esquecida por mim...

O meu coração é amor, que dói por demais
Quando vê injustiças, guerra e fome
Vê crianças aprisionadas nas cordas da vida
Sem mães e sem qualquer caminho de esperança...

O meu coração sangra, chora de tristeza
Quando escuta palavras de desamor aos velhinhos
Aqueles que nos ensinaram a caminhar
Cujo suas mãos, sujaram de tanto trabalho...

Mas o meu coração ainda acredita e luta
Pela luz que reluz em teu coração esquecido
Onde a paz pode repousar num dia cansativo
Onde nunca o amor foi por ti esquecido...

O meu coração ama perdidamente a vida
O ar que eu respiro, na terra que eu piso
A água que eu me refresco e mato a minha sede
O fogo que aquece minha alma aflita...

Betimartins 3 de Janeiro de 2011

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