Blog de betimartins

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Na luz desse teu olhar

Na luz desse teu olhar

Foi na luz do teu olhar que eu me perdi
Não sei explicar como nasceu este amor
Nem mesmo decifrar a luz que vi em ti
Apenas sei que ela aprisionou para sempre...

Na luz do teu olhar eu vi tanto, mas tanto amor
Que abri o meu coração a ti, feliz e apaixonado
Na alegria de festejar o nosso amor do teu lado
Enfrentando tempestades, lutando sempre seguros...

E na luz do teu olhar eu vi os mais belos jardins
Onde as almas se reúnem, descansando, felizes
Foi nesse belo jardim que tu fizeste-me mulher...

Na luz do teu olhar, vi as tuas promessas de amor
Não tive medo dos perigos que estavam para vir
Mesmo que seja uma multidão, venceremos no amor...

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Na tristeza do teu olhar

Menino furtivo, carente

Menino de rua, sozinho

Roupas velhas, esburacadas

Chapéu de malandro

Sapatilhas sujas rotas

Dormes num banco

De um jardim abandonado

Corres da policia, foges

Para que não seja apanhado

A noite é tua fiel companheira

As estrelas são as tuas amigas

Tu as conheces, a todas elas

É a tua luz na triste escuridão

A cidade está tão linda, cheia

De vida é NATAL, tudo corre

Embrulhos e presentes, sorrisos

E tu nem podes parar admirar

Pois é um mendigo, sem abrigo

A vergonha da nossa sociedade

Ou será a nossa verdadeira vergonha

Somos cruéis, somos completamente cegos

Omissos de nossa real responsabilidade

Melhor calar nossa boca, seguir em frente

Mas aquela criança existe e está ali, viva!

E o seu Natal é solidão, abandono e fome

Nem nada mudou nada nem no acreditar

Que no amanha será um adulto revoltado

Se não morrer de frio, fome e de descaso...

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Versos & versos

Não tem verso que ainda me agüente
Nem rima que ainda tenha minha morada
Não tem poesia, nem um pouco fogo ardente
Apenas! Tem uma simples poetisa, divertida...

Gosto de muita confusão nas minhas palavras
Às avessas e com elas muito bem desalinhadas
Conheço tantos poetas estrondosos que inspiram
Aos quais eu, lhes posso dizer o quanto eles rimam...

Pobre de mim, que não passo de aprendiz de poetisa
Ainda tateio nas humildes palavras escritas aqui
Mas nunca desisto de deixar o que sinto, oh! Poesia...

A Poesia do meu feliz contentamento, contigo! Eu vivo
Contigo! Eu amo, contigo! Eu desabafo, contigo! Eu cresço
E contigo! Eu vou feliz para a morada do meu Pai Amado...

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Crônica de um homem só.

Crônica de um homem só.

Viajamos através do tempo, assumimos identidades e corpos, voltando a estaca zero, assim é a história deste homem só.

Eram quase meia noite de sexta feira dia 13 de Março, nasce apenas perdida no tempo da imensidão, uma criança brotada ao acaso da vida com o nome de Solidão, não teve batismo, o padre estava ocupado com as beatas da sua igreja e era insignificante para a sua paróquia.

Solidão crescia aos trancos e barrancos, ora doentes ora saudáveis, mas Solidão lá caminhava pelo seu triste caminho, sem ninguém. Batia de porta em porta e ninguém a queria abrir, alguns ainda hesitavam, outros rapidamente a fechavam era feio, cruelmente frio e impessoal, mas duramente real.

Passou fome, muita fome, sede muita sede, nada era dado, nada facultado, suas vestes estavam rasgadas pelo tempo, deixadas ao pó, a chuva, ao frio e ao sol forte dos desertos. Afinal quem nunca caminhou por um deserto?

Quem nunca bateu em uma porta que ela fosse fechada? Quem já pediu água e ela lhe foi recusada ou dada de má cara, todos sabemos que a vida é assim madrasta com o destino cruel da triste caminhada.

Solidão ficou homem forte, aprendeu a escutar os murmúrios da vida, decifrava o vento, a lua, o sol, as nuvens e até sabia o que conversava a floresta e as estrelas.

Aprendeu no silencio a escutar os conselhos do rio, dos povos passados, os que hoje são ridicularizados e ultrajados e também aprendeu a vivenciar o mar na sua imensidão.

Aprendeu a caminhar entre as estrelas, cantarolar entre os limbos e os restos dos homens cruéis, aprendeu a se contentar com as sobras dos outros, sem reclamar e claro agradecer ao grande Deus o seu único criador.

Solidão cresceu por ai, mas sempre sozinho, nunca mais envelheceu, nunca escutei que ele morreu ele nunca foi encontrado, apenas que ele vive ainda em cada um de nós!

Betimartins

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Poeta desconhecido.

Poema que estás por aqui escrito
Perdido entre grupos e páginas
Alguns te lêem e acham-te belo
Outros apenas mais um poema...

Nestes versos delicados e sentidos
A tua alma não está aqui, apenas
Para ser avaliada em um poema
Nem muito menos na sua rima...

Não crio palavras ilusórias, apenas
Para te agradar e receber elogio
Nem quero saber da qualidade
Mas sim no sentir do teu coração...

Lembrai-vos do Luis Vaz de Camões
Que apenas ficou imortal, depois de morto
Quanta dor abrasou o seu pobre coração
Nos seus versos de amor eterno, escritos...

Por isso eu amo ler um poema, adoro
Que não tenha leituras algumas, solitárias
Nem mesmo um simples comentário, nada
Eu o leio e fico arrepiada, tinha alma...

Vi o sentimento do poeta, desconhecido
Aquele que nunca é lido e nem lembrado
Nas delicadas páginas deste meu poema
Eu te aplaudo poeta pela tua bela obra.

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Se tu um dia, não me encontrares.

Se um dia tu não já me encontrares
Vejas que eu já parti para outra margem
Não vertas lágrimas algumas por mim
Apenas aplaudas a vida que eu vivi...

Mesmo os erros que eu tenha vivido
Aplaude não me critiques, por favor!
Foram eles que doeram até a alma
Mas que fizeram crescer e ser mulher...

Mesmo que este corpo já cansado
Outrora dono de pele macia, imaculada
De tons rosados e saudáveis, jovem
Recorda-me assim jovem e bonita...

Lembras da flor da açucena? Bela!
Imaculadamente pura jovem e viçosa
Que desabrochou do dia para a noite
Nos teus braços, repletos de beijos molhados...

Entre promessas de amor, provas e confidencias
Eu vou para a outra margem no barco sombrio
Onde a morte apenas é uma passagem da vida
E os meus pecados os remos do pesado barco...

Lembra-te amor, aquela ida ao cinema? Risos! Lembras?
Daqueles filmes de crianças, junto, com a nossa menina?
Recorda esse olhar que eu tive contigo, agradecendo-te
Por aqueles momentos mágicos, cheios de amor e partilha...

Lembra-te meu amor de meu cheiro, das minhas risadas
Lembra-te dos meus cozinhados, das piadas, das loucuras
Lembra-te dos meus poemas, das minhas cartas para ti
Pois é apenas isso que ficará aqui, as tuas memórias...

Não importa para onde eu vou, apenas que eu vivo em ti
Não importa que meu pó a terra volte é a lei da vida
Nem mesmo que meu corpo sirva de adubo aos campos
Onde os passarinhos irão encontrar a sua comida...

Apenas! Quando tu vires o sol se pôr e a noite vier
A brisa apenas resfriar o teu rosto. Sou eu, meu amor!
Que te venho dar, o meu beijo da despedida. Meu amor
Não me lamentes! Apenas guarda-me no teu coração...

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Fazendo uma pausa de minutos apenas para refletir.

Fazendo uma pausa de minutos apenas para refletir.

Vejo o medo assolado de teus olhos, vejo o medo invadir vossa alma pelo que poderá vir em breve neste planeta, Uns falam de naves, de sermos abduzidos, aqueles que têm alma elevada e evoluída, outros por serem escolhidos por Deus e mais não falo para não ferir ninguém neste texto.
Todos andam a pesquisar sobre as profecias Maias e outras que estão em sintonia com as transformações da nossa terra. Será que não acontece em outros planetas parecidos com a nossa terra, nestes milhares de buracos negros, onde ninguém acessa e nem se sabe o que existe para lá, dos nossos olhos e da nossa compreensão? O mundo paralelo, outros mundos, ninguém vem cá para contar o que está para acontecer e porque será? Para mim simples porque devemos viver tudo isto.
Por que será que apenas podemos imaginar, outros, apenas nos assustar com sua infinita sabedoria, outros, apenas se importam com o dia de hoje e digo que são os sábios e os espertos que apenas vivem o dia de hoje intensamente.
Apocalipse já esta acontecendo na terra apenas não sabemos como ele irá terminar aqui na terra, muitos estão demasiado ocupados em suas contas bancarias, suas casas bem confortáveis, não precisam de Deus e nem de ninguém, mas num cataclismo mundial não tem multi-banco que funcione, nem são sequer aceites cheques. O medo, a desorientação e a fome será uma constante na terra, isto se ela não explodir é claro.
Haverá total escuridão, mas será que já não estamos na escuridão total? Será que dentro de nós a luz está apagada, desativada, inerte. Basta apenas uma centelha de amor dentro do teu coração nas tuas palavras calmas e sensatas que mudas o medo de teu irmão, desencadeado a luz para iluminar este mundo, sem fé e sem esperança.
Como nenhum homem é uma ilha, consegue viver sozinho e para si mesmo, deveremos viver para nosso crescimento pessoal, esse crescimento deverá ter Deus como meta e compreensão desse divino amor. Ora o problema da terra é apenas a falta de respeito por ela, mas mesmo assim acho que ela passaria pelo mesmo estagio e transformação, talvez não fosse tão violenta se não a tivessem violado das mais terríveis formas. È a terra é como o ser humano, tranqüila, bela e misteriosa, ninguém sabe o que ela nos dá de presente. O ser humano é tudo isso também, mas quando ele é criado sem amor e sem educação também destrói tudo que se atravessa no seu caminho.
Por estas razoes e não vou pela parte religiosa que era muita aqui a falar, apenas vou focar o que minha alma sente e pensa sofrer por antecipação é pura burrice, viva o dia de hoje com amor intensamente.
Faça algo de bom para si mesmo. Perdoe-se, ame sua família e o próximo como a si mesmo, rodeie de amor a terra e os que nela habitam. Aproveite e pense que vai desta para melhor, que faria se tivesse uma doença incurável? Apenas teria um mês para viver, faça a lista das coisas que mais quer fazer e as faça e lute pela sua felicidade o resto Deus estará consigo para ajudar e orientar.
O mundo tem tanta coisa bela para partilhar conosco, as flores, os perfumes, as montanhas, vales, rios, o mar, os animais, o dia, a noite, as estrelas, a lua e o sol entre os demais que aqui não refiro, mas que completam a felicidade de viver a vida com alegria e imaginação. Por isso nós, temos tudo oferecido à borla e devemos saborear tudo com intensidade e amor.
Eu vejo nas linhas do tempo que algo estará para acontecer sim, mas será que importa isso? Importa é amar-nos e amar os que nos rodeiam e jamais deixar de acreditar que seja o que for será irá acontecer pela nossa evolução e amor.
Que Deus vos abençoe e seja sempre presente em vosso coração.
Pausa para reflexão!

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Nas cordas do tempo.

Nas cordas do tempo.

O tempo está apressado, sem ter mais tempo
Ele está de aborrecido com a falta de amor
Com a nossa falta de tempo para o tempo
Nem mesmo para nós mesmos, egoístas...

E neste egoísmo esquecemos-nos do silêncio
De escutar o silêncio que o tempo nos oferece
Este silêncio que abrasa, embala a nossa alma
Entre o tempo, o silêncio e o Nosso Pai...

Esta desunião apenas afina as cordas do tempo
Que acelera cada dia mais em desencontro da união
E os eixos se movem e transformam a nossa terra
E os povos estão incapazes de ter tempo para entender...

Não tem mais tempo para orar, para escutar, ajudar
Nem mesmo mais tempo para preservar e mudar
Sequer para criar nossos filhos no amor e os orientar
E o tempo dos meus pais foi perdido em vão, abandono...

E o tempo está zangado, sem tempo para escutar
Tanta lamúria, tanta barbaridade, tanto desamor
Tanta morte, corrupção, abandono, guerra e desespero
Porque o tempo apenas corre nos ponteiros do relógio...

E o tempo trás consigo a negra noite com a sua lua
Com ele os seus fantasmas da inquietude da alma
Para alegrar ele traz o dia com seu sol majestoso
Apenas para te alertar do renascimento da alma...

E o tempo chora como ele chora lágrimas de sangue
Ele abraça o silêncio, juntos eles choram e choram
E o tempo e o silêncio juntos abraçam Deus e choram
E como eles choram! E o tempo vai correndo sem parar...

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Ecos da solidão!

Ecos da solidão!

Renasci do mundo das sombras
Repleta de frio, gelando-me na alma
Escuto as vozes longínquas, vozes confusas
Vozes do além, onde estás tu? Onde?
Martelo as paredes, desesperada, as procuro
Elas vêm dali, as sombras se movem diabolicamente
O medo invade minha alma, apenas tremo de medo
Minhas pernas estão bambas, dormentes, cansadas
Algo gélido, algo sinistro, toca os meus ombros
Quis sumir da terra, que era aquilo que me que tocava?
Eu não o entendo, não vejo nada, vai além de mim
Volta tocar-me, minha garganta sente um nó fechado
Quero gritar, mas não consigo nada sai nada, inerte!
Mas o que é isto que vai além de mim? Grito!
O medo invade a minha alma, o gélido consume-me
Meu coração bate, descompassado, como ele bate
As sombras se movimentam ao meu redor, são tantas!
O cheiro incomoda o meu nariz, cheira a podre, mal
Escuto movimentos, a vida lá fora, respiro de novo
Tento acalmar o meu coração, algo acontece ali
Era o tempo, o tempo parou, sugou as lembranças
De uma vida ativa, cheia de muitas alegrias, passada
Mas o tempo, esse não perdoa, não mede distancias
Trás consigo os ponteiros afiados, batendo, as horas
Trazendo a solidão, apenas a solidão em forma de ecos..

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A Ponte do Arco-Íris

A Ponte do Arco-Íris

Entre as nuvens fofas e brancas
O rosado do sol pôr no final de tarde
A brisa fugiu rapidamente das encostas
O vento veio em força devastando o dia
As nuvens acinzentadas fizeram se sentir
A chuva veio em forma de granizo
Forte, poderosa, fria e devastadora
Os campos choram suas colheitas
As mulheres choram seus homens
Que no mar estão enfrentando as ondas
Tudo parece voar e tudo parece acabar
De repente uma calmaria, uma trégua
Toda a vida parece florir de novo
As flores reagem ao sol embriagado
Que entre as nuvens espreita cheio de sono
E eu olhando tudo ali, ali tudo era perfeito
Olho as encostas ainda de roupa molhada
E uma bela ponte entre o real e irreal
Colorida, entre os tons lilases, rosas
O azul violeta, deixando o verde sair
E apenas dando sua mão aos tons amarelos
Era um belo quadro, ninguém o pintaria
Vi fadas, anjos, todos trabalhando felizes
Olhei para meu gato, ali parecendo entender
Que apenas os meus olhos viam aquela ponte
A ponte do imaginável, do além que transforma
A beleza, a esperança e a bela luta da natureza
Que nós friamente devastamos, matamos
Amordaçamos os que a defendem, calando-os
Sem pensar mais, entro na ponte do arco-íris
Para nunca mais voltar, matei as saudades
Da minha passagem para a outra margem...

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