Cordas

Foto de Joaninhavoa

ECOS NO EGO...

*
ECOS NO EGO...
*

Quiseras tu óh meu amor
Cantar-me uma canção...
Daquelas como só tu sabes
de amor e de paixão...

Ah meu corpo teu violino
Toca-me
Vibra as cordas no encanto
dos sons
Virginais como a natureza
as flores
e as árvores! Provocam arrepios
nos censores

Origens em esferas dimensionais
Seduzem
Em sons sexuais! Intrigantes excitam
apaixonados
Ouvidos no espaço "habitat" natural
Divinos
são teus olhos
És tu! Adoro o divino
e sou humana

Joaninhavoa
(helenafarias)
18/04/2009

Foto de Joaninhavoa

DO CHOUPAL À LAPA! PARA UMA SERENATA

*
DO CHOUPAL À LAPA! PARA UMA SERENATA
*

Poemas musicais
São como arcos de violinos
Vibram mais e mais

Os arcos chegam com o vento
Que os estica e alonga
Nas longas cordas ondulando
Sempre mais!

Chega-me agora o cheiro
das laranjeiras em flor...
E seus botões gritam
à nascença...
Sinal de bem querença...
Perfumes! Enchem os pulmões
Nos dão rubores nas faces
Maliciosos pensamentos
Hirtos e sem espinhos...

Noites! Com fendas
Todo o vale se deita
Ventres! Deslizavam
como serpentes
Nas sombras...
Oscilo! Com os cabelos
voando aos ventos

Que desejo eu! Senão
um poema musical
Que encha meus guizos
Como tu e eu quando
vamos do choupal
à Lapa
Para uma serenata!

Joaninhavoa
(helenafarias)
30/03/2009

Publicado no Recanto das Letras em 04/04/2009
Código do texto: T152333

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

A MATÉRIA QUE RENEGAS

A MATÉRIA QUE RENEGAS

O que mais pode me doer que a solidão?
Meus ouvidos estão cerrados
Exceto a o som estridente
Desta matéria impulsiva;
Madeira e cordas
Ombros e mãos de um angustiado;
Que ao decorar as notas
Absorveu a alma de um tal miserável;
Ao longe bem ao longe
Posso senti-la me horripilando;
Veiculadas ao ar
Como faca nos meus tímpanos;
Meus olhos vendados
Perseguem as sombras
Que se movimentam;
O que passa por mim
As meninas entorpecidas
Passam-me por despercebidas;
Meus lábios sim provaram
A sede de esquecer alguém;
Como o ribeirão profundo
Ou o mais seco dos desertos;
Porem o que restou?
Eu nunca soube ao certo
Onde pairavam meus pensamentos
Adrenalina das minhas veias
Levaram-me a caminhos
Que eu não queria ir;
Eis me aqui
Estilhaços dos meus ossos
Não mais me vês
Não estou aqui!
Exceto a matéria que renegas
Não estendas as tuas mãos em vão
Nem te apiedas deste fraco;
No coração deste instrumento
Está a esperança que me atormenta
No cansaço deste humano músico
A dor deste miserável ecoa
A solidão e a saudade
São irmãs inseparáveis
E moram aqui comigo
Desde que partiu.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Village Outubro de 2008 no dia 20

Foto de Anselmo

ESSÊNCIA CAIPIRA

Eu adoro música! Tanto faz o gênero.
Pode ser: Samba, MPB, Bossa Nova, Música Clássica... Não importa..
Eu ouço qualquer uma... Ou melhor: todas.
Tenho discos de cantos Gregorianos... É Divino! Sem querer fazer trocadilho.
Minha alma se aquieta quando ouço.
Mas nasci e cresci no interior de São Paulo;
Passei a primeira infância ouvindo histórias de amores imperfeitos,
“Causos” de caçadas de onça e de pescarias espetaculares
Onde se dizia que o rio tem tal curva em razão da força que se fez para tirar o peixe da água..
É!
Isso tudo sempre dito por um par de vozes cantando em harmonia perfeita
Com o tinido de um instrumento de dez cordas afinado com esmero e ponteado com primor
Que só não era superior ao encanto das batidas das palmas das mãos e das botinas dos catireiros
Que sapateando sobre o tablado maravilhavam a todos que ali assistiam, a tudo, em total silêncio.
Sim! Pois fazer barulho significaria quebrar toda aquela consonância,
Aquela sucessão agradável de sons.
Eu cresci e mudei dali.
Andei por ai. Conheci lugares... Campos... Cidades...
Mas aqueles sons me acompanharam. Ainda estão comigo.
Aquelas batidas ainda ecoam dentro dos meus ouvidos. Não saíram de mim!
Quando ouço o pontear de uma viola meus passos se recusam a ir adiante.
Parece que se embaralham. Não atendem ao meu comando.
Imprimo ordem e não sou obedecido...
Então eu cedo.
Cedo e fico ali... Ouvindo... Relembrando... Cantarolando...
Cantarolando e relembrando coisas que a criança gravou na minha alma;
Coisas boas que a criança ajuntou para construir a minha essência.
Portanto não esperem mais do que isso de mim...
Minha alma é sertaneja.
Minha essência é caipira.

Foto de DeusaII

Sem ti...

Sem ti,
Sou uma rosa perdida
Num jardim de primaveras.
Sou um fogo que não arde,
Uma chama que não queima.

Sem ti,
Sou um ar que não respira,
Sou uma mancha que não sai
Sou uma parte, nunca um todo.

Sem ti,
Não sou prosa, não sou verso,
Sou algo desalinhado
Que desafina nas cordas da vida.

Sem ti,
Sou mágoa, sou sofrimento
Sou oca de pensamento
Sou fantasia sem ilusão.

Sem ti,
Sou tristeza na alvorada,
Sou parte de um nada,
Sou pedra sem calçada.

Sem ti,
Sou frio bem gelado
Sou estrada sem asfalto
Sou medo sem cura.

Sem ti,
Sou cara sem sorriso
Sou olhar sem brilho
Sou forma sem formato.

Sem ti,
Sou coração sem alma,
Sou desejo sem fogo,
Sou tudo e não sou nada.

Foto de Darsham

O Amor...Incómodos à parte

Tenho um problema com o amor, um grave problema! Ouço dizer por aí, pelas bocas do mundo, pelas letras soltas que vejo e revejo em papéis perdidos em cada canto de vida que o amor é a coisa mais bela que existe…
Chega a cansar os meus ouvidos de tanto ouvir a palavra AMOR!!!
Enaltece-se de uma forma sublime…em filmes…em palavras…em livros…em poesia…na música…Vê-se e ouve-se amor em todo lado (para os ouvidos e corações atentos, claro está) que chego a sentir-me profundamente enjoada.
Não, ao contrário do que possam pensar, eu não sou uma pessoa insensível, pragmática, vazia, distraída…Eu escrevo poesia, sou a voz do amor para quem não pode ouvir… Eu ouço Beethoven, Chopin, fado…choro ao ver uma peça de ópera, comovo-me com filmes românticos, voo para longe enquanto leio cada linha que Nicholas Sparks escreve…e tenho em mim todos os sonhos do mundo…
O que me incomoda não é a existência do amor, ou até é, não sei…é tudo muito dúbio…
Incomoda-me a banalização, o dizer por dizer, o falar por falar…e o coração? Será que ainda alguém sabe o que é amor? Amor sem razão, daquele que nos atraca o coração e nos despe a alma? Daquele que nos sacode os bolsos da sensatez…daquele que nos amarra sem cordas, nos cala a voz…daquele que nos tira a respiração e nos faz acreditar que vamos morrer por não termos espaço em nós para estacionar este avião que invadiu o nosso coração…
Será que entre a pausa para o café, e os pagamentos do mês ainda se tem tempo para reflectir sobre o amor? Será que todas as bocas que expressam a palavra amo-te atribuem o verdadeiro valor a este sentimento tão sublime e majestoso?
Incomoda-me, claro que me incomoda ver almas vazias e desprovidas de sensibilidade, que faria revirar na sepultura grandes poetas que a historia não esquece, verbalizar, assim, como se fosse uma pancadinha nas costas a palavras amo-te…amar não é só falar, é praticar, é encher-se de vida e gritar ao mundo que no peito nada cabe mais…
Incomoda-me também que não existam teses sobre o amor, em que expliquem tudo o que há a ser explicado sobre ele, para que o possamos conhecer e reconhecer, para que saibamos quando encontramos o nosso amor, o verdadeiro, a outra metade de nós, que nos completa…podemos viver toda uma vida com a pessoa errada, sem sabermos onde está a certa, ou sabermos, mas nada podermos fazer, porque o tempo já é outro e construíram-se outras histórias, das quais não fizemos parte, por termos construídos outras, paralelamente…
O amor rege a nossa existência; determina quem somos; representa-se nas nossas convicções, princípios, crenças e atitudes e descreve a sua rota nas linhas do nosso rosto, no brilho do nosso olhar, abrigando-se no nosso sorriso…à espera da noite…ou do dia…
A dualidade do amor… isto também me incomoda, de verdade, esta sombra dúbia que me chicoteia por dentro, que me finta o discernimento e me espanca a razão…tanto nos pode elevar às estrelas, como nos faz cair e bater em cheio com a cara no chão…sussurra ou grita-nos, queima-nos ou gela-nos, dá-nos o sorriso ou a lágrima, protege-nos ou abandona-nos…e aquilo que é contrário do bom, não é bom e dói…
Quando temos amor por alguém a vida fica tão mais fácil, não temos medo de nada, somos capazes de atravessar o mundo se for preciso e sorrimos muito, muito mais …se o amor parte, uma parte de nós também vai com ele e tentamos dia após dia, encontrar razões que nos façam sorrir, procurando formas de conviver com a solidão, para que não doa tanto…o coração fica apertado e lentamente vamos encontrando o nosso caminho, descobrindo novos horizontes, navegando para outras margens…renascemos numa nova vida e colocamos mais uma pedra no castelo da nossa identidade e unicidade. Encontraremos outro amor, que nos devolverá o sorriso, de uma forma espontânea e tudo faremos para que os erros que sejam cometidos nesta nova história (sim, porque os erros fazem parte de nós) tentem ser compreendidos e ultrapassados, tentando edificar estruturas sólidas em termos relacionais…
Porventura, voltará a suceder-se o mesmo e o ciclo recomeça, ou poderá realmente dar certo naquela vez, mas por mais voltas que a vida dê, por mais labirintos que percorramos, haverá sempre uma porta aberta para o amor.
O amor transporta-nos em viagens alucinantes por caminhos desconhecidos no nosso interior…já procurei mil e uma maneiras de descrever este sentimento tão…tão…indecifrável e transparente ao mesmo tempo e nunca consegui passar para as letras a magnitude, a cor, o som, a temperatura, a textura, o odor, a mistura, a mescla de coisas unas e simples que nos invadem a alma e nos descabelam a lucidez que se apossa de nós quando experimentamos o amor…
Porém, encontrei uma “definição” que até hoje me pareceu a mais perfeita e a mais simples. É uma pequena parte de uma passagem da Bíblia, que integra «1Cor.13», e é assim:
“…O amor é paciente, o amor é prestável, Não é invejoso, não é arrogante, nem orgulhoso, nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita nem guarda ressentimento. Não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade.
Tudo desculpa, tudo crê. Tudo espera, tudo suporta…”

Digo que para mim esta é a definição mais perfeita do amor que já li, pela sua simplicidade e no entanto faz-me questionar e pensar tantas coisas…ou o amor entrou em vias de extinção, e as únicas espécies sobreviventes que o encarnam vivem no outro lado do globo, ou então esta pequena passagem sobre o amor, que tanto gosto, não passa de uma utopia, um discurso naif…publicidade enganosa?
O certo é que, aparte as utopias, a publicidade enganosa e os incómodos de que me queixo, o amor é o pão-nosso de cada dia, é o nosso alento, a nossa motivação, muitas vezes o perdão…sem ele, o amor, a vida é a preto e branco, o mar é só uma enorme porção de água, os dias não têm propósito, a música é só mais um barulho que chega aos nossos ouvidos, somos gelo…somos parasitas...
Incomodam-me muitas coisas no amor, mas o que me incomoda de verdade, é não amar, muito mais do que não ser amada…ao não amarmos não reconhecemos nem valorizamos o sentimento do outro, não sentimos, não somos, não se é! Porque o amor é o milagre, é o sentido, é a matéria de que somos feitos, é como que um culto a seguir…
Porque o amor é querer ser muito mais do que ter! É a harmonia entre histórias, atitudes, pessoas, credos, cores, partidos, clubes…a vassoura da diferença e indiferença, é a medida certa…qb (quanto baste) …
Prefiro amar, e só amar, ainda que nunca amada, pois de contrário não serei abençoada…
Beberei eternamente pelo cálice do amor, mesmo que sede não tenha e darei a beber de quem da secura padeça…

Depois de dar nós ao cérebro para tentar tirar o itálico do resto do texto, acabei por desistir, antes que o computador ficasse com ferimentos graves (risos). Se alguém me puder ajudar agradeço!

Beijinho
Darsham

Foto de marcosgambiarra

Se ela soubesse

Se ela soubesse que fiz um elo;
E cada minuto morro uma fração.
Se soubesse: pintei de amarelo,
todas as cordas do meu coração.

Se ela soubesse o quanto sou sincero,
o quanto a amo,só de ficção.
Qualquer coisa eu faria espero
Pra não lhe causar consternação.

Se ela lembrasse que tenho fim,
Talvez ja tivesse me olhado;
Até que fosse um olhar só de lado,

Seria o suficiente para mim.
Ela não me olha,mesmo assim;
A ela desejo calado.

Foto de Rosinéri

A MINHA ETERNA AMIGA MARA

Agradeço a você, amiga caminhante ao lado meu,
que não acreditou que a tempestade repentina
pudesse devastar minha alma,
que não aceitou que as areias jogadas nos meus olhos
viessem a confundir meus desejos autênticos.
Amiga é você que não duvidou da palavra limpa que plantei na verdade da minha estrada.
Hoje agradeço a você, amiga inteira,
que mistura com a minha a sua energia e não teme os punhais que me ameaçam por sentir que meu coração é capaz de vencer
qualquer golpe armado pelas mentiras.
Agradeço o sorriso que você abriu na fidelidade do seu rosto
e que todos os dias remete ao deserto que atravesso.
Ao seu grito que me anima nos pedaços mais caudalosos do rio.
À sua doce zanga que sempre me empurra além e pede que eu dobre convicto as esquinas mais escuras.
Agradeço à sua oração que conversa com Deus
e me cobre de fé todas as noites,
aos anjos que encomenda para que me vistam de paz,
às lágrimas que você derrama em silêncio por sentir a dor da minha dor mas por saber que ela é só minha e entender que a força está nos lenços da minha alegria.
Agradeço às palavras de estímulo que você escolhe com carinho
para que eu escute os sons da coragem real.
Agradeço por todos os dias você acreditar na minha escalada
por me enviar as cordas trançadas no tear do seu amor.
Agradeço pelo Sol sincero que você faz nascer no pico da montanha
e que me aquece a cada nova manhã que recomeço.
Obrigado minha amiga guerreira
que mantém apertada sua mão na minha.
Companheira das lutas brancas que ao meu lado empunha armas de uma munição florida,
flores de um jardim que nem todos podem sentir o aroma
mas que exalam o perfume que você inspirou da minha respiração.
Agradeço a você minha amiga
que percebe o desejo do meu querer
e ajuda que eu arranque os cadeados da minha morada,
as vendas dos meus olhos,
e me aponta com delicadeza a sua convicção
da imortalidade do sonho que construí
quando o medo se fez por demais voraz ao meu coração.
Obrigado por ajudar que eu erga meus próprios movimentos,
por me oferecer as ações que me respeitam,
sem confetes pequenos,
sem serpentinas ilusórias,
sem promessas que enganam e não perduram.
Agradeço por você ser o minha amiga simples
que crê na luz que só eu posso acender em mim,
a luz que atravessa todos os muros,
todos que me são necessários para crescer.
Obrigado amiga que não desiste de mim, amiga do sempre,
amiga eterna

Foto de Joaninhavoa

ÓH! GENTES DA MINHA TERRA...

*
Óh! Gentes Da minha Terra...
*

Vêde!
Sou uma entre vós, apenas
Pois, ofereceram-me este trajo
Vestes que eu visto e viajo
Levando as minhas penas

Minha cabeça inclina ainda
Sobre o peito do astro rei caminha
E a noite cai! Tristes chorais
Guitarras tocai baixinho meus ais

Sons sós! As cordas temiam
Eram duas ressonâncias e ferviam
Rumores de tépidas auroras

Floriram nas águas das fontes
A pureza do infinito peito nos feitos
Da loucura ao deixares pastar

Em teus prados!

Joaninhavoa
(helenafarias)
19 de Outubro de 2008

Foto de pttuii

Palestra com paleta sem cores

Se eu começar a fumar, simplesmente ignorem-me. Luto por ser politicamente incorrecto, e nada melhor que subir a esta tribuna, e sacar de um cigarro. Estou consciente do meu trajecto enquanto ser que respira, e pensa às vezes. Já nasci, talvez seja este o meu apogeu, e não tarda nada começará o meu declínio. O círculo desenha-se lentamente, e fecha-se no dia em que se sente o clique. Segue-se a escuridão, e do lado de fora um lamentado 'desculpe, mas este é o meu dever. aqui estão as chaves'. Ninguém ainda me garantiu que morrerei porque antes deste cigarro, já me passaram milhares pelos lábios secos, e com certeza mais passarão. Quando sentir o ranger das cordas, nas quatro estruturas de pinho em meu redor, com certeza que não me porei a pensar que o meu fim esteve pré-definido no dia em que simplesmente disse que sim ao grupo, e comecei a fumar. Mas apetece-me hoje estar aqui a falar sobre isso com vocês, porque teorizar sobre o acto de fumar, é o mesmo que discorrer sobre o imperativo categórico de Kant. Impõe-se, e nada há a fazer.
Sobre o amor, é que as coisas não são assim tão fáceis. O amor nada tem de filosófico, porque é subjectivo. E se um filósofo um dia teimou com alguém que estava a ser objectivo, com certeza que não o fez pensando em amor. Lamechices são aquelas transpirações que escorrem do amor, quando este se sente acossado. Uma explosão do nada criou o universo, e uma implosão do tudo fará com que ele um dia, desapareça. O amor é precisamente o contrário disto.
Quando o tudo se sente pouco inteligível, difícil de ser percepcionado à maior parte das sensibilidades, então aceita que lhe chamem amor. As partes tornam-se escorregadias, quando um carácter é tomado pelo amor.
Falando em evolução do ser humano, o amor até ajuda. Continuaremos todos aqui, enquanto um homem e uma mulher continuarem a embeiçar-se um pelo outro. Mas e se as coisas, mais uma vez, funcionassem no oposto desta simplicidade. Se perpetuar, fosse apanhar o primeiro gâmeta oposto que nos aparecesse pela frente, e ao fim de nove meses nascesse um fruto dessa animalidade? O mundo nunca foi antropocêntrico, por isso o homem querer pintá-lo consoante os seus apetites 'racionais', não será um pouco abusivo?
O que nos rodeia, o feio que nos repugna, o belo que nos deleita, é evolutivo. O homem será um ser espiritual no dia em que perceber que nada pode fazer para contrariar esta realidade, E a morte é prova disso.
A medicina é um reflexo do 'não quero ver, para não ter de chorar à conta disso' humano. Serve só para adiar o fecho do círculo de que vos falei, e que pelas vossas caras não se encaixou na percepção axiológica do mundo que partilham entre vós.
Agora adeus, e lembrem-se de duas coisas. Primeiro, Deus existe para vos livrar dos vossos falhanços enquanto auto-proclamado mundo antropocêntrico. E segundo, a vida é gira, vista de perfil. Se a virmos de frente, ficaremos repugnados com a verruga que lhe pende do nariz.
Querem saber como se chama essa disformidade? Psicologia. Não olhem muito para ela, porque eu já tentei. E hoje ganho a vida a dizer às pessoas que elas são realidades que, não tarda nada, desaparecerão.

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