Carne

Foto de HELDER-DUARTE

O ACTO SEXUAL

Em resposta às vossas questões:
Diz, São Paulo, aos coríntios, sem hesitações:
Para que não haja imoralidade, sexual,
Que façais, como Deus ordenou, afinal.

Cada homem, tenha a sua única mulher.
E a mulher, tenho o mesmo proceder.
Para que haja, nisto ordem,
neste mundo de desordem...

E assim deeiem, prazer, um ao outro, em amor,
Pois eis que uma só carne são,
Estando ligados, assim no Senhor.

Por isso, não se neguem, um ao outro,
Ou digam não...
Porque deste modo, Deus o fez e não noutro!...

Helder Duarte

Foto de home.enamorat

Tu cuerpo

Contemplo tu esbelto cuerpo desnudo
extendido en la alfombra
contoneándose cadencioso,
resbalando como lo hacen los guijarros
frescos y limpios en el fondo de un río.

Alargo el brazo para abrir mi mano...
y te toco.

Mis dedos notan
como palpitan tus venas
y se deslizan despacio
por tu piel ansiosa,
impregnada con sudor y champagne
de tantos brindis derramados.

Afuera es el helado invierno.
-Posiblemente haga frío-.
Los cristales se empañan de vaho,
el goce se hace eterno,
y las lentas horas no se atreven a entrar
para no molestarnos.

Tu carne se me presenta ardiente,
fogosa;
como el calor que abrasa mi cuerpo,
y tu regazo acoge a mis labios
que te acarician...

Y aquella noche
se hizo eterna:
...las lentas horas no se atrevieron a molestarnos...

Foto de Cesare

Feridas d'alma (*)

Esta nossa alma de poeta!
Muitas vezes sofrida
ao sangrar para o papel
partes de nossas vidas.
Às vezes, verdadeiras feridas,
mas que muito auxiliam
a amenizarem as almas que as lêem...
Essas enormes chagas d'alma,
por mais abertas que estejam,
muitas em carne crua,
são suturadas com nossas palavras
e, benção de Deus, cicatrizadas.

(*) Escrevi esta homenagem ao Poeta João da Cruz e Sousa (1861-1898) após ler o belo 'Esta Alma de Poeta', de Fer.car (Fernanda), a quem agradeço.

Foto de Elemental

Carol

Coração em brasas
Ardente amor
Roí minha mente
Obscura mente
Lanpeja em chamas

Torturante paixão
Impregnada em minha carne

Adorada de tantas formas
Diante de mim....
Oscula-la-ei de fazer
Redimindo de minha lentidão....
Orando por um perdão...

Foto de Carmen Lúcia

Rainha do cais

Mais que um simples cintilar
Tênue gota sã de orvalho
Tanta estrela a destilar
Pelo mar, seu assoalho
Seus tão súbitos queimores.
A rosa, tangendo o cais
Turge escuros hormonais
E implora: Luz, não demores...
Vendo-a assim, intumescida
De anseios desfalecida
Carne em sismos abissais
Vêm ao espelho-mar cardumes
Dalvas, qual mil vaga-lumes:
Goza, rainha do cais!

_Carmen Lúcia/Lou Poulit

Foto de Mauro Veras

Temporal

.
Trago nas veias não sangue
o beijo partido de dentes e marcas
a carne ferida, o aroma dos mangues,
o temporal que encharca a mente
e transforma em pântano
o âmago do que era afago.

Trago essa bebida mórbida
de desilusão e salvias apodrecidas,
uma saraivada de trovões e órbitas
azuladas na boca hoje nada, onde
reinaram versos e que agora pétreos
são grilhões de uma tórrida paixão.

Trago raiva.
Sou seu prisioneiro.

Hoje eu queria as calçadas
marés de pés ligeiros, casais namorados
corriqueiros de mãos dadas e luas
assanhadas e nuas a consagrá-los ... e

trago raiva.
Sou seu prisioneiro.

Hoje eu precisava um roçar de lábios
e não roçar os lábios em palavras
lixas, sentidos sórdidos e prolixas
piras de angústias e decepções...

trago mentiras
de mil corações

que entoavam canções reconfortantes,
que reinavam diamantes na boca juvenil
de cantigas de roda infantis, mentiras
imperiais, ardilosas prostitutas, mentiras
abruptas e ilações. Trago mentiras
de mil corações.

O pôr-do-sol mediterrâneo que, se foi
a semente do jasmineiro, hoje vidrino
e por inteiro rasga com seus cacos e iras
o destino subcutâneo do sonho atro
pelado coração, exposto, mentiroso....

Trago mil corações
de mentiras.

Foto de Gaivota

* AMPLITUDE EM PLENITUDE *

*
*
*

Você espetou o dedo?
Não...
As estrelas não permitiriam..
Calçam pés
no macio cálice
do teu caminho.
Tocam pálpebras
em pluma
amarelo veludo..

Aqui sentado sinto o perfume
escorrendo desejos..
Sussurram peles a
abrir-me a boca,
deslizam sedutoras
dizendo:
Morda-me!

Sinto o sabor
da carne tenra
gritando palavras
desconexas.
Amplitude em plenitude..
Resta devorá-la.

RJ – 24/11/2006
** Gaivota **

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Foto de Agamenon Troyan

A jóia do Nilo

A jóia do Nilo

De: Agamenon Troyan

Das águas surgiu um diamante
Tão belo, inestimável; tão brilhante
Que até mesmo as estrelas
Apagaram-se com o seu fulgor

Em seu âmago havia uma esmeralda.
Em seu brilho, o enigma da esfinge.

Sua luz intensa me transportou
Para sonhos longínquos.
Não me desesperei;
Pois seus olhos me guardavam,
Seus lábios me confortavam.

... E o diamante se fez carne.

A mais bela mulher que
Os meus olhos já viram.
... Lívia.

Tão rara quanto uma jóia,
Tão misteriosa quanto o próprio Nilo.

Foto de Stacarca

Aos mortos

Aos mortos

Ó tu, podre que na terra enluta,
Disforme fado no letargo imerso
Da imunda carne a matéria bruta.

Ó tu, resto d'uma modorra, interno
De necrófagos em escôo co'o imundo
endocarpo, ignóbil prazer também?!

Ah, a bicharia, o festim importuno,
Os rins, a vaga, delírio a'lguém.
Qu'importa o patogênico não inútil?!

Se no esterno a dor berra infante,
O intestino o bicho rói, todo fútil;
As mãos, a pele, os olhos errantes.

U'a infecta ferida sempre derradeira,
O úmero falido, o lábio que osculava
Ali em putrefação. - Ó que nojeira.

Restos fecais à alimento aflorava,
C'um exicial fedor à todo vaporoso
De podridão. - Ó destino fatal...

O Coração carcomido. Que horroroso!
Ah! O clangor soa a nota tumbal;
Que baila a turva morte escura?!

- Dance co'o verme ao triste fim...
Em sequaz imerso, e tão enxuta,
O belo vurmo hei a cheirar enfim.

Stacarca

Foto de Gaivota

* DESEJOS IN VERSOS *

*
*
*

Sedutoramente
úmido e fértil sorriso,
lambendo a boca
que exala o
cheiro
perverso.
Desejos
in
versos.

Sorri!
No colo de meu olhar.
Zombas no meu desejo,
tocar!
Perversa
mente,
lanças-me
ao mar
desesperado.

Bebo espumas,
do beijo atirado.
Afogo
desejos
no toque
macio
da carne.

Perfume que roça.

RJ - 06/04/2006
** Gaivota **

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