Borboletas

Foto de betimartins

Os aprendizes!

Os aprendizes!

Como os seres humanos são buscadores de amor, sugadores de amor, aprendizes do amor.
Sem ele, algo morre dentro de si, seria como uma tormenta, um navio a deriva no mar, uma cidade em habitantes, sem flores, arvores, jardins e por ai fora
Fechem os olhos e se imaginem num lugar, magnífico, verdes jardins, cascata de água correndo, dentro pequeninhos peixinhos nadando, pedras multicores, brilhando com o sol a refletir os seus raios.
Imaginem uns lindos bancos, confortáveis, lembrem-se daqueles que gostariam de ter nesse belo jardim.
Tragam-nos, vejam eles a chegarem, vejam o seu deslumbre, sua alma aquietar, respirem o ar que ali se faz sentir, leve, perfumado, inalem lentamente e deixem-se ir, apenas...
Observem as flores, com atenção e compreensão, vejam o que as rodeiam, apurem os sentidos, lindas borboletas, quantas cores variadas, elas voam delicadamente, como se fosse uma dança, um agradecimento a flor.
Olhem as arvores, observem, olhem para o alto, vejam seus galhos, observem lentamente e veja a vida que ali habita, quantas aves, quantos insetos, escutem o canto delas, o canto dos anjos. A brisa, apenas embala as folhas e os grandes galhos da arvores, observe, apenas...
Veja o Sol entrar através dos ramos, olhe a luz, como ela é bela, tentem olhar mais o sol, sintam o calor a sua luz entrar na sua mente, tudo fica laranja, tudo fica intenso.
Conversem com seus familiares, deixem os problemas, os desentendimentos, as diferenças em casa, aqui são todos iguais, imagine o mundo exatamente assim, um mundo repleto de paz, harmonia e amor.
Escutem as risadas felizes, crianças brincando vestidas de branco, exatamente vestidas da mesma forma. Vejam seus cabelos de cor negra, castanha, loura e vermelha, seus tons de pele de varias cores, seus olhos de cores variadas, olhem e vejam a sua alegria, seu vibrar no amor.
Uma chega do seu lado e dá um abraço bem apertado, entregando uma bela rosa branca símbolo de sua pureza e amor. Sinta esse abraço, sinta a leveza de seu ser, deixe-se conduzir apenas e não deixe nenhum pensamento o magoar, apenas se liberte, deixe ir embora toda a dor e toda sua a magoa.
Pense em alguém que magoou, pense no perdão desse alguém, imagine o quanto seu coração sente aliviado tirar esse peso dentro de si, perdoe incondicionalmente, perdoe apenas, perdoa-se também.
Escute o rio, escute as águas, sinta o cheiro delas, do lugar, respire mais fundo, relaxe, deixe-se ir, olhe e veja o que acontece ali, o calor, as crianças foram brincar na água, veja as pedras brancas e negras, veja com elas estão arrumadas, em sintonia.
Deixe-se ir, mergulhe os pés na água, sinta-a, vamos sem medo, sente-se refrescado, aliviado, sente quase renovado e sua alma purificada, não tema é mesmo assim.
Quer conter as suas lágrimas não consegue, elas teimam em cair, olhe a sua volta, veja tudo e reflita porque tudo o que partilhou é apenas a vida.
Seu coração quer mudar, quer abrir partes que desconhecia, escute a voz que dele surge suave e meiga. Não tema, apenas escute a sua voz, ele fala sabia e como ele fala, aprenda a o ouvir.
Psiu! Escute a voz a tão falada voz que provem do coração, mas por acaso sabem quem fala? O vosso Deus que em vós habita o vosso templo, ele esteve sempre ai, esperando pacientemente o vosso despertar um dia.
Afinal Deus sempre esteve ai, aprendam a agradecer tudo que recebem e tudo que lhes és ofertado gratuitamente, pois apenas estamos aqui para aprender algo tão grandioso o amor e nada mais, o resto nada levam um dia...

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Muito Além da Rede Globo - Capítulo 6

Não vou dar uma de Allan Sobral ou Vi Filho, que eu não sou galão d'água. As mulheres merecem o amor, assim como os pássaros, as borboletas, os mendigos e as pulgas por cima deles. Sim, até as pulgas!
Se amor é esse sentimento nobre e cristalino, inclusivo e receptivo, qual seria a causa de não amarmos as crianças abandonadas, os velhos nos asilos, os discusos chatos de cronistas que não mostram a cara, as moças gordas, os guardas em pé pedindo a parada do sujeito, aqui laureado por predicados, qual a causa de não amarmos o feio, pois o belo está afinal de contas guardado em atos e o que é mais fraco precisa prioritariamente de nós?
Sim, é isso mesmo que vocês estão pensando que eu ia dizer.
O amor é um sentimento injusto.

Foto de betimartins

Hino de amor à natureza

Hino de amor à natureza

No verde que minha vista já não alcança, no espaço repleto de beleza eu vejo as rolinhas, felizes e contentes debicarem seus petiscos, os insetos soltos por ali...

Entre os vôos de marcar territórios, os bem-te-vis são agressivos por demais, disputa o pobre pica-pau de penas avermelhadas, fazendo mesmo assim as suas graças na árvore...

Olho o lago com suas imensas águas, espelhando Dourado do Sol, refletindo as nuvens e as árvores dali, e na beira do lago os canto agitados dos quero-queros, querendo eu longe dali...

Entre os pulares nas árvores gigantes, olho e não consigo entender vejo misturados no verde os belos periquitos a namorar, que algazarra eles fazem ali...

Observo as outras árvores e vejo os ninhos do joão-de-barro, quanta perfeição e observo ali e quanto trabalho árduo ele tiveram pelos seus amados filhinhos...

De repente escuto o barulho na água de um mergulhão quase azul e esverdeado a pescar, que belos vôos ele fazia na água, rumando para a enorme castanheira descansar...

Ruídos estranhos e estridentes me fazem olhar para as arvores vizinhas, qual é o meu espanto que vejo famílias de sagüis espreitarem-nos, alguns ainda muitos bebezinhos...

Perdemos em breves pensamentos, ao ver tanta união ali, os bebês seguirem suas mães e lembrar quantos de nós os humanos mataram e maltrataram as nossas crias...

Jamais são deixados ao esquecimento, nem deitados ao lixo, apenas são animais, mas que cuidam verdadeiramente das suas crias como as mães devem ser de verdade...

Olho para o relógio e vejo que são onze horas, vejo gente com seus lanches, para ficar a descansar do trabalho, ficando apreciar o que a natureza ali oferece...

Rasga o silencio da represa, o trem que esta chegando ali, sãos os mais variados vagões de mercadoria, onde outrora era o café que mais se transportava ali...

O Sol se esconde por breves momentos, ficando tudo no mais absoluto silêncio, a penumbra sobressai ali recolhendo os nossos pensamentos...

As nuvens são arrastadas pelo vento que suavemente se faz sentir, deixando o Sol, emergir trazendo o calor e iluminando tudo por ali...

Uma pequena serenata se escuta ali, como agradecimento á vida que corre ali, de novo o barulho das águas, são a belas famílias de capivaras, que vem descansar ali...
Na cor prata da água, vejo emergir os peixinhos, buscando os restos de comida, deixados para as famílias de patos que vivem espalhados ali...

Observo a vida em forma bruta, quanto ela é majestosa, recheada de coisas tão belas como o amor, partilha vivida por eles ali...

Imaginei um verdadeiro artista pintando aquele quadro visto ali, quais seriam as cores pintadas, até os detalhes das minúsculas borboletas e as belas libelinhas voando por ali...

Alegre e completamente feliz, quis dançar ali, esvoaçar como os pássaros, cantar como um canário, como se fosse uma oração e agradecimento a vida...

A paz que eu encontrei e senti ali, apenas é a melhor união com Deus, o mais belo hino de amor cantado pela natureza para mim...

Betimartins

www.betimartins.prosaeverso.net 25 de Março de 2011

Foto de Marilene Anacleto

Distância

Mesmo se longe estamos
Estás sempre em meus poemas
Passem meses, passem anos.

Ora és face da lua
Ora olhos do sol
Ora a carta-folha da rua

Às vezes, bailado de árvores,
Em outras, o cheiro da grama,
Bem como o olhar do lago.

Tudo me traz os momentos
De intensa sintonia,
De enlaces em harmonia.

Lembro as cirandas de abraços
Nas tantas rodas dançantes
A coreografar com os braços.

Às vezes me surpreendes muda
Clarão do raiar do sol
Estranhamente desnuda.

Então a vida acontece
À luz da dança divina.
Com cordões de borboletas

No jardim das flores raras,
Os corpos e almas anima.

Marilene Anacleto
18/02/00

Foto de Marilene Anacleto

A Estrada da Minha Casa

A estrada da minha casa é o caminho do paraíso.
Anseio com o encontro daquele ser mais querido.

Versa e conversa, a pluma do pensamento,
Dança e regressa com as luzes do vento.

Gotas diamantadas num raio de sol
Descem em cascatas a desfazer nós.

Manacás explodem seus violetas e lilazes
Em suaves bordados com brancos e rosas.

A rua de asfalto, de verde ladeada,
Imensos bailados de flores, tesouros ainda guarda.

Danças de borboletas, orquestras de pássaros,
Grandes espelhos d’água, corais de sapos.

Bem-te-vis, sabiás, quero-queros, pica-paus
São a voz do silêncio, da solidão sem preço.

Palavras, imagens, perfumes, cores, cantares,
Raios de sol sobre orvalhos, estrelas tão perto dos olhos.

A onda da mata a brilhar; na face, perfumada brisa,
Caminho de casa, em riso, sem vergonha e sem juízo.

No final da estrada se ri, aquele que divide comigo
Cantigas de vários amores, na estrada do Paraíso.

Marilene Anacleto
14/12/06

Foto de Marilene Anacleto

Poemas de Amor - Amor à Natureza

CASCATA DE HARMONIA

Uma cascata de alegria,
Feito notas de cristal,
Comprova a harmonia
Que sinto no meu quintal.

Seja na manhã fria
Ou à noite, no umbral,
Tudo brilha à luz da lua
Ou aos raios mansos do sol.

As notas da melodia
São por conta dos pardais
Que, à primeira luz do dia,
Batem asas desiguais.

Chega toda a passarada:
Bem-te-vis, canários, pica-paus,
Borboletas coloridas,
O encanto do desigual.

E a memória dos dias
Fixam nos seus iguais.
A imensa paz e alegria,
Que são a herança do Pai.

Marilene Anacleto
11/03/00

Publicado em: http://rotadaalma.spaces.live.com/
Publicado no site http://www.itajaionline.com.br/colunas/marilene/marilene.htm, em 23/10/02

Foto de betimartins

O jardim das violetas

O jardim das violetas

Caminho, por belos jardins
Alguns tão belos que me perdi
Deixaram-me, apaixonar pelas cores
Pelos cheiros, que exaltavam suaves
Sentei-me, no tapete de ervas fofas
Ainda hoje, sinto o cheiro doce e forte
Que exaltava a jasmim no jardim
Olhei as pequeninas borboletas
Voando em círculos mágicos
Pisando de forma suave, majestosa
Nas pétalas delicadas das flores
Felizes e livres sem medo, voando
Como me sentia feliz, leve e solta
Era magia total em harmonia
Eu e eles, ali em partilha de amor
Olho, para outro lugar bem longe e vejo
Lindas violetas, dançando ao sabor
Do vento e da vontade de Deus
Caminhei, em sua direção
Como se fosse para um só lugar
Cheio de amor, sublime
Caíram-me as lágrimas de pura alegria
Por tão belo contentamento
Onde eu vi a mais bela união de Deus
Que já senti na terra…

Betimartins

Foto de jessebarbosadeoliveira27

PESCADOR DO LIRISMO

Pescar pensamentos
E transformá-los, ao sabor da alquimia,
Em iguarias da Poesia.

Pescar,
Com astuciosa energia,
A delação contra os matizes
Da miséria, esconsa ou furtiva
E convertê-la em metralhadoras compulsivas
Que cuspam balas de fogo da poesia,
Assassinando a peçonhenta hipocrisia!

Pescar o airoso voo da abelha,
O sorrateiro voo do açor,
O lúgubre voo do corvo,
O termal voo da centelha,
O solitário voo do albatroz,
O imensurável voo da cordilheira,
O insidioso voo da harpia,
O perspicaz voo da megalomaníaca águia faminta,
O dantesco voo do usurário abutre, o aeronáutico perito caçador de carniça,
O perscrutativo voo da coruja, sempre alerta, oportunista,
O garboso voo da garça, discípula da brisa,
O grandiloquente voo do ébano cisne simbolista,
O feérico voo das libélulas-borboletas, velas de chama sucinta,
O hialino voo da gaivota, paladina da libertária utopia
E o thecoviano voo da cotovia,
Comutando-os no cimento, na argamassa, no concreto,
Na viscosa argila, na titânica longarina,
Na onipotente vivenda de alvenaria da Poesia!

Ah,
Tornar exequível
A mais idílica das pescarias:
Deslindar,
Ao bel-prazer do incessante fluxo
E refluxo da odisseia dos dias,
Que o elixir da vida
Foi, é e eternamente será
A onipresente e suprema arte cristalina da Poesia!

Ah,
A bem que se diga,
Quero que --- num iminente amanhã qual ao longe,
Inermemente rutila ---
A esperança-lamparina
Faça de meu ser em letargia
Mais um prolífico pescador da Poesia!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

Foto de Helen De Rose

O solstício da alma no verão

Neste pulsar do solstício da alma, a felicidade escorre pelos mananciais do coração, nutrindo-se dos encantamentos dos elementais da água durante o verão. As manhãs começam mais cedo no horizonte dos sentimentos que transbordam borboletas coloridas em olhares translúcidos. Os portais da alma celebram os dias longos com luzes etéreas da aura em harmonia com a natureza criadora. O sol é um ponto de luz presente nos pensamentos que formam uma paisagem ritualística de amor e paz, habitando o céu da mente silenciosa. O sorriso brilha mais tempo no céu dos lábios, refletindo cristais nas águas internas dos riachos, revitalizando suas nascentes vitais, deixando as células corporais mais imunes. A divindade é um perfume idílico que permanece no solstício da alma no verão quando encontra uma cachoeira que une o êxtase do espírito com a essência pura do ser.

Que todo sorriso permaneça presente, festejando todos os dias um novo amanhecer nesta jornada, hoje e sempre!

Helen De Rose

Foto de Leidiane de Jesus Santos

Casa da Helena Maria

Eu vivo em uma casa
Tão especial
Que chega ser encantada
Onde os animais
Se sentem atraidos
Uma vez gatinho
Uma vez passarinho
voua
mia
Na casa da Helena Maria
Onde brota
Pimenta Dedo de moça
Sem moça
tão vermelhas
Quanto as maças nos rostos
das moças ao darem o primeiro beijo
no jardim da Helena Maria
Onde tudo é plantado com amor
Bela como tudo o que toca
Na casa da mágia
onde sorrisos se abrem
como borboletas
como diz nosso querido poeta
Mario Quitanda
onde os cachorros pedem abrigo
Onde passaros pedem azilo
Onde os ainimais fazem a festa
cada um com seus encantos
na casa dos sonhos onde tudo acontece.

Dedico a minha Mãe que eu amo muito.

Leidianhe de Jesus Santos.

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