Mesmo se longe estamos
Estás sempre em meus poemas
Passem meses, passem anos.
Ora és face da lua
Ora olhos do sol
Ora a carta-folha da rua
Às vezes, bailado de árvores,
Em outras, o cheiro da grama,
Bem como o olhar do lago.
Tudo me traz os momentos
De intensa sintonia,
De enlaces em harmonia.
Lembro as cirandas de abraços
Nas tantas rodas dançantes
A coreografar com os braços.
Às vezes me surpreendes muda
Clarão do raiar do sol
Estranhamente desnuda.
Então a vida acontece
À luz da dança divina.
Com cordões de borboletas
No jardim das flores raras,
Os corpos e almas anima.
Marilene Anacleto
18/02/00