Agonia

Foto de Osmar Fernandes

Ah, se eu fosse um poeta!

Ah, se seu fosse um poeta!
Eu faria uma história de amor
Sem dor, sem tristeza e sem agonia.
Com o teor da verdade infinita,
Com uma fisionomia santa.
Com a mesma transparência que encantou
O verdadeiro amor de Romeu e Julieta.

Ah, se eu fosse um poeta!
Eu faria uma história de amor feliz.
Faria o sol casar-se com a lua.
Faria uma esquina de flor
No meio da rua.
Faria o joão-de-barro construir uma casa
Só minha e sua.

Ah, se eu fosse um poeta!
Eu faria você entender meu mundo.
Faria você voltar a sorrir como criança.
Faria você ter mais esperança.
Faria você saber que o futuro depende de nós.
Faria você compreender que somos amantes...
E de mãos dadas construiríamos um novo amanhã.

Ah, se eu fosse um poeta!...

Foto de Raiblue

Metáforas do amor

.

Amor, um trem desnorteado
Um quarto, um deserto
Um lugar distante, afastado
Caminho mais belo e incerto

Reminiscências...
Fotografias intactas
De um passado que divaga
Pelos campos da subconsciência

Se pudesse escrever minha história
Faria uma bela ficção nada científica
Completamente louca, desmedida
De vidas não lineares e provisórias

Esse futuro que nunca chega
Porque o agora é a única verdade
Enche-nos de agonia e ansiedade
Ao mesmo tempo, nos fascina com suas incertezas

O amor parece sempre pertencer ao futuro
Um passado que não foi, não é
Mas pode vir a existir em um lugar qualquer
Um antigo casarão e seus corredores escuros

Amor, ficção humana
Demasiadamente humana
Cinema, drama...

Raiblue

Foto de Sirlei Passolongo

Malogro

Malogro
     
Era ainda uma semente
ninguém tocava,
ninguém via.

Desabrochava no ventre
feito botão de rosa
à luz do dia.

Dormia
de mãozinhas cruzadas
como quem faz uma oração.
De vez em quando sorria
quando alguém lhe punha a mão.

Desabrochava no ventre
feito botão de rosa
à luz do dia.

Em seus sonhos inocentes,
os anjos lhe desvendavam
o mundo fora do ventre:
se o sol brilhava de noite
e como a chuva caía.
Pensava enquanto crescia
no rosto de sua mãe. Como seria?
Desabrochava no ventre
feito botão de rosa
à luz do dia.

No aconchego da morada,
ouviu uma voz dizer
para a mãe: "Não vai doer".

Ainda sem entender
deu risinhos de alegria,
acreditou ser a hora
de ver o rosto da mãe
e descobrir se o sol brilha.

Desabrochava no ventre
feito botão de rosa
à luz do dia.

O botão foi aparado,
cortado com maestria.
Nunca chegou a saber
se o sol brilhava de noite
ou se brilhava de dia,
não viu o rosto da mãe
nem como a chuva caía.

Ele jamais se fez rosa...
Murchou de forma silenciosa,
não pôde gritar sua agonia.

(Sirlei L. Passolongo)

Foto de josedourondo

AMOR DISTANTE

Ao ver-me na solidão
e desolado com a tristeza,
percebi que tua ausência
se perdera na distância
bem longe do meu olhar.
Lavrava em mim a amargura
de não amar tua beleza,
turvaram os meus olhos
e a minha boca emudecida
contagiada pela incerteza
deixou a palavra adormecida
no limiar da minha razão.
Se o silêncio ateia a dor
do distante coração
que a mágoa dura e fria
arda na chama amarga do fel
e queime toda a minha solidão
e todo o meu negrume de agonia,
inundando minha vida
de outro amor e outra paixão.

Foto de Sonia Delsin

SILENCIOSAS HORAS

SILENCIOSAS HORAS

Na hora silenciosa encontro respostas.
Na madrugada.
Penso.
Como fui amada!
Outros tempos aqueles...
Outros tempos.
O que é feito de tanto amor?
Por que tanta dor?
A resposta vem meio fria.
Vai me dando uma agonia.
Algo me diz.
É que chegou outro dia.
Outro tempo.
Contraio o corpo dolorido.
Pra tanto sofrer não encontro sentido.
Relaxo. Espreguiço na cama.
O corpo eu torno a contrair, a relaxar.
Vou deixando o tempo passar.
O sono quis me abandonar.
Nem me chega o sonhar.
Então deixo que se arrastem as horas...
E com elas eu vou...
Mergulho no passado.
Tu estás ao meu lado.
Adianto o relógio do tempo.
Busco o adiantar da hora.
A noite foi embora.
A claridade chega.
Pássaros começam a cantar.
Melhor me levantar.
A vida vem me cobrar.
Viva!
E eu vou vivendo...
Aos poucos vou aprendendo.
O dia traz tudo novo.
Esqueço a noite vazia.

Foto de Gaivota

____ CHORA, CHORO ____

.

Onde mora o
Verde pé de alface
que abriga meu pouso?
sobrevoando
a ilha da agonia
ouvi seu pranto
deslizando
monossilábica palavra

Chora,
choro

Meu dia azul corrói-se

Chora,
choro

Amada amora
solícita estrada
plantada em pés infantis
Chora, chuva
acidez da vida
braços de ferro
apertam pulmões
fuligem aplica
mortal seringa

Lua de prata
abre asas
abraça o soluço
que desenha
solitário vôo
de bandos no céu.

RJ- outubro/2006
** Gaivota **

Foto de poetizo

CHOREI ENQUANTO ELA SORRIA

Amo sem ser correspondido,
Sofro por um amor bandido,
Não sou o escolhido,
Sou um pobre iludido...

Faço da poesia meu lar,
Um lugar onde posso sonhar,
Onde tudo surge do mesmo lugar
Da eterna magia de amar...

Calo-me por um momento,
Sinto a dor de um triste lamento,
Retomar minhas forças agora tento...

Todo dia
A mesma agonia
Chorei enquanto ela sorria!!!

Autor:JESSÉ WALTER FERNANDES DE PAIVA BEZERRA

Foto de Cecília Santos

AL_GE_MA

AL_GE_MA
#
#
#
Alma ferida pelo penetrar da navalha.
Angústia, e agonia são abafados.
Gritos de dor, mal disfarçados.
Alma em conflito, quer liberdade
Fingir alegria, já não dá mais
Sentir emoção, é só ilusão.
Algema fechada, chave jogada fora.
Nada é real, tudo é miragem.
Minha alma é um fantoche,
Que a saudade manipula à toda hora.
Minha alegria, virou nostalgia.
Já não canto, meu canto silenciou.
Alma ferida, maltratada, maltrapilha.
Que triste fim reservastes pra nós
Quero ajudá-la à desfazer as amarras.
Encontrar as chaves te dar liberdade!
Mas pra isso preciso ainda me encontrar.
Se não me acho, como posso achar
sua salvação!.
Alma ferida, machucada, entristecida.
Peço-te clemência, peço-te perdão.
Não quero te ver tão triste, magoada
Amordaçada, amarrada, pela minha
tristonha indecisão.

Direitos reservados*
Cecília-SP/10/2007*

Foto de Sonia Delsin

PRISIONEIRA DE UM SONHO

PRISIONEIRA DE UM SONHO

Mergulhei num intenso sonhar...
Deixei-me levar.
As asas de uma grande ave de rapina me carregaram.
Não mostrei resistência e ela me levou.
Levou... levou...
Sobre uma nuvem me depositou.
Nuvem inóspita.
Só me dei conta que me tornara prisioneira de um sonho muito tarde.
Estragos irreparáveis já tinham ocorrido.
Enquanto na nuvem fui mantida fiquei sem ação e refletia.
Por que um ser que tão bonito me parecia me colocou em tal agonia?
Acontece que apesar de minha aparência frágil sempre fui uma fortaleza.
Precisei mais do que força pra recomeçar minha vida depois deste sonho.
Precisei de um pouco de esperteza.
Claro que eu me libertaria...
Reencontrei a alegria.

Foto de Luana Carla Ribeiro

A

A verdade é que sou louca pela vida
A agonia é não poder viver
A vida é um presente tão lindo
Amargo quando não conhecido
Amável quando bem-querer
Amar a vida tem sido amar você
Amar minha família e dom de viver
Amanhecer ao som dos passáros a alegrar
Anoitecer em seus braços a me amar
Avançar pela estrada da vida
Aprendendo a viver
Aprendendo a curtir cada minuto que o tempo tem a me oferecer
Assim eu luto essa batalha
Amando a mim, amando a vida
Amando você e minha família
A família lar, a família sangue
A família amor, a família instante.

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