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Onde mora o
Verde pé de alface
que abriga meu pouso?
sobrevoando
a ilha da agonia
ouvi seu pranto
deslizando
monossilábica palavra
Chora,
choro
Meu dia azul corrói-se
Chora,
choro
Amada amora
solícita estrada
plantada em pés infantis
Chora, chuva
acidez da vida
braços de ferro
apertam pulmões
fuligem aplica
mortal seringa
Lua de prata
abre asas
abraça o soluço
que desenha
solitário vôo
de bandos no céu.
RJ- outubro/2006
** Gaivota **