Agonia

Foto de Carmen Vervloet

Homens Suicidas

Homens Suicidas

O universo em profunda dor silencia...
O céu acinzentado compartilha essa dor
Entornando lágrimas de chuva
Que caem sob a forma de cristal...
O sol se esconde atrás da nuvem pesada,
Quem sabe com vergonha de ver tanto desamor...
As sombras deixam as flores mais desbotadas.
O luto toma conta da natureza...
Os pássaros já não cantam tantas melodias...
O vento está calado, já não quer mais uivar...
Por onde passo ruge a ambição...
E vejo homens amputados de seus sentimentos...
E a Terra Mãe em agonia pede que eles não a matem...
Que não a deixem dar o último suspiro, o último adeus...
Para que estes mesmos homens possam viver outros dias
Em harmonia com o universo...
O universo é bom, o homem é perverso...
Matando a terra, mata a si mesmo...
Antecipo um suicídio coletivo...
E este cenário estremece a minha vida...

Carmen Vervloet

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"VIDA DE ARTISTA"

VIDA DE ARTISTA

Nem só de gloria vive João, pois há de se prover o pão.
Numa luta incessante, João não tem tempo o bastante.
Para ser um esportista, nem tão pouco um artista.
Pois aos seus precisa acolher
Com seus parcos vencimentos, sem lamurias ou lamentos.
Aos seus dar o que comer
Nem só de gloria vive João
Não adianta o estrelato, pois é como cidadão comum.
Que João se sente frágil, não importa ser hábil bonito ou ágil.
E é no anonimato, que João sente a realidade.
Pra que tanta vaidade, se os seus não estão amparados.
Sente uma enorme depressão, de um lado a fama e a glória.
Do outro, a fome e a miséria.
Mas que vida tão inglória, não era isso que João queria.
Ao se deparar um dia, com o glamour e a pobreza.
João chorou de tristeza, pois ao representar com alegria.
Esconde no peito a agonia, de aos seus não conseguir amparar.
Na sua alegre fantasia, João sonhou um dia.
Seu personagem trocar.
Ao contrario do que parece
Ele aparenta ser rico feliz e sem problemas
Mas bem sabe que só ele apenas
Tem um prato para comer
João queria ser artista famoso
Ser saudável rico e charmoso
Mas a realidade é sincera
Não mente esconde ou adultera
A condição de qualquer cidadão
Mas João é perseverante, para levar seu sonho adiante.
Trabalha de dia e representa de noite
O teatro lhe realiza, mas a verdade é um açoite.
Oh dura fantasia, ou será realidade.
João é um homem de verdade
Sem ferir sua hombridade, até mulher teve que ser.
Existem Joãos por toda parte
Cada um exercendo a sua arte
Que para realizarem seus sonhos
Amargam tempos medonhos, para seus ideais alcançar.
E neste ir e vir, só nos resta aplaudir.
Pois o show não pode parar.
E João terminou sua parte, realizou sua talentosa arte.
Agora é hora de ir pro barraco, vestir seus humildes farrapos.
E pro trabalho ir se entregar, porque a vida também não pode parar.

Foto de matheus.caem

Oh, Vida!

Amor inoxidável...
Não existe beleza mor!
Vido e Vida... formidável!
Jamais ví coisa melhor.

Os céus desabam em prantos,
Pois a distância comprimirá o coração.
Hemácias tornam-se brancas na contra-mão
E raios rasgam-me em dois.
Sei que a saudade apertará depois,
Mas são sintomas de outros tantos...

Apenas tenho a certeza
Que iremos ainda nos encontrar
E a humanidade iremos transformar.
Deste oceano de agonia e frieza
Para um rio de águas doces e belas,
Onde comeremos chocolates à luz de velas.

E o mundo, olhando-nos em dívida...
Obsedados, dirão apenas: "Oh, Vida!".

Foto de Carmen Lúcia

Meu Epitáfio

Em meu epitáfio,
Não quero "aqui jaz(z)!!!"
Prefiro, no frio jazigo,
"Aqui valsa em paz!!!"
Foi o que mais fiz na vida,
Do que fui capaz!
Nas pontas dos pés,
Criei meu bailado,
E as decepções,
Fui deixando de lado...
Valsando meus sonhos,
Pisei desenganos,
Driblei os enganos...
Enquanto a minh'alma era só poesia,
A razão vomitava toda a hipocrisia...
Meu corpo valsava exalando alegria
E meu eu execrava a mais vil agonia...
Por isso, nada de jaz(z),
Blues americano,
Tanta amabilidade, nefário engano!
Só quero um réquiem, com originalidade,
Um simples tributo, com sonoridade...
Palavras, bem poucas, crivadas na lápide,
Sinceras, singelas, a minha verdade,
Jamais "aqui jaz(z),
Mas sim..."Valsa em paz!!!"

Foto de Alex_sandro

Ser poeta

Ser poeta de alma e corpo, sentimentos que nos perseguem e transbordam. Agonia de sentir emoções demasiado fortes ao ponto de ter que as transcrever no papel.

Alex Sandro

Foto de Sonia Delsin

COMO FOGO DE ARTIFÍCIO

COMO FOGO DE ARTIFÍCIO

Estamos sim, tão grudados.
Dançando de rosto colado.
Você me beija e o mundo inteiro vira um fogo de artifício.
Você é meu vício.
Meu bem, meu bem mais caro.
Você é um homem raro.
Dançamos de rosto colado no pensamento.
Passa um vento.
A minha pele arrepia.
Sinto uma agonia.
O amor não pode ser triste não.
Tem que trazer alegria.
Seja como for... nos falamos todo dia...
Não é uma utopia.
Cresce o sentimento.
Não posso dizer que lamento.
Devo dizer que este amor traz é contentamento.

Foto de Sonia Delsin

MORDO A FRONHA

MORDO A FRONHA

Mordo a fronha porque nos meus sonhos você chega.
Tão lindo, sorrindo...
Chega entregando flores.
Chega e me tira todas as dores.
Mordo a fronha.
De agonia quase choro.
A atitude me envergonha.
É preciso saber esperar.
Mas tem horas que a espera chega a nos angustiar.

Foto de Noslen

SAUDADE

Que sentimento é este que me invade o peito quando te afastas de mim?
Sinto um misto de agonia e desespero misturado com uma sensação de incapacidade…
O meu peito contorce-se com a tua ausência e expande com a tua chegada.
É um sentimento que existe em todo o mundo mas que só pode ser explicado por uma palavra…
Essa palavra que faz mover montanhas, que termina relações e que faz sofrer quem nos quer bem mas que ao mesmo tempo, apimenta a monotonia, que desponta paixões escondidas…
Palavra única que só existe no idioma do FADO…
Perfeita para exprimir o que sinto neste preciso momento.
Sinto falta do teu toque, do teu cheiro, do sabor dos teus lábios, do calor do teu corpo junto ao meu…
De ti minha linda,
sinto SAUDADE…

Foto de Paulo Gondim

Via Crucis

VIA CRUCIS
Paulo Gondim
21/04/2007

Na expressão forte de teu rosto
Sinto o peso de tua cruz
Nos passos lentos da via tortuosa
Que a teu calvário te conduz

E como mau ladrão errante
Sigo-te, em vil caminho.
Por ti, sempre, hostilizado
Na taça amarga de teu vinho

E o cortejo segue mudo
No final de nossa agonia
Ignorado, como o Cirineu
Inda sou eu quem te alivia

Mas tua dor é grande
Como é grande tua hipocrisia
E, decerto, morreremos juntos
Pouco a pouco a cada dia

***************************************
Publicado no Recanto das Letras em 21/04/2007
Código do texto: T458197

Foto de Marta Peres

Perfídia

Perfídia

Conta-me meu rio, em segredo,
As mesmas juras que
Um dia uma perfídia diria
Aos meus ouvidos, a medo.

Sozinha cá neste arvoredo,
Noite sombria
E sua história me agonia,
Seu segredo, é meu segredo...

Marta Peres

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