Agonia

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

" VIDA DE ARTISTA "

VIDA DE ARTISTA

Nem só de gloria vive João, pois há de se prover o pão.
Numa luta incessante, João não tem tempo o bastante.
Para ser um desportista, nem tão pouco um artista.
Pois aos seus precisa acolher
Com seus parcos vencimentos, sem lamurias ou lamentos.
Aos seus dar o que comer
Nem só de gloria vive João
Não adianta o estrelato, pois é como cidadão comum.
Que João se sente frágil, não importa ser hábil bonito ou ágil.
E é no anonimato, que João sente a realidade.
Pra que tanta vaidade, se os seus não estão amparados.
Sente uma enorme depressão, de um lado a fama e a glória.
Do outro, a fome e a miséria.
Mas que vida tão inglória, não era isso que João queria.
Ao se deparar um dia, com o glamour e a pobreza.
João chorou de tristeza, pois ao representar com alegria.
Esconde no peito a agonia, de aos seus não conseguir amparar.
Na sua alegre fantasia, João sonhou um dia.
Seu personagem trocar.
Ao contrario do que parece
Ele aparenta ser rico feliz e sem problemas
Mas bem sabe que só ele apenas
Tem um prato para comer
João queria ser artista famoso
Ser saudável rico e charmoso
Mas a realidade é sincera
Não mente esconde ou adultera
A condição de qualquer cidadão
Mas João é perseverante, para levar seu sonho adiante.
Trabalha de dia e representa de noite
O teatro lhe realiza, mas a verdade é um açoite.
Oh dura fantasia, ou será realidade.
João é um homem de verdade
Sem ferir sua hombridade, até mulher teve que ser.
Existem Jogos por toda parte
Cada um exercendo a sua arte
Que para realizarem seus sonhos
Amargam tempos medonhos, para seus ideais alcançar.
E neste ir e vir, só nos resta aplaudir.
Pois o show não pode parar.
E João terminou sua parte, realizou sua talentosa arte.
Agora é hora de ir pro barraco, vestir seus humildes farrapos.
E pro trabalho ir se entregar, porque a vida também não pode parar.

Foto de Logan Apaixonado

Vago

Vago...
Perdido por entre as sombras escuras
Vagando na bruma tórrida do amanhecer
Sinto em meu peito enorme agonia
Meu pranto gélido escorre na face
Não sei por que choro
Apenas derramo incessantemente as lágrimas
Angustia profunda, canto mórbido...
Voz embaçada não consegue sair
Em volta, só solidão...
Escondida, guardada, a esperança sumiu,
Meu pranto incessante incomoda
Pois reflete a angustia da minha alma
Não quero sentir
Apenas sumir
Deixar de existir
O poço de erros
Tortura meu ser
Atolado, embaraçado
Não consigo sair
Lama suja, fétida do passado,
Não abandona meu corpo
Apenas permito que o tempo passe
Impotente, admiro seu passar,
E meu coração dói, amargamente...

Foto de Fredericorego

CONFUSO AMOR

Guardo o tempo,
O vento,
Um pouco de tudo.
Que cheira terra molhada,
Frutos silvestres maduros,
Corpos suados no labor,
No amor,
No horror.

Sou o cárcere que te priva,
Que te liberta,
Que te magoa,
Por motivo qualquer,
Em instante qualquer.

Sou um fragmento de tudo
Que te traz ódio,
Que te dá prazer.

Sou um pedaço do mundo,
Que gosta do teu cheiro,
Que gosta do teu corpo molhado.

Sou um apêndice insano, egoísta...
Um detalhe que te destrói um pouco,
Que te faz chorar,
Que te faz odiar,
Que te faz amar.

Sou para você um pouco de tudo,
Um pouco de nada.
Um corpo,
Um vulto,
Um desejo,
Um motivo de agonia,
Um motivo de satisfação.

Foto de Fernanda Queiroz

Vozes da Noite

Vozes da Noite

O sussurro é companhia,
que passou pelo dia,
e nas sombras se alojou,
para dizer baixinho.
Você não esta aqui,
não há carinho,
só faz existir,
no soar da canção,
a triste melodia,
que como um refrão,
revive agonia,
marcando no presente,
ressoando o passado,
neste mundo isolado,
Ressoa unanimemente.
Vozes da noite,
vozes da mente,
Não é fantasia,
não cala meu pranto,
me trás agonia,
espreita-me num canto.
Vozes da noite.
Vozes presente.
Faz do meu passado,
futuro latente.
Vozes da Noite,
embala no sono,
meu corpo dormente,
feche meus olhos,
ao sonho eminente.
Cale a realidade,
aplaca meu medo.
Poupa meu corpo da verdade
Recosta-me no leito de meu segredo.

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de Sirlei Passolongo

Amor e encanto

Quando chegaste,
Reaprendi a sorrir sem medos
Despi sonhos outrora secretos...

Agora, deixo-me guiar por teus olhos
Mostram-me um mundo pleno de nós...

As frases que tua boca pronuncia
Soam em meus ouvidos
Suaves melodias
Encanto, acalanto; poesia.

O calor das tuas mãos
Deram fim a minha solidão.
O que era desalento deu viço de vida,
Salvou-me em tempo de toda agonia...

E teu beijo é poção que me encanta
Da mais doce e sonhada magia.

Sirlei L. Passolongo

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

UM ANJO CUIDA DE MIM

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Um ser celestial,
Carregado de luz e brilho.
Nele me conforto.
Vejo e sinto proteção.
Por onde ando esta ao meu lado
Sinto o seu toque,
Sempre sou tocada, agraciada.
Livra-me das dores,
Dos sofrimentos.
Me da sabedoria e entendimento.
Tira-me agonia.
Causa-me nostalgia alegria
Em meia tribulação
Da paz ao meu coração.
Aconchega-me em teu colo.
Quando choro...
Aquece-me com tuas asas.
Caminha-me a direção certa
Com serenidade e bondade
Virtudes e boas atitudes
Sempre vem acompanhado
De luz e boas mensagens
Nos trás esperanças
Em momentos de
Solidão.
É meu companheiro.
Meu anjo meu
Guerreiro,
Uma luz celestial divina.
Mandada por Deus.
Para guiar caminhos meus.

*-*Anna A F lor de Lis.
http://www.blogger.com/profile/01846124275187897028
http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=39704

Foto de Salome

Cartas de Sade - Lettres de Sade "Le Marquis" (Duo Salomé/Hilde)

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Cartas voando... Viravoltando...
Passado esvoaçando e cobrando

Respingado de desejos escondidos...
Pelas injustiças sofridas de uma vida

Transbordando em seu pleno ardor...
Subtraída a não poder doar o amor

Ah!... Cartas de lacerante ousadia...
Onde se escondem todas as lascívias

Em teu lume penetrante, assediador...
Lubrificando a luxúria e o doce torpor

Cartas alucinadas de plena agonia...
Inspiradas no cárcere, com sintonia

Palavras sussurradas no nosso ouvido...
Que nos invadem... Assediam e seviciam

Deslizando de atrevimento libertino...
Como água benta dentro do labirinto

Mais intensas que teu desejo carnal...
A nos possuir... Libertando-nos do mal

Embriagando o nosso corpo de mortal...
Com seu prazer selvagem e animal

Cartas proibidas... Fervente caricia...
A nos fazer sentir pulsar... Mil delicias

Enfeitiçando cada fibra do nosso corpo...
Que entorpecidos requerem o teu serviço

Teu atrevimento, desejos de ousadia...
Levam-nos à loucura ardente da poesia

Nessa tinta que corre de tua pluma...
Escrevendo toda a ardência da chama

Tinta carmim de tua angústia latente...
A deslumbrar seduções no horizonte

Cartas de Sade, carnalmente libertinas...
Produziste o início da revolução soberana

Polêmica que te levou à prisão perpétua...
De onde nos mostraste a força eterna

Visão e gozo insaciável, poder prazeroso...
Que emanaram de tuas mãos ardorosas

Cortando nossa roupa, nos deixando nus...
Para viver esse momento belo, puro e cru

Possuíndo-nos com teu desejo insaciável...
Para deixar ao mundo o teu toque genial

Duo: Salomé & Hilde

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(Dedicado a Donatien Alphonse-François de Sade)
Àquele que foi denominado o escritor mais absoluto de todos os tempos... Com suas obras belíssimas sendo ignoradas por mais de um século... A maior parte delas escrita na prisão e num sanatório para loucos... De onde ficou injustamente por quase 30 anos. Marquês de Sade pode ser considerado o mais típico e o mais incomum representante do outro lado do Iluminismo. A psicopatologia da volúpia desenfreada violenta teve um notável papel simbólico, no pensamento de autores como Foucault, o teórico francês Gilles Deleuze (1925-95), e outras pessoas envolvidas com o desejo sexual e sua relação ao poder político.

Foto de Sonia Delsin

TODOS OS VENTOS

TODOS OS VENTOS

Os ventos que varreram as montanhas nuas.
Os ventos que varreram os campos de trigo.
Os ventos de além-mar.
Os ventos que tiraram as roupas dos varais.
Ventos de guerra e de paz.
Todos os ventos que passaram pela terra.
Todos.
Ele foram carregando tudo...
O que fui.
O que eu seria.
Mas o vento que me afligia, que me dava uma agonia...
Veio o vento e senti uma alegria.
Era um vento novo.
E te trazia.

Foto de Ana Botelho

ARTE ABERTA, ESCLARECIMANTO

ARTE ABERTA, ESCLARECIMENTO
Poetar é mostrar a linguagem da alma e do sentimento
É curar qualquer dor, sem nunca lhe faltar um argumento
É deixar nascer o poeta que existe em você, sem tormento
Porque a poesia inebria, entorpece o corpo e o pensamento
Traz alegria às mentes, depois dança e sobe ao firmamento
Emociona como a prece, cria ondas, é o melhor tratamento
Quando doce, promove a paz com a energia vinda no vento
Se banhada de dor, é rima que soa forte, se rasga, fragmento
Onde está a poesia não há desculpa de ser passatempo
Porque ela carrega em si nostalgia, retrata um sentimento
Nasce da explosão, da agonia, ou de qualquer doce evento
Na música da vida ela é o tom, o tempo e o contratempo
É o nascer do sol e o cair das nuvens, é deslumbramento
Um brincar, um sonhar, eternas palavras, é documento
Se entardece em lilases, ou anoitece em lamentos
Vira memória, para não se esquecer do esquecimento
Ela é a maior fala, o grande protesto, bendito talento
Vira na dor, lenitivo, terapia e quem sabe ungüento
Em abandono, tem o som de corredores de convento
Na festa interior, eterniza tudo, o melhor momento
Será a poesia o nosso mais perfeito invento...
Em meio a tanta vírgula, parágrafo e acento
Que preenchem e emolduram esse monumento
Tratando o coração, conhece o seu sofrimento.

Foto de SANDRO KRETUS

A valsa das rosas

Lembra quando dançávamos a luz do luar, meu amor?
E as rosas giravam, iluminadas, no jardim das petúnias
Ali nossos corpos rodeavam, deslizando ao som dos violinos
Que alçava-nos a urbe da luz, nos iluminado de azul

Dançávamos ao som do Danúbio, seguido por outra valsa
E mais uma, assim se fazia, sem pensar na hora, mas que hora?
Se não existia, era só nós dois
Dançando a luz da lua

Até nas noites frias, mas que frias?
Se o calor nos aquecia
Em cada dança, ali se fazia
Um passo de magia

E nos bailes de máscaras? Lembra?
Sempre um cavalheiro roubava-te dos meus braços
E mesmo distantes, nossos olhos
Estendiam-se na mesma vértice que nos unia

Éramos um do outro, meu amor
Que adorável companhia
Tê-la ao meu lado, assim
Todos os dias

Agora, uma púgil agonia
Em meu peito se afia
Ao lembrar-me destes momentos
Oh! Que tristeza! Em meu coração se alogia

Desde que partiu
Vivo esta tormenta
A dor me castiga, em infinita sentença
Porque meu amor, me deixaste?

Meu pensamento viaja, tentando encontrar
A substancia que esvaiu do teu corpo, ao postemar-se
Vejo teu sorriso em cada estrela, mas não consigo alcançar-te
Porque meu amor, me deixaste?

As vezes sou capaz de ver-te, dançando no véu da noite
Iluminada, me sorri, sorri, mas não diz nada
E ao alcançar-te em desespero, desapareces
Como nevoeiro,dispersando-se por inteiro

Oh! Espirito iluminado
Porque não me levas contigo?
Quero ficar ao teu lado
Dançando eternamente no luar encantado

Hoje mais um dia, sonho acordado
E ao olhar as petúnias mortas no jardim
Lembro-me de como éramos felizes
Também hoje, mais uma vez, venho trocar as rosas de teu jazigo

E ao sentir tua lápide fria em meus pés
Mais uma lágrima surgi em meu rosto sofrido
Digo-te, meu amor, como sempre digo
Hoje as petúnias estão mortas, mas as rosas girarão, iluminadas pelo teu sorriso.

( O jardim sombrio )

http://recantodasletras.uol.com.br/e-livros/1013646

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