Agonia

Foto de Rosinéri

TIPOS DE LÁGRIMAS

Lágrimas de alegria
São lágrimas de amor
Lágrimas de agonia
São lágrimas de dor
Lágrimas de piedade
São lágrimas sentidas
Lágrimas de nostalgia
São lágrimas de tristeza
Lágrimas de saudades
São lágrimas queridas
Lágrimas de um amor presente
São lágrimas ardentes
Lágrimas de um amor ausente
São lágrimas quentes
Lágrimas de paixão
vertem ao coração.

Foto de Jamaveira

Sinistro

Não tenho pressa se sigo para masmorra
Sombrio já são meus pensamentos faz tempo
Lá ficarei por fim darei sossego ao espírito
As chaves que selam a alcova jogarei ao vento
Infinito aflito julgamento em conflito
Meu grito subirá montanhas ecoara nos ares
Nas trevas que selará os dias sou agonia
Que importa perdão se permaneço em sacrilégio.
Piedade curve-se ao meu domínio
O olhar firme correrá mundo sem rumo
Assumo e carrego nos ombros pesada cruz
No lúgubre buraco que escolho aqui eu morro.

Jamaveira

Foto de Wing0Angel

Réquiem Do Amor ~O Destino Do Coração~

Antes que aquele amor pudesse revelar
Seu imensurável peso exercido sobre meus ombros
Todas as formar de compreensão tentei rejeitar
Ele acabou se transformando em ódio...

Mesmo que tenhamos feito uma promessa
Nos esbarramos sem que pudéssemos notar
Acabei desiludido pelo fato, tendo que te abandonar
A cada encontro entendemos e destruímos um ao outro...

Não me confesse - mesmo se eu confrontá-la...
Não posso escapar das lembranças de minha queda
Encontrarei seus olhos, erguido pela sua calorosa mão
Até o tempo parece selado por aquela união

Talvez nem desvanecendo-se aquele lugar irá mudar
Nossa salvação... Será que iremos buscar?
Como que na pele de alguma pessoa honesta
Estamos dentro de um friável cristal...

Uma vez que invento mais e mais mentiras
Você disse "O amor acaba sempre me machucando"
Estava com medo de acreditar em mim e chorou
Torne-se forte: aprenda com o temor que sua fraqueza criou...

[ Descobrirá o significado do amor verdadeiro,
Antes que todo ele se converta em puro ódio?
Aquilo que eu desejava não era esse mundo cruel;
Incontempláveis dias, desprovidos de razão... ]

A solidão habita o interior dos meus olhos
As mentiras - eles estão cansados de enxergar...
Será que uma delas tentará meu coração roubar?
Daquele caloroso sentimento, não consigo me aproximar

Finalmente parei de acreditar e passei a conviver
Com pensamentos negativos alimentados pela agonia
Não me importo mais com a brevidade da vida
Certamente isso não era o que eu queria...

Um amor perdido naquele lugar...
Se pelo seu significado procurar
Talvez eu possa me transformar
E ser capaz de seguir em frente...

Foto de Margusta

Contigo pai, é sempre Natal no peito!...

No ultimo Natal ,
silenciosamente,
a noite cresceu agitada.
Solidificado, o vento uivava
no seio do nada.
Em ruas sem passos,
piscavam luzes multicolores.
E na penumbra da casa
misturavam-se odores...
Aos poucos, perfumada de canela,
esgueirava-se a vida na janela
do teu olhar.
Enquanto, na mesa da sala
cheirava a bolos de fruta e mel,
a licores e vinhos.
Sem magia, da planura dos
céus de estrelas apagadas,
desciam renas sem sinos...
Chegava a agonia
vestida de mãe Natal.
Madrasta cruel!...
Apertavam-se os corações...
Elevavam-se as orações...
Na opacidade das memórias
outros Natais...
Ah, família feliz!
Queremos-te de volta,
boneca de trapos, pião,
bola...brinquedo sonhado,
na mão de qualquer petiz...

Corto a névoa.
Paro as imagens.
Deslizo as mãos no tempo.
Toco as lembranças, e
embrulho-as num lindo papel.
Fortificada, apago a dor
e faço um laço pai
do teu legado de amor.
Poema aprendido...
Será sempre este, o presente
perfeito!
Aconcheguei-o a meu jeito,
e, é sempre Natal no peito!

@Margusta

A todos os Poetas e aos Administradores de " Poemas de Amor" , eu desejo um Santo e Feliz Natal!!!
PAZ , SAÚDE e AMOR para todos Vós!

Beijinhos Natalícios!
Margusta

Foto de Luiz Islo Nantes Teixeira

ADEUS MAL ENTENDIDO

ADEUS MAL ENTENDIDO
(Luiz Islo Nantes Teixeira)

Olhando o tempo perdido
Os meus olhos envelheceram
Chorando o adeus mal entendido
Que os meus olhos nunca esqueceram

Os meus labios revoltados
Beijaram os labios de outro alguem
Mas os seus beijos molhados
Juro, na vida ninguem tem

Olhando as horas quietas
Onde cabe tanto carinho
Sigo pelas ruas desertas
Sonhando ve-la no caminho

Se os os meus olhos cansados
Busca-a no clarao do dia ao longe
E porque meus pensamentos apressados
Procura saber onde voce se esconde

Lindo amor voce esta aqui comigo
Mesmo na frieza da ausencia
Mesmo que nao seja um sentimento amigo
Mas certamente incentiva minha insistencia

Lindo amor,quero acha-la seja onde for
Mesmo que seja so para ve-la
Se houver a alegria do amor
Eu abrirei os bracos para recebe-la
Mas se houver a agonia da dor
Eu recolherei os meus trapos
Mas, jamais irei esquece-la

© 2008 Islo Nantes Music/Globrazil(ASCAP)
Globrazil@verizon.net or Globrazil@hotmail.com
Brazil - (021) 2463-7999 - Claudio
USA - (1) 914-699-0186 - Luiz

Foto de Stacarca

Infinito álacre

Infinito álacre

Ó Tenuíssimo enleio e glauca clausura,
Vinde ao infinito de prantos latentes
Imensos, co'a estranha clorose em augura
De levíssimos soluços frementes...

De levíssimos soluços frementes...
Rói-me Tôrvo coração e Treva agrura
Bem além incandescentes e doentes!
Ó Tenuíssimo enleio e glauca clausura!

Vinde ao infinito de prantos latentes,
Bem além incandescentes e doentes
Na'lta angústia hermética d'agonia!

Imensos! Co'a estranha clorose em augura,
Rói-me Tôrvo coração e Treva agrura
Nesse infinito as esp'ranças tão vazias!

Stacarca

Foto de Anderson Maciel

AMOR

Se não tenho amor
Não conseguirei viver
Sem sentir o teu cheiro
Irei morrer....

Morrer de agonia
Morrer de paixão
Sabendo que um dia não pude ter você em meus braços,
Tendo você em meu coração. Anderson Poeta

Foto de Darsham

Perdão Meu Deus!

*****
****
***
**
*
Mais um dia de terror. Não conseguia aguentar mais. Ela simplesmente bateu a porta e disse não ao seu presente. Deslizou pelas escadas, encontrou caras, ouviu vozes dispersas, de conteúdo vazio. Procurou na sua memória onde estava estacionado o seu carro. Desejava teleportar-se naquele momento para os confins do universo, onde não fosse mais que uma pequena partícula, desejava que as vozes que teimavam em toldar-lhe a mente se dissipassem nos segundos que marcavam o tempo e que se transformavam em passado.

O frio que se fazia sentir, naquele dia, apesar de o sol se querer mostrar, gelava-lhe a alma e no entanto sabia-lhe bem, atordoava-lhe os pensamentos, sacudia a sua mente e transportava-a para outro plano.

Chegou ao carro, entrou, trancou as portas, ligou o rádio e chorou…baixinho, para que só ela ouvisse. Ficou assim apenas durante o tempo em que a música, tão sua conhecida, ecoou naquele lacrimejado silêncio.

Já na estrada, a sua condução era absorta…se o carro se movimentava, era porque sabia onde tinha que chegar…
Até que, algo lhe rasgou o manto taciturno em que estava envolvida e naquele momento temeu pela sua vida. Uma força desconhecida apoderou-se de si e travou o carro a fundo embatendo fortemente com a cabeça no volante. Naqueles milésimos de segundo, ela penetrou a escuridão e as trevas, para de novo alcançar a luz…

Tomou o comando do carro, agora com extrema atenção e lançou-se dali para fora, querendo apagar aquele momento da sua existência. O seu coração ainda estava acelerado pelo susto, na sua fragilidade recordou porque se encontrava naquele estado e chorou novamente…as lágrimas caíam desgovernadas pela sua face, para depois morrerem no seu pescoço.

Dirigiu-se para a praia. Só o mar lhe poderia dar o aconchego de que precisava naquele momento. Enquanto via a estrada à sua frente e o movimento frenético das ruas, tão próprio da quadra natalícia, apenas conseguia pensar que não pertencia a este mundo. Seriam as pessoas que não a compreendiam ou o inverso? Porque razão olhava para as pessoas próximas e lhe pareciam estranhos, defendendo a sua clausura, deixando que esta a absorvesse? O mundo era um lugar desconhecido para ela…

Sentia-se no término das suas forças e aos poucos ia abandonando o seu corpo. Parou o carro e dirigiu-se à praia. Descalçou-se e começou a caminhar junto à água.

As ondas batiam ferozmente nas pedras, enquanto o dia escurecia e a lua o anunciava…
Na vastidão dos grãos de areia, vislumbrava-se apenas um corpo prostrado, uma alma perdida que gritava na sua muda voz…

Num acto de extremo desespero brada aos céus:
- Deus? Estás aí? Não me ouves? Não me vês? Estou sozinha! Não tenho nada, já não acredito em mais nada, não sou nada! Ajuda-me! – E chorou, desesperadamente, como se a raiva e o desespero das suas lágrimas contivesse algum veneno lancinante, que acabasse com aquela agonia.

Desafiando todas as suas convicções e crenças, levanta-se do chão, ergue as mãos ao alto e berra:
- Acreditei em Ti, depositei em Ti toda a minha fé e hoje vejo que acreditei numa ilusão. Se Existisses não Deixavas que eu morresse em vida, vazia, desabitada…Já não tenho mais fé, já não sou ninguém… – Deixou-se cair sobre a areia e assim ficou, impávida a olhar o mar.
Repentinamente o vento acalmou, dando lugar a uma brisa suave. A água deveio cetim e as estrelas pronunciaram-se sobre o céu, ganhando vida própria.

Ela continuava exactamente no mesmo lugar, mas agora já não estava sozinha. Ao ouvir o seu nome, ao longe, reconheceu aquela voz e virou-se para se certificar. Ao levantar-se sentiu-se inundada por uma sensação de estranha paz e sorriu perante a confirmação do que havia pensado quando ouviu o seu nome ser chamado. Era a sua amiga, aquela a quem tantas vezes havia chamado de anjo por sempre a tentar resgatar da solidão em que vivia.

Abraçaram-se cúmplice e carinhosamente. Após um olhar repleto de palavras, deram as mãos e caminharam até à ausência dos grãos de areia. Ela apertou a mão do seu anjo, em sinal de agradecimento, fechou os olhos e disse baixinho:
- Perdão Meu Deus!

Foto de aucenio

emoções

EMOÇÕES

No vazio do silencio
que se faz em lagrimas sofridas,
ecoa no vazio a saudade
de lembranças um dia vividas.

O grito silencioso
que rasga o peito sofrido.
Os gestos vivos e guardados,
sem se quer,serem esquecidos.

O despero da alma
a procura do canto de calmaria.
As vozes que insistem chamar,
trazendo aos nervos a agonia.

Arrancando aos poucos
os sonhos feitos em alegria.
Hoje desfaz-se a magica
tirando das mãos a fantasia.

Queria,aos poucos,arrancar
a tristeza que toma o corpo.
Queria apagar as marcas das lagrimas
que,sem dor,rasgam o rosto.

Perder a vida
que em suspiros entra nos pulmões,
fazer do coração,pedra
para nao sentir no peito as emoções.

Emoções que me tornam um ser humano fraco...

...Que transformam em legrimas meus sorrisos,
rasgando minha alma como trapo.

Queria dizer adeus
sem derramar nenhuma lagrima.
Queria sorrir nos momentos de tristeza,
fazer da alegria uma dadiva.

Emoções...
...Razões,paixões.

Sao momentetos de pura incerteza,
que sem se apresentar,
chegam e te viram a cabeça.

Sera possível amar sem sofrer?
Sera possível estar magoado sem chorar?
Não existiria o sorriso
se não tivessemos que chorar.

Poder escolher o amor sem sofrer.
Poder acabar com a dor,
que por dentro,nos faz morrer.

Decisões que simplesmente nao tomamos...
...Sentimentos que apenas sentimos.

São problemas,soluçães...

...Estas sensações que enchem nosso peito...

...Apenas emoções.

Aucenio V. Sousa

Foto de Osmar Fernandes

Será que o mundo é apenas uma colcha de retalhos?...

A caixa d´água do céu foi aberta
Derramou lágrima, destruição e agonia
Santa Catarina chora seus mortos
A Igreja de Deus canta sua liturgia...

O povo brasileiro é solidário
O sul do Brasil está de cabeça pra baixo
A esperança do natal virou um caos
A felicidade de muitos foi frita neste tacho...

O instante é de medo, conflito
A população sofre sem ter para onde ir
Nunca se ouviu tanto grito
Este estrago não se tem como medir...

Não sei se é o fim dos tempos
Nem sei se o tempo tem um fim
Será que os anjos não têm mais sentimentos
Ou será que esse martírio é o sinal do sim...

Nossos irmãos catarinenses choram
Nossa bandeira tremula desesperada
Nossa fé está por um triz
Ou não foi feita a tarefa de casa...

Será que Deus quebroiu o pacto feito a Noé
Será que estamos pagando pelos erros dos antepassados
Será que o homem está perdendo a fé
Ou será que o mundo é apenas uma colcha de retalhos?...

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