No ultimo Natal ,
silenciosamente,
a noite cresceu agitada.
Solidificado, o vento uivava
no seio do nada.
Em ruas sem passos,
piscavam luzes multicolores.
E na penumbra da casa
misturavam-se odores...
Aos poucos, perfumada de canela,
esgueirava-se a vida na janela
do teu olhar.
Enquanto, na mesa da sala
cheirava a bolos de fruta e mel,
a licores e vinhos.
Sem magia, da planura dos
céus de estrelas apagadas,
desciam renas sem sinos...
Chegava a agonia
vestida de mãe Natal.
Madrasta cruel!...
Apertavam-se os corações...
Elevavam-se as orações...
Na opacidade das memórias
outros Natais...
Ah, família feliz!
Queremos-te de volta,
boneca de trapos, pião,
bola...brinquedo sonhado,
na mão de qualquer petiz...
Corto a névoa.
Paro as imagens.
Deslizo as mãos no tempo.
Toco as lembranças, e
embrulho-as num lindo papel.
Fortificada, apago a dor
e faço um laço pai
do teu legado de amor.
Poema aprendido...
Será sempre este, o presente
perfeito!
Aconcheguei-o a meu jeito,
e, é sempre Natal no peito!
@Margusta
A todos os Poetas e aos Administradores de " Poemas de Amor" , eu desejo um Santo e Feliz Natal!!!
PAZ , SAÚDE e AMOR para todos Vós!
Beijinhos Natalícios!
Margusta