Suspiro

Foto de Kamael

Saudade

Saudades...

De uma noite de verão,
quando as flores abrem suas pétalas, unindo-se à brisa
Para num aplauso perfumado, receber a lua cheia
Que brinca no céu, ofuscando o brilho das estrelas.

De um lago perdido em algum canto da memória,
Do cheiro de terra molhada e capim amassado,
Arrepiando o corpo na volúpia da natureza.
Da explosão sensual de cores no horizonte,
Ao despertar do astro rei, repleto de luz e calor...

Das ondas quebrando no silencio da madrugada,
Esculpindo na rocha figuras fantásticas,
Talhadas pelo cinzel de misterioso e invisível artista.

Saudade...
De mistérios desvendados, criando enigmas ainda maiores.
Da poesia que se esconde em cada verso não composto,
porem, vivido e compartilhado.

Saudade que é a prece e também o milagre...
A água pura da fonte mais profunda,
Que tem no sabor o mistério da terra.

Saudade do escuro da mata, que hipnotiza e acalma...
Do silencio e do suspiro que escapa da noite,
Da procura e da resposta...
Saudade de você.

Carlili (Kamael)

Foto de ALEXANDRA LOPUMO SILVA

Dor lancinante

Chorei
De novo chorei
A indiferença machuca
Doi
Uma dor lancinante, pulsante
Impregnante, como um suspiro profundo
No fundo da alma
Doi
Choro lágrimas secas, de sangue
Presas nas entranhas, no oco do peito
Dilacerando meu coração
Estou seca, o ar pesado entra e parece me atordoar
e ao fundo, escuto uma voz fraca
Sou eu, pedindo socorro baixinho, sem forças
Quero viver, quero amar de novo

Foto de Rute Mesquita

Uma seda que queima

Nos tecidos da minha pele macia, que se vai enrugando com as peripécias da vida, escorrem suores de ti. Suores que ficaram, de um respirar sustido, de um suspiro profundo envolvido num delicado lençol de seda, tecida de um vermelho uniforme e apaixonado.
Em segredo, lanço-te num mar de olhares tímidos e inocentes e contemplo-te. Penetro-te, invado-te faminta do teu ser tão admirável. E querendo ser o teu sorriso, incendeio-me de lágrimas de emoção. Conquistas-me assim, docemente e conscientemente. De cortiços encaixados, de almas entrelaçadas de sorrisos beijados, somos perfeitas.
A sede ganha movimentos sinuosos, mostra-se volumétrica. Escaldante e húmida, desnuda-nos, caindo no chão como um colar de pérolas e em gestos (des)entendidos, mútuos, devoramo-nos até à exaustão, deixando marcas daquele antídoto, daquela química nociva. Acelera-se a acção, todo o acontecer abalando todo o redor energeticamente. E no momento certo, do tocar perfeito e desejado, explodem-se em gemidos estridentes e satisfeitos. Sem forças, alagados em suores de prazer, comunicam-se através de olhares cintilantes e sorrisos rasgados. Depois de um longo período de tempo, a respiração estabiliza, os corpos secam-se e num arrepiar conjunto abraçam-se, entrelaçam-se, adormecem serenamente.

Foto de carlosmustang

REFLEXO..

E sentindo tão pequenino
Numa folha, sem querer afogar
Em sufoco nos lençóis imaginar
Que mundo receptivo, divino

Danço e procuro o deliro
A devagar o prazer aflorar
O gosto amargo, de recompensar
Vindo sempre nobre suspiro

Se é que tem obstáculos(amarras)
Cegam meu plural de ser
Descalço consigo ir, sem adulações

Fazendo o meu amor me curtir
Sentir o sonho real, me entregar
Um tesouro de alma gémea sentir.

Foto de Daniel Sena

Talvez

Talvez essas sejam minhas últimas palavras
E é possível que nunca mais me vejas, nem me escutes
Talvez seja verdade o que eu soube, mesmo sem entender
Talvez eu quisesse tanto a ti, que esqueci de mim
E ainda é possível fazer com que meu amor seja teu
Posso provar, se quiseres… posso até te ver mais vezes
Talvez não seja só dor, seja querer
Talvez tudo o que eu faça seja por ti
E se porventura estivéssemos com medo?
Talvez nos amássemos já ali, mas as ondas nos assustavam
Fazíamos festa adormecida entre corpos escaldantes
E controlávamos o mundo, éramos tão bons amigos
Talvez eu não soube te encontrar
E por estares perdida, meu amor… a demora nos distanciou
Talvez eu ainda te ame pra sempre, ou te esqueça daqui a algumas horas
Talvez eu me case na sexta, e me divorcie aos 50, com filhos, cabelos brancos
E se estiveres lendo o que penso?
Pensas que talvez possamos dividir tempo e aconchego ainda?
Talvez eu seja um coração, e tu sejas meu pulsar
Talvez eu não valha muita coisa, mas te sou honesto
E é possível que eu te ame tanto, tanto…
Tanto quanto o meu peito suporta durante um suspiro
Talvez eu case contigo, sua boba
E te roube pra mim
Talvez não tenhamos existido, e nos perdemos entre tempos
Somos o que talvez alguns chamem de “almas gêmeas”
Eu nos chamo pelos nomes, e escuto um eco tão apaixonado
Noto até o perfume entre fonemas e dicção
Talvez sejamos o fio mais fino já feito de amor
Por isso nos machucamos às vezes
E é possível não pensar em ti?
Ou não te querer por perto enquanto vivo os meus dias?
Meus solitários, nervosos… às vezes divertidos, mas escuros dias
Talvez eu rasgue os versos que te fiz, só de pirraça
E depois te faça rir, talvez tenhas uma crise de riso
Talvez ao te visitar, eu , na verdade, esteja voltando pra casa
E talvez tenhamos um lindo ocaso só nisso
Com um sol particular, e liberdade pra olhá-lo pelo tempo que for
Não gosto da ideia de te pedir pra me esquecer
Mas talvez seja melhor
Os segundos que não estás por aqui, a mim custam em sangue.

Daniel Sena Pires – Talvez (21/09/2010)

Foto de Gomes S

DESABAFO

.
.
.
.
Estou me sentindo nu,
Despido de todas as vestes,
Deixado com uma multidão,
Que me conhece pelo que vê,
E nada mais reconhece.

Todos os meus sentimentos,
Eu jogo em suas mãos,
Sob forma de muitos poemas,
Sob forma de poesias,
Sob forma de canção.

Despi-me de toda vergonha,
Lancei-me de braços no mundo,
Me tornei um livro aberto,
Onde todos só lêem a capa,
E esquecem do conteúdo.

[...] Suspiro

Que adianta eu me despir?
Se ninguém mais se importa?
Se os sentimentos se foram com o tempo?
Se o coração endureceu?
E o livro que todos liam...
Enfim, desapareceu.

Foto de Diario de uma bruxa

Desfazendo-me

Em cada lagrima derramada
Um pouco de mim
Se vai

Em cada soluço
É o desespero em meu peito
Que me corrói

Em cada suspiro
Em cada piscar

Sou eu me desfazendo
Por tanto te amar.

Poema as Bruxas

Foto de Carmen Lúcia

Encontro com a poesia

Dispenso as rimas,
perco o compasso,
relaxo...
e passo a passo
entre um suspiro e outro
aguardo a inspiração.
Divago...
perco-me em devaneios,
dou asas à imaginação.

Me encontro,
abro meu coração...
deixo que fale por mim
em meio a reversos,
palavras soltas e inversos,
e recolho
os mais lindos versos
vagando em jardins.

Me entrego
e me pego bem no alto
planando
no encalço da luz do dia,
da melodia,
do silêncio das manhãs,
das cores do entardecer,
sonhando
enquanto anoitece
e a lua aparece
e se extasia
prateando
a mais pura poesia.

_Carmen Lúcia_

Foto de Edigar Da Cruz

ILHA DO AMOR

Brindando ao amor,
A pele quente a beira mar,
Deixando-a beijar e pele quente ao mar,..
como chuvas infinitas de orvalhos,..
brindando -a noite de verão quente todo calor de amor,.
Ao manto de uma linda Lua cheia de amor
Como testemunhas as estrelas,..
O mar infinito e mãe lua a celebrar com brilhos
Aos Corpos nus sedentos de amor,..
Que brinde entre arvores,..
No manto quente da pele o desejo e a vontade se unem em um só caminho!,..
Dos desejos e delírios de amor ,..
Os corpos nus molhados de extremo prazer..
Ao nascer do novo sol!,..
Ao novo amanhecer, o suspiro quente que vem forte que faz o sol derreter exalando a pele o desejo molhado dentre entranhas e pele desnudada todo desejo alcançado..
Ao vento copilando ao amor
A beira da ilha perdida do amor

Autor:Ed.Cruz

Foto de Marilene Anacleto

Um banho de Mar

Um banho de mar
É tudo de bom
É tudo de leve
É um grande bailado
Com movimentos
Inesperados.
Eu ‘corro ondas’
Feito jacaré.
Pulo, estico e fico
Na ponta do pé
E salto, e voo
Para ultrapassar
A onda maior
Que maior ainda ficou.

Um banho de mar
É soltura e leveza.
Para meus cansaços
Refaz a inteireza.
Se eu marco médicos,
Longas esperas
Só um banho de mar
Já me recupera.

Entregue às ondas
Bem solta, bem leve,
Um banho de mar
É muito mais alegre.
Uma roupa solta
E um bom protetor
Devolve-me a saúde
E o bom humor.

Nas águas tão claras
E saias de rendas
A paz se instala
Em cada suspiro
Do azul deste céu
Carrego comigo
A luz de meu ser,
Terminam as brigas
E o amado se torna
O ser que me abriga.

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