Suspiro

Foto de KEKE

Me perco em você

É muito fácil te amar
É bem fácil sorrir tendo você
É muito fácil ser sua
É inevitável não te querer;

Você é minha bela canção de amor
Como eu amo pensar em você
Meu coração esqueceu a dor
Se abriu pra te receber.

Aquele sorriso bobo
Aquela inocência de criança
Tudo isso é possível com você
Os sonhos voltaram a tona
Renasceu a menina que sonha.

Se eu fechar meus olhos
Posso te sentir
Basta ouvir nossa canção
Pra sentir uma forte emoção

Sentimentos tomam conta de mim
Mergulho fundo em você
Me perco nesse mundo que é te amar
Eu suspiro forte , respiro fundo
Estou totalmente perdida em você.

Não me chame agora
Me deixa sonhar um pouco mais
Deixe me sentir tudo que sempre quis
Deixe me viver o que um dia sonhei
Deixe me te amar.

Quero abrir os olhos
Mas só quando puder te ver
Quero deparar com seus olhos nos meus
Seus braços ao redor de mim
Ouvir a sua voz dizendo
Que ficar juntos é o nosso fim.

Cada segundo sem você
É uma eternidade sem fim
Só venha, venha pra mim.

Foto de Arnault L. D.

Seguindo estrelas ( navegante )

Enquanto a estrada
ligar o lá ao sei onde?
enquanto a esperança se esconde
no horizonte inalcançada.

Cheirarei a rosa dos ventos,
o perfume da estrela...
No afã de assim vencê-la,
ou na ilusão dos momentos.

Corre de mim o limite
neste olhar que se desfoca,
na humanidade, que soca
o falível que a alma omite.

Do sopro, encho as velas.
Este, que respiro e suspiro.
Enquanto o mundo orbita, eu giro,
a lugar sei lá... seguindo estrelas.

Foto de Valeria Sampaio

Quando não compreendemos as coisas

Viver a sua maneira já não é fácil e simples assim, lidar com o diferente pode deixar meio sem saber como fazer e agir.
Cada um de nós tem uma maneira de driblar as inconsistências àquilo que muitas vezes não gostamos ou não sabemos como resolver.
Compreender as coisas como são ditas ou feitas requer mais clareza e entendimento não basta colocar como sendo verdade sem antes ter passado por elas.
Cada caso têm seus relatos cada individuo sua história e nenhuma dela é igual a outrem. E porque muito não aceitam opiniões? Por medo ou insegurança? Por acreditar que nada valha dizer a respeito quando não se passar com você?
Bom também era difícil aceitar outra pessoa palpitar em minha conduta e na maneira que lidava com minha vida. Mas confesso que ouvi mesmo sem querer prestar atenção nos conjuntos de palavras ditas não via nada demais achava que fazia certo. Até perceber em mim mudanças relevantes ao que pessoas me diziam... Tipo – sua ação será seu reflexo. Se você age por mau seu reflexo será mau se agir por bem seu reflexo iluminaria o bem.
Agora se persistisse agir no erro tu serás acometido por dores e mal estar no corpo, nada irá resolver seu problema físico se seu espírito está adoecido.
Quando ouvi senti em minh’alma uma dor sem fim, sem clareza – um vazio!
Comecei ter pesadelos, estava com mau humor daqueles e nem enxergava nada só me vitimava.
Dura realidade, mas passei por tudo e mais um pouco.
Não vem ao caso, porém quero deixar neste artigo uma mensagem de otimismo e reflexão.
Escutar as pessoas independente de sua conduta não poderá causar mal algum uma vez que aprendeste a separar “o que agrega pelos os quês não os agregam”.
Outra coisa que faz uma pessoa cair em constante sofrimento é permitir que todos os sentimentos ruins façam parte de sua vida, neste caso se anulam, são depressivos, antissociais, pensam mais em morte ou em matar, tem ódio e sua boca só asneiras.
Culpam as pessoas que lhe permitiram viver em paz, em segurança e que os guiaram a caminhos incertos para que conseguisse desprender das asas deles, dando-as a você o direito de escolher seu próprio caminho.
Invocam a Deus por achar que não mereça viver na maneira que está.
Até as oportunidades vindas tão facilmente são julgadas por quem as tem.
Assim está seu espírito?
É assim que pretende viver até o ultimo suspiro?
Não perca sua vida ao abismo, a escuridão e ao inimigo.
Pois provações fazem parte de nossa vida desde quando escolhemos viver.
É doloroso? Sim, mas significa muito cada ferida e cada dor vivido. Pois mostram sua força e coragem, acarreta positivamente em seu caráter um ser abençoado e cheio de graça.
O mundo é o que é pelo fato de poucos viverem o amor a sua medida. A falta desse sentimento causa danos desastrosos, revoltas e destruições.
Se por algum motivo não acredita em Deus fique tranquilo mesmo o Altíssimo acredita em você o problema é se você acredita em si!
Há pessoas neste mundo que nem sabem o que são? E porque vieram? E mesmo assim fazem o que podem para não sentir-se só e se aglomera com os seus a sua maneira e ao seu enxergar.
Acredite em você olhe seu interior não permita que as coisas lhe possuam, mas você pode possuir o que quiser.
Não mensure o que tem e tão pouco arrote ao vento o que tem ou não, até porque cabe a si ter e não aos outros.
Viva em paz e se cuida
Nada vem do além se não por si próprio.

Foto de Izaura N. Soares

O suspiro de um coração

O suspiro de um coração
Izaura N. Soares

Aprisionaste o meu coração
Que antes suspirava por ti,
Hoje ele se lembra como uma canção,
Do amor que um dia partiu.

Nem a primavera o fez sorrir
Ao vir as flores se despetalar pelo ar.
Levada pelo vento o fez sentir
Que é melhor amar do que chorar.

A vida agitada é melhor que o tédio,
A vida sorridente é como um bálsamo
Soa como um hino cantado num salmo
Da vida de luz quando se leva a serio.

Ao som da canção minha alma se sente
A vibração de um lindo coração,
Que ao deixar-se aprisionar a mente
Recebeu a linda melodia com emoção.

Assim levo no meu peito a saudade
Que sombreia o meu caminho sem rumo,
Deixei a minha ilusão carregada de dor
Para abraçar; somente o amor!

Com um sopro de felicidade...
Vou de encontro com um novo caminho!

Foto de Arnault L. D.

Roma

Apenas um sopro de ar
e de repente. ela voltou;
no perfume, que veio brincar
de burlar o tempo que passou.

Involuntário rompante
somei ao ar toda extensão,
saudade, e naquele instante
só ela em mim, fez clarão...

E veio assim, de surpresa,
a memória tal fosse agora
num átimo, sem defesa.
O dia perdeu a hora...

Suspiro, desperto ao aspirar;
o olor, acorda o que sonhei.
Ancorar um navio no ar...
um navio, e o mar que afoguei.

Bebendo a brisa embriaguei
no cheiro e gosto, partes, grei,
que do amor também guardei.
O perfume, seu perfume, sei.

Foto de CarmenCecilia

CIGARRO

CIGARRO

Ah! Esse pigarro
Esse trago
Que não dá trégua
E do meu pulmão
E meu corpo são
Apenas desdenhou
Que seduz e induz
Que amanheço
E anoiteço...
Ah! Esse estrago
Que inspiro e expiro
Vai até o último suspiro
Até minha última morada...

Carmen Cecilia
Maio /2014

Foto de pétala rosa

NOITE DE ESTRELAS

NOITE DE ESTRELAS

Dancei!!
A valsa nas estrelas dos teus beijos
na ternura das pétalas aveludadas duma textura
inigualável.

Dancei em espaços astrais de todas as formas
e brilhos.

Ao som do pensamento e das tuas divinas palavras
dancei, rodopiei, vivi, amei.

Chamei a rosa, despertando para a felicidade dum jogo
dum misterio, de glórias merecidas.

Chamei a paixão, nas nuvens brancas, na tua pele
na boca do beijo.

Vivemos num paraíso perdido, num suspiro de liberdade,
na minha alma carente de luz.

A minha alma deseja o impossível
e...o impossível és tu.

Oh! poeta,
Oh! desejo esquecido na mudança dum beijo, no cheiro duma vela rubra.

Ontem a minha alma cresceu em todos os horizontes, ela é livre,
amada, é ilimitada no desejo de ser feliz...

Em todos os caminhos irei procurar-te, ver-te lá longe onde
o meu beijo te suplique uma espera desordenadamente longínqua.

Seremos somente um, olhando o mesmo mundo
o mesmo infinito...
Infinitamente, eu queria amar-te poeta...

Amália LOPES

2009

Foto de diny

ILUSÃO

ILUSÃO
Amor do meu amor.
Hoje senti demais a tua ausência.
Chorei por falta tua.
Por dias e noites sem tua presença.
Por esse tempo passado sem retorno.
E todo sufoco dessa carência de ti.

A precisão de ti, como o ar que respiro.
À querer-te com todos os meus sentidos.
Amando-me a cada suspiro meu.
Com toda emoção, amando-me comigo.
Com o meu ser inteiro abandonado no teu.

As tuas mãos suaves a tocar-me.
A inundar-me de carinho e prazer.
E esse meu coração a gemer implora;
Sentir tua doce face entre minhas mãos.
Ah quanto amor sinto por ti agora!

Preciso aconchegar-me a ti, preciso.
Ouvir tua voz, ver o teu sorriso.
Inebriando-me de ti feito caricia.
Somente de teu jeito sobre mim.
Das delicias de teu amor, preciso!

Debruçar-me sobre teu sono e no teu peito.
Respirar teu ar, afagar teus cabelos.
Olhar teus olhos e de coração dizer-te amo.
Mas és apenas ilusão; doce engano.
Um Anjo de amor que minha alma criou.

Meu lindo Anjo, amor de meu amor.
Não tens sentido de realização.
Não tens definição pra razão humana.
És apenas ânsia, alma, sonho, chama.
Do meu tão grande amor!

Foto de Carmen Vervloet

Deleite

Vaga a noite vagabunda,
a lua renasce nua,
tão minha, tão sua,
a rosa transpira orvalho, sua...
As estrelas quais pirilampos
deixam o céu a meia-luz
enquanto faço o pontilhado
marcando o ritmo
no balanço do corpo sensual,
sangue fervente,
alma fluente,
pele ardente,
mente imprudente,
delírios e beijos,
a boca consente,
sempre ao som
de Vinícius e Tom,
pródiga de carícias!
No rito da luxúria
a pena empena,
no desejo dos corpos,
canto e sussurro,
pomar de delícias!
Lençóis amassados,
meu corpo tão leve
que até seu suspiro me levanta!

Foto de Rosamares da Maia

CRÔNICAS DA SAUDADE - O Cantar do Galo

CRÔNICAS DA SAUDADE – O cantar do Galo.
De repente ouço um cantar de galo ao longe e o inusitado no mundo urbano abre uma porta para uma enorme nostalgia. Instalada no meu peito sem pedir licença, ela dói de forma aguda. Fecho os olhos, encho o peito de ar num suspiro profundo e como num filme, vejo caminhos de terra batida, dourados pelo sol em claridade tão intensa e morna que quase consigo materializar o momento. Vejo laranjeiras, goiabeiras, sinto o cheiro do mato orvalhado pelo sereno das madrugadas e flores e folhas se embebedando. O galinho que canta ao longe de forma repetida, insistente faz meu peito se abrir sem quer, ardendo de uma saudade com gosto de infância, de avó lavando roupa na tina de madeira do fundo da casa.
Tina de madeira para lavar roupas. - Alguém mais já viu isto? Eu lembro nitidamente, tinha um pedaço de madeira com costelinhas que se enfiava dentro da tina para o esfregaço. Vejo a enorme pedra arredondada bem no meio do terreiro desafiando o tempo. A pedra instalara-se ali, como prova material de que algum dia tudo naquele espaço fora um oceano.
Todos nós crianças e netos ou não, adorávamos brincar naquela pedra, e certamente ela, testemunhou muitas outras infâncias. Subíamos, pulávamos e caiamos. Meu irmão que sempre quis ser super-herói improvisava uma capa nas toalhas de banho ou algum outro pedaço de pano que estivesse para lavar e voava da pedra com sua espada de cabo de vassoura para salvar o Mundo.
A cantoria do galinho indigente que agora escuto, somente no sentido de remexer as entranhas da saudade, trouxe-me neste exato momento o cheiro da madeira queimando no fogão de lenha e do feijão, cozendo na panela de ferro, feijão que meu irmão um dia mexeu com um pedaço de pau em brasa, lenha do fogão. Minha mãe quis pegá-lo de tapas, mas minha avó, somente riu com as bochechas avermelhadas e mandou que ele fugisse para não apanhar dizendo: “Ora deixa o menino, isto é coisa de criança”. Ela protegia todos os netos, perto dela ninguém levava tapas palmadas, surra então, nem pensar.
Tenho saudade do meu irmão que hoje sequer fala comigo, mesmo estando ao alcance do meu abraço, pois ambos esquecemos como se abrem os braços e se abraçam fraternamente os irmãos. Do menino franzino que não conseguiu salvar o Mundo, nem mesmo o nosso pequeno mundinho. Estou com saudades da minha avó conciliadora, que jamais deixaria isto acontecer, mas ela, não está mais aqui e tudo mudou. Tem uma eternidade que não vou ao terreiro dos fundos da casa de minha avó, nem sei se aquela pedra existe mais. - Será que virou concreto? Sei que há muito deixou de existir a cozinha feita de “barro a sopapo”, com o fogão de lenha e as panelas de ferro em cima, cozendo com amor para a família.
O sol nasce a cada dia e continua banhando os caminhos. São ruas asfaltadas, cimento e concreto e ele, queima de forma impiedosa e dolorida a minha pele, não me faz carícias como no tempo de criança. De repente o cantar insistente do galinho me desperta do mundo para o qual me levou, lembrando abruptamente, num suto, de que eu também deixei de ser criança.
Rosamares da Maia

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