Em meio ao silêncio,
Da noite que nunca termina,
Da penumbra à escuridão,
Caminho em vão...
Pois não sigo para lugar algum,
E meu caminhar é trópego e vacilante,
Pois caminho sem rumo e em círculos,
Limitado pelo espaço de minha solidão.
Não há insônia que apavore,
Silêncio que desatine,
Angústia que atormente,
À quem há muito não encontra alívio.
Alma torturada,
Espírito combalido,
Por muitas lutas enfrentadas,
Mas sem vitórias conquistadas.
Encontro a noite,
Fantasmas de minhas derrotas,
Que podem zombar de muitas formas,
Mas não duvidam de minha fidalguia.
Em meio ao desespero,
Continuo meu canto triste,
E insisto em acreditar em mim,
Nesta noite que nunca termina.