Poesia

Foto de Graciele Gessner

Solidão Bandida. (Graciele_Gessner)

Esta solidão bandida
Entrando em minha alma,
Me fazendo refém de você.

Destruindo-me sem piedade
E me possuindo por inteira
De corpo, alma e coração.

Solidão bandida e insana,
Roubou minha poesia, minha criação;
Com ação e sem razão.

Você não está mais ao meu lado...
A solidão, esta maldosa, está sempre presente.
Cadê nossas promessas de amor?

Solidão, minha companheira fiel!
Por toda a minha vida serei grata
Da sua eterna e constante presença.

Sinto esta solidão no meu íntimo
Como se tudo fosse infinito,
Sem possibilidade de evitar.

Fiz-me parte deste sentimento,
E o meu sofrido e tolerante coração
Corresponde a esta aspiração.

Solidão bandida misturada com saudade...
Solidão com amargura e indignação.
Saudade daquele que tem meu coração.

Aquele que me causa esta solidão bandida,
Possui meu corpo, minha alma e meu coração.
Serei eternamente a sua transpiração.

06.11.2007

Escrito por Graciele Gessner.

*Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de cezarcsantos

A Poesia é Eterna

A poesia não morrerá, porque do amor
ela trata,
e o amor é eterno.

A poesia canta o desabrochar das flores,
harmoniza a melodia dos pássaros,
capta a felicidade dos peixes que
silentemente deslizam sob rios e mares,
e, graciosamente, traça
o vôo singelo e altaneiro das águias.

A poesia ensina com a dor
suscita o choro,
enxuga lágrimas, sofre a saudade,
sonda o infinito, rompe as raias da alma,
ri com alegria e acha graça do sorriso.

A poesia descobre-se na busca,
preenche vazios, exalta a vida,
fala do homem, excogita o ser,
moteja da morte e é solitária.

Indulgente, curva-se e abre-se para os
que a amam,
acolhendo, reanimando, aconselhando,
espargindo sabedoria.

Vaticinou o poeta sacro:
“Ora o mundo passa...”
Assim, o futuro olha, e não vê o
passado.

As flores secarão,
os pássaros emudecerão,
os peixes espraiarão inertes ao sabor das
ondas e as águias alçarão seus últimos vôos.

Entretanto, a poesia permanecerá
exaltando a vida.
Um dia – e que dia! – não haverá mais
dor.
Todas as lágrimas serão enxutas.
A tristeza jazerá olvidada na sombra da
peregrinação
humana, e a poesia testemunhará a
vitória da vida.

Quando o Amor se manifestar e a Morte
morrer,
e o Valente submergir nas
profundezas do Abismo,
haverá cânticos de gozo e alegria, e a
poesia terá sua parte
nesta exaltação transcendente.

Deus é amor, Deus é Eterno.
O amor é eterno, a poesia é eterna,
porque do amor ela sobrevive.

Foto de Sirlei Passolongo

Retirante do Progresso

Na beira de uma estrada
Uma casinha de madeira
Lá vive um peão boiadeiro
Ali não se vê mais bois,
Não se vê pasto ou invernada.
Não se ouve mais o som do berrante
Que era a canção das madrugadas...
Mas de longe se ouve uma viola
Que a saudade do peão chora...

A poucos metros da velha casa
Um sarilho velho abandonado,
Uma paineira centenária
E um gasto arreio de gado;
Nos olhos do peão...
As marcas da sua história...
E de longe se ouve uma viola
Que a saudade do peão chora.

Ele relembra com saudades
Do quanto era puro o lugar,
A única fumaça que havia
Era da chaminé a assoprar
Avisando que era hora
De o rebanho ajuntar...
Mas de longe se ouve uma viola
Que a saudade do peão chora.

Ali não havia outros ruídos
Além dos pássaros cantadores
Não lhe faltava na mesa
O pão e o frango ao molho
Domingo ia à missa
Na Igreja do Nosso Senhor...
E agradecido sorria
As crias do gado reprodutor.

Mas longe se foram seus filhos
Na ilusão do progresso,
Depois foram os amigos
Atrás de um futuro incerto...
E a velha igrejinha, hoje está vazia
O asfalto corta a velha estrada...
O canavial queima à beira da casa,
E o som do berrante
Ele ouve apenas na memória...
Mas de longe se ouve uma viola
Que a saudade do peão chora.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Poesia inspirada no poema Mulher de Retirante.
Dedicado aos sertanejos do Sul.

Foto de Wilson Madrid

PRAZERES

*
* ACRÓSTICO
*
*

PRAZERES

P intar numa tela uma alegria,
R abiscar num papel uma poesia,
A limentar com a mão um passarinho,
Z elar pela vida da natureza do caminho...
E squentar-se no calor de uma fogueira,
R efrescar-se nas águas de uma cachoeira,
E ncantar-se com a beleza de uma simples flor,
S ubjugar a mente, tão impertinente, fazendo amor...

Foto de LuzCintilante

CORAÇÃO ERVA-DOCE

*
*
ACRÓSTICO
*
*

Conquistado no dia-dia
Onde tudo vira alegria
Recebe e doa fantasia
Amor enfeitado de flores
Coroado e reluzindo cores
A beijar, sonhar e azular
O doce momento de amar

Esmerando-se nos carinhos
Rimando poesia com beijinhos
Vida sonhada, apaixonada e amada
A cintilar a saborosa cumplicidade

Depois de doces lembranças
O coração é verde-esperança
Com o chá erva-doce criança
Enlaçados na doçura da perseverança

Foto de Carmen Lúcia

Passando a limpo...

Ousei ver o que não via...
Ou não queria...
Minha própria realidade
mantida calada...
Atravancada por mim mesma...
Enganada...
Mordaças apertadas pelo meu eu
emudecido pelo medo...
Por tudo que se perdeu
(minha própria identidade).
E que doeu...Ah, como doeu!
Medo de mais experiências,
novas vivências...
Amores mal sucedidos,
mágoas não passadas a limpo...
Que ainda doem...corroem,
por mantê-las escondidas,
reprimidas...
Latentes feridas...
A dor da alma é corrosível,
é invisível, imprevisível...
Não manda recado...
Desaba feito um temporal
sem qualquer razão prevista...
Sem noticiário em jornal
ou coluna em revista...
Mas, calar-se é admitir,
consentir que ela se instale...
Sair da condição de silêncio
é o que vale...
E enfrentá-la, cara a cara...
Fazer de cada experiência
uma lição de vida,
tendo sempre em mente
que o melhor de nós
ainda está em nós mesmos...
Ao munirmos de esperança,
da coragem que mata o medo
que alimenta fantasmas...
Ao darmos vazão aos sonhos,
olharmos para o novo dia,
que ao renascer
nos traz poesia...
Amenizando a dor...
A nos falar de Amor.

(Carmen Lúcia)

Foto de Dirceu Marcelino

SINERGIA DA INSPIRAÇÃO

*
* Inspirado nas poesias Reflexão de Denise e outras subseqüentes de Lu Lena e Joaninha Voa
*

SINERGIA POÉTICA

Eu posso lhes dizer que na poesia
Escrita em flash de inspiração
Acontece essa perda de energia
Mas é o resultado da excitação.

É uma forma especial de sinergia
A refletir encantos da paixão
Que se transformam como em magia
Em influxos do nosso coração.

Expõem-se em formas que extasia
Em alguma forma de composição
Quer seja em verso ou prosa agracia

Versejadores que à sua emanação
Entregam-se de corpo e alma à alegria
De receber essa bela criação.

Foto de Ana Botelho

ARTE ABERTA, ESCLARECIMANTO

ARTE ABERTA, ESCLARECIMENTO
Poetar é mostrar a linguagem da alma e do sentimento
É curar qualquer dor, sem nunca lhe faltar um argumento
É deixar nascer o poeta que existe em você, sem tormento
Porque a poesia inebria, entorpece o corpo e o pensamento
Traz alegria às mentes, depois dança e sobe ao firmamento
Emociona como a prece, cria ondas, é o melhor tratamento
Quando doce, promove a paz com a energia vinda no vento
Se banhada de dor, é rima que soa forte, se rasga, fragmento
Onde está a poesia não há desculpa de ser passatempo
Porque ela carrega em si nostalgia, retrata um sentimento
Nasce da explosão, da agonia, ou de qualquer doce evento
Na música da vida ela é o tom, o tempo e o contratempo
É o nascer do sol e o cair das nuvens, é deslumbramento
Um brincar, um sonhar, eternas palavras, é documento
Se entardece em lilases, ou anoitece em lamentos
Vira memória, para não se esquecer do esquecimento
Ela é a maior fala, o grande protesto, bendito talento
Vira na dor, lenitivo, terapia e quem sabe ungüento
Em abandono, tem o som de corredores de convento
Na festa interior, eterniza tudo, o melhor momento
Será a poesia o nosso mais perfeito invento...
Em meio a tanta vírgula, parágrafo e acento
Que preenchem e emolduram esse monumento
Tratando o coração, conhece o seu sofrimento.

Foto de Carmen Lúcia

Madrugada...

Madrugada fria...
O ar me congela...
Nada me aquece...
Cobertas me guarnecem,
acaloram o meu corpo,
mas de minh’alma se esquecem...

Madrugada vazia...
Os minutos não passam,
as horas se resfriam
e preguiçosamente
empurram os ponteiros
de um relógio cansado,
querendo parar.

Minha solidão aumenta
nessa madrugada fria,
que não quer terminar...
Os cantos do quarto
parecem me olhar...
Desejam me abrigar,
mas, permanecem calados...
Seres inanimados...Coitados(?)

O guarda que apita, lá fora,
que ronda e afronta o passar das horas,
sente o frio na pele, que o impele
a rondar e a vigiar.E o frio na alma?
É o pior que há!
Talvez não o sinta...
Mas, ele está lá...
Me faz ponderar
que não estou só...

Também os anjos da guarda,
apesar da fria madrugada
fazem-me companhia...
Quem sabe me façam poesia!
E a manhã nasça ensolarada...
Clara, iluminando, iluminada...
Fruto da angelical fantasia
De uma madrugada fria e vazia.

Agora minh’alma não mais se arrefece...
Ao crer no amanhã, se aquece e adormece.

(Carmen Lúcia)

Foto de Graciele Gessner

Emoção de Viver! (Graciele_Gessner)

“Uma vida sem poesia, sem alegria, sem inspiração é um verdadeiro tédio de solidão, isolando completamente a emoção...”.

28.09.2007

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

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