Ousei ver o que não via...
Ou não queria...
Minha própria realidade
mantida calada...
Atravancada por mim mesma...
Enganada...
Mordaças apertadas pelo meu eu
emudecido pelo medo...
Por tudo que se perdeu
(minha própria identidade).
E que doeu...Ah, como doeu!
Medo de mais experiências,
novas vivências...
Amores mal sucedidos,
mágoas não passadas a limpo...
Que ainda doem...corroem,
por mantê-las escondidas,
reprimidas...
Latentes feridas...
A dor da alma é corrosível,
é invisível, imprevisível...
Não manda recado...
Desaba feito um temporal
sem qualquer razão prevista...
Sem noticiário em jornal
ou coluna em revista...
Mas, calar-se é admitir,
consentir que ela se instale...
Sair da condição de silêncio
é o que vale...
E enfrentá-la, cara a cara...
Fazer de cada experiência
uma lição de vida,
tendo sempre em mente
que o melhor de nós
ainda está em nós mesmos...
Ao munirmos de esperança,
da coragem que mata o medo
que alimenta fantasmas...
Ao darmos vazão aos sonhos,
olharmos para o novo dia,
que ao renascer
nos traz poesia...
Amenizando a dor...
A nos falar de Amor.
(Carmen Lúcia)
Comentários
Ceci/Carmem Lucia
Lindoooooooo
Vc tem toda razão, muitas vezes colocamos um véu
pra ocultarmos o que não querevemos ver.
Outras vezes retiramos o véu, fazemos uma grande
faxina, retiramos tudo do lugar, abrimos uma porta
imaginária e colocamos tudo do lado de fora, e pouco
são o que retornamos em seus lugares.
Seu poema está lindo, com reais verdades que muitas
vezes fingimos que não vemos.
Beijos
Ceci
Carmem...
Hoje também estou com dor na alma...
por nada e por tudo...
Ah como dói!
beijos...