Enviado por Sonia Delsin em Dom, 27/07/2008 - 13:03
PROVIDENCIADO PELO INFINITO.
Era você que me dizia.
Esta nossa conversa me arrepia.
Falávamos ao nascer do dia.
Existia tanta poesia.
E alegria.
Era magia?
Era nada.
Era encontro.
Era reencontro.
E você não estava pronto.
Agora está, meu amor.
Por fim compreendeu.
Entendeu.
Que o infinito nos aproximou.
Sempre lhe amei.
Você sempre me amou.
Para você eu voltei.
Para mim você voltou.
Não tente tirar meu riso
Muito menos a força
Da minha poesia
Sou feita de sonhos
De verdades
E dons... Nasci poeta
Doa a quem doer
Sou feita de inspiração
Nasci mulher
E não vim pra passar
Eu vim pra ficar...
Não tente me ferir
Tenho a força dos deuses
E do Deus Maior
Eu escrevo o que gosto
Não tenho que te agradar
Aos que gostam um beijo
Aos que não gostam
Nem preciso falar...
E se poesia de amor
Te incomoda
Jamais aprendeu a amar.
Se poesia é doce
Nela quero me lambuzar
E se você que não gosta
Nem preciso falar.
Nem pense em me derrubar.
Enviado por Carmen Lúcia em Sex, 25/07/2008 - 14:23
O vento entoava sua canção;
Às vezes suave...
Balançando as folhas do trigal,
que encenavam lento bailado;
Por outras... rústica,
em ato de rebeldia
fazendo espatifar-se no ar, a poesia...
E as rimas se entrelaçarem pelo lusco-fusco,
chocando-se com as cores do crepúsculo...
E o verde-dourado-trigal, outrora angelical,
mudava seu tom, sua graduação,
transformava-se num camaleão...
Era o entardecer em rebelião...
Negando-se a dar passagem à noite...
Revoltando-se ante a escuridão
ameaçadora, extirpadora da empolgação,
agarrando-se aos últimos lampejos de sol,
tentando inibir a ida do arrebol...
Esquecera-se da luz da lua
que traz o prata... Beleza nua...
Das estrelas cintilantes
que inspiram os amantes...
Da alma que se acalma
e se entrega a essa paz,
quando a noite traz o luar...
E os pisca-piscas a estrelar.
E o trigal, quando anoitece,
cala, emudece...Silenciosa prece...
Exerce seu mais inusitado gesto...
Reverencia o fim do dia
curvando-se até o chão...
Coreografia única, ato final...
E aguarda a manhã,
com sua luz matinal!
Enviado por Sonia Delsin em Qui, 24/07/2008 - 23:32
NOSSO ENCONTRO
Diriam que em nosso encontro não teve nada de excepcional.
Mas teve.
Íamos caminhando.
Em estradas paralelas andando.
E nos esbarramos.
Numa manhã.
O dia mal nascia.
Falamos um pouco de tudo.
Até de poesia.
Até aí tudo normal.
Dois estranhos se conhecendo.
Mas com o passar do tempo estes dois estranhos que éramos fomos nos envolvendo.
Envolvendo.
Um dia nos descobrimos tão íntimos.
E descobrimos mais.
Descobrimos que existe tanta coisa entre nós...
Tesão, carinho, paz.
Preciso de ti como o poeta precisa da poesia
Como o banco precisa de dinheiro
Como o carro que precisa de combustível
Como o meu corpo deseja alimento
Preciso de ti como a noite precisa da lua,
Como o pescador precisa do mar
Como a letra precisa da musica
Como a sede precisa de água.
Preciso de ti como o palhaço precisa de graça
Como o recém nascido precisa de leite
Como o jogador precisa da bola
Como o corpo precisa de sangue.
Preciso de ti, e isso é tudo,
Você satisfaz meus desejos, me completa por inteiro, é
Minha sombra num dia de sol escaldante
Minha fonte de prazer inesgotável
Preciso de ti, porque só em ti encontro
Descanso, abrigo, alimento, amor, prazer e felicidade
Preciso de ti, porque só em você me completo de verdade
Por que só nos seus braços é que sou homem de verdade.
Preciso de ti.................................
Luisa, guerreira do bem!
Luisa, feto em flor!
Lindo botão ainda a desabrochar...
No milagre da vida
Plena... Isenta... Fiel...
Coberta por fios de mel
Derramados lá do céu!
Aguardando no aconchego do útero,
Aquecido com tanto amor,
O sublime momento da dor
Do nascimento...
Milagre de Deus Criador!
A este mundo vem para trazer alegria
E inspirar minha poesia!
Sopro suave de vento,
Eterno momento!
Traço de união...
Luz na escuridão!
Já te vejo linda criança...
Sinto seu cheiro... Doce fragrância...
E te aguardo iluminada...
Pronta para nova caminhada
Sem sinalização... Sem setas...
Eu e minha primeira neta!
Meu grito de alerta!
Luisa, você é o sal,
Que já deu sabor a minha vida
E o açúcar que já cicatrizou
Minhas feridas!
Você é o meu mais lindo momento!
Você é meu novo tempo!
Fermento de amor!
Silenciosa flor!
Te aguardo, presa ao meu sonho,
Sentada numa curva do tempo!
Não sou bela nem feia
Sou mulher. Vivo entre sonhos
e emoções, sei o que busco,
amor e poesia, vida
e magia...
Não sou triste,
apenas sinto saudades.
Sou atrevida com a vida,
A quero inteira. Sou mulher,
não frágil, apenas delicada.
Tenho fé. Não aceito
Porta entreaberta
Nem sorrir metades.