O nosso amor não tem rimas.
Um dia brigamos, outro rimos.
Uma vez amamos outra nem falamos.
O nosso amor não tem regras.
Às vezes queremos estar juntos
outras quando um quer o outro nega.
O nosso amor não tem nexo.
Inclusive esse termo tem um "x"
que dá um sentido sonoro e enfático.
É assim o nosso amor, enfático
como o "x" do nexo, que sempre desprezamos.
O nosso amor é legítimo mas roubado
de quem agora luta para recuperá-lo
uma vez que o desprezou por não aceitar
uma maneira diferente de amar.
O nosso amor não tem rimas.
Não queremos métricas nas poesias
nem que seja um simples poetrix, e lá vem o "x"
que lembra, de novo, o nexo que sempre desprezamos.
O nosso amor não tem pressa.
Prás bufas com o tempo...
Não queremos relógios e nem contra-tempos,
mas lembrei que não posso rimar
pois o nosso amor prá isso não dá tempo.
O nosso amor não tem nexo
mesmo que seja prá vitrine
para os outros apreciarem...
Que se dane o "x" enfático desta rima
querendo vir do nexo que sempre desprezamos.
A métrica do nosso amor
não vem da poesia, que não tem nexo,
e muito menos da vida de ponta-cabeça,
que queremos, quando se tratar de amar, pelo menos.
O nosso amor não tem rimas e nem melodias.
Ah, prá descontar às vezes levo um blues de dia
no sax dengoso com som meio que melodioso,
mas sempre abusando das comas
prá lembrar que é assim o nosso amor...
sem nexo, rima, sem métrica, mas com manha.
Ih, quase rimei a nossa vida
pois na estrada dos outros,
pé lá e pé cá, temos que pular
para não ficarmos quadradinhos
parecendo patricinhas e mauricinhos.
O nosso amor não tem rimas e nem piadas
prá fazer rir quando estamos nos tapas
ou quando estamos sem mesadas.
O nosso amor tem algo mais profundo
que faz as nossas vidas fundirem-se no nosso mundo.
Vejam como não tem nexo o que falamos.
Juramos nossa poesia não rimar,
mas quando se trata de amar..
haja esforço para nessa armadilha
não cair e nem tropeçar.
OBS.: Agradeço às Amigas Poetisas LU LENA, por fornecer algumas das imagens e SEMPRE-VIVA pela músicas.
POESIA: CREPÚSCULO DOS ANJOS NEGROS E AZUIS - 1ª parte
A noite cai e mostra teu vulto suave a caminhar sob os últimos raios de sol.
Leve brisa farfalha as folhas dos coqueirais do teu reino à beira do mar.
E tu caminhas devagar, a sonhar, a imaginar o teu amor que ali poderia estar
A te beijar, a sussurrar em teu ouvido todos os tempos e modos do verbo amar.
À tua frente vedes a imensidão do mar, este imenso oceano que te fascina,
Imensidão de águas que agora suavemente lançam na areia sob teus pés o frescor
Da mesma onda que noutro instante te elevou num vai e vem de ardor
E mostrou a tua frente imagem sorrateira do espectro que representa tua sina.
Espectro esvoaçante que te atinge com o lume estelar de muitos anos passados,
Vibrando por ter te encontrado e que suave e levemente te acaricia,
Com o sopro das próprias águas do mar, que molham seus pés e em tuas pernas respingam,
Atingem tuas coxas e se tornam em espécies de mariposas que te aquecem em fogo lento,
A te acender ardentemente atingindo o teu antro, tua alma e o teu coração,
Fazendo a vibrar de emoção em contínua e desejosa excitação de amor,
Que são as chamas ardentes de um fogo eterno que te vêm buscar da imensidão
Do tempo onde sempre e sempre esteve a te espreitar e aguardando momento
De se achegar de ti Anjo meigo que voluptuosamente se transforma em ardoroso
E fogoso Anjo Azul que sob a luz do luar prateado mostra os contornos da mulher
Sedutora e atraente que ao sorrir dentre os dentes sussurra cantos de amor,
Cantos de uma sereia que se transforma em uma diva, uma diva encantadora,
Com lábios carnudos e sensuais que atraem com o brilho ofuscante dos olhos verdes
A cintilar como duas estrelas sob a escuridão da noite e atraem o espectro milenar,
Transformando-o em homem que te abraça, te enlaça e te beija e faz-te suspirar...
Ato transcendente que sentes em todo teu corpo que vibra e tua rosa desabrocha
E atrai o lume quente que te toca e te faz ferver, enquanto os lábios trocam o mel,
Dos sulcos hormonais que soltam dos corpos de ambos e são tragados pelas línguas
A se beijar em ardoroso e delicioso coquetel de amor e os leva para o fundo do antro
Da Mulher, da fêmea que saboreia as delícias do corpo do macho que agora a têm
E se deixa beijar nas partes mais pudicas, sente a língua e o arfar respiratório,
Da alma ora vivente que te sente em cada poro que se abre para receber o ar,
Ar quente que sai do fundo da alma como o vapor efervescente do vulcão
Aceso cujas lavas incandescentes se deliciam a beijar os teus seios os teus montes,
Lábios que deslizam por teus vales, entre as colunas de alabastro que em pares
Protegem o teu maior tesouro, o fruto mais delicioso, que ora vejo sob cintilantes
Lampejos de meus olhos que resplandecem no brilho dos teus olhos que me atraem
Novamente, e faz com que percorra todo teu corpo beijando-a e acariciando
Levando-me até os teus seios, cujos mamilos pululam e vibram a espera da boca
Desejosa que os sugam um a um, enquanto as mãos percorrem tuas coxas macias
Branquíssimas e reluzentes agora sob a luz do luar prateado que aparece a lustrar
O ato final que se selará com o eterno beijo em tua boca e com a introdução do lume
Milenar em tua flor encantada que está há muito a desabrochar, cheia e voluptuosa
Pronta para receber as lavas do vulcão que eclode em contínua erupção, lançando
As lavas aquecidas que se transforma no néctar, na seiva, preciosa da vida e do amor.
A saudade esfria o meu coração
triste como é o sabor da solidão.
Como é amarga a saudade de você
que faz o meu coração gelado tremer.
Meus pés congelaram ontem,
zero grau subiu ao coração já frio,
meus olhos tinham preguiça de chorar.
As luvas pretas de algodão
tentavam barrar, em vão, as correntes geladas
que irrompiam nas minhas mãos.
Graças ao bom Deus congelar não permitiu
pois, para aquecer, eu esfregava
os meus pensamentos aos seus.
Logo estarei no fim da barra de chocolate
aí quero deixar o gostinho amargo bem guardado
prá beijar os seus doces lábios melados
e esquentar de vêz o meu coração gelado.
Quisera poder mexer no tempo
e fazer uma máquina de nuvens quentes
prá levar-me até você.
Tentarei hoje à noite
quando os meus olhos em sono profundo cerrarem-se.
Ah, mas não é assim, os devaneios da madrugada
não seguem as ordens de nosso coração
por mais vontade e saudades
que tenhamos de nosso amor.
Mas eu descobri um jeito de ficar perto de ti
por mais longe que estejas, farei poesias brancas,
coloridas, altas, baixas, cheias, vazias, alegres e tristes...
Os versos da poesia acariciam a minh'alma
como se as suas suaves mãos
cá estivessem ninando o meu coração.
Enviado por CarmenCecilia em Sáb, 05/07/2008 - 15:13
FELIZ ANIVERSÁRIO SALOMÉ KASSANDRA!
POEMA DUO
SALOMÉ & HILDEBRANDO MENEZES
EDIÇÃO E ARTE EM VÍDEO
CARMEN CECILIA
MÚSICA
IMORTELLE ( LARA FABIAN)
Jardim do éden
O mais belo sol raiando no horizonte
Nos chama para apreciar estonteantes
A sua luz alucinante sobre essa imensidão
Que tanto nos comove diante da escuridão
As arvores estão sussurrando entre si
Palavras como seiva maviosa e mágica
Inocência embriagante nessa amplidão
Que tanto nos sufocou diante da solidão
Amanhecer da nossa própria ausência
A constatar o poço profundo da carência
O sol brilhando... As flores desabrochando
É a força da natureza explodindo... Fluindo
Os passarinhos em canto... Oh! Doce melodia
Que enternece numa prece de paz e harmonia
É o sopro da brisa, leve em sua ofegante carícia
Aquece a face... Bafejando toques... Das delícias
Mais delirante... Mais suave que qualquer verso...
Rabiscado meio vagaroso ao encontro do universo
Jardins de encantos, em ti a nos inspirar sem fim
Para encontrar, compor e versar nossos amores
Nossos pés acariciando a relva, pura delícia...
Que umedece a secura agreste que angustia
Fechamos os olhos em pleno êxtase... Livres
Alçando em poemas o nosso vôo leve e solto
Dois corpos... Somente um em cada elemento.
Na combustão serena e química impulsionando
A natureza sussurrando sua mais bela poesia
Como a nos unir a ela na fantasia que extasia
Enfeitiçando cada fibra do nosso ser, sem igual
Diante do fascínio a que somos tomados
Livres, de tudo... Nus... Emoções à flor da pele...
Vindas à nossa direção e que não se repele
Respiram toda a beleza... Da essência imortal
Eternizada pelas jornadas agora reencontradas
Sentimo-nos possuídos com intensa leveza
A mesma plantada pela semente das certezas
Somos o ar... Somos a brisa... Somos o pecado carnal
Que concebeu da sensualidade... a nossa própria vida
Nesse éden perdido... Nesse paraíso reencontrado...
*
* Esta poesia é resposta a poesias suaves como melodias que aqui tenho lido e que me fazem sonhar
*
Acordo outra vez neste frio amanhecer
Pensando em ti e vou ler a tua poesia.
Sonhei com ela desde meu adormecer
Eis que ela é a pura arte que me extasia.
Versos sensuais que alegram o meu viver.
Agora eles soam como melodia,
Fazem-me sentir a força e o renascer
Da energia e alegria neste novo dia.
Senti as sensações do que estais a escrever.
Vários ais eu dei e como tu eu sentia
O teu corpo junto ao meu a enternecer
Meu coração que suave irrigaria,
Todo meu corpo e faria intumescer
Meu membro com o qual te satisfaria.
O beija flor que saiu do ninho
Já não tem forças para retornar,
Tão pequeno, tão franzino,
Chora por estar sozinho,
Querendo reaprender a voar...
Dos seus sonhos de menino,
De menino passarinho,
Sobrou a saudade
Que hora me invade
Querendo ouvi-lo cantar.
Poesias eram suas asas,
Hoje da chuva tão molhadas
A fizeram mui pesadas
Já não o trazem em revoadas
Para do mel do amor saborear.
Foram as chuvas de lágrimas,
Derramadas pela estrada da vida,
Que fizeram seus versos secar.
Vôo ao teu encontro,
Carregando nas mãos uma rosa
Em forma de versos, ESSA PROSA!
Para te alimentar.
Dar-lhe-ei também um ramalhete
E muitas pétalas de enfeites
Para suas asas secar.
Assim, volte beija-flor,
Recite seu amor,
Para essa Flor alegrar...
Eu quero mais que uma palavra
Quero gestos sinceros
Quero olhar nos olhos...
Eu quero mais que uma poesia
Quero amizade verdadeira
Seja noite, ou seja, dia...
Eu quero gente que venha sempre
Quando menos achar que eu preciso
Não quero gente que apenas peça
Mas gente que também agradeça
Não quero gente que sorria
Quando eu estiver sorrindo
Isso é fácil!!!
Quero gente que chore
Quando eu estiver chorando.
Não quero gente que não diz o que pensa
Só pra não magoar...
Verdades doem menos que frases falsas.
Não quero gente que venha pra ter números...
Mas gente que venha por de fato
Me querer bem.
*
* Eu pretendia metrificar este singelo soneto, mas desiste, pois perderia o impulso da minha inspiração que foi feita num flash, ao responder os comentários iniciais de três amigas poetisas, pois naquele instante minha vontade era homenagear a todas:
Ah! Alegria e quanta felicidade
Trazem três grandes expressões
Da poesia representadas por beldades
Como vocês, verdadeiras canções...
Vivas da nobre arte da criatividade
Musas que nos causam inspirações
Dest'arte que em vós têm a representatividade
Destas co-irmãs das duas grandes nações
Como é bom deixar a mão da fraternidade
Estendida pela manhã e emanações
Iguais receber no entardecer da amizade
Fazendo-nos crer que seus corações
Com certeza em quaisquer idades
Estarão aí a nos encher de emoções
Ó Belas Musas Brasileiras e Portuguesas.
Agradecemos por falares a nossa amada língua portuguesa
Obrigado ( O três pode ser aumentado, para quatro, cinco, pois dedico a todas as poetisas, ora representadas nas pessoas de vocês que neste instante me alegram com seus comentários)
A mais linda poesia de amor,sou eu.
Poesia,é aquilo que desperta o sentimento mais belo
Ela está em mim ,faz parte de mim
Me disfarço em poesia,pois ela posso existir.
Traduzo minhas emoções em palavras
Amargo a dor da partida
Meus desejos ardentes ganham sabor
Meus sentimentos de amor ganham vida
Finjo sentir a dor,que se encontra dentro de mim
Posso voar por todos os ares
E ficar bem perto de ti
Heroína ou mocinha
Posso até escolher ser
Me aventurar por caminhos perdidos
E nos braços do meu amor me perder
Posso sentir a brisa bailar em meu rosto
Banhar-me no mar de dor que me consome
Sentir no beijo o teu gosto
E escrever em poesia o teu nome
E quando todas as palavras,já forem ditas
Quando tudo já fora escrito
Só resta-me dela embriagar-me mais uma vez
Pois é na poesia que eu existo!