Pálpebras

Foto de Izaura N. Soares

Vestindo o Amor...

Vestindo o Amor...
Izaura N. Soares

Hoje eu quis abraçar o Sol,
Mas ele se recusou fugindo de mim.
Preferiu abraçar uma nuvem escura
Que do alto derramou lágrimas sobre mim.
Hoje eu queria abraçar-te...
Mas estás tão longe que essa distância fez-te
Esquecer da minha existência.
Nunca pensei que fosse amargar
Uma despedida tão dolorida
Que me deixou tão triste e muito sentida.
A não ser abandonar-te e sair sem destino.
Tentei encontrar-me novamente em outro mundo
Que não fosse o seu,
Onde só me perdi de tanto amor.
Tentei novamente, mas dessa vez abraçar a chuva,
Mas ela escorregou-se pelos os meus dedos e ao
Ver-te chegar, pensei em voltar para trás, mas algo
Prendeu-me nesse lugar.
Meus pés ficaram presos sem comando...
Sem vontade de caminhar.
Hoje eu quis dominar o espaço, dominar seu mundo,
Mas fui dominada por um êxtase que me deixou
Quase sem fôlego. Tentava respirar...
Mas não conseguia porque tudo estava impregnado
Com seu jeito, seu perfume, seu sorriso, com seu olhar.
Imaginei seu corpo se aproximando do meu,
Sua pele quente fazendo minhas mãos escorregarem
Procurando uma curvinha onde eu pudesse parar e
Sentir o calor do seu amor!
E nesse delírio, dispo o meu corpo e visto o meu amor
Com pele de seda juntando-se com as pétalas de rosas
Que transformou em um botão em flor onde tudo
Começou, onde nasceu o nosso amor.
Vesti o amor com meu carinho, dei-lhe água na minha
Concha de desejos e sentir meu coração bater tão forte
Que ao deslizar-me por entre o seu corpo minhas pálpebras
Delataram de tanto prazer.
Olhei fixamente para você sentir um ar de sedução, e ao
Mesmo tempo de uma fragilidade pedindo-me proteção.
Diante de tanta paixão, como posso te esquecer...
E como posso ignorar a sua existência?

Foto de Dirceu Marcelino

VÍDEO-POEMA: MIRAGEM DE AMOR II ( LU LENA & DIRCEU )

MIRAGEM DE AMOR

Busquei por um oásis dentro do deserto
na secura de minh'alma a sede do amor
buscava-te na obscuridade do céu aberto
pegadas na areia tórrida sangravam de dor

caminhei... nessa vida malfadada e cruel
atrás de tua imagem eu perambulava
Açoites do vento assoviando no breu
minha busca em ti que se fragmentava...

vi holocaustos, alucinações nesse martírio
dentro de mim sonhos perdidos na escuridão
dormência... paz... acalento... e o abrigo...

pálpebras fecham-se cansadas nesse desvario
teu nome, num sopro eu desenho na imensidão
nessa miragem, meu corpo no tremor de tua mão.

OÁSIS DE AMOR

Não sei por que tremem as minhas mãos?
São elas conchas d’água que levo à amiga,
Num lapso do tempo de escuridão
Em que encosta-se ao meu ombro e se abriga

Desse vento que vem da imensidão
Infinita e ora com areia fustiga
Teu corpo e provoca alucinação
E assim não sabes se o que imagina

É real ou apenas sonho de paixão,
Eis que neste momento de fadiga
Afloram-lhe à mente a recordação,

Dum passado remoto que religa
O âmago de tua alma ao coração
E então vês a miragem que te intriga.

(Dirceu Marcelino )

Foto de Adair Barbieri

desejo de ser em ti

No silêncio de ser noite adormeci.
Cerrei os olhos às pálpebras de claridade,
abri as mãos,
amplas, alvas …plenas,
na busca de insígnias desditosas de verdade,
e o silêncio ecoou,
em perdas e danos, acordado vasto,
casto, dentro de mim.

… e tudo foram rios, lagoas e líquidos lagos,
Oceanos abstractos, recobertos em crocodilos,
jacarés de silvados,
… e tudo foram sombras, brumas,
neblinas profusas nos gestos indizíveis,
no escoar-se d’artérias repletas
de penas apostas ao esconsos dos temas,
no tão só e no apenas,
desejo de ser em ti, poema.
Mel de Carvalho

Foto de Lu Lena

MIRAGEM DE AMOR

*
*
*

Busquei por um oásis dentro do deserto
na secura de minh'alma a sede do amor
buscava-te na obscuridade do céu aberto
pegadas na areia tórrida sangravam de dor

caminhei... nessa vida malfadada e cruel
atrás de tua imagem eu perambulava
Açoites do vento assoviando no breu
minha busca em ti que se fragmentava...

vi holocaustos, alucinações nesse martírio
dentro de mim sonhos perdidos na escuridão
dormência... paz... acalento... e o abrigo...

pálpebras fecham-se cansadas nesse desvario
teu nome, num sopro eu desenho na imensidão
nessa miragem, meu corpo no tremor de tua mão.

Foto de Lu Lena

UM GRITO NA ESCURIDÃO

Meu grito ensurdecedor
Abafado e ganido...
Minhas lágrimas doridas
Trancafiadas na garganta
Secas espremidas num
Coração corroído...
Sem forças e aflita
Rastejo-me...
Na lama fétida e fria
Meu corpo enfraquecido
Lentamente sinto...
As pálpebras que fecham
Pergunto a mim mesma,
Morri será?
Ou apenas mais um pesadelo
Interminável, na tentativa
Estúpida e inócua que irei
Encontrar-te nessa vida?
Estou cansada, novamente
Entrego-me a mercê dos seres
Que zombam de minha dor...
Impossível nesse lamaçal
Encontrar você meu amor...
Olho para meu corpo e não
O reconheço...
Dou voltas num poço fétido
Imenso...
Sim, a luz eu vejo o clarão
Teu rosto disforme vejo
Na imensidão...
Nesse devaneio por alguns
Instantes seguro tua mão...
Imploro-te!
Tire-me desse vão...
Que você me colocou sem
Dó e perdão...
Mate-me de vez
Então...
Para que meu grito
Ecoe na escuridão...

Foto de Margusta

Unos

Um dia conheci " Maresia" num dos meus passeios matinais pela praia. Era um mulher de olhar triste e sofrido. Nem o sorriso que parecia habitar nos seus lábios, conseguia disfarçar, o que a alma traiçoeiramente lhe espelhava no olhar.Com o passar do tempo ficamos amigas e uma certa manhã escutei da sua boca uma estranha, incrível, mas belíssima história de amor e paixão...
Como a história termina, foi por mim imaginado. Já que a única coisa que sei, é que " Maresia" partiu numa linda manhã de sol. Pelo que me contaram no seu rosto transparecia a felecidade...
Chorei quando soube que " Maresia" tinha partido...sinto a falta dela quando vagueio pela praia ao amanhecer...

“Unos”

Descerrou as pálpebras. O sol já entrava pela janela do quarto. Sentou-se na cama com dificuldade, e compôs os cabelos alvos como a neve. O rosto pálido mantinha ainda os traços da beleza que tivera na juventude. Sorriu. Depois de trinta anos tinha sonhado com ele. Existiria história de amor como a que tinham vivido?...Talvez não!...Como se tinham cruzado as suas vidas ?...Nem eles o sabiam explicar. O “Sol” e a “Maresia” assim se chamavam carinhosamente um ao outro.

- Somos unos...uma alma em dois corpos, separados pela vida e pela distancia. – costumava ele dizer .Viviam um amor etéreo. Os contactos que mantinham eram diários , quer por telefone, cartas ou ainda pelos poderes sensoriais de que eram dotados, ele mais do que ela. Uma coisa eles sabiam, só lhes era permitido encontrarem-se uma única vez nesta vida. Depois o contacto seria suspenso. Preço demasiado alto a pagar. Embora o desejassem muito, conseguiram adiar o encontro por onze anos. Até que um dia o inevitável aconteceu. Finalmente foram unos de corpo e alma . Ah...como foram unos!...Os seus corpos explodiram em ondas de prazer durante horas , culminando em orgasmos cósmicos...
.....Depois desse dia “Maresia” nunca mais foi a mesma, e do “ Sol” não mais chegaram notícias .

Ao recordar tudo isto uma lágrima rolou-lhe pelo rosto levemente enrugado e veio aconchegar-se nos lábios ainda rosados. Um raio de sol ainda mais luminoso incidiu sobre a sua mão direita. E foi então que ouviu aquela voz inesquecível.
- Maresia...Maresia...sou eu minha querida. Vim para te levar comigo!
- Sol...finalmente!
Se a felicidade tivesse rosto, por certo estava espelhada no dela naquele momento. Fechou os olhos e adormeceu. Desta vez para sempre....

@Margusta

*Direitos de autor do texto reservados*

Foto de Sonia Delsin

RISCO O ESPELHO

RISCO O ESPELHO

Retoco o batom.
Um sorriso.
Nas pálpebras um tom.
De marrom.
Corro a unha no espelho.
Corro.
Da imagem refletida.
Se bem que é tão bonita.

Foto de carlos alberto soares

SORRIA

TENTE SORRIR TODA VEZ QUE O SOL BATER NA SUA JANELA,
QUANDO ACORDAR OLHE EM UM ESPELHO E SORRIA.
SORRIA MESMO QUE TUDO PAREÇA DIFÍCIL,
É FÁCIL SE VOCÊ TENTAR.

ABRACE UM AMIGO QUANDO ESTIVER CONTAGIANDO ALEGRIA
E O CONTAGIE DE FELICIDADE.
QUANDO ESTIVER TRISTE, BUSQUE UM AMIGO
E SE ENVAIDESSA COM O CONFORTO DE SUA PALAVRA.

LEMBRE-SE DE QUE MESMO QUE AS COISAS PAREÇAM
PROFUNDAMENTE DIFÍCEIS SEMPRE HAVERÁ A MEIGUICE
DE UM ROSTO NOS SEUS PENSAMENTOS.

NUNCA ABANDONE SEU SORRISO
E MESMO QUE UMA LÁGRIMA ULTRAPASSE SUAS PÁLPEBRAS
E ESCORRA POR SEU ROSTO, TRANSFIGURE-A NUM SORRISO,
ELA SE TORNARÁ UM LÁGRIMA FELIZ,
SENTIRÁ VERGONHA DE PASSAR POR UM ROSTO
QUE INSPIRA FELICIDADE E CARINHO.

NÃO SE DESESPERE JAMAIS,
QUANDO PASSAR POR MOMENTOS DIFÍCEIS,
POIS; ALGUÉM SEMPRE ESTARÁ A SEU LADO,
ALGUÉM SEMPRE TERÁ UM SORRISO PARA TE CONFORTAR.

POR ISSO, DÊ UM SORRISO PARA A VIDA,
DÊ UM SORRISO PARA MIM,
MAS SEMPRE DÊ UM SORRISO PARA SI MESMO.

Foto de Cecília Santos

CAEM LÁGRIMAS...

CAEM LÁGRIMAS...
*
*
*
Se falo de ti, falo de saudades.
Não tem como pensar em ti, sem sentir saudades.
Não tem como olhar seu retrato, sem chorar de saudades.
Meu coração se tornou, um livro repleto de lindas figuras.
São imagens de ti, que nele trago gravado.
Cada página folheada tem uma história de saudade.
Cada letra escrita, contém uma palavra de saudade.
Não posso viver com meu coração sempre fechado.
E quando o abro, caem lágrimas de saudades.
Rompem-se em mim sonhos tão distantes.
Me fragilizam, me atemorizam.
Será imaginário ou real!
Vejo a rosa adormecida em seu galho.
A noite abraçando o mundo.
Leve brisa passando uma à uma, as folhas do
meu livro coração.
Passa um vento gelado, roçando-me a face.
Fecho os olhos, imagino, peço, e espero.
Que minhas pálpebras inventam e tragam pra mim.
Outros sonhos, outros desejos.
Outras imagens de ti.
Que não me causam tanta dor e tantas saudades...

Direitos reservados*
Cecília-SP/07/2008*

PS/ Pra minha filha Fernanda*

*repostado p/retirada do Slade*

Foto de Galeao

porque tão bela?

De repente, ela sentou-se no banco ao lado daquele onde eu estava.
Uma mulher comum, iguais a tantas outras que passam despercebidas, mas, que trazia em si, algo que despertava a atenção fazendo com que, esquecendo sobre tudo o que pensava, passasse a observá-la como se ali estivesse apenas à sua espera para admirá-la.

Não, não era uma mulher bonita ao ponto de chamar a atenção por sua beleza. Tampouco seu corpo enquadrava-se nos padrões estéticos atuais os quais, para alcançá-los, a maioria das mulheres não medem esforços ou tempo mesmo revelando estes padrões uma beleza artificial. Era simplesmente uma mulher comum.

Sua roupa? Não, sua roupa era discreta, como discretas foram um dia todas as vestimentas femininas. Usava um vestido preto, deixando apenas um pedaço dos seus ombros à mostra, com o cumprimento a um palmo acima do joelho, mas que exigia da mesma, ao sentar-se,
uma discrição tão pouco observada nos dias atuais.

Talvez sua maquiagem, excessiva? Não, não era, pois sua maquiagem discreta, assim como ela, resumia-se a um batom que destacava seus lábios e, um leve colorido destacando seu rosto. Em seus olhos, uma cor suave se fazia notar em suas pálpebras.
Seus cabelos, compridos, eram naturais o que os deixava mais bonitos.

Não, conseguia descobrir o que, naquela mulher, tanto me chamava atenção.
Não me lembrava ela qualquer tipo de fruta ou carne e tampouco
o seu corpo, ressaltava aquilo que dizem ser a beleza, o diferencial da mulher brasileira, ou seja, suas nádegas.

De repente, com certeza por ter notado o quanto a olhava, ela, discretamente, olhou-me, cumprimentou-me e, me dirigindo um sorriso, levantou-se e seguiu o seu caminho.
Neste momento consegui descobrir o que tanto me despertou a atenção,
e que estava ali, o tempo todo a saltar diante dos meus olhos,
ela simplesmente era feminina. Sua beleza estava no simples fato de ser Mulher. (Ari Galeão)

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