Pálpebras

Foto de von buchman

Envelheço , mas não deixo de te AMAR . . .

Estou envelhecendo.
Pois cada dia estou mais
Intransigente,impaciente
Um chato até no pensar...

Meu corpo já não é o mesmo
Minha pele enrugada
Mostra anos de lutas e batalhar.

No espelho ao olhar
Vejo que os anos passaram
E nem pude notar
Mas meu coração continua a te amar...

Pálpebras caídas
Mãos não tão firmes até num apertar
Passos lentos
Bem devagar
Custo a entender este meu transformar.

Estou cada dia mais velho
Mas agüento te esperar
És minha fonte de vida
E meu eterno amar.

Anos te espero
E a idade vai a galopar
Não sei se terei as condições
De muito te aguardar.

Só sei de uma coisa que é certa!
Meu amor por ti nunca vai mudar
Podem passar décadas
Mas esta paixão nunca vai se acabar.

Posso até não mais andar
Mas o que sempre sentirei
É o meu eterno amor por ti
Que nunca vai te abandonar ...

Tenhas meu Carinho e o meu Eterno Admirar !
Beijos e Mimos de Paixão . . .

Foto de Cecília Santos

VENTO QUE SOPRA

VENTO QUE SOPRA
:
:
:
No vento que sopra
Vai o meu pensamento.
Voando mansamente
Como uma nuvem... vai.
Buscando longe, muito longe
Ecos do meus ais... vão.
Encontro acenos de despedidas.
Que dentro do meu coração
Escondido... estão.
Na distância do tempo
Procuro encontrar.
Fragmentos de mim mesma
Que por certo sobrevivem.
Mas longe, muito longe
Talvez além do mar,
Das areias brancas...estão.
Dançantes espumas
Alvissareiras lembranças.
Que num arroubo de
Saudades... vem
Vem... mansamente vem
Beija-me a face, desperta-me.
Abre-me as pálpebras... abre
Mostra-me a rota do meu
Pensamento.
E no vento que sopra
Indo e vindo, mostra-me
Onde me perdi de ti.
Por favor me mostra...!

Direitos reservados*
Cecília-SP/04/2008*

Foto de Lu Lena

SAUDADE

Meu corpo inerte trava um sono insistente
meus olhos já cansados lutam em manter-se
abertos querendo manter viva tua imagem
em minha memória enfraquecida

apenas fragmentos insanos de uma miragem
sinto minhas pálpebras que teimam em
fechar cobertos pelo peso das lágrimas
que insistem em cair sem medo

são gotas densas em devaneios que delas tento fugir
em meus olhos molhados sinto toda a ardência
o calor febril de meu corpo que nesse instante
sente e clama tua ausência

tento achar uma explicação plausível
dessa paixão que parecia ser eterna lírica
estou fatigada e como numa batalha
sinto em meu peito a dor aguda

estática fico muda.
nesse silêncio mortal
ultrapasso mares montanhas e céus
desse amor que me corrompeu

desde o dia que em meu corpo no teu se perdeu
fecho meus olhos num sono profundo
aonde esqueço que faço parte desse mundo
adormeço a saudade de ti nesse momento.

Foto de Lou Poulit

A MONTANHA E O PINTASSILGO (CONTO)

A MONTANHA E O PINTASSILGO
(Parte 5)

A novamente recolhida em si, a montanha não se conformava. Como podia ser aquilo? Um pintassilgo tão lépido e inteligente tinha obrigação de encontrar a saída providencial. Será que a velhice roubara a sua visão? Claro que não, para outras coisas não! Medo de vento ele sempre tivera, mas ante a possibilidade fortuita de recuperar a sua sagrada liberdade, não poderia titubear em optar pelo vento que, diga-se de passagem, não seria mais perigoso fora do que dentro da gaiola, onde já havia entrado. Não, tinha que haver uma outra razão plausível.

De repente, ela se recordou de um detalhe que lhe pareceu importante: durante o imenso minuto em que tudo aconteceu, em nenhum momento o pintassilgo lhe dirigiu sequer um único pensamento. Foi como se ele não ouvisse os seus apelos agoniados, para que fugisse pela portinhola entreaberta, antes que fosse tarde demais. Por que tal comportamento? Será que não mais considerava valiosa a especial e já manifestada amizade de uma montanha? Ora, não havia dado a ele nenhum motivo para tamanho desprezo, muito pelo contrário.

Sua indignação contudo ainda se transformaria em perplexidade: algum tempo depois a montanha foi arrebatada das suas reflexões pelo canto, agora de fato inconfundível, do seu pintassilgo. Lá estava ele novamente. A gaiola fora reposta no mesmo arvoredo, reabastecida de sementes e água, parecendo que nada havia acontecido ao passarinho. Até se poderia deduzir que estava mais feliz do que antes da ventania. Coisa mais absurda ― disse ela a si mesma. Porém, era evidente, nenhum pintassilgo deprimido poderia cantar tanto nem com tamanho virtuosismo, nem dar cambalhotas no ar e fazer outras piruetas. Até um banhinho ele tomava. Sucinto, como são os banhos dos passarinhos, que não têm muita intimidade com líquidos e nem muito o que lavar. Mas bem diante dos arregalados olhares da montanha, o bichinho espirrava água para todos os lados, enquanto, literalmente, mostrava ser também um entusiasmado cantor de banheiro.

Quando a tarde já se preparava para anunciar a sua partida, uma cena insólita mais uma vez surpreendeu a montanha. Vieram os dois caçadores na direção do arvoredo. O velho, ensimesmado, apertando as pálpebras como que por impaciência, não respondia uma só palavra, ao passo que o jovem, mostrava-se inconformado. Alguma coisa o levava a gesticular muito e a despejar no vento repetidos argumentos, tão atropelados que era difícil entender o mínimo. Até mesmo interpor-se no caminho do outro o jovem tentou, inutilmente. Para espanto até do pintassilgo, não apenas o caçador mais velho retirou a gaiola do galho em que estava pendurada, como ainda meteu a mão pela portinhola, apanhou o bicho apavorado entre os dedos, grosseiros mas cuidadosos, e em seguida simplesmente abriu a mão e esperou que ele voasse. O passarinho atônito demorou a entender, porém depois de poucos e longos segundos, mais assustado do que feliz, lançou-se no vazio, seu natural quase esquecido pelos anos de cativeiro. Com um sorriso contido no rosto também marcado pelo tempo, o homem ficou olhando onde ele pousaria. Por seu lado, aborrecido, o jovem virou-lhe as costas e com as mãos na cabeça, numa expressão de perda, foi-se embora a passos duros na direção do vale.

O pintassilgo não chegou muito longe em seu primeiro vôo. Não mais reconhecia a liberdade, suas possibilidades e perigos. Logo percebeu que praticamente nada estava tão perto e disponível, e que necessário se fazia agora dosar o esforço de se deslocar. A satisfação das necessidades dependeria de ser capaz de reconhecer seus limites. E aí estava uma coisa que não lhe parecera importante durante muito tempo: teria que olhar para dentro de si, em vez de conhecer, por dentro, apenas a gaiola. Mas a prática de todas essas coisas teria que ficar para o dia seguinte, pois já estava completamente escuro. A noite, fora da gaiola, era terrivelmente assustadora, até porque, embora estivesse acomodado em um lugar bem seguro contra predadores, ele não sabia disso. Perdera as referências para avaliar a sua segurança e, desse modo, tudo parecia potencialmente perigoso. Os múltiplos sons da noite, assim mais se assemelhavam a uma sinfonia macabra. Fora das paredes da casa do velho caçador, o mundo se tornara quase desconhecido. Não havia mais o acolhedor teto de sapê seco. Não havia ali, na verdade, nenhum teto e o sereno já se mostrava ameaçador. Em compensação não havia nenhuma ventania (Céus! Uma ventania no meio dessa escuridão seria morte certa e dolorosa!), contudo a aragem natural e constante da noite, resultante do resfriamento, tornava difícil manter uma camada de ar, aquecido pela temperatura do corpo, entre as penas e a pele delicada. Apesar de ser pessoa de intelecto muito simples, o caçador sabia que os passarinhos dependem disso para sobreviver e tivera sempre o cuidado de manter a gaiola em algum lugar bem protegido.

Porém, todas essas perdas decorrentes do cativeiro prolongado pareciam secundárias, do ponto de vista de alguém que não poderia caber em gaiola nenhuma. A montanha passara as últimas e desesperadas horas tentando se comunicar com o pintassilgo. E assim foi, ainda por outras horas. Era alta madrugada, ela resolveu que devia armar-se de mais paciência. Decepcionada, viu afinal que as tais perdas tinham uma magnitude bem maior. O seu velho amigo passarinho perdera grande parte da percepção do seu meio natural e exterior, porém, perdera também parte da percepção interior. Que triste era isso.

(Segue)

Foto de Fernanda Queiroz

Lágrimas

Lágrimas

Suave e calma,
descem pelo meu rosto,
acalenta o tormento.
Deixe-se cair,
é este o momento.
Onde a dor impera
o que o tempo não supera.
Perguntas sem respostas,
ou respostas cortantes,
Que viva o silêncio
onde esconde indagações,
Que viva o pensamento,
sem a lâmina a talhar.
Encante-me deslumbramento,
não me deixe acordar
Bate terno coração
Sem barulho ecoar
Lágrimas,
delicada e serena,
deslize
corra pela face morena
morra nos lábios
calados, encobertos
discretos.
Que sufoca o soluço
abafa palavras,
reprime o som,
emudece segredos.
Submete-se ao medo
na história, no enredo,
onde passado e presente
mistura na mente
Não me leva de volta
nem abre a porta
apenas as pálpebras
e te deixa passar..

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de Carmen Lúcia

Olhar mudo

Fechei os olhos,
Cerrei as pálpebras,
Pra impedir deixar o meu pranto rolar...
Neguei-me a ver,
A entender,
Esse silêncio que havia em seu olhar...
A me fitar,
O seu calar,
Falava o que jamais queria escutar...
De despedida,
De dor doída,
E do amor que eu não via em seu olhar...
Que se acabou,
Que se calou,
Seu olhar mudo falou tudo sem falar.

Carmen Lúcia

Foto de reginaldossjr

Soneto de Amor e Eternidade

Olhar fixo nos olhos cheios de afeto,
Nem ao menos piscam as pálpebras
Ainda assim as mãos molhadas
Do suor que jorra em vez de lágrimas,

No pulso uma pulseira banhada
Uma lembrança dos tempos dourados
Talvez um vestígio do amor adormecido
Que implora e anseia por um afago,

Por ironia do destino, separados!
Mesmo no agora de mãos dadas
Mesmo na frieza da apatia
Que tomou-se em toda sala.

Vibrando em nossos peitos irradia
A esperança em torno de uma vida
Que o destino sempre afasta!

Embora a eternidade diga:
Filhos carreguem seus martírios
Pois foram dados de graça.

Autor: Reginaldo Sena de Souza.

Foto de Vadevino

POETAS SÓ DORMEM QUANDO TÊM SONETO

Quando sento no sofá
É hora de partir!
Ele me embala,
Canta pra eu dormir.

As pálpebras se fecham,
Impedi-las não consigo.
A TV fica ligada,
Mas eu me desligo.

Enquanto vou roncando,
Da boca, a baba transbordando,
Do entorno fico alienado.

Durmo tanto que deliro,
Que dê o primeiro tiro
Quem nunca dormiu sentado.

Foto de lancelot30

Alvo

Pálpebras sobre abertas, deslizado em uma crosta face, demasiado fraguimentos de amor.
Tortuosos estão as palavras contidas em um mórbido coração
O teste é superior que qualquer outra coisa pendurada em meus pensamentos
A espera é contemplada com sorrisos, declamações de gratidão, superficial é a vontade momentânea, não a vontade constante que invade todo um corpo, todo um monumento de flagelos e repentinos danos causados em nós mesmos.
O amor é universal, mas o saber tocar no fundo e transcorrer toda uma força estranha e bela ao mesmo tempo é estar vivo, o poder sentir é um arco-íris declarado naquele instante, forjar a vida é querer se destruir com suas próprias palavras, com suas próprias ações, e se te quereres tanto é ser alto destrutivo, pinto em meu peito um alvo, me distancio do mundo e sobrevôo minha própria inexistência, se amar é algo tão iníquo tão imprevisível, coloco-me a disposição da oposição, aqueles que sempre virão minha sede de amar, e deixo-me de alvo enquanto você estiver viva.....

Foto de Izaura N. Soares

Magia Sedutora...

Izaura N. Soares

Hoje acordei com um enorme desejo
De ter você em meus braços para
Acariciar seu corpo, sentir o prazer,
Tomando conta de mim.
Minhas pálpebras se fecham num delírio,
Num êxtase que adormece num sono
Profundo e nesse sono, sonho com o mais,
Terno amor numa noite silenciosa,
Convidativa, me faz sentir o toque das suas
Mãos deslizando sobre o meu corpo que
De ansiedade desaba sobre o seu.
Meu inconsciente agita-se o meu ego que
Na ânsia pelas suas carícias, aumentava,
A cada movimento bailando sobre o seu corpo.
Extasiado de desejos, tu vens de encontro,
Com meu sexo molhado delirando numa orgia,
Entre a magia sedutora do seu tesão destilando
Sedução a todo vapor sentindo toda a força
Do amor que juntos exploravam o oceano
Em busca de uma estrela, chegando à margem,
De sensações, de fantasias alucinantes.
Como são lindos os nossos sonhos...
Que embriagados no doce sabor do mel aquecem
O próprio céu no calor de uma paixão!

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