No silêncio de ser noite adormeci.
Cerrei os olhos às pálpebras de claridade,
abri as mãos,
amplas, alvas …plenas,
na busca de insígnias desditosas de verdade,
e o silêncio ecoou,
em perdas e danos, acordado vasto,
casto, dentro de mim.
… e tudo foram rios, lagoas e líquidos lagos,
Oceanos abstractos, recobertos em crocodilos,
jacarés de silvados,
… e tudo foram sombras, brumas,
neblinas profusas nos gestos indizíveis,
no escoar-se d’artérias repletas
de penas apostas ao esconsos dos temas,
no tão só e no apenas,
desejo de ser em ti, poema.
Mel de Carvalho