Paisagem

Foto de samorito

O teu vestido vermelho II

No jantar falaste-me dos teus medos e desconfianças

Expus-te o meu desejo e o meu sentimento

Respondeste com preocupações e cautelas

Tranquilizei-te com palavras de apaziguamento

Ficas-te mais tranquila e descontraíste-te

E fizeste-me um chá de especiarias orientais

Enlacei forte a tua cintura com os braços e beijei-te

Libertaste-te de mim, olhaste-me e não foi preciso mais...

Mal entrei no quarto reconheci...

O teu, aquele vestido vermelho!

Acendeu-se em mim a chama do desejo

E, sem pensar em mais nada avancei para ti

Vi-me, de repente, com o vestido no meu punho fechado

A alfazema cheiravam os teus cabelos

De éleo de amêndoas estava polido o teu corpo

Entrei bem dentro de ti e despejei os meus sentimentos

Os teus gemidos foram melodia para os meus ouvidos

As tuas carícias, o meu corpo estremeceram

A tua língua com sabor a frutos tropicais secos

A que se misturou, o perfume de alfazema que exalava dos teus cabelos

E a noite tornou-se num dia claro e límpido

Enquanto de cima, no nosso voo, contemplávamos a paisagem

Nesse momento só existiamos nós no mundo

Nessa noite nós estavamos em viagem.

Samory de Castro Fernandes

Foto de ROSA GUERRERA

Ando devagar porque ja tive pressa ...

Ando devagar porque já tive pressa ...
Sou grande admiradora do Almir Satter , mas não posso negar que me atinge profundamente a música :TOCANDO EM FRENTE . A impressão que tenho quando a escuto ,é que ela retrata alguma coisa muito minha . " ANDO DEVAGAR PORQUE JÁ TIVE PRESSA ...... LEVO ESSE SORRISO PORQUE JÁ CHOREI DEMAIS "...... E como já corri nessa vida ! Catava minutos e segundos no tempo para sempre encontrar mais horas para correr , para amar , para brincar, para trabalhar ,para dirigir em alta velocidade, como se tudo ficasse resumido a emoção de vertiginosas carreiras pelas estradas e atalhos da vida .Mas quando a gente atinge meio século de vida , e começa a dobrar o cabo da boa esperança ( como se diz na gíria nordestina ), e que sentimos a descida nos degraus da escada da vida, é quando refletimos que o tempo está mais curto e a pressa já não precisa existir nesse novo caminho. Aí olhamos o relógio ou o calendário com aquela vontade danada que o dia possua 30 horas , os meses 50 dias , e que tudo passe bem devagar , para melhor vivermos, para melhor amarmos , e para espalharmos mais sorrisos sem aquela pressa que tínhamos de até chorarmos atôa .E vamos roendo uma rapadura tranquilamente debaixo de uma mangueira , nadando calma num lago tranqüilo,vivendo até com mais poesia os orgasmos que o amor nos oferece. Agora o importante é mesmo caminhar devagar , e esquecer totalmente que um dia tivemos talvez pressa demais para subirmos uma montanha , quando a planície de hoje nos oferece todo tempo que ainda temos, para admirarmos e curtirmos melhor a paisagem que se estende ao nosso redor .

Foto de Rosinéri

ESTRADAS DO PENSAMENTO

Imerso num mar de idéias, em silêncio
No escuro do quarto, não consigo dormir
Ouço ao longe o som de uma estrada, o movimento
O zumbido, rugido de veículos num ir e vir

Cerrando os olhos, submergindo em mim, tento
Deslocar-me ao tempo que vivi a sorrir
Reativar lugares e gentes, um momento
de felicidade , de vida, de sentir

A vida é sim uma via em sentido único
Ficam-nos nos olhos as lágrimas, o desejo
De se nunca chegar ao fim da viagem

Viver é um passar, seguir um certo rumo
Com os nossos sentidos, nossa alma mesmo
--Cada dia vivido, parte da paisagem

Foto de sidcleyjr

O plano

Ficou tranqüilo quando ao termino
O lenço sensibilizou para com oprimidos irreais
Que simplesmente a verdade blasfemou
...Acreditas, no conselho das distantes cavernas bizarras,
Lá criaturas valorizam o equivoco que precede como inocência
Não apenas brilhos reluzem maturidades capituladas
Ausência uma boa tonalidade de cor
Condição ao valor quando o pouco se torna muito
E o plano acaba dando certo.
O escuro,
Fortaleza de gigantes do pé de feijão
Que cai se preciso
Levanta e escala nos espinhos de rosas amarelas,
Sobrepõe o calor do sol.
Dúvidas nas rupturas ao necessário
Cinco folhas guardam uma lágrima cada
E a paisagem nítida do afago sideral.
O plano acabou nas mãos de todos aqueles irmãos da vida
Que inicia a colheita do aprendizado regular
Nota no mágico gosto do pomar.

Macro

Foto de Luiz Islo Nantes Teixeira

DUAS MULHERES NUAS

Duas Mulheres Nuas
(Luiz Islo Nantes Teixeira)

Olhando atraves das janelas abertas
No sol da manha dourada
Vejo duas mulheres esbeltas
Completamente nuas na piscina azulezada

Brincam com as aguas transparentes
Que acariciam suas curvas nuas
E mergulham bem contentes
Expondo as duas pequenas meias-luas

Se divertem atras do muros proibidos
Como se estivessem sozinhas no mundo
E os meus olhos atonitos e atrevidos
Me levam ate a piscina, bem la no fundo

Duas mulheres nuas, duas obras primas
Embelezando a paisagem natural
Na manha dourada
Todas as duas tao divinas
Tao belas, sorridentes, que visual!
Que guardo na memoria extasiada

Parecem que nao sabem dos meus olhos furtivos
Que filmam todas as cenas
Ah! Meu coracao, meus olhos estao cativos
Enfeiticados pelas duas mulheres nuas e morenas

© 2008 Islo Nantes Music/Globrazil(ASCAP)
Globrazil@verizon.net or Globrazil@hotmail.com
Brazil - (021) 2463-7999 - Claudio
USA (1) 914-699-0186 - Luiz
http://www.yesportes.com/
http://www.islonantes.com/

Foto de Rozeli Mesquita - Sensualle

Despedida ? Não...um até breve

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Falo o que minha alma sente
Falo de Adeus ou quem sabe até logo...
Hoje dou o meu.
As palavras condenam
As palavras nos calam
Vou...
Um dia volto!
Mais serena, plena!
Não fico na mira "do olho do furacão"
Disso não preciso não!
É preciso saber a hora do "adeus"
Ou somente do até logo, até breve
Sem mágoa, sem tempestade em copo d'agua
Vou calada...não preciso dizer nada
O que fiz deixo aqui.
Esqueço os obstáculos
Agradeço os impulsos
Tentei...
Fiz...
Sem egoísmo...
Sem ofuscar brilhos
Valeu...
Não pelo que deixei, mas pelo que aprendi
Meu caminho de volta é repleto de paisagem
Vou admirando cada uma delas,
e em cada uma, vejo tudo que sonhei...plantei
A minha história só começou...

Foto de Dennyse Psico-Poeta

Menino Hilde*

*
*
*
*
Êta menino apaixonado
Deslumbrado
Inspirado
Danado...

Teu sentimento é sentido
É mais que lido
É colorido
É bebido...

A tua linguagem
A tua paisagem
A tua imagem
Nos dá coragem...

O teu pintado
O teu bordado
Tecido e convencido...

A tua ternura
É poesia Pura
É mistura
De lascívia e candura...

Denise Viana * Psico-Poeta
* Direitos autorais reservados *

Ao querido Amigo poeta Hilde, que muito admiro e sou Super-Hiper-Mega Fã!!!

Foto de Lu Lena

SAUDADE MÓRBIDA

Aprecio a paisagem translúcida no espaço
Ouço o bater de sinos na capela distante
Vento varre a cabeleira dos verdes matos
No céu, vejo cortejo d'espíritos viajantes.

Balanços das folhas, vultos acenam pra mim
Dogmas infundados entre a vida e a morte
Sopram ao meu ouvido, que isso não tem fim
Círculo vicioso e simbiótico lançado a sorte.

Prolixa e moribunda divago sem entender
Na oculta inflorescência a busca do amor
Lágrimas gotejantes, doridas de um sofrer.

Na lápide, vejo um poço árido que secou
Nas flores silvestres, o toque de teu ser
Saudade mórbida foi apenas o que restou.

Lu Lena

Ps. Esse soneto, fiz em homenagem a minha mãe,
hoje completando seis anos de sua partida.
Foi pensando nela, que me veio essa
inspiração... 03/09/2008.

Foto de Cretchu

ADAB

Acordo no meio da noite, abraçado à minha amada. Ela dorme suavemente com a cabeça recostada ao meu peito. Sua respiração compassada e quente me enche de alegria. Com doçura afasto seu delicado corpo, e ela suspira, mas ainda dorme. Levanto-me e olho o céu noturno pela janela, onde Vênus está brilhando. Sombras de montanhas recortam a paisagem. Observo minha amada dormindo, seu corpo nu estendido na cama, seu monte de Vênus, seus pequenos seios. De sua pele exala um odor sutil, o vinho de minha alma. Ao amanhecer estaremos a caminho de Meca. Volto para cama sob a luz intensa de Vênus, e me deito ao lado dela que ao amanhecer irá comigo a um local sagrado após ter me dado o Paraíso.

Foto de Teresa Cordioli

O vôo solitário...


*
O vôo solitário...
*

O vôo solitário
Põe na paisagem dor,
Pela falta do outro (par),
Deixando-a visível no bater das asas lento.

Quem és tu, pássaro que voou só,
Nesse vôo anônimo e solitário?
O que levou em teus pensamentos
Além da saudade infinita?...

Recordações das grandes revoadas?
Dos grandes encontros e dos ninhos de amor?

Ah, pássaro!
Tu bem sabes como é dorido o meu vôo solitário...
Mesmo com um mundo todo meu...

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