Ondas

Foto de Marilene Anacleto

Ah! Que bom dia!

O sol nasce,
Aves voejam alegres.
Cantos. Encantos.

O dia claro
Clareia orvalhado,
Diamantado.

Que dia de praia
Céu azul safírico
Ondas de cristais.

O dia fechou.
O céu escurecento,
A praia deixou.

Chuva faz voltar
Aconchegante casa
Café com leite
Bolinho de fubá.

Foto de ISRAEL FELICIANO

FASES DE UM AMOR

FASES DE UM AMOR

Se eu pudesse apenas perceber, ao fundo de um luar uma lua, só nas ondas estelares pra admirar ao longe, de uma noite mais que uma noite, ou um luar só pra admirar.
Tudo seria tão real, tão mais que real, e só sentir, fingir de fugir, para alem do infinito, das estrelas, do luar só para te ver sonhar, e EM UMA noite linda, te ver, sem perceber me apaixonar por você e não mais esquecer e sempre te lembrar, e te ver onde você estar.
Não seria imaginação, nem muito menos atração, era eu e você, sem querer, estar junto, e deixar tudo acontecer, mais tudo mudou, a lua mudou, um crepúsculo a nebulou , torna-se uma lua diferente , uma lua nova, sem precedentes , não é a lua dos namorados, é a lua dos corações em pedaços,mudou novamente já não se vê, mais o brilho do luar , apenas um circulo a marcar , um eclipse a estar , sobre toda a lua , que nos encantava , mais agora é o que nos resta esperar , por um amanhecer , só pra gente ver , se tudo continua como estar , se o nosso amor continua lá envolto com a lua , brilhante como a luz do luar.
Então o que mais restaria se tudo construído em um dia, se desfaz, como um dia de chuva, levando, tudo que encontra pela frente, seria, um amor tão potente assim que, suportaria essa definição, de um caus. de destruição de um amor assim, mais tudo estaria bem , quando raia, os primeiros focos de um raio solar

Foto de ISRAEL FELICIANO

OS MENSAGEIROS

OS MENSSAGEIROS

Escrevi uma carta, para o meu amor, o vento foi o mensageiro , o tempo o guiou , esperei, a resposta que com o tempo ela chegou, em forma de chuva, no meu rosto a respingar, cobrindo as lagrimas que do meu rosto estavam a rolar, ao receber a resposta, que com o tempo veio sem tardar.
Enviei uma pergunta, as águas de um rio a levou, a resposta veio em forma de um terremoto, que abalou o meu amor, amor constante e insistente, que mesmo com o abalo não desanimou.
Enviei uma mensagem, beija flor ela levou, a resposta veio em uma rosa, não desabrochou o meu amor,insisti , insisti bem do sonho não esquecer, luta travada é para que o amor não venha a morrer.
Uma frase enviei, da mesma forma recebi, o tempo trouxe correndo , o vento o ajudou a chuva molhando o caminho ,deslizando depressa chegou ,, o rio murmurava,o beija flor a reclamar ,, o terremoto abalava todas as ondas do mar.
Ficaram todos sem entender porque da mesma forma voltou, o meu amor foi embora, e nem mais uma palavra, o meu amor enviou.

Foto de Carmen Vervloet

O Protesto da Natureza

O universo queixa-se em profunda dor...
O céu acinzentado,
mostra seu luto na cor,
entorna lágrimas de chuva
que caem em granizos de cristal,
o vento faz seu manifesto em vendaval.
O sol se esconde atrás da nuvem pesada,
quem sabe com vergonha por tanto desamor!
As sombras deixam as flores desbotadas,
a tristeza cerra o bico do pássaro cantor.
O mar invade cidades,
tsunami de destruição,
ondas gigantes que vem e vão
levando o povo em comoção.

Por onde eu passo, freme a ambição!
Homens amputados de seus sentimentos,
cegos pelo egoísmo do momento...
A Mãe Terra em agonia,
triste, sem energia...
Vivendo seu grande tormento,
últimos suspiros
debilitando seu giro!

Antecipo um suicídio coletivo,
o planeta destroçado
pelo mais inteligente ser vivo!

Este cenário estremece minha vida...
Meus olhos embaçados por lágrimas
vêem o protesto da natureza que agoniza!

Foto de betimartins

Selaste-me os meus lábios!

Selaste-me os meus lábios!

Com um simples beijo, um beijo de amor
Selaste-me os meus lábios sedentos, carnudos
De desejo, cheio de segredos e calor...

Com um simples beijo, tu levaste-me ao céu
Onde as nuvens eram nosso leito de amor
E as rosas apenas desabrochavam de nós...

Com um simples beijo, tu, arrancaste-me
Cada pétala da minha, rosa vermelha do amor
Deixando petrificada e tonta no teu amor...

Com um simples beijo, tiraste-me o chão
A minha razão da existência, a minha vida
Deixou de ser livre e solta e apenas aprisionada...

E com esse simples beijo que selaste em mim
Ondas eternas de promessas e no teu leito de amor
Selaste o meu pobre coração vencido pelo teu...

Foto de Melquizedeque

Poetiza

Certa lembrança rasgou dentro de mim os meus diários indeléveis
Vi nas ruas o reflexo de cães melancólicos que vagavam em infinita jornada
Fui banhado por ondas catastróficas de águas salgadas, ao sentar na sarjeta de sua rua
Lembrei de tempos passados em que me recolhia no calor de seus seios
E um bilhete rabiscado recebi de um mensageiro indecifrável

Olhei o papel envelhecido pelo tempo, e sua letra ali estava quase recém escrita
A dor da morte em meu peito apertava e aquela lembrança me remoia
Pensar no tempo em que te amava, mesmo um amor não consumado
Refazia minhas fábulas e cada personagem que eu vivia
Sempre herói tu me fizeste ainda que tão fraco e impotente

Aquela manhã jamais esquecerei... Quando acordei com imensuráveis sentimentos
Não havia forma alguma que minha mente entendesse, mas fui tomado de energia
Corri enlouquecido sem saber o rumo que tomara, não parei em nenhuma esquina
Não sei dizer se cheguei dormindo ou acordado, mas vi você na calçada caída
Na frente de sua casa uma multidão lhe rodeava. Fui banido de ver o que ali ocorrera

Eu sabia muito bem do que se tratava. Percebi que seu respirar eu já não mais sentia
Sua ida foi acompanhada de um crepúsculo fulgurante. Minha poetiza havia partido
Sem haver despedida, nem último beijo foi-se para o reduto onde nascem as palavras
Talvez um dia eu me torne eterno como tu, ou eu seja enterrado no olhar daqueles cães
O escuro hoje é meu aposento que resguardo meu lamento junto com a melancolia.

(Melquizedeque de M. Alemão, 26 de maio de 2011)

Foto de Marilene Anacleto

Poeminha do Mar

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Cada dia é um sol,
Cada dia as ondas se deixam
Espraiar suas rendas de sonhos,
Em desenhos que a imaginação alcança,
Em poemas que a mente escreve.
Coração e alma agradecem.

Marilene Anacleto

Foto de Marilene Anacleto

O Poeta Canta

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Os dias correm feito raios pelo céu
E tudo o segue: borboletas, mariposas,
Árvores, flores, frutas, montanhas e animais.
Sob os olhos dos raios nascem filhos,
E sob os olhares do sol abrem-se brotos
E flores, amadurecem os frutos e os filhos.

Os dias correm sem ter nenhum propósito.
E o homem, geme o realejo das lembranças,
Prende-se ao passado, já sem distâncias.
Pensa o futuro nas ondas que não vieram
Perde-se nos dias sem nenhum prognóstico
E a si mesmo faz espera pelo vento que o leva.

Mas o poeta, o poeta canta tudo o que vive,
E o que não vive, faz viver em suas letras.
Feito o rio, cuja água sempre nova traz o broto,
Feito a sombra que espreita o sol que tudo louva,
O poeta canta o rio que se avoluma em utopias
Na dimensão do tempo do infinito sem rotinas.

Marilene Anacleto

Foto de betimartins

Talvez a paz ainda seja possível!

Talvez a paz ainda seja possível!

Talvez o amor ainda regresse a terra
Como ondas de promessas proferidas
Sussurradas no teu ouvido esquecido
Por anjos de luz, anjos da real paz!

E no sorriso da nossa criança
Ela sinta a paz em cada momento
Apenas ela vibra no amor puro
Em sentimentos de pura alegria...

No belo vôo do beija flor, na sua flor
Delicado e sempre repleto de majestade
Ele colhe seu néctar, o doce mais belo
Que trás a sua paz de serviço cumprido...

Na boca de um irmão sem luz, seja
Colocado o mel da abelha, retirado
Todo o fel que seu coração contém
Dando alas a novas sensações de amor...

Na tua mão apenas esteja uma bela flor
Que todas as armas sejam encarceradas
Que todas as palavras azedas sejam purificadas
Trazendo de novo a união dos povos na terra...

Que na raiva de um coração transtornado
Seja derramada a compreensão e atenção
Que as ervas malditas e ilusórias se queimem
Para que as favelas vivam na paz dos homens...

E eu meu irmão, apenas quero trazer para ti
Um belo mundo repleto de estrelas só para ti
Onde a luz, é uma constante no teu caminhar
Onde apenas abraças com amor a verdadeira paz...

Foto de Marilene Anacleto

Renascer

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Gaivotas bicam pequenos peixes.
Cães perdidos, lindos, farejam restos
De peixes extintos,
Antes do nascer do sol.

Nuvens incandescidas refletem
Ondas ao longe,
Enquanto as rendas esparsas,
Iluminadas,
Massageiam meus tornozelos.

Pés descalços,
De areia e águas banhados,
Outrora de unhas pintadas,
Hoje respiram aliviados.

Surgem pequenos barcos,
Seguidos por bandos, em alarido,
Enquanto, em terra,
Homens puxam redes,
Carregadas de peixes.

Nuvens espessas fazem chuvisco,
E trazem imenso arco-íris.
Presente dos céus
Deleita minha alma
Vivifica o dia que recebe o sol.

É outono,
Outono ainda quente
Que incomoda,
Mas também alegra muita gente.

Marilene Anacleto

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