Nuvens

Foto de vânia frança flores

só nós dois..

Agora somos só nós dois. e não
Temos que provar pra mais ninguém,que Existem mil mistérios em nós pra estarmos juntos.
Somos só nós dois
Fazendo Sol de primavera
Vivendo cada tarde cada encontro uma loucura.
e vamos Vivendo uma lenda.
Somos só nós dois
Fazendo esse amor num beijo
Unidos em um só desejo.
Fantasia secreta, que me toma toda
Que inunda meus olhos de tanto desejo..
Não posso escapar
De frente com a sedução
Não sobra lugar para a razão
Explode de vez a paixão..
Você é meu vício, minha loucura, meu desejo, só te quero e só te vejo, louca paixão que me fascina e domina minhas emoções.só eu e você..
Você é tudo que uma mulher quer de um homem
Seu jeito de amar me faz sonhar e me perder
Num colchão de nuvens me render
Aos encantos do prazer,tocar sua pele nua
fazer amor a luz da Lua é isso ainda q quero ter..com você.

Foto de Bruno Silvano

Sem você

Meu erro foi querer ser seu céu nos dias claros
Querer ser seu sol em meio as nuvens
Querer ser seu agasalho no meio da tempestade
Querer ser super-herói de Hollywood

Tentei fugir
Mas não pude aceitar
Que ter perderia
Se te deixasse passar

Não conseguir resistir
Nem pude acreditar
Me apaixonei de repente
Numa simples troca de olhar

Aquilo que parecia ser amanhã
Já passou
E o que duraria para sempre
Em pouco tempo mudou

O tempo passou
A magia ainda continua
Mesmo com a distancia
Minha vida é toda sua

Não tive tempo
Logo virei refém
Desse sentimento relâmpago
Que me fez bem

Não recuei
Mal pude acreditar
Que me apaixonei
E só soube te amar

Só queria resgatar
O tempo pedido
Ficar ao seu lado
Ver o seu sorriso
Ter uma vida com você
Dizer que “Te Amo”
Fugir pra bem longe
Sem ser infame

Foto de Bruno Silvano

Sem você

Meu erro foi querer ser seu céu nos dias claros
Querer ser seu sol em meio as nuvens
Querer ser seu agasalho no meio da tempestade
Querer ser super-herói de Hollywood

Tentei fugir
Mas não pude aceitar
Que ter perderia
Se te deixasse passar

Não conseguir resistir
Nem pude acreditar
Me apaixonei de repente
Numa simples troca de olhar

Aquilo que parecia ser amanhã
Já passou
E o que duraria para sempre
Em pouco tempo mudou

O tempo passou
A magia ainda continua
Mesmo com a distancia
Minha vida é toda sua

Não tive tempo
Logo virei refém
Desse sentimento relâmpago
Que me fez bem

Não recuei
Mal pude acreditar
Que me apaixonei
E só soube te amar

Só queria resgatar
O tempo pedido
Ficar ao seu lado
Ver o seu sorriso
Ter uma vida com você
Dizer que “Te Amo”
Fugir pra bem longe
Sem ser infame

Foto de Marilene Anacleto

Fala-me só de Amor

Em um momento de perda, não há quem não precise de colo.
Por favor, não me abandone agora!

Fala-me só do amor, mas não dos anunciados
Em meio a bebidas alcoólicas.

Nem daqueles traduzidos em suores e gemidos
Pela nossa brutal mídia.

Ou daqueles que traduzem o sagrado e manso amor
Por gosto de carne e suor.

Peço-te: fala-me só de amor, do amor dos voos dos cisnes
Que nos elevam deste mundo triste.

Daqueles de barcarolas, cujos amantes nos prendem
No instante, na lentidão dos remos.

No encontro com teus braços, acolhe-me nesta ternura tua,
Tu, que conheces minha alma nua.

Tua alma, presença sagrada, traz o beijo doce, num estalo,
A me acordar de um pesadelo.

Fala-me mais! Fala de amor! Há um mundo tão descrente
Pululando ao nosso redor.

“Senti tua ausência, querida! Nas caminhadas dos dias,
Nas noites, dos balanceios.

Nas chuvas de diamantes, nas fogueiras flamejantes,
Do teu amar, ungido de beijos.”

Este teu amor tão doce, de céu puro, intenso azul,
Que o mundo de hoje desconhece,

Traz-me a leveza das nuvens, esvoaçantes pétalas de rosa,
De um dia claro de sol.

Feito a alma que se foi, a tocar no firmamento
Sem dor, sem corpo, sem doença.

Foto de Marilene Anacleto

Chove

Chove. Vejo a lagoa pelo vidro da janela.
Na casa verde, crianças debaixo das cobertas,
Sequer se pode deixar a porta aberta.

Gotas abalam a projeção da água,
Afogam as formas outrora espelhadas.
Somente círculos em constante caminhada.

Peixes continuam seus desígnios.
Embora na superfície haja perigo,
O fundo é segurança e abrigo.

O vento, ao fazer cócegas nas árvores,
Provoca-lhe risos, descompassa os galhos,
Devolve à terra, o orvalho armazenado.

Mas, quem assiste vê choverem diamantes
Iluminados pelo fugitivo raio errante
Que, entre nuvens, atira a luz fulgurante.

Aos olhos, extasiados pela beleza,
Acontece o caos nas águas da Lagoa
Da parceria entre vento e luz acesa.

Com estranhos movimentos dançantes,
Entre lâminas de águas nas janelas,
Segue a vida no interior da casa verde.

Foto de SATURNNO

Lágrimas em teu sorriso

Ao sorrir, tu emanas graciosas emoções.

Faz-me sentir como em um belo dia ensolarado.

Ao teu lado, abrandamos nossos corações.

Tu tocas na alma do mais amargo e gélido ser que nunca fora amado,

Mas hoje, nublou-se o belo dia ensolarado

E as nuvens da tristeza e da dor calaram a tua alegria.

O dia tornou-se escuro, a vida mais amarga, está tudo desbotado.

Vejo lágrimas em teu sorriso, que outrora me causava euforia.

Já não encontro palavras que possam te consolar.

Poderia eu contigo entristecer e minguar?

Não, resta-me apenas esperar

Que esse teu inverno chuvoso, triste e sombrio passe

E que o belo dia de sol volte a brilhar,

Para que o teu sorriso resplandeça mais belo ainda

E em nossos corações volte a tocar.

João F..R. 06/10/2011

Foto de Edilson.RL

Há Um Exército Dentro De Mim

E há um Exército dentro de mim
Capaz de destruir seu edifício.
Virar lágrimas
Daquilo que um dia fora cachoeiras.

Eu tenho meu poder,
E raptarei o seu para mim.
E o Universo estabelecerá
A Conexão, que já parou de existir
Entre nós dois, que já grande
Não viu-se num microscópio.

E eles arruinarão seu edifício, e suas janelas.
Sob meu controle, minha opressão.
Porque o microscópio teve a lente quebrada
Junto com suas janelas.

Tu voltarás ao pó
E do pó, à lama
E implorará para que eu o seque
Ao ponto de fundi-lo
Após a ebulição
Que o renovará

Seus 6 sorrisos me perseguem,
Isso não durará muito tempo
Pois o tempo, já capturei,
E ninguém desalinhará jamais.

Não grite ! Não!
Seu edifício já faz parte de mim.
Eles ainda não o derrubaram,
Eu quero ir até o final com isso!
A lente não se restaurará,
Porque, existe um exército dentro de mim.

Chega, não suporto seus delírios,
Eles me cercam, como nuvens de outono.
E que fazem as folhas caírem,
Aquelas que precisam de minha luz para viverem.

Tu, pagarás a dor que me fez,
Com os cacos que se quebraram,
Que se unirão ao seu corpo
E lhe trará o Amor.
O Amor que eu já conheci
Quando você existia.

Vamos! Segure seu edifício.
O sexto sorriso ainda não desabou,
Ele levita, não pode cair,
E o universo sem lados
O Ajudará,
Mas não me Destruirá.

Você não ouve mais as aves migratórias,
Pois, um de seus sorrisos já adormeceu.
Tudo está estremecendo,
Eu ganharei a luta,
Porque, eu tenho um exército dentro de mim.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Setembro – Capítulo 4

Engolidores, mais escravos que os escravos. Esse nome foi dado para seres de sangue quente, na sua maioria, que não se opuseram a dominação total de sua espécie e aceitaram seu destino de submissão. Os seviciados levam esse infeliz adjetivo, como uma marca indelével de sua covardia e pavor. Se forem coitados, pouco importa. Os engolidores são ao mesmo tempo vitais e descartáveis.
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- Sou sua amiga. Confie. Vamos sair daqui. Venha comigo.

A voz me era familiar, como se já a conhecesse. Os gestos eram familiares, os jeitos e trejeitos, a aura que emanava do corpo, seus olhos alaranjados e incomuns tão convencionais ao meu admirar. Ela era fria, brisa gélida que suspirava os meus lábios ao seu beijo. Sabia quem era, por milésimos, sem certeza. Mas sabia ainda que sem saber.

- Sim. Obedeço.

Eu estava sendo heróico e lamentável naquele ato.
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A senhora que me resgatara do cativeiro tinha as chaves para a saída da prisão com a qual eu me acostumara a suportar. Ela carregava apenas a si mesma, enquanto eu transportava anos de humilhação e resignação. Num silêncio que não escondia o sorriso do despertar para um sonho, eu subia para nuvens depois de um infernal período de insatisfação. Eu exultava, exorcizava o demônio do temor, até sermos cercados.

- Então vai fugir...?

O Luís Maurício nos olhava com um misto de nojo e tara.

- Não vou fugir. Você nos expulsou.

- Como assim, os expulsei? Eu te expulsei, mas não ao escravo.

- Pode ficar com esse lixo, só o trouxe para sacrificar em meu lugar.

Eu estremecia de rancor.

- Cínica. Você é tão covarde como esse traste.

- Não, eu aprendi a ser sórdida contigo.

- Não estou nem aí. Pode ir embora, agora você vale a mesma ninharia que os engolidores. Lá fora, sua corja é repudiada. Você vai ser relegada ao gueto, e isso se preferir não morrer. Seu destino está maculado. Sua sina é passar fome, é ter a necessidade e não saciá-la, é ser linchada e escarrada por não ser mais do nosso convívio. Será lembrada como louca e perdida, e isso se mencionarem seu nome. Diga adeus a sua vida, chegou sua hora.

Dona Clarisse calou-se. Pela primeira vez algo que ela não queria lhe descia pela garganta.

- Dimas, não deixe que ele me toque.

Ela saiu correndo à minha frente e largou-me aos chutes do meu cruel superior.
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A porta não fora fechada. Em fúria, meu chefe me espancava e extravasava os nervos que lhe explodiam. Mas desta vez eu não me encolhi. Tentei um primeiro revide, do chão com um pontapé. Ele nada sentiu e de cima pisou meu rosto. Tentei mordê-lo. Ele golpeou meus dentes com os cadarços que o sobravam. Uma alavanca rasteira o derrubou. Acertei seu olho esquerdo. Descobri que meu patrão também sentia dor. Arrastei-me até uma foice, estávamos no jardim da residência, agora florida de uma irônica primavera. Ele pisou minhas mãos. Com um puxão escorregou, estatelado junto à lâmina. Ele dedilhou o cabo da agora arma. Sorriu e hesitou na sua vitória iminente. Subi sob suas costas, o acotovelei e esfreguei sua face no solo. Enfim a foice era minha. Enfim eu tinha a possibilidade de matá-lo. Mas era mais prático arrancar seu braço. Foi o que fiz.
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O Luís Maurício uivava e alguns perceberam indo ao seu socorro. Dona Clarisse era linchada. Eu corria para não ser encontrado em direção ao meu desconhecido gueto. Eu me esgueirei enquanto os brados procuravam seu culpado. O pânico tomava as então plácidas alamedas dos dominantes. Vinha a tona todo o furor selvagem sufocado pela supremacia instalada na nossa realidade. Um embevecido decidiu tacar fogo na cidade incontrolada, para solucionar pela facilidade. Acabou piorando o caos. Os seres, tomados e extasiados, puseram-se a brigar entre si. Tudo estava por ser quebrado. Um instinto me indicava o caminho do tal gueto, o intocado e tranquilizado gueto. Não havia paralisia que diminuísse meu ímpeto. Tudo estava por ser destruído. Uma toca me escorregou sem que eu quisesse. Mas eu sabia que estava seguro. As mãos que me sugaram da superfície eram trêmulas e vibrantes. Eram mãos quentes, que até ardiam as minhas canelas. Nessa escuridão me vi logo inconsciente.
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Uma humilde vela acendia. Vi cenhos me pedirem senhas. Nenhum código me ocorreu. O que parecia o chefe deles pediu a palavra por possuí-la de verdade. De fato era o líder em seu nome celebrado.

- Não nos conhece, irmão, mas o acolheremos. Prove que merece nossa confiança e não será incomodado. Agora você está conosco. Discipline-se, e encontrará sua glória

Eu um milésimo me converti ao seu comando.

Foto de Luiz Castro

O Sertão

O Sertão

A chuva veio lenta
Nem chegou a molhar
Mal caia no chão
Começava a evaporar
O ar estava pesado
Difícil de respirar
O corpo já cansado
Começava a fraquejar
Não ficava nem suado
Nem conseguia chorar
Só pensava na água
Que teimava não chegar
A pele estava secando
Já começando a rachar
As plantas lá da horta
Iniciava a murchar
A noite veio chegando
E eu comecei a rezar
Pedia a Deus do céu
Pra água ele mandar
E depois da minha prece
Começou a trovejar
As nuvens se formaram
Desta vez pra desaguar
Pra trazer vida de novo
E o sertão virar um mar.

Luiz Carlos

Foto de Izaura N. Soares

Brancas Nuvens

Brancas Nuvens
Izaura N. Soares

Neves brancas, inverno seco sem ar,
Gélido tempo, com flores mórbidas,
Folhas secas levadas pelo vento
Encontram-se uma alma a vagar.

É o silencio na madrugada que aquece
Entre a lareira acesa no inverno constante
Por entre as faíscas de luzes adormece
Um corpo nu, com o coração palpitante!

É no frio que o calor se sente
As almas tristes sem destino;
Vem! Adormece nos meus braços quentes
Donde o embalo suave canta como um hino.

Tão longe as nuvens brancas se passam
Por entre o ar carregado de sonhos
Cinge o tapete de folhas e de flores
Abra o coração, despeça dos sonhos tristonhos.

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