Morte

Foto de Azahhy

Silêncio...

Hoje me pego em um silêncio profundo.
Não sei onde eu te perdi.
A saudade que você deixou
Virou uma ferida que não se cicatriza.
Uma ferida profunda, no coração.
Te busco em silêncio em meus pensamentos
E não encontro nem mesmo teu perfume.
Você se foi e não me deixou nada
Não deixou nem um vestígio de onde posso lhe encontrar
Ficou somente o abandono, silêncio e saudades.
Saudades de tudo o que você fazia.
Mesmo que você não acredite,
Ficou a saudade de quando a gente brigava.
Depois de uma longa discussão, um amor gostoso.
O amor da reconciliação.
Esse vazio, essa ferida,
Vou carregar comigo por toda eternidade.
Pois nem a morte conseguirá fazer que eu esqueça
Todos os lindos momentos que passamos juntos.
E nem a própria morte fará que eu me esqueça
O dia em que você partiu.
Deixando meu coração vazio.

Foto de Ednaschneider

Fenômenos Da Natureza

Chuva fria...!
Não me tragas solidão
Não deixe minha vida vazia
Apenas refresque meu coração!

Vento forte!
Não me tragas ansiedades
Não me deixes à beira da morte
O que quero é felicidade!

Sol escaldante!
Venha apenas me aquecer
Não queime minha vida de amante
Que a sua luz possa apenas me proteger.

Por favor, me ajudem fenômenos naturais;
Tragam-me equilíbrio de alma
Não me deixem amar menos ou mais
Quero ser feliz e viver com calma.

Tudo que faço no momento
É com muita intensidade.
Tenho tantos sentimentos
Que já chamaram de insanidade.

Amar demais não é loucura
Loucura é viver sem amar
Viver uma vida de amargura
E o tempo todo a se lamentar.

Por isso peço ajuda aos recursos da natureza
Que me dêem forças para ser equilibrada
Não quero viver na tristeza...
Quero amar e ser e ser amada.

04/05/07-Joana Darc

(Este poema é registrado.Copyright: Todos os direitos reservados à autora dos mesmos,não devendo ser reproduzido total ou parcialmente sem a prévia permissão da respectiva autora, estando protegido pela lei, ao abrigo do Código dos Direitos Autorais)

Foto de CarolComPoesia

ABSOLUTO

Escrevo porque a vida exige
que eu manifeste minha alma
e o dia impõe que o espírito se enleve
em palavras cheias de letras pesadas e leves

Nelas, nas palavras, está contido meu ser
passado a limpo em poesias desencontradas,
escrito em prosa poética, com rimas pobres
ou versos livres feito alma em liberdade,

não há piedade nos dizeres e de tempo em tempo
todo o tormento traduz-se num poema manco,
feito em versos brancos que me salvam
da morte – único alento –

Escrevo, quem sabe, pela ousadia da pena
na tentativa de ultrapassar a pequena existência
e fazer morada contida
nesses poemas de vida que são retalhos costurados
em encaixes perfeitos de alma e poesia.

(Carol)

Foto de Gaivota

* QUANDO ABRI A BORDA DA CONCHA....MINI-CONTO

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QUANDO ABRI A BORDA DA CONCHA

Possuo amigos.. algo de bom, deveras bom.. ser escutado é uma parcela da existência rota e vagabunda de todo escritor. Por um lado amado e por outro amaldiçoado...ou será alma dissociado.? Eternamente mal encarado.. Descarado!
Foi assim.. resolvi sair do casulo onde guardava a mente estúpida entre dedos ao molho campanha e decidi: É agora ou nunca. Não tenho papas na língua e vomito prazeres ou delírios, não guardo pensamentos em vão.
Jogo na vida, nas páginas pretas que passeiam virtualmente a espera de manchetes sangrentas que o povo aguarda roendo unhas.... Onde estão as notícias trágicas? Quem morreu? Onde aconteceu o tiroteio da última avenida manchada de sangue onde moscas e bactérias transitam em fome absoluta?
Saído do lar em perfeita harmonia aconchegante, onde a boca enorme mamava azul ondas deslizantes de dias coloridos abraçado a mãe natureza. Eu pérola expelida.
Caminhei arrastando dedos estúpidos no ritmo da maré e cheguei ao asfalto onde percebi o primeiro tiroteio..
Era a maré! Não..! Não a minha onda que sobe e desce em ritmo cardíaco... era sangue desfeito em pólvora.
Era o cheiro fétido da morte alisando minha cabeça. Era a gosma que sobrou.. era a dor.
Perfurada alma docemente azul que dentro de mim criou-se, vi com estes olhos que comem estrelas sorridentes, corpos estendidos na poça da vida... Na fome, na miséria humana... nas mãos armadas.. nos ratos que passeavam por entre vísceras e fuzis....
Vi que o mundo não parecia o lar-pérola azul-negritude....
O lar era a briga de gangues, era a necessidade de poder, eram notas e notas de dinheiro ensangüentado, era o desejo mórbido de comer algum pedaço de coração humano..era o pseudo existir nas línguas do fogo cruzado. Era matar! Matar! Matar..
Engoli a lágrima escorrida, lambi meu beiço na voracidade do desejo...desceram lágrimas sal doce aportando a garganta e fizemos sexo... Eu, a lágrima e a cama desfeita de meu ser. Ali no silêncio da garganta entrei em transe....nossos corações batendo no desespero selvagem dos prazeres...

RJ- 08/11/2006
** Gaivota **

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Foto de edileia

ETERNO AMOR

Juntos estaremos

Quando à nossa porta

O tempo bater, intransigente.

Estaremos um no outro

Alicerçados

Quando nos cair noite infinita,

E juntos dormiremos...

Sim, seremos puros ainda

E entrelaçados morreremos.

Dançaremos nas estrelas,

Nus como anjos,

Cantando à morte e à felicidade.

E na escuridão do paraíso

Nos amaremos,

Assombrando a eternidade...

Foto de Ednaschneider

Quem fica e quem parte

Para quem fica é calamidade
Para quem parte é missão cumprida
Para quem fica é saudade
Para quem parte é nova vida;

Para quem fica é solidão
Para quem parte é esperança
Para quem fica é emoção
Para quem parte é o sorriso de criança.

Para quem fica é desespero e lágrima
Para quem parte é renovação
Para quem fica é ter que dar a volta por cima
Para quem parte é ressurreição.

Quando os seres humanos nascem
Todos sorriem, só o recém nascido chora.
Porém todos choram, na hora que partem.
Só demonstra o sorriso, àquele que vai embora.

É algo inexplicável a morte
Faz parte da vida tal acontecimento
Seja azar, ou seja, sorte.
Já morremos a cada dia a partir do nascimento.

Joana Darc.

(Este poema é registrado.Copyright: Todos os direitos reservados à autora dos mesmos,não devendo ser reproduzido total ou parcialmente sem a prévia permissão da respectiva autora, estando protegido pela lei, ao abrigo do Código dos Direitos Autorais)

Foto de Ednaschneider

O espelho e a árvore

Na insônia nas horas da madrugada
Faço algumas reflexões
Penso em um modo que já amei desesperada
E sinto o vazio de não ter mais àquelas ilusões.

A semente do meu sofrimento
Regada com lágrimas que pareciam de morte
Produziu um fruto: o meu pensamento
Produziu uma árvore forte
E o resultado foi meu crescimento.

Amor é como espelho quebrado
Quando se perde a confiança
Uma vez despedaçado
Não existe mais esperança.

Eu sou àquela árvore forte á beira de um rio formado
Com as lágrimas do meu pranto.
O amor que sentia por ti é como aquele espelho quebrado
Que perdeu a força do seu reflexo a assim perdeu-se o encanto.

Mas em meio a decepções e tristeza
Sempre há uma compensação
Esta cheia de beleza
Veio em forma de perdão.

Perdão não tem forma?
Sim tem, a forma é de coração!
Este não nos engana e nos informa
Que está na hora de agir com a razão.

Assim sendo sigo meu caminho em paz.
Aquela árvore à beira de águas límpidas
Está mais verde e perspicaz.
E o que restou do espelho que se quebrou
Foi uma lembrança linda,
E um coração que perdoou.

Joana Darc

(Este poema é registrado.Copyright: Todos os direitos reservados à autora dos mesmos,não devendo ser reproduzido total ou parcialmente sem a prévia permissão da respectiva autora, estando protegido pela lei, ao abrigo do Código dos Direitos Autorais)

Foto de Carmen Lúcia

Delírios de um poeta

Caminha lado a lado com a lucidez e a loucura,
Sem nunca recuar,eterna é sua procura...
Ora sóbrio...sofreguidão,ora ébrio...fixação.
(Ambos sedentos de emoção...)
Galopa sem cavalo,voa sem asa,levita sem ficção...
Serra armaduras em seu peito atravancado,
Liberta pensamentos amaldiçoados,seres transfigurados,
Monstros alucinógenos,bichos-de-sete-cabeças,demônios,
Que presos,deixam a alma mutilada,causam estragos.
Mergulha fundo em seu universo ilimitado...
Pensa no Apartheid...descrê por um segundo...
Do amor...maior razão do mundo...
Fica louco,uiva feito um lobo ao ver a lua,
Clama por inspiração que acalme sua loucura...
E lúcido,em criança se transforma,ao se enternecer
Diante da beleza da flor que começa a nascer...
Sóbrio ou ébrio,canta as amarguras e as venturas,
Lúcido ou louco, vai à guerra,da morte se aproxima...
Relembra angustiado a "Rosa de Hiroshima",
Pede a paz agora...reza...implora...chora!!!
E assim segue o poeta...
...por essa vida afora...

(Poema inspirado nas "criações" do poeta Gaivota).Talvez ele nem saiba disso...rs.

Foto de Anandini

Falar com você...

Falar com você...
Falar com você é poder ser livre
é poder sentir
a força ,os caminhos
onde se pode chegar
quando se ama alguém

é poder ousar, é não ter medo
de se entregar

é expor a alma...
limpa,verdadeira
como uma flor aberta
que se rende a entrada do sol

quente e ardente
Simplesmente sente

Falar com você é
abrir os braços para a poesia
é criar sem forças um caminho
que só a gente sabe onde vai dar...

Falar com você é
ter liberdade para subir num vagão
ir de encontro ao infinito
em um trem que partiu em silêncio,sem grito

Falar com você
É sentir na pele
o tamanho
dos seus medos e tédios

pedir clemência a morte
pedir a Deus a vida.
é tentar fechar a ferida

com lagrimas de sangue
que anestesiam a dor
e devolvem a alegria

São palavras ,letras que ora surgem
que ora se escondem
que não se despem como devem
Que se medem, não se entregam

Uma agonia,misturada com poesia
linhas fortes,sentidos confusos
rabiscando o desejo e matando o prazer

Falar com você
é criar asas,é se deixar levar
é viver a realidade de palavras
que não se concretizam

pois a alma aflita
não sabe pra onde partir
se confunde se perde
entre a morte e a vida.

falar com você é
transportar-se para um mundo distante
onde só cabe nós dois

e tudo o mais,deixar pra trás
e distantes de tudo
só há espaço pro amor

e o depois?

O depois vamos ver
analisar,entender

se sonhamos demais
ou se as palavras
impregnadas,de ´Sim
são apenas um nada

são apenas palavras
que se forem apagadas
rabiscadas ou rasgadas
continuam a valer

e se impõe e se firmam
entre ter ou não ter

a coragem,de buscar
a realidade em seu ser

e fundir-se, doar-se
assim

eu
e você.

Falar com você...
é não falar
é ouvir
é amar
é sorrir
é ficar
é partir
é estar sozinha

tu sem mim
e eu sem tí.

Cadê você?

Foto de Ananas

Nênia Do Alcoolismo

Destituído de arrepios
Pois ébrio perdeu os sentidos
No sono da embriaguez
Ressalvam apenas pálpebras macilentas

Cambaleia
Logo adormece murmurando
Cançonetas da orgia
O melífluo alarido saturnal

Insultos ao ócio da vida
Blasfema pela lasciva bebida
Mas clama pelo gosto da amásia
A nênia das flores murchas da morte

Lânguido pelas vielas noturnas
Retorna ao âmago da fortuna
Morada da pálida donzela
Frugal sobriedade na favela
Repousa pálida sua consciência
A dama frígida

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