Mar

Foto de Carmen Lúcia

Pássaro mutante

De quantos voos necessitas
Pra extravasar teus trinados?
De quantas cores te camuflas
Pra desmascarar camuflados?
Às vezes, suave passarinho,
Na construção de seu ninho,
Esposa, filhos, lar...

Por outras, és sabiá,
Entoas tristes gorjeios
Trazendo saudades de lá...
Ou então, um beija-flor...
Planando... Não sais do lugar,
Vôo rasante, apaixonante,
Rodeias a flor pra lhe falar de amor!

Transmutas-te numa gaivota
Quando queres reverenciar o mar...
Entre nuvens desapareces,
Em altas ondas ressurges,
Vôos coreográficos
Em azuis celestiais.

E quando ronda o furacão
És o condor que reaparece
E das grandes montanhas desce
Camuflando-se de negro tufão
Em defesa dos oprimidos,
No combate à corrupção.

_Carmen Lúcia_
08/03/2008

Foto de betimartins

Paz!

Paz!

Onde, estás tu? Oh Paz!
Procuro-te e não encontro
Os meus sonhos foram roubados
As aves encarceradas na caverna
Os mares foram poluídos, sujos
Gaivotas choram a liberdade perdida
A terra sacudiu como ela, tremeu na dor
O mar revoltou-se, engoliu e desbastou
Tudo que estava a sua frente, feroz
Matou como ele matou e cobrou
O pobre mortal, nada é teu, nada!
Foste tu. Que plantaste aqui a destruição
Colheita é certa e desmedida, mas só tua
Não esperes a piedade, colo e afagos
Como uma criança que errou, tu sabes!
Pois Deus é justo, na hora dos acertos
Tratem de caminhar junto da paz
Renovarem o vosso coração
Em sentimentos nobres e amor
Despirem a maldade, ganância e a inveja
Pois somos todos exatamente iguais
Corre o mesmo sangue nas veias
Temos os mesmos órgãos
Dentro de nós, saudáveis ou não!
Entre olhos coloridos, as lágrimas
Correm transparentes e salgadas
As gargalhadas são variadas
Os corações batem igualmente
È urgente despertar a paz, a real paz
Dentro de ti e de mim, rápido e agora
Soltar as amarras da escuridão
Trazer a luz dentro de cada um de nós
Para juntos, unidos, em massa
Poder mudar a vibração do mundo
Que esta agonizando, morrendo
Por Seres sem amor, sem dó
Que não se importam...
Nem da criança, nem do velho
Sequer do doente e do desprotegido
Apenas importa seus interesses
Mas eu te suplico... Oh Paz! Volta...

Betimartins
www.betimartins.prosaverso.net

17 de Março de 2011

Foto de Arnault L. D.

Triste canção

Como pode ser tão triste
e mesmo assim, ser tão lindo?
Possível não devia ser...
O amor que ainda persiste,
torna em lágrimas, caindo
em canção a me comover.

É linda, por mais que triste.
Cheia de sombra e tormento,
como tempestade no mar.
A melodia que ouviste
com o sussurrar do vento,
torna ao oceano a chorar.

A beleza de um amor
é o amar; é o quanto.
Não é tanto pelo afim,
pelo prazer, ou pela dor,
pelo alegrar, ou pranto.
Se o belo é o seu fim.

Amor de tanta beleza,
por mais que se torne em cruz.
Mas, é belo e não espanto...
O chorar da vela acesa,
torna-se um ponto de luz.
E é desta luz que eu canto.

Foto de Melquizedeque

Elixir dos imortais

Meus sonhos não tornarão a ser o que já foram um dia
Pois hoje tudo mudou, se entardeceu e me modificou
E o ar que eu respiro não é o mesmo que respirei ao dormir
Agora os pesadelos me atraem, me hipnotizam em lugares sombrios

Havia um homem, de certo lugar, com o nome incerto
Que escreveu em seu túmulo verdades em versos
Dizia que a vida não é mágica, não é um mar de lírios
Ela é simples, vaga, corrosível, lastimada...

Não aceitamos tais verdades, pois almejamos ser imortais
Assim criamos a esperança, filha bastarda da maldade
Com a pretensão de postergar a morte e esquecer como ela age
Mas igual ao carteiro que não se atrasa, ela sabe o seu endereço
Vem com cheiro de velório trazido nas asas dos pardais

Lembro-me que muito tempo atrás, contemplava o céu depois do mar
Via gaivotas que pairavam na beira da praia, como livros indomáveis
Posso sentir a brisa do silêncio entorpecedor que me libertava da normalidade. Tudo se passou e agora contemplo esse evento com olhos de águia. Vejo além do que se pode ver... Tudo significa mais, o mais lúcido devaneio

Por de trás dos véus avisto legiões de sonhos que não posso mais sonhar. Foram engolidos por fantasmas beberrões. Estão em cofres bem guardados. Agora entendo o olhar daqueles pardais... Jogados aos ventos são vitais. No entanto, não me encontrarão antes que eu beba o líquido imortal...Feito pelas mãos da aventurança, um elixir com gosto de vingança. Exclamam alto, os que se arriscam a beber... Gritam forte: quero mais!

(Melquizedeque de M. Alemão, 16 de Março de 2011)

Foto de Leidiane de Jesus Santos

Te amo!

Vivi um amor arrebatador
Daqueles de tirar o folêgo
De arder o peito
De suspirar flores
Mas como todos os amores vulcânicos
Ele desapareceu, sumiu
por sobre as lágrimas
Por sobre as dores
E como esquecer?
Como deixar de sofrer?
Como apagar as marcas
e as conseguências
de um amor desfeito?
Isso aprendi
Com a calmaria do mar
Com a brisa dos ventos
Com a Paciência do tempo
Esperei na lua, no pôr do sol
Você chegar
E com você aprendi que o amor
É pleno, é forte o bastante
para superar a distância
quando é verdadeiro.
E mesmo em meio de um redimunhio de sentimentos
Nada é melhor que a simplicidade de um abraço,
De se querer bem outro alguém.
E de todos os amores que eu já tive
Aprendi com você o real significado de estar!
E é com você que eu quero ficar
Com a calmaria de amar,
Pelo resto dos meus dias.
Por que é você que eu amo!

Foto de Carmen Vervloet

CANÇÃO DO CAMINHO

Por aqui vou sem destino,
sem rumo, sem pouso certo...
Abandonei no caminho o tino
e sigo de peito aberto.

Minha alegria vai comigo,
vai sorridente, segue meu passo,
o sonho meu eterno amigo
sempre me oferece o braço.

Caminho por entre flores,
num jardim onde semeio paz,
meus sentidos farejadores
correm da felicidade atrás.

Os pássaros da madrugada
entoam a canção de o doce acordar...
Roubo a luz da alvorada
e encho de brilho o olhar.

E assim vou caminhando
guiada pelo coração,
no trinado do sabiá
vou harmonizando a canção.

E quando se fecharem meus olhos,
eu os deixarei fechar,
porque hoje a tristeza eu desfolho
e afogo suas pétalas no mar!

Carmen Vervloet

Foto de Nailde Barreto

"Eu, Você e o Mar"...

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******
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Ali, diante daquele mar, pensei em ti.
Pensei em chorar, pensei em sorrir...
Sentado, à sombra, calma!
Fixamente, vejo você deslizar entre as ondas;
Você estava lá, ausente, presente!
Refletida nas águas do mar, só pra mim...
Pensei no seu corpo bronzeado,
Pensei na sua boca...
E, meu coração em chamas,
Acalma-se ao sentir o frescor da maresia,
Interpenetrada por ti, envolvendo-me...
Pude ouvir o barulho das ondas, silenciosas!
Pude ouvir os passos das tantas pessoas,
Com seus trajes de banho, coloridos, sem cor!
O sol se pondo...
O céu cheio de nuvens, inclinado para mim...
Cenário perfeito, incompleto pela falta palpável de ti,
Bem aqui, junto à areia desse mar, furacão!
Que tanto me faz lembrar você,
E, de gota em gota, não resista,
Inunda-me!
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Nailde Barreto.
11/03/2011

Foto de Antonio Zau

Momentos inesquecíveis

Pois embora não tenhas cumprido com o contrato
Valeu apenas os bons e maus momentos contigo
Partilhados neste mar de rosas com forte contacto
Viajamos abraçados nas longas noites sem perigo

Na minha vida são inesquecíveis os carinhos e beijos
Que imperavam o meu coração nas esquinas do amor
Cultivado na seca estacão com nossos próprios desejos
Sem influencia do fulano ou sicrano mas sim do senhor

Reconheço algumas vezes ter falhado na recepção
Mas não quer dizer que fui o culpado deste vulcão
Que provocou em ambos os corações uma extinção
Do nosso amor que tanto nos custou na sua criação

São inesquecíveis as tuas piadas lindas amorosas
Que tanto deixava as pessoas no bairro espantosas
Sem palavras no gatilho para as nossas cabeças apontadas
Depois com ódio argumentarem sobre as almas abençoadas

Foto de Antonio Zau

Ciúmes

A minha flor não me deixa recuperar o sossego
Quando pela beira deste mar agitado com um amigo
Tentar expulsar o fumo venenoso que no coração
Arde e destrói a válvula das linhas de alimentação
Não me lembro ter marcado alguns passos sozinho
Nesta viagem onde nenhum de nós vê o caminho
Verdadeiro para chegar ao dito destino desconhecido
Em troca do sangue do irmão por todos mais querido

Foto de Marilene Anacleto

Lugarejo de Poesia

Montanhas na cercania
Cuidadas com sabedoria,
Não há nenhuma moradia.
O mar povoado de poesia,
Areias em calmaria,
Ondas dançam em euforia.
Em momentos de monotonia
Surge grande sinergia,
Fortalece a cantoria.
No silêncio, em harmonia,
A antiga alma fria
Encontra sua poesia.
Nas árvores da cercania,
Nas aves, na ave-maria,
Nas ondas em calmaria.
Quem pensou que ficaria
Naquela tristeza vazia
Errou! Aconteceu a alquimia.
O amigo que sempre via
Cercou-me da alegria
Do amor que ali surgia.
Com tamanha alegoria,
Toda e qualquer energia
Transformou-me em poesia.

Marilene Anacleto
Publicado em: http://rotadaalma.spaces.live.com/
Publicado no site http://www.itajaionline.com.br/colunas/marilene/marilene.htm

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