Lamentos

Foto de pttuii

Lobotomia

em água translúcida,
aqueci fluidos de memória
da que se ama em laivos de necrofilia,
como o tempo flui sempre
para o mesmo rio,
restou pânico,
medo pintado de ocre,
com terra amaciada
em orelhas frias e
manchadas,

e quando saltei desta
rotina que mata,
saltaram as perspectivas,
destruíram-se em fagulha
restolhos de fazer bem,..
e surgiu o menor
torpor de ser homem,
e foi o homem a querer
dar maiores garantias à ilharga de ser feliz,....

fizeram-se estúpidas as
velhas da quietude,
emergi por entre lamentos lacrado
na dimensão desfeita
de ser de aguerridas
apóstrofes do tempo,...

com o amor possível
de ser medroso desenhei, com aparas de carvão me tapei, e no que queimei de memória
aprendi a lutar por não
querer mudar.....

Foto de Fatima Merigue de Mendonça

NOITE DE AMOR

NOITE DE AMOR

Nada era proibido na nossa noite de amor
Eu sabia que te amaria como homem, animal e menino!
Te amei como fêmea que busca prazer e dá prazer.
Teu corpo tinha sabor de pecado, teu líquido sabor de mel
Escorria por todo meu corpo, eu sentia delicioso sabor de amor

Teus beijos me enlouqueciam, teus abraços me levavam a loucura
Senti teu sexo me pedindo,chamando por mim... eu fui
Meus seios enrijecidos ansiava por tua boca quente
Tua língua me levava a loucura, eu sentia o tremer do teu corpo
Te amava, te amava....

Nossos corpos dançavam em cadência única.
Freneticamente te levei ao céu e fui ao céu...Vi anjos!!!
Minhas pernas navegavam entre tuas pernas
Juntas formavam um único caminho, um único encontro.

Luzes brilhavam, estrelas no céu do nosso amor.
Suspiros...Lamentos...Mãos que procuravam,
línguas se encontrando, se enroscando...
Buscando únicamente o clímax do amor.

A noite passava e cada minuto representava muito mais que amor,
Representava corpos, coração.
Busquei então teu leito e dele fiz meu porto seguro para te amar.
Dele fiz morada.
Te levei aos céus.
Fiz de você meu Homem, minha Criança, meu Menino.

Fiz de tua noite a única noite de prazer, de desejos, de esperanças...
Te coloquei em meus braços, te dei morada...
Beijei teus lábios e dos teus beijos fiz meu alimento.

Do teu corpo fiz meu mundo, meu oceano,
Nele naveguei loucamente...
Busquei segredos nunca desvendados antes.
Cada curva representou um toque, um gemido seu.
Ouvi teus gritos, abafei tua voz com meus beijos.
Pedindo ...implorando......
Finalmente entre lençóis brancos
adormecemos...sonhando!

Fátima Merigue de Mendonça

Foto de Carmen Lúcia

Ah...poeta!

(A todos os poetas!)

Ah...poeta!

Que divagas pelo mundo
desbravando almas,
a afagar feridas,
resgatando a calma,
construindo pontes
sobre os abismos
que o bem escondem...
Almas em retalhos,
salvas por atalhos,
rastros que deixastes
por onde passastes...
Como um peregrino,
homem e menino,
marcas registradas,
Fé pré destinada.

Ah...poeta!

Que constróis guaritas...
És ancoradouro que o barco abriga,
alcanças o mais íntimo,
inatingível sentimento
drenando sofrimentos,
dispersando lamentos,
irrigando pensamentos
a florir em nosso eu,
regados pelo dom
de enxergar o lado bom
da vida, do desamor, da dor...

Ah...poeta!

É tua palavra
bálsamo que alivia,
a fala de quem cala
o que está a sufocar,
ao revelar o belo,
tudo o que é sincero...
Que todo tempo é o de amar!

Poeta que canta as dores,
encanta os amores...
És das cores, o matiz...
És o sábio e o aprendiz!
Tua alma imaculada
morre e nasce a cada dia,
permanecendo imortalizada
em tua poesia!

_Carmen Lúcia_

Foto de Rosinéri

EXILADA

Foi como um exílio voluntário
Que me aconteceu na despedida
E o meu coração depositou
as amarguras desta vida

Fugi de mim naquilo que era
Para não chegar a ser aquilo que sou
Mas não sendo o que eu queria
Ao menos sei para onde vou

Fugi do que não estava bem
E não vim para melhor
Mesmo sem ter chegado mais além
Já sei, aqui agora é pior

Tenho corrido os quatro ventos
Levando no peito a solidão
Para afagar os meus lamentos
E não desesperar com tudo isto

Aqui estou eu bem desterrada
Fingindo que faço turismo
Por terras malditas desenraizada
E tudo por culpa do fascismo

Foto de pttuii

Escarreta

O homem da barba que quase existiu acordou. De uma espreguiçadela abraçou as únicas quatro paredes pequenas que aguentavam levar com lamentos insuportáveis, incontrolavelmente tristes. Estavam pintadas de um azul ocre, desmaiado por rituais de querelas emocionais com riachos de tinto estragado.
A parcela de religião fundada em mini-obrigações morais tinha a forma habitual:
- o crucifixo que ganhou por piedade do dono da tasca da esquina pendia, prestes a uma queda fatal.
Uma camisa de xadrez difícil de definir, amargamente pousada em cima de calças de sarja rasgadas nos joelhos, concretizavam o guarda roupa necessário para o dia. A cadeira torta, a única herança de duas pessoas que fizeram o desfavor de cagar o mundo com uma bosta de duas pernas e dois braços, suportava um peso ridiculamente difícil de definir.
Quatro passos tortos, inevitáveis num rumo de auto-destruição anunciada, e um rio de substância amarelecida e odorenta a descer pelo cano abaixo.
Comichão na alma, socorre-se de três ou quatro experiências de humidificação de um rosto disforme.
Fica uma barba. Comichão no lóbulo direito. Puxar a escarreta que exige liberdade. O pregão da varina alimenta desejo de fuga. Esganiça tranquilidades. Mata bem fazeres de uma alma moribunda.
Dois segundos entre fechar último botão de camisa, e rodar maçaneta acobreada da porta para o universo. Um baque suave, e o violento estupro de raios de sol cada vez mais arroxeados. Num sentido de morte lenta e agoniante. Tonto e periclitante confronto com dois vãos de escadas, e novo contacto com uma maçaneta acobreada. Serão rios de luz assassina que banharão o homem da barba que quase existiu.
Quase que se afoga, para nunca mais voltar, mas não... Acode-o um suave roçar de pele de gato no tornozelo. Nova escarreta que se emancipa na calçada da viela. Antro de desgaste emocional, a taberna da esquina. Faz calor. Mas uma coisa suave, que aquece os pêlos da alma moribunda.
Dois arrastados da vida miram uma bola vermelha, que parece lutar para não ficar sem o que a agarra à gravidade. Contacto com uma folha de papel amarelecida. Coisa inútil, chamada calendário. Parece ser 25. Mês quatro. Ano mil, que já passou dos novecentos, e mais setenta e quatro.
Resume tudo o que escrevi. Para deixar em aberto o que ficou por dizer. Não é muito. Mas talvez possa ser. Depende dos olhos que estão por trás dos olhos de quem interpreta.

Foto de pttuii

Frases performativas

Podia estar a escrever uma frase performativa. Daquelas ideias razoáveis, que pelo menos deixam as pessoas em estado de letargia açucarada. Tudo numa perspectiva cumulativa, quando se espera pelo almoço na fila do refeitório.
Mas não o farei, porque ainda meço as minhas prioridades, na mesma medida em que esconjuro o que menos quero acumular. Clinicamente, situo-me entre o que terá uma morte suave, e o que luta por, pelo menos, merecer uma página inteira de necrologia no jornal da terra. Qualquer coisa que fique a meio, será um contrato de compra-e-venda, com o carimbo roxo de falhanço no rodapé. Sentença de mediania pura.
Frases performativas são queixume, lamentos que tolhem quando tolhem, e quando não batem, simplesmente morrem. Donas de casa hermafroditas, a dançar a um ritmo que só elas ouvem. Letras cinzentas, sentidos que pisam fraques que se arrastam em salões de baile arejados.
Prefiro aspirações. Coisas que são o que são, e picam quando queremos que elas sejam o que nunca puderam ser. Letras fixas. Frases imóveis. Interpretações abertas. Frases performativas. Não.....

Foto de EDU O ESPIÃO.

PARE DE LAMENTAR VÁ A LUTA!

Não fique lamentando, alimentando um sofrimento
A vida esta ai para ser vivida.
O que é certo ou errado já se aprende de berço.
O resto à vida nos ensina aos trancos e barrancos,
Não fiquem invejando as vitórias e conquistas de ninguém.
Não fique querendo dos outro o que você não tem.
Não almeje o que não é de domínio seu.
Que seja de outros.
Almeje pra você suas vitórias e conquistas, sem nunca
Querer tirar dos outros o que a você não pertence.
Lute pela vida, lute pela paz, lute pelos seus objetivos.
Mas não lute contra seus princípios.
Não questione porque o vizinho tem e você, não!
O tempo que perdes tomando conta da vida alheia.
Vá a luta lute para alcançar suas metas.
O problema que muitos só sabem reclamar,
Tem preguiça de lutar, de se informar, se atualizar
Para se conquistar algo que nos fortaleça, precisamos ter garra.
Nada cai do céu, não se preocupe se o vizinho tem carro do ano.
Se o vizinho tem carro do ano, ele lutou trabalhou pra isso.
É um direito dele. Não reclame com Deus porque ele se esqueceu de
Você, Deus não esquece você, é você quem esquece dele,
Achando que o mundo pode te dar tudo e que Deus tem que estar
Ao seu dispor a hora que você quer. Nosso tempo não é mesmo de Deus.
Não podemos querer questionar o que Deus faz ou não faz, ele sabe o que faz.
Mas ai você se engana. Se não há luta não a vitória.
Você também pode ter um carro bonito do ano como do vizinho.
Já pensou nas possibilidades de trabalhar e ter as mesmas responsabilidades que o seu vizinho. Garanto que isso você não pensou. Só esta questionando
Porque o vizinho tem e você não.
Pois a reposta esta dentro de si, olhe-se para dentro de você.
Acha que reclamações vão dar as coisas, vai fazer de você um merecedor?
Se pensas assim, a vida ainda vai ser muito cruel consigo.
Mas não a culpe, ela apenas ensina.
Deixe de chorumelas e pare de ver o que o vizinho tem. E corra atrás para você ter. Cuida de seu tempo de seus pensamentos, não se preocupe com o vizinho, pois o vizinho não esta nem ai pra você, pode ter certeza disso. Então seja inteligente, lute vença cresça tenha fé força de vontade, assim você chega la. Mas só depende de você. Um outro detalhe, não se consegue nada de um dia para outro, não se iluda, lute, corra atrás. Pare de lamentos, pare de bancar o coitado.
Deus não gosta de te ver assim,Deus gosta de ver atitudes, virtudes.
Vamos a luta....

===ESSE TEXTO É UM DIALOGO ENTRE EU E( ANA FLOR DE LIS), SOBRE A INVEJA, OS LAMENTOS .==AS PESSOAS TEM QUE PARAR DE RECLAMAR E IR A LUTA===(NÃO É DUETO, E SIM UM DIALOGO).

Edu& Aninha

Foto de Sentimento sublime

O doce e o amargo do passado! Osvania_souza

O doce e o amargo do passado!

A vida me abriu as portas, porém o tempo as fechou.
A vida dizia-me ser útil, e o tempo se quer me avisou.
Que ele passa tão rápido. E será que feliz eu sou?
No início a vida era doce, tão doce como o mel.
Com o tempo amargou-se, amargou-se como o fel.
Foi um passado cheio de sonho, sonho conturbado.
Dedicando-me e trabalhando, para alguém que foi tão amado.
Porém não foi possível, realizar meu sonho dourado.
Pensei que tivesse a felicidade encontrada.
Conheci muitas pessoas, fiz amigos no trabalho.
Poucos amigos do peito, outros somente de agrado.
Tive duas famílias distintas, uma genética e outra profissional.
Para elas eu podia falar tudo que sentia.
Eu falava, eu as ouvia, sem medo e sem pudor.
Tive fases em minha vida, como todo ser humano tem.
Algumas de alegria, outras de dor.
E nestes momentos eu contava:
Com minhas famílias e também com meu amor.
Fui trabalhar em uma cidade, que para mim era estranha.
No início foi difícil, mas eram ossos do ofício.
Não conhecia ninguém, e ninguém me conhecia.
Mas com persistência e coragem.
Continuei carregando minha bagagem.
Conquistei muitas pessoas, fiz novas e grandes amizades.
Fui me acostumando com o ritmo daquela cidade.
Que passei a gostar de verdade.
A vida continuava, e o tempo então passava.
Cuidando de minha casa, da firma que possuía banco que eu trabalhava.
Com muito amor e carinho, dediquei todo tempinho aos três sem distinção.
Foi tanta dedicação, porém tive que fazer uma opção.
Cometi meu maior erro então, pedi sem pensar minha demissão.
Continuei tocando a firma, e cuidando do meu lar.
Porém faltava algo “grandioso” para meu sonho concretizar.
Não podíamos ter filhos, depois de oito anos esse sonho pude realizar.
Foi aí que nasceu então, brotando do meu coração.
Recém-nascida em meus braços, minha filha querida.
A única que adotei em minha vida, minha maior amiga.
E o tempo continua passando:
Voltei para minha cidade em busca da felicidade.
Mas não foi essa a realidade porque aquela cidade estranha.
Entrou em minhas entranhas deixando tanta saudade.
Hoje chego a pensar, naquela cidade estranha onde conheci a felicidade.
E continuo minha vidinha nesta pequena e pacata cidadezinha.
A mesma que me viu nascer, porém não me deixa crescer.
É como se seu fosse um pássaro com asas quebradas.
As tenho e não posso voar.
Então resolvi deixar escrito, meu passado de conflitos.
Um amor mal resolvido, o qual eu me dediquei.
O tanto que me doei e o muito que me entreguei.
Foram muitos anos de minha vida.
De uma estrada comprida , quando olho para trás, me pergunto.
Se o tempo tivesse me avisado, que ele passa tão rápido.
Eu não teria o que lamentar.
Quero dizer a vocês “Olhadores do Passado”
Para o tempo não se manda recado, ou se faz ou não se deixa esperar.
Hoje tenho casa, mas não tenho lar, passo na terra por passar.
Estou apenas vivendo por viver porque o presente não me deixa sonhar.
E tudo aquilo que ajudei a construir, vejo por terra ruir.
Antes que o presente se torne passado resolvi deixar meu recado.
Não sei se irá resolver, mas pelo menos quero aqui dizer:
Desabafar meus sentimentos te contar meus lamentos.
Que há anos guardo no peito, não sei qual será o efeito que poderá te causar.
Mas faça o que tem que ser feito, sem medo de ser feliz.
E como escritora principiante te deseja neste instante.
Um presente e um futuro radiante.
Se ame bastante e seja muito feliz.
Espero que você nunca sinta o amargo do passado.
Mas somente os doces momentos do presente.
Osvania_Souza

Foto de Sentimento sublime

Vidas Divididas! Osvania_Souza

70

Vidas Divididas!

Começam num simples olhar
No jeito de ouvir e falar
Nos passos a caminhar
O modo de comportar
De como nos tratar
Começa a vontade
De não querer um do outro
Jamais se afastar
Poder um ao outro
Tudo compartilhar
Brilho nos olhos
Ao se encontrarem.
Emoção, carinhos, beijos.
Abraços, calor, desejos.
Expectativas!
Metas cumpridas.
Para juntos caminharem
Pelas estradas da vida
Amor pulsando no peito
Alegrias, festas, casamento.
Momento sublime!
Que a tudo aceita e redime.
Filhos nascendo, passa-se o tempo.
Já não se tem os mesmos momentos.
Emoção, carinhos, beijos.
Abraços, calor, desejos.
Perderam-se no tempo.
Vidas passando, rotinas chegando.
Quebra-se o encanto.
E o amor?
Em que caminho, estrada.
Ou cantinho você deixou?
Começam as brigas.
Ciúmes, lamentos, tormentos.
E aos dois restaram sofrimentos.
Vazio no peito e na alma
Esperança que nos ilude e nos acalma
De um ao outro reconquistar.
Não teve jeito!
Só restaram lamentos.
Vidas divididas.
Só resta tentar com outras vidas recomeçar

Foto de Sentimento sublime

Vidas Divididas! Osvania_Souza

Vidas Divididas!

Começam num simples olhar
No jeito de ouvir e falar
Nos passos a caminhar
O modo de comportar
De como nos tratar
Começa a vontade
De tudo compartilhar
De não querer um do outro
Jamais se afastar
Poder um ao outro
Tudo compartilhar
Brilho nos olhos
Ao se encontrarem.
Emoção, carinhos, beijos.
Abraços, calor, desejos.
Expectativas!
Metas cumpridas.
Para juntos caminharem
Pelas estradas da vida
Amor pulsando no peito
Alegrias, festas, casamento.
Momento sublime!
Que a tudo aceita e redime.
Filhos nascendo, passa-se o tempo.
Já não se tem os mesmos momentos.
Emoção, carinhos, beijos.
Abraços, calor, desejos.
Perderam-se no tempo.
Vidas passando, rotinas chegando.
Quebra-se o encanto.
E o amor?
Em que caminho, estrada.
Ou cantinho você deixou?
Começam as brigas.
Ciúmes, lamentos, tormentos.
E aos dois restaram sofrimentos.
Vazio no peito e na alma
Esperança que nos ilude e nos acalma
De um ao outro reconquistar.
Não teve jeito!
Só restaram lamentos.
Vidas divididas.
Só resta tentar com outras vidas recomeçar.
Osvania_souza

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